7 research outputs found

    Produção e caracterização de anticorpos monoclonais contra uma cepa do herpesvírus bovino tipo 1 defectiva na glicoproteína C (gC) Production and characterization of monoclonal antibodies to a bovine herpesvirus type 1 strain defective on the glycoprotein C

    No full text
    A maioria dos anticorpos monoclonais (AcMs) já produzidos contra o herpesvírus bovino tipo 1 (BoHV-1) reage com a glicoproteína C (gC), um antígeno abundante e imunodominante presente no envelope viral. Com o objetivo de produzir AcMs com outras especificidades protéicas, antígenos de uma cepa do BoHV-1 defectiva no gene da gC foram utilizados para a imunização de camundongos BALB/c. Após fusão e seleção de 54 hibridomas resistentes ao meio seletivo HAT, foram obtidos três clones (1F1, 2H4 e 4D7) secretores de imunoglobulinas da classe IgG2a, que reagiram com antígenos da cepa homóloga. Os AcMs reagiram com antígenos virais nas técnicas de imunofluorescência (IFA) e imunoperoxidase (IPX) em diluições de até 1:640 (sobrenadante de cultivo) e 1:20.000 (fluído ascítico). Os três AcMs apresentaram um espectro amplo de reatividade, reagindo com antígenos de 14 herpesvírus isolados de doença respiratória ou genital (provavelmente BoHV-1) e com 17 isolados de doença neurológica (supostamente BoHV-5), e apresentaram atividade neutralizante em níveis variáveis contra todos esses isolados. A especificidade protéica dos AcMs não pode ser determinada diretamente, pois nenhum deles reagiu com proteínas virais na técnica de Western blot. Por outro lado, os três AcMs reagiram em IFA com células infectadas com uma cepa do BoHV-5 defectiva nas glicoproteínas E, I e proteína US9, o que exclui estes antígenos como possíveis alvos dos AcMs. Por exclusão (gC, gE, gI) e pela sua forte atividade neutralizante, os AcMs são provavelmente direcionados contra epitopos conservados de outras glicoproteínas do envelope viral que contêm epitopos neutralizantes: a gB e/ou gD. Pelo seu alto título de reação e pelo amplo espectro de reatividade, esses AcMs possuem potencial aplicação em técnicas diagnósticas. Além disso, podem ser úteis para o mapeamento de epitopos neutralizantes conservados nas glicoproteínas do envelope.Most monoclonal antibodies (MAbs) already produced against bovine herpesvirus type 1 (BoHV-1) react with glycoprotein C (gC), an abundant and immunodominant antigen present on the viral envelope. In order to obtain MAbs with other protein specificities, antigens of a BoHV-1 gC-negative strain were used to immunize BALB/c mice. After fusion and selection of 54 HAT-resistant hybridomas, three clones have been obtained (1F1, 2H4 and 4D7) that secrete IgG2a antibodies reacting to BoHV-1 antigens. These MAbs reacted with viral antigens in immunofluorescence (IFA) and immunoperoxidase (IPX) in dilutions up to 1:640 (hybridoma supernatants) and 1:20.000 (ascitis fluid). The three MAbs showed a wide spectrum of reactivity, recognizing antigens of 14 herpesviruses isolated from respiratory or genital disease (supposedly BoHV-1) and with 17 isolates of neurological disease (likely BoHV-5) and displayed varied levels of neutralizing activity against all these viruses. The protein specificity could not be demonstrated directly as none of the MAbs bound to viral antigens in Western blot. On the other hand, the three MAbs reacted with cells infected with a BoHV-5 strain defective in glycoproteins gE and gI, demonstrating they are directed to other viral proteins. By exclusion (gC, gE and gI) and due to their neutralizing activity, these MAbs are probably directed to conserved epitopes on other envelope glycoproteins harboring neutralizing epitopes: gB or gD. In this sense, besides being useful for diagnosis purposes, these MAbs may be very useful for mapping neutralizing epitopes in these glycoproteins

    Avaliação a campo da segurança para vacas prenhes e capacidade de disseminação horizontal de uma vacina diferencial recombinante contra o Herpesvírus Bovino tipo 1 (BoHV-1)

