22 research outputs found

    Assistência pré-natal na rede pública do Brasil

    Get PDF
    OBJECTIVE: To verify regional inequalities regarding access and quality of prenatal and birth care in Brazilian public health services and associated perinatal outcomes. METHODS: Birth in Brazil was a national hospital-based survey conducted between 2011 and 2012, which included 19,117 women with public-funded births. Regional differences in socio-demographic and obstetric characteristics, as well as differences in access and quality of prenatal and birth care were tested by the χ2 test. The following outcomes were assessed: spontaneous preterm birth, provider-initiated preterm birth, low birth weight, intrauterine growth restriction, Apgar in the 5th min < 8, neonatal and maternal near miss. Multiple and non-conditional logistic regressions were used for the analysis of the associated perinatal outcomes, with the results expressed in adjusted odds ratio and 95% confidence interval. RESULTS: Regional inequalities regarding access and quality of prenatal and birth care among users of public services are still evident in Brazil. Pilgrimage for birth associated with all perinatal outcomes studied, except for intrauterine growth restriction. The odds ratios ranged between 1.48 (95%CI 1.23–1.78) for neonatal near miss and 1.62 (95%CI 1.27–2.06) for provider-initiated preterm birth. Among women with clinical or obstetric complications, pilgrimage for birth associated with provider-initiated preterm birth and with Apgar in the 5th min < 8, odds ratio of 1.98 (95%CI 1.49–2.65) and 2.19 (95%CI 1.31–3.68), respectively. Inadequacy of prenatal care associated with spontaneous preterm birth in both groups of women, with or without clinical or obstetric complications. CONCLUSION: Improvements in the quality of prenatal care, appropriate coordination and comprehensive care at the time of birth have a potential to reduce prematurity rates and, consequently, infant morbidity and mortality rates in the country.OBJETIVO: Verificar desigualdades regionais no acesso e na qualidade da atenção ao pré-natal e ao parto nos serviços públicos de saúde no Brasil e a sua associação com a saúde perinatal. MÉTODOS: Nascer no Brasil foi uma pesquisa nacional de base hospitalar realizada entre 2011 e 2012, que incluiu 19.117 mulheres com pagamento público do parto. Diferenças regionais nas características sociodemográficas e obstétricas, bem como as diferenças no acesso e qualidade do pré-natal e parto foram testadas pelo teste do χ2 . Foram avaliados os desfechos: prematuridade espontânea, prematuridade iniciada por intervenção obstétrica, baixo peso ao nascer, crescimento intrauterino restrito, Apgar no 5º min < 8, near miss neonatal e near miss materno. Para a análise dos desfechos perinatais associados, foram utilizadas regressões logísticas múltiplas e não condicionais, com resultados expressos em odds ratio ajustada e intervalo de confiança de 95%. RESULTADOS: As desigualdades regionais ainda são evidentes no Brasil, no que diz respeito ao acesso e qualidade do atendimento pré-natal e ao parto entre as usuárias dos serviços públicos. A peregrinação para o parto se associou a todos os desfechos perinatais estudados, exceto para crescimento intrauterino restrito. As odds ratios variaram de 1,48 (IC95% 1,23–1,78) para near miss neonatal a 1,62 (IC95% 1,27–2,06) para prematuridade iniciada por intervenção obstétrica. Entre as mulheres com alguma complicação clínica ou obstétrica, a peregrinação se associou ainda mais com a prematuridade iniciada por intervenção e com Apgar no 5º min < 8, odds ratio de 1,98 (IC95% 1,49–2,65) e 2,19 (IC95% 1,31–3,68), respectivamente. A inadequação do pré-natal se associou à prematuridade espontânea em ambos os grupos de mulheres. CONCLUSÃO: Melhorar a qualidade do pré-natal, a coordenação e a integralidade do atendimento no momento do parto têm um impacto potencial nas taxas de prematuridade e, consequentemente, na redução das taxas de morbimortalidade infantil no país

    Fetal and infant outcomes of teenage pregnancy and its recurrence: a study in the city of Rio de Janeiro

