Acompanhamento clínico da antropometria indicativa de sarcopernia em pacientes oncológicos/ Clinical follow-up of anthropometry indicative of sarcopernia in cancer patients

INTRODUÇÃO: A desnutrição e a sarcopenia são encontrados frequentemente em indivíduos com câncer e apresenta impacto negativo nos resultados clínicos. Isso se deve à redução na ingestão alimentar, a alterações metabólicas e ao aumento da demanda calórica pelo crescimento tumoral, sendo as intervenções nutricionais de grande importância na reversibilidade do quadro. OBJETIVO: Avaliar a evolução das medidas antropométricas e da força de preensão palmar em pacientes oncológicos clínicos. METODOLOGIA: Trata-se de uma coorte retrospectiva realizada a partir de fichas de avaliação nutricional contendo dados antropométricos (peso, altura, circunferência da panturrilha), força de preensão palmar, dados clínicos (localização da neoplasia) e dados sócio demográficos de pacientes idosos atendidos no ambulatório de nutrição oncológica do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira, no período de acompanhamento de três meses nos anos de 2018 e 2019. RESULTADOS: A amostra foi composta por 61 pacientes, o tipo de câncer mais frequente foram os de cabeça e pescoço e do trato gastrointestinal(77%). Com relação ao estado nutricional, houve uma redução na frequência de desnutrição de 68,9% para 65,6% em 3 meses de acompanhamento. A maioria dos pacientes (83,6%) não apresentou perda de peso durante o acompanhamento nutricional. Além disso, houve um aumento da força de preensão palmar de 21,62kg para 23,16kg (p 0.028). CONCLUSÃO: Uma vez que o estado nutricional influencia na tolerância e eficácia ao tratamento oncológico, torna-se importante o acompanhamento nutricional a fim de auxiliar a preservação da massa muscular

Associação entre nutrição enteral, antropometria e desfecho clínico em pacientes oncológicos hospitalizados / Association between enteral nutrition, anthropometry and clinical outcome in hospitalized cancer patients

Introdução: Os pacientes com diagnóstico de neoplasia por vezes apresentam comprometimento no estado nutricional tendo impacto negativo nos resultados clínicos. Nos casos em que não é possível atingir no mínimo 60% das necessidades nutricionais por via oral, faz-se necessário o uso da terapia nutricional enteral. O objetivo deste estudo é descrever a associação entre nutrição enteral e as características clínicas e antropométricas de pacientes oncológicos hospitalizados. Métodos: Trata-se de uma coorte retrospectiva, realizada através dos dados das fichas de acompanhamento nutricional enteral dos pacientes da oncologia adulto do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira, entre janeiro de 2019 a fevereiro de 2020. Resultados: Foram avaliadas informações sobre o estado nutricional, as características da terapia nutricional e o desfecho clínico. A amostra foi composta por 44 pacientes, com idade média de 58,09 + 12,20 anos. A localização tumoral mais frequente foi a de cânceres de cabeça e pescoço, representando 52,3%. Grande parte dos pacientes estavam em estágio metