26 research outputs found

    A emergência de uma nova ruralidade nas sociedades modernas avançadas – o “rural” como espaço singular e ator coletivo

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    O artigo propõe uma reflexão sobre as transformações do mundo rural nas sociedades modernas avançadas. Tendo como eixo central a afirmação de que o rural permanece uma categoria pertinente para a análise destas sociedades, o trabalho baseia-se em uma bibliografia relativamente pouco difundida no Brasil e considera especialmente as relações entre o mundo rural e o mundo urbano, as transformações da agricultura e os novos contornos da ruralidade

    O campesinato brasileiro: uma história de resistência

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    A representação da agricultura brasileira associada a grandes propriedades monocultoras e agroexportadoras é fruto de uma "amnésia social" que nega a contribuição do campesinato para a sociedade. Definido como uma forma social de produção, ao campesinato corresponde a um modo de vida e à uma cultura. É necessário, pois, compreender as estratégias fundiárias, produtivas e familiares que favoreceram, no Brasil, a ocupação de espaços precários e provisórios ou a criação efetiva de comunidades camponesas com maior perenidade. A modernização da agricultura no século XX provocou a expulsão dos moradores e dos posseiros. Com a redemocratização, os movimentos sociais rurais reinscrevem no debate da sociedade a atualidade da questão fundiária e a pertinência das lutas pela terra. Os recentes debates teóricos e políticos a respeito das categorias "campesinato" e "agricultura familiar" confirmaram a constituição de um setor de agricultores não patronais e não latifundiários, que exercitam formas próprias de viver e trabalhar, confirmada pelos dados do Censo Agropecuário de 2006. Os estabelecimentos agrícolas economicamente mais precários foram considerados, inicialmente, como uma "franja periférica", enquanto os programas territoriais os incorporaram na condição de "pobres do campo". A inclusão produtiva que corresponde a este tipo de agricultor deveria considerar sua histórica resistência como camponeses

    Agricultura familiar e campesinato: rupturas e continuidade

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    O presente artigo propõe uma reflexão sobre os conceitos de campesinato e de agricultura familiar. Muito freqüentemente, associa-se o primeiro às suas formas dominantes nas sociedades tradicionais, ao passo que se desconsidera a história camponesa da agricultura familiar. A hipótese proposta é a de que, nas sociedades modernas, mais do que propriamente uma passagem irreversível e absoluta da condição de camponês tradicional para a de agricultor familiar “moderno”, teríamos que considerar, simultaneamente, pontos de rupturas e elementos de continuidade entre as duas categorias sociais.

    The Brazilian Rural World: access to goods and services and countryside-city integration

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    ABSTRACT The rural world is a space of life, a place of residence for a large number of Brazilians, where they come from and where they experience the world. The theme of the paper will be the forms and social processes that assure the rural population access to the goods and services produced and available in Brazilian society. This access is assumed to be an indicator of the participation of the Brazilians living in the countryside in the results of the social progress obtained by society in general and the effective expression of the constitutional principle of equal opportunities for all citizens. The official definitions of the rural environment in Brazil always take it to be the area surrounding urban centers, many of which are small agglomerations. As a result offers of employment and services are not widely available locally, which results, on the one hand, in the precariousness that can be observed in many Brazilian rural areas and, on the other, in the need for local populations to have to travel, often covering large distances

    Agricultura familiar e campesinato: rupturas e continuidade

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    O presente artigo propõe uma reflexão sobre os conceitos de campesinato e de agricultura familiar. Muito freqüentemente, associa-se o primeiro às suas formas dominantes nas sociedades tradicionais, ao passo que se desconsidera a história camponesa da agricultura familiar. A hipótese proposta é a de que, nas sociedades modernas, mais do que propriamente uma passagem irreversível e absoluta da condição de camponês tradicional para a de agricultor familiar “moderno”, teríamos que considerar, simultaneamente, pontos de rupturas e elementos de continuidade entre as duas categorias sociais.

    O mundo rural brasileiro: acesso a bens e serviços e integração campo-cidade

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    O mundo rural é um espaço de vida, lugar de residência de um grande número de brasileiros, de onde eles vem e vivem o mundo. A comunicação terá como tema as formas e os processos sociais que asseguram o acesso da população rural aos bens e serviços produzidos e disponíveis na sociedade brasileira. O pressuposto é de que esse acesso constitui um indicador da participação dos brasileiros que vivem no campo nos resultados do progresso social atingido pela sociedade em seu conjunto e a expressão efetiva do princípio constitucional da igualdade de chances a todos os cidadãos. As definições oficiais sobre o meio rural no Brasil o consideram sempre como o entorno de centros urbanos, muitos dos quais são pequenos aglomerados. Em consequência, as ofertas de emprego e os serviços são pouco disponíveis localmente, do que resulta, por um lado, a precariedade que se observa em grande parte das zonas rurais brasileiras e, por outro lado, a necessidade de deslocamento da população local, frequentemente sobre grandes distâncias
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