    No full text
    Submitted by Gilvan Almeida ([email protected]) on 2016-08-10T18:31:00Z No. of bitstreams: 2 1107.pdf: 2940692 bytes, checksum: 82f060d52ecbb5812ac32dc9574ae5c0 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5)Approved for entry into archive by Maria Arruda ([email protected]) on 2018-02-20T18:13:15Z (GMT) No. of bitstreams: 2 1107.pdf: 2940692 bytes, checksum: 82f060d52ecbb5812ac32dc9574ae5c0 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5)Made available in DSpace on 2018-02-20T18:13:15Z (GMT). No. of bitstreams: 2 1107.pdf: 2940692 bytes, checksum: 82f060d52ecbb5812ac32dc9574ae5c0 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2011Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Esta tese é produto do Estudo da Morbi-mortalidade e da Atenção Peri e Neonatal no Município do Rio de Janeiro . O estudo teve o propósito de investigar os resultados fetais e infantis da gravidez na adolescência e da sua recorrência no município. A tese foi apresentada sob a forma de artigos. No primeiro deles, o objetivo foi identificar o efeito da gravidez na adolescência e de outros determinantes da mortalidade fetal e infantil no Município do Rio de Janeiro, usando o modelo de análise hierarquizada. Uma amostra com 9.041 nascimentos e 228 óbitos foi selecionada. A gravidez na adolescência se destacou como variável com efeito direto para o óbito no período pós-neonatal. O baixo peso ao nascer e a prematuridade foram corroborados como determinantes do óbito fetal e neonatal. A agressão física surgiu como importante determinante do óbito neonatal. Os resultados mostraram o efeito protetor do pré-natal adequado para o óbito fetal e neonatal. Os achados do segundo artigo apontaram a magnitude da recorrência da gravidez adolescência no município e verificou a associação entre as gestações sucessivas, o perfil das adolescentes e os efeitos adversos na saúde do recém-nascido. A análise estatística testou a hipótese de homogeneidade de proporções mediante análise bi e multivariada. Observou-se que, entre as 1.986 adolescentes, 31,4 por cento já haviam experimentado a maternidade anteriormente. Características socioeconômicas e viver com o companheiro se associaram com a recorrência da gravidez na adolescência.Os filhos de adolescentes com gestações sucessivas tiveram maior chance de óbito no período perinatal do que filhos de adolescentes na primeira gestação. Na última parte do estudo, apresentada no terceiro artigo, verificou-se o papel da agressão física na gestação de adolescentes e adultas jovens com seus parceiros íntimos e os desfechos para o recém-nascido. A análise estatística testou a hipótese de homogeneidade de proporções mediante análise bi e multivariada, usando uma amostra com 8.961 puérperas. Os resultados do estudo mostraram maior desvantagem para as mulheres que relataram ter sofrido agressão física na gravidez, havendo associação com o aumento do consumo de bebida alcoólica e drogas ilícitas, pior rendimento escolar, tentativa de interrupção da gestação e falta de apoio do pai da criança. A análise também mostrou um efeito significativo da agressão física na gravidez na mortalidade neonatal mesmo quando controlado pelas outras variáveis consideradas no estudo. No grupo de puérperas adultas jovens, o efeito também foi verificado em relação ao baixo peso ao nascer. Os achados desse estudo apontam a necessidade de investimento na prevenção do baixo peso ao nascer e da prematuridade para a redução da mortalidade infantil. Em particular, merece destaque a necessidade de uma abordagem integral em saúde no atendimento das adolescentes durante a gestação e pós-parto, incluindo um olhar mais atento e sensível à ocorrência de agressão física entre parceiros íntimos, a auto-estima materna e a recorrência da gravidez na adolescência

    Fatores associados à agressão física em gestantes e os desfechos negativos no recém-nascido