    Get PDF
    Infecções pelo herpesvírus bovino tipo 1 (BoHV-1) são importantes causas de doença respiratória, reprodutiva e abortos em bovinos. A vacinação é freqüentemente empregada para minimizar as perdas produzidas pela infecção. Todavia, a imunização de vacas durante a prenhez com algumas vacinas contendo vírus vivo modificado (MLV) pode ocasionalmente causar abortos. Em trabalho prévio, nosso grupo desenvolveu uma vacina recombinante de BoHV-1 construída a partir de um isolado brasileiro de BoHV-1 (Franco et al., 2002a) do qual o gene que codifica para a glicoproteína E (gE) foi artificialmente deletado. Tal recombinante (gE-) vem sendo avaliado como vacina diferencial, isto é, capaz de permitir a diferenciação entre animais vacinados e infectados. No presente estudo, o potencial de disseminação do vírus recombinante foi avaliado em um rebanho de gado de corte, em condições de campo. Para tanto, a segurança da vacina gE- quando aplicada durante a prenhez foi avaliada pela inoculação intramuscular de 107,4 doses infectantes para 50% dos cultivos celulares (DICC50) do vírus em 22 fêmeas prenhes (14 previamente soronegativas e 8 previamente soropositivas para BoHV-1) em diferentes fases da gestação. Outras 15 vacas prenhes foram mantidas como controles nãovacinados. Não ocorreram abortos, natimortos ou anormalidades fetais em nenhum dos grupos. Soroconversão foi observada nas fêmeas vacinadas previamente soronegativas. Em um segundo experimento, 4 novilhas foram inoculadas pela via intranasal com 107,6 DICC50 do vírus recombinante, sendo mantidos em contato com 16 novilhas em uma área de campo, a uma densidade de 1 animal por hectare. Os animais foram monitorados quanto à presença de sinais clínicos; amostras de soro foram coletadas nos dias 0, 30, 60 e 180 após a vacinação. Soroconversão foi observada apenas nos animais vacinados e não nos contatos. Estes resultados indicam que, nas condições do presente estudo, a vacina gE- não tem efeitos deletérios para fêmeas gestantes nem para seus fetos e não se dissemina horizontalmente no rebanho.Bovine herpesvirus type 1 (BoHV-1) is recognized as a major cause of respiratory, reproductive disease and abortion in cattle. Vaccination is widely applied to minimize losses induced by BoHV-1 infections; however, vaccination of dams during pregnancy with modified live virus (MLV) vaccines has been occasionally associated to abortions. We have previously reported the development of a BoHV-1 recombinant virus, constructed with basis on a Brazilian BoHV-1 (Franco et al. 2002a) from which the gene coding for glycoprotein E (gE) was deleted (gE-) by genetic manipulation. Such recombinant has been previously evaluated in its potential as a differential vaccine (gE- vaccine) that allows differentiation between vaccinated and infected animals. Here, in the first part of the present study, the safety of the gE- vaccine during pregnancy was evaluated by the intramuscular inoculation of 107.4 tissue culture 50 % infective doses (TCID50) of the virus into 22 pregnant dams (14 BoHV-1 seronegative; 8 seropositive), at different stages of gestation. Other 15 pregnant dams were kept as non-vaccinated controls. No abortions, stillbirths or fetal abnormalities were seen after vaccination. Seroconversion was observed in both groups of previously seronegative vaccinated animals. In the second part of the study, the potential of the gE- vaccine virus to spread among beef cattle under field conditions was examined. Four heifers were inoculated intranasally with a larger amount (107,6 TCID50) of the gE- vaccine (to increase chances of transmission) and mixed with other sixteen animals at the same age and body condition, in the same grazing area, at a population density equal to the average cattle farming density within the region (one cattle head per 10,000 m2), for 180 days. All animals were monitored daily for clinical signs. Serum samples were collected on days 0, 30, 60 and 180 post-vaccination. Seroconversion was observed only in vaccinated heifers. These results indicate that, under the conditions of the present study, the gEvaccine virus did not cause any noticeable harmful effect on pregnant dams and on its offspring and did not spread horizontally among cattle

    Avaliação a campo da segurança para vacas prenhes e capacidade de disseminação horizontal de uma vacina diferencial recombinante contra o Herpesvírus Bovino tipo 1 (BoHV-1)

