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    A importância do conhecimento da população sobre o maio roxo e as doenças inflamatórias intestinais – um relato de experiência

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    Introdução: Ressalta-se a importância do desenvolvimento e execução de atividades acadêmicas de extensão, já que ampliam os conhecimentos científicos dos acadêmicos, possibilitam o compartilhamento de conteúdo aprendido com a comunidade e transformam a realidade social com o desenvolvimento de ações de saúde a partir das necessidades da população. Em consonância a essa importância de transformação social/educacional, foi estabelecido o mês de maio - “Maio Roxo” - como o período de dedicação especial à conscientização a respeito das Doenças Inflamatórias Intestinais (DII) - Doença de Crohn (DC) e Retocolite Ulcerativa (RCU) - doenças que são importantes problemas de saúde pública, todavia, pouco conhecidas. Objetivo: Relatar uma experiência vivida em ações educativas na comunidade, realizadas por membros da Liga Acadêmica de Gastroenterologia de Anápolis – LAGA, acerca do Maio Roxo e das DII, de forma a alcançar a população leiga, dialogar a respeito da existência da campanha, dos principais sintomas da DC, da RCU e da relação familiar das doenças. Relato de experiência: As atividades aconteceram no Parque Ambiental Ipiranga de Anápolis, uma vez por semana durante as primeiras três semanas do mês de maio de 2019. Consistiu em abordagens/conversas com os frequentadores no intuito de explicar sobre a campanha e sobre as doenças, bem como a importância da procura precoce do profissional médico para a realização do diagnóstico e estabelecimento da melhor opção de tratamento para controle das doenças e manutenção da qualidade de vida. Também foi entregue um panfleto informativo a fim de reforçar os aspectos mais relevantes, em virtude da importância do conhecimento da população sobre o assunto. Houve boa adesão e foi alcançado um grande público em todas as três ações. Os participantes foram bastante receptivos, demonstraram interesse e curiosidade. Discussão: As DII ocorrem a partir da interação de fatores genéticos, microbiota intestinal e imunorregulação de mucosa. A RCU acomete a mucosa do cólon e reto, enquanto a DC pode ocorrer em qualquer parte do tubo digestivo, da boca ao ânus, com predileção pela região ileal ou ileocecal, agride toda a parede intestinal (inflamação transmural) e gera reação granulomatosa não caseificante. A construção dessas ações mostrou-se como uma proposta contemporânea, já que, mais que evidenciar esses aspectos clínicos e fisiopatológicos, foi desenvolvida no intuito de abordar uma campanha informativa/educativa acerca de doenças que são importantes problemas de saúde pública, mas que são pouco divulgadas nos meios sociais. Conclusão: Diante dessa carência de conhecimentos sobre as DII e de sua relevância na prática clínica, as ações acabaram sendo extremamente produtivas tanto para a população alvo como para os discentes que as executaram. Os estudantes tiveram a oportunidade de capacitação científica sobre as DII, viabilizando a interação do conhecimento teórico com as experiências práticas vivenciadas no dia a dia, de maneira a fundamentar a assistência prestada nos serviços de saúde de forma integral. Ademais, foi fundamental também para a população em geral, pois permitiu a troca desaberes, contribuindo com a aquisição de informações úteis para a educação,promoção, prevenção de agravos, manutenção da saúde e qualidade de vida

    INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA EM IDOSOS QUE FAZEM USO DE ANTI-HIPERTENSIVOS NA REDE PÚBLICA

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    O aumento das comorbidades consequentes do envelhecimento induz a polifarmácia, que pode resultar em interações medicamentosas indesejáveis. Com base nesse contexto, teve-se como objetivo apresentar a incidência, o caráter, os níveis e o fármaco que mais gera interações medicamentosas com os anti-hipertensivos. Trata-se de um resumo expandido, cuja busca dos artigos foi realizada nas bases de dados Lilacs, Scielo, PubMed e Periódicos da CAPES, os quais foram direcionados pelo buscador eletrônico Google Acadêmico. Foram selecionados 5 artigos que abordaram, essencialmente, os seguintes resultados: o ASS é o medicamento com maior incidência de interações com os anti-hipertensivos principalmente o Captopril e o Enalapril e o mais prevalente tipo de interação é a de nível moderado, representando 79,1% a 85% das interações indesejáveies. Assim, considerando os prejuízos causados por esse tipo de interação, conclui-se que é necessário haver responsabilidade compartilhada entre os integrantes da equipe multiprofissional do sistema pública de saúde e o paciente