    Get PDF
    OBJETIVO: Verificar os fatores socioeconômicos, demográficos e reprodutivos associados à agressão física na gestação e os desfechos negativos para o recém-nascido em dois grupos de mulheres: adolescentes e adultas jovens. MÉTODO: Estudo transversal com uma amostra de 8.961 puérperas que se hospitalizaram em maternidades do município do Rio de Janeiro por ocasião do parto. Para testar hipótese de homogeneidade de proporções foi utilizado o teste χ². A razão de chances e os intervalos de confiança foram estimados através de regressão logística. RESULTADOS: Foi apontado que 5% das adolescentes e 2,5% das adultas jovens sofreram agressão física na gravidez. Em ambos os grupos, as variáveis associadas com o abuso físico foram: menor nível de escolaridade, menor apoio do pai da criança e maior tentativa de interrupção da gestação. O aumento no consumo de bebida alcoólica mostrou associação com o abuso físico apenas no grupo de adolescentes, e o uso de drogas ilícitas somente entre as adultas jovens. Os filhos das puérperas agredidas tiveram duas vezes mais chances de óbito neonatal, e três vezes mais de óbito pós-neonatal. Por outro lado, a assistência pré-natal de boa qualidade reduziu a chance de agressão física durante a gestação. CONCLUSÕES: Os resultados alertam para o aumento da chance de óbito neonatal e pós-neonatal entre os filhos das vítimas de agressão física durante a gestação e apontam para a importância do pré-natal na identificação de mulheres sob maior risco de episódios violentos, momento oportuno para o desenvolvimento de ações de proteção e cuidado à mãe e ao bebê

    Fatores associados à agressão física em gestantes e os desfechos negativos no recém-nascido Factors associated with physical aggression in pregnant women and adverse outcomes for the newborn

    No full text
    OBJETIVO: Verificar os fatores socioeconômicos, demográficos e reprodutivos associados à agressão física na gestação e os desfechos negativos para o recém-nascido em dois grupos de mulheres: adolescentes e adultas jovens. MÉTODO: Estudo transversal com uma amostra de 8.961 puérperas que se hospitalizaram em maternidades do município do Rio de Janeiro por ocasião do parto. Para testar hipótese de homogeneidade de proporções foi utilizado o teste &#967;². A razão de chances e os intervalos de confiança foram estimados através de regressão logística. RESULTADOS: Foi apontado que 5% das adolescentes e 2,5% das adultas jovens sofreram agressão física na gravidez. Em ambos os grupos, as variáveis associadas com o abuso físico foram: menor nível de escolaridade, menor apoio do pai da criança e maior tentativa de interrupção da gestação. O aumento no consumo de bebida alcoólica mostrou associação com o abuso físico apenas no grupo de adolescentes, e o uso de drogas ilícitas somente entre as adultas jovens. Os filhos das puérperas agredidas tiveram duas vezes mais chances de óbito neonatal, e três vezes mais de óbito pós-neonatal. Por outro lado, a assistência pré-natal de boa qualidade reduziu a chance de agressão física durante a gestação. CONCLUSÕES: Os resultados alertam para o aumento da chance de óbito neonatal e pós-neonatal entre os filhos das vítimas de agressão física durante a gestação e apontam para a importância do pré-natal na identificação de mulheres sob maior risco de episódios violentos, momento oportuno para o desenvolvimento de ações de proteção e cuidado à mãe e ao bebê.<br>OBJECTIVE: To assess the socioeconomic, demographic, and reproductive factors associated with physical aggression during pregnancy, and the negative outcomes for the newborn in two groups of women: adolescents and young adults. METHOD: Cross-sectional study with a sample of 8,961 mothers who were admitted to hospitals of the city of Rio de Janeiro during delivery. To test the hypothesis of homogeneity of proportions, the chi-squared test was used. Odds ratio and confidence intervals were estimated using logistic regression. RESULTS: 5.0% of the adolescents and 2.5% of the young adult women suffered physical violence during pregnancy. In both groups, the variables associated with physical abuse were lower educational level, lower support from the child's father, and more attempts to interrupt the pregnancy. The increase in alcohol consumption was associated with physical abuse only in the group of adolescents; illicit drug use was only associated with physical abuse in young adults. The children of abused mothers had a two-fold increased chance of neonatal death, and a three-fold increased chance of post-neonatal death. Conversely, good quality prenatal care reduced the chance of physical aggression during pregnancy. CONCLUSIONS: The results emphasize the increased chance of neonatal and post-neonatal mortality among children of victims of physical abuse during pregnancy, and indicate the importance of prenatal care to identify women at higher risk of suffering aggression, the appropriate time to provide measures of protection and care for mother and baby