    Get PDF
    Infecções pelo herpesvírus bovino tipo 1 (BoHV-1) são importantes causas de doença respiratória, reprodutiva e abortos em bovinos. A vacinação é freqüentemente empregada para minimizar as perdas produzidas pela infecção. Todavia, a imunização de vacas durante a prenhez com algumas vacinas contendo vírus vivo modificado (MLV) pode ocasionalmente causar abortos. Em trabalho prévio, nosso grupo desenvolveu uma vacina recombinante de BoHV-1 construída a partir de um isolado brasileiro de BoHV-1 (Franco et al., 2002a) do qual o gene que codifica para a glicoproteína E (gE) foi artificialmente deletado. Tal recombinante (gE-) vem sendo avaliado como vacina diferencial, isto é, capaz de permitir a diferenciação entre animais vacinados e infectados. No presente estudo, o potencial de disseminação do vírus recombinante foi avaliado em um rebanho de gado de corte, em condições de campo. Para tanto, a segurança da vacina gE- quando aplicada durante a prenhez foi avaliada pela inoculação intramuscular de 107,4 doses infectantes para 50% dos cultivos celulares (DICC50) do vírus em 22 fêmeas prenhes (14 previamente soronegativas e 8 previamente soropositivas para BoHV-1) em diferentes fases da gestação. Outras 15 vacas prenhes foram mantidas como controles nãovacinados. Não ocorreram abortos, natimortos ou anormalidades fetais em nenhum dos grupos. Soroconversão foi observada nas fêmeas vacinadas previamente soronegativas. Em um segundo experimento, 4 novilhas foram inoculadas pela via intranasal com 107,6 DICC50 do vírus recombinante, sendo mantidos em contato com 16 novilhas em uma área de campo, a uma densidade de 1 animal por hectare. Os animais foram monitorados quanto à presença de sinais clínicos; amostras de soro foram coletadas nos dias 0, 30, 60 e 180 após a vacinação. Soroconversão foi observada apenas nos animais vacinados e não nos contatos. Estes resultados indicam que, nas condições do presente estudo, a vacina gE- não tem efeitos deletérios para fêmeas gestantes nem para seus fetos e não se dissemina horizontalmente no rebanho.Bovine herpesvirus type 1 (BoHV-1) is recognized as a major cause of respiratory, reproductive disease and abortion in cattle. Vaccination is widely applied to minimize losses induced by BoHV-1 infections; however, vaccination of dams during pregnancy with modified live virus (MLV) vaccines has been occasionally associated to abortions. We have previously reported the development of a BoHV-1 recombinant virus, constructed with basis on a Brazilian BoHV-1 (Franco et al. 2002a) from which the gene coding for glycoprotein E (gE) was deleted (gE-) by genetic manipulation. Such recombinant has been previously evaluated in its potential as a differential vaccine (gE- vaccine) that allows differentiation between vaccinated and infected animals. Here, in the first part of the present study, the safety of the gE- vaccine during pregnancy was evaluated by the intramuscular inoculation of 107.4 tissue culture 50 % infective doses (TCID50) of the virus into 22 pregnant dams (14 BoHV-1 seronegative; 8 seropositive), at different stages of gestation. Other 15 pregnant dams were kept as non-vaccinated controls. No abortions, stillbirths or fetal abnormalities were seen after vaccination. Seroconversion was observed in both groups of previously seronegative vaccinated animals. In the second part of the study, the potential of the gE- vaccine virus to spread among beef cattle under field conditions was examined. Four heifers were inoculated intranasally with a larger amount (107,6 TCID50) of the gE- vaccine (to increase chances of transmission) and mixed with other sixteen animals at the same age and body condition, in the same grazing area, at a population density equal to the average cattle farming density within the region (one cattle head per 10,000 m2), for 180 days. All animals were monitored daily for clinical signs. Serum samples were collected on days 0, 30, 60 and 180 post-vaccination. Seroconversion was observed only in vaccinated heifers. These results indicate that, under the conditions of the present study, the gEvaccine virus did not cause any noticeable harmful effect on pregnant dams and on its offspring and did not spread horizontally among cattle
    corecore