    Intoxicação exógena na faixa etária pediátrica: uma análise epidemiológica

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    Introdução: Intoxicações exógenas agudas podem ser definidas como as consequências clínicas e/ou bioquímicas da exposição aguda a substâncias químicas encontradas no ambiente. Crianças é o maior grupo de risco para essa conjuntura pelo seu comportamento curioso de levar tudo o que encontram à boca, a depender da idade, o que aumenta sua exposição aos agentes tóxicos. As principais causas para o contato de crianças com produtos considerados tóxicos são o armazenamento incorreto e a supervisão inadequadas. Objetivo: descrever os índices de intoxicação na faixa etária pediátrica, caracterizando seus principais agentes e o modo de evolução, entre o período de 2015 a 2017, em casos notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Material e método: Estudo epidemiológico quantitativo com delineamento transversal de base populacional. Analisaram-se no período de 2015 a 2017 as variáveis: agente tóxico e modo de evolução no Brasil, nas faixas etárias menores de 1 ano até 14 anos. Os dados utilizados foram extraídos do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e de artigos pesquisados no banco de dados do Google Acadêmico e PubMed. Resultados: Nos anos de 2015 a 2017 houve, 75.846 casos notificados por intoxicação exógena no intervalo de idade entre menores de 1 ano até os 14 anos. Destes, 33.015 tiveram como principal agente tóxico os medicamentos, seguidos de produto de uso domiciliar (10.877) e 6.105 casos por alimentos e bebidas. Com relação à evolução destes, 60.889 evoluíram bem e sem sequelas, 648 obtiveram a cura com sequelas e 178 crianças e adolescentes evoluíram para óbito. Conclusão: Este estudo demonstrou que o número de casos por intoxicação exógena na faixa etária pediátrica é uma situação prevalente na realidade brasileira. Por ser considerado um agravo evitável, os casos de intoxicação tendem a diminuir á medida que se doa a necessária atenção á problemática. Faz-se necessária a mobilização de diferentes segmentos da população com a finalidade de assegurar às crianças e suas famílias informações que envolvam aspectos preventivos e terapêuticos das intoxicações, reduzindo índices de mortalidade e minimizando aspectos relativos à morbidade deste tipo de acidente infantil

    Mortalidade por síndrome da imunodeficiência adquirida em goiás: análise após introdução da terapia antirretrovital

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    Introdução: A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA) constitui um significante problema de saúde pública em virtude do grande número de mortes que causou ao longo de décadas, ainda que a terapia antirretroviral (TARV) tenha sido um fator importante na quebra da cadeia de transmissão dessa doença. Objetivo: Avaliar o número de óbitos por SIDA entre os anos de 1996 e 2016, em Goiás, e relacionar com a introdução da TARV instituída pelo Governo Federal em 1996. Material e método: Trata-se de um estudo transversal e quantitativo. Foram utilizados indicadores de mortalidades por SIDA em Goiás, a partir do banco de dados DATASUS. Calculou-se a Taxa de mortalidade Estimada (TME) por cem mil habitantes. Resultados: Com o fornecimento dos antirretrovirais pelo Ministério da Saúde a partir do ano de 1996, esperava-se a queda da mortalidade por SIDA. Todavia, dados do DATASUS demonstraram pequena variação na taxa de mortalidade estimada (TME) por 100 mil habitantes no decorrer dos anos no estado de Goiás. Em 1996, a TME foi 4,9; em 1997, 3,8; em 1998, 4,0; em 1999, 3,5; em 2000, 3,7; em 2001, 4,0; em 2002, 3,4; em 2003, 4,1; em 2004, 3,7; em 2005, 3,4; em 2006, 3,8; em 2007, 4,3; em 2008, 4,3; em 2009, 4,3; em 2010, 4,9; em 2011, 4,7; em 2012, 5,1; em 2013, 4,2; em 2014, 3,9; em 2015, 5,0; em 2016, 4,7. Um potencial explicação para esse achado é a baixa testagem para HIV, sobretudo em populações-chave como homens que fazem sexo com homens (HSH) que caracterizam a epidemia. A baixa disponibilidade de testes, baixa percepção de risco, estigma e preconceito da síndrome conduzem a não testagem precoce. Isso gera o desconhecimento da positividade, o diagnóstico tardio e o atraso da busca por tratamento, que dificultam a diminuição dos índices de mortalidade. Além disso, pode-se pontuar a baixa adesão ou uso irregular da TARV, consequente dos efeitos adversos muito recorrentes. Esse fato compromete a eficácia da redução da carga viral e promove o desenvolvimento de resistência a algum dos componentes do esquema terapêutico, o que leva a transmissão primária de cepas já resistentes. Conclusão: A situação do HIV/SIDA no Brasil é expressa pelo aumento da incidência de HIV entre os jovens e por uma uma flutuação entre as taxas de mortalidade. Esse cenário deve ser avaliado com cautela, uma vez que o aumento da mortalidade indica de maneiraIncluir Coautor fiel a ineficiência das políticas públicas para prevenção, diagnóstico e atenção ao HIV e no país

    As influências do método canguru sobre o recém-nascido, a mãe e a sociedade

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    RESUMO: O Método Mãe Canguru ou contato pele-a-pele foi criado na Colômbia, na década de 1970, com intuito de promover o cuidado ao recém-nascido pré-termo ou de baixo peso, na ausência de incubadoras. Este trabalho teve por objetivo identificar os benefícios que o Método Mãe Canguru promove à mãe, à criança e à sociedade, através de uma revisão integrativa da literatura. Para isso, utilizou-se 20 artigos publicados entre os anos de 2012 e 2017 correspondentes a artigos originais e de revisão de literatura. Foram utilizados os seguintes bancos de dados: Periódicos da CAPES, Scielo, PubMed, Sistema Integrado de Bibliotecas da Universidade de São Paulo e Repositório Institucional da Unesco. Constatou-se que houve melhoria no aleitamento materno, otimização dos sinais vitais, melhoria do desenvolvimento psicomotor e redução dos custos hospitalares nas Unidades Canguru em comparação com as Unidades Intermediárias Convencionais. Considerando a importância dessa iniciativa, é fundamental sua implantação adequada a fim de aumentar a adesão materna ao aleitamento materno e à posição canguru. É necessária, também, a realização de mais estudos com alta evidência científica, sobretudo os randomizados.Palavras-chave:Prematuridade. Aleitamento. Recém-nascido. Projeto Mãe-Canguru

    Síndrome de Cronkhite-Canada: Cronkhite Syndrome Canada

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    Introdução: A Síndrome de Cronkhite-Canada é uma, apesar de rara, importante causa de alopecia, além de alterações ungueais, cutâneas e gastrointestinais, podendo as últimas serem fator de risco para o desenvolvimento de câncer do trato gastrointestinal. É possível encontrar pólipos distribuídos por todo o trato gastrointestinal. Pouco se sabe sobre sua etiologia, mas são consideradas causas infecciosas, autoimunes, alérgicas e genéticas, podendo ter como fatores predisponentes o estresse físico e mental. Apresentação do caso: Homem, 63 anos, trabalhador braçal, comparece à unidade de pronto atendimento com quadro de diarreia, náuseas, vômitos e dor em região abdominal há 2 meses, associado a perda ponderal, hipogeusia, unhas quebradiças e queda de cabelo. Endoscopia digestiva alta demonstrou polipose acentuada em estômago e duodeno. A histologia do material analisado explanou hamartomas, leve infiltração de células inflamatórias eosinofílicas, edema submucoso e dilatação de glândulas mucosas. Discussão: A SCC Apresenta um prognóstico ruim com taxa de mortalidade que ultrapassa 50% devido a doença ser progressiva com curso variável, pois a sua etiologia ainda é desconhecida. O diagnóstico depende de características patológicas, clínicas  e  endoscópicas. Porém, o diagnóstico geralmente é atrasado devido à sua raridade e à falta de um algoritmo diagnóstico. Conclusão: recomenda-se que no atendimento de um paciente apresentando as alterações descritas acima, a SCC entre como hipótese diagnóstica e seja feita uma busca ativa com exames endoscópicos e histopatológicos na suspeita de anormalidade no padrão dos pólipos. Além disso, deve ser associado a um conhecimento dermatológico amplo

    Hemangioma hepático gigante: Giant hepatic hemangioma

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    Introdução: Devido à maior disponibilidade de exames de imagem, os tumores hepáticos estão cada vez mais presentes na prática clínica, tendo como o mais comum o hemangioma (5-20%) da população, com maior incidência em mulheres (5:1). Por ser comumente diagnosticado de maneira incidental, os hemangiomas gigantes podem cursar com sintomas condutores a suspeita. Apresentação do caso: MCRM, sexo feminino, 33 anos de idade, admitida no PS Ciams Urias Magalhães, com quadro de desconforto no abdome superior, sensação de plenitude. Negou comorbidades e uso de medicamentos. Estável hemodinamicamente, massa palpável em abdome. Tomografia de tórax evidenciou lesão de 7 cm em seu maior diâmetro, compatível com hemangioma. Discussão: o tratamento se mantém controverso. Atualmente, a conduta é expectante, exceto em casos de pacientes sintomáticos, tumores gigantes (>4 cm ), com complicações e desejo de engravidar. Nesses casos, o tratamento cirúrgico é indicado, sendo eles a ressecção hepática ou a hepatectomia. Conclusão: Geralmente, são tumores hepáticos benignos e assintomáticos, apesar de estarem sendo cada vez mais diagnosticados os hemangiomas gigantes. As complicações são raras, como rotura, abscesso, Síndrome de Kasabach-Merritt e icterícia por obstrução, ficando reservado o transplante hepático nesses casos mais graves
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