    Adequação da assistência pré-natal segundo as características maternas no Brasil

    No full text
    Submitted by Fábio Marques ([email protected]) on 2018-10-10T19:23:15Z No. of bitstreams: 1 Adequacao da assistencia pre-natal_Rosa_Domingues_etal_INI_Lapclin-AIDS_2015.pdf: 376685 bytes, checksum: 7640f0b27d03633a2fff78dc1e00e2a5 (MD5)Approved for entry into archive by Regina Costa ([email protected]) on 2018-10-11T15:44:50Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Adequacao da assistencia pre-natal_Rosa_Domingues_etal_INI_Lapclin-AIDS_2015.pdf: 376685 bytes, checksum: 7640f0b27d03633a2fff78dc1e00e2a5 (MD5)Made available in DSpace on 2018-10-11T15:44:50Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Adequacao da assistencia pre-natal_Rosa_Domingues_etal_INI_Lapclin-AIDS_2015.pdf: 376685 bytes, checksum: 7640f0b27d03633a2fff78dc1e00e2a5 (MD5) Previous issue date: 2015Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Laboratório de Pesquisa Clínica em DST/AIDS. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca. Departamento de Epidemiologia e Métodos Quantitativos em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Fiqueiras. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Agência Nacional de Saúde Suplementar. Rio de Janeiro, RJ, BrasilFundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca. Departamento de Epidemiologia e Métodos Quantitativos em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca. Departamento de Epidemiologia e Métodos Quantitativos em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil

    Economic and racial inequalities in the prenatal care of pregnant teenagers in Brazil, 2011-2012

    No full text
    Abstract Objectives: to analyze the prenatal care of pregnant teenagers interviewed in the post-partum period in Brazilian maternity hospitals, according to economic status and skin color. Methods: data were obtained from the Birth in Brazil study, a national hospital-based survey in 2011 and 2012. Information was obtained from interviews with the postpartum women and from data collected from their prenatal cards. Multivariate logistic regression was used to verify whether maternal and prenatal care characteristics were associated with ina-dequate prenatal care. Results: a total of 3,317 teenage mothers were interviewed in the postpartum period, 84.4% of whom had received inadequate prenatal care, with worse results for lower-income, lower-schooling, and multiparous teens. In the same way, it became evident the higher proportion of black teenagers and those from economic classes D/E among those who failed to receive routine laboratory tests, who received little orientation on the pregnancy, labor, and childbirth, and who were forced to go from one maternity hospital to another before being admitted to give birth. Conclusions: strategies targeted to the most vulnerable pregnant teenagers should be implemented in order to achieve greater equality in teenagers’ prenatal care, seeking to assure easier access, earlier initiation of care, and greater case-resolution capacit

    Adequação da assistência pré-natal segundo as características maternas no Brasil

    No full text
    OBJETIVO: Verificar o grau de adequação da assistência pré-natal no Brasil e sua associação com características sociodemográficas das mulheres. MÉTODOS: Este estudo nacional de base hospitalar foi realizado com 23 894 mulheres em 2011 e 2012. Os dados foram obtidos a partir de entrevistas com a puérpera e dos cartões de pré-natal. Considerou-se assistência pré-natal adequada aquela iniciada até a 12 semana gestacional, com realização de no mínimo seis consultas (número de consultas corrigido para a idade gestacional no momento do parto), registro no cartão de pré-natal de pelo menos um resultado de cada um dos exames preconizados na rotina de pré-natal e recebimento de orientação para maternidade de referência. Realizou-se regressão logística multivariada para verificar a associação entre características maternas e o grau de adequação da assistência pré-natal. RESULTADOS: Início precoce da atenção pré-natal foi observado em 53,9% das gestantes, número adequado de consultas em 73,2%, registro de pelo menos um exame preconizado em 62,9%, orientação para maternidade de referência em 58,7% e assistência pré-natal global adequada em 21,6%. Menor adequação do pré-natal foi observada em mulheres mais jovens, de pele preta, multíparas, sem companheiro, sem trabalho remunerado, com menos anos de estudo, de classes econômicas mais baixas e residentes nas regiões Norte e Nordeste do país. Após ajuste para características maternas, não foram observadas diferenças entre serviços públicos e privados quanto ao grau de adequação do cuidado pré-natal. CONCLUSÕES: A assistência pré-natal no Brasil alcançou cobertura praticamente universal, mas persistem desigualdades regionais e sociais no acesso a um cuidado adequado. Estratégias para facilitar o ingresso precoce no pré-natal são essenciais
    corecore