4 research outputs found

    Padronização da análise de critérios citomorfológicos de lesões associadas à infecção pelo HPV

    Get PDF
    The present study was designed to further assess the validity of the cytological description of morphological lesions said to be related to Papillomavirus (HPV) infections in senior women. The casuistic comprised 196 cervical smears from a group of women with no clinical or morphological evidence of neoplasia, collected simultaneously with samples submitted to detection of HPV DNA by PCR in a previous study. Three experienced cytologists studied each slide in two different conditions, with an interval of 20 months between them. The first approach was performed under routine laboratory standards, whereas the second was guided by a list of 16 well-defined parameters indicative of HPV-related cytological lesions. When suspicious cases of HPV-related alterations were grouped with positive cases, they showed on average: sensitivity of 25.5%, specificity of 84.4% and positive predictive value (PPV) of 26.8%. When suspicious cases were grouped with negative cases, sensitivity decreased, whereas specificity and PPV increased, as expected. In the second reading, which followed a "guide-list", a decrease in sensitivity was observed, contrasting with a sharp increase of positive predictive value. Among the 16 cytomorphological criteria tested, "koilocytosis", "mild koilocytosis" and "condylomatous parabasal cells" yielded the best predictive value for HPV DNA detection by PCR. In conclusion, despite the low sensitivity, cytopathologic assessment of cervico-vaginal smears leads to a highly specific diagnosis of HPV infection in menopausal women, with PPV of 91.0% when directed by a guide-list of well-defined morphologic criteria.O presente estudo analisou aspectos relacionados ao valor da citologia cervical na identificação de alterações cito-morfológicas relacionadas à infecção por Papilomavírus humano (HPV) em mulheres com idades avançadas. A casuística compreendeu 196 amostras cérvico-vaginais provenientes de uma população de mulheres sem evidências clínicas ou citológicas de neoplasia cervical. As amostras foram coletadas simultaneamente para pesquisas para DNA-HPV por Reação de Polimerização em Cadeia (PCR) e citologia. Três observadores experientes efetuaram análise das lâminas em duas etapas com intervalo de 20 meses: a primeira em condições de rotina laboratorial e a segunda dirigida por um roteiro de critérios pré-estabelecidos. Quando os casos suspeitos para alterações relacionadas ao HPV foram agrupados com os casos positivos, eles mostraram em média: 25,5% de sensibilidade, 84,4% de especificidade e valor preditivo positivo (VPP) de 26,8%. Quando os casos suspeitos foram agrupados com os negativos, a sensibilidade diminuiu, e a especificidade e o VPP aumentaram. Na segunda leitura, a sensibilidade diminuiu, contrastando com o aumento do VPP. Entre os 16 critérios cito-morfológicos avaliados, coilocitose, coilocitose leve e célula parabasal coilocitótica foram os que apresentaram melhor VPP para HPV em comparação ao PCR. Concluímos que, apesar da baixa sensibilidade, o painel de critérios cito-morfológicos poderá elevar a especificidade do teste de Papanicolaou para triagem das alterações relacionadas à infecção por HPV em pacientes de mais idade

    Avaliação crítica das nomenclaturas diagnósticas dos exames citopatológicos cervicais utilizadas no Sistema Único de Saúde (SUS)

    No full text
    OBJETIVO: identificar as nomenclaturas diagnósticas dos exames citopatológicos cervicais utilizadas pelos laboratórios que atendem o Sistema Único de Saúde (SUS) e participantes do Monitoramento Externo de Qualidade (MEQ). Avaliar as informações adquiridas de profissionais ginecologistas que atuam no SUS sobre os tipos de classificação diagnóstica que recebem nos laudos citopatológicos cervicais. MÉTODOS: foram avaliados 94 laudos citopatológicos liberados pelos laboratórios participantes do MEQ no Estado de São Paulo e 126 questionários aplicados aos ginecologistas que atenderam o SUS. RESULTADOS: dos 94 laboratórios, 81 (86,2%) utilizam uma única nomenclatura diagnóstica: 79 (97,6%) utilizam a Nomenclatura Brasileira para Laudos Citopatológicos (NBLC), 1 (1,2%) utiliza a classificação de Papanicolaou e 1 (1,2%) utiliza a de Richart. Dos 13 (13,8%) laboratórios que utilizam mais de uma nomenclatura, 5 apresentam 2 tipos, e 8, de 3 a 4, 9 dos quais incluem a classificação de Papanicolaou. O estudo demonstrou que 52 (55,3%) laboratórios apresentaram mais de um diagnóstico descritivo num mesmo laudo. Dos 126 ginecologistas que responderam ao questionário de avaliação dos laudos citopatológicos, 78 (61,9%) disseram receber laudos dos laboratórios com apenas uma classificação diagnóstica, 48 (38,1%), laudos com mais de uma classificação, e 2 receberam as 4 classificações. Entre os 93 (73,8%) ginecologistas que preferem uma classificação, 56 (60,2%) alegaram que a NBLC contribui para a conduta clínica, 13 (14,0%) optaram pela nomenclatura de Richart, 8 (8,6%), de Reagan e 16 (17,2%), a de Papanicolaou. De 33 (26,2%) ginecologistas que preferem mais de uma nomenclatura, 5 optaram pelas 4 classificações. CONCLUSÕES: Os dados obtidos mostram que ainda há resistência por parte dos patologistas no emprego da nomenclatura oficial nos laudos citológicos do SUS. Há uma discrepância entre informações que os ginecologistas gostariam que estivessem nos laudos e as que são fornecidas pelos médicos patologistas. Maiores esforços devem ser empregados no sentido de estimular o uso da nomenclatura oficial
    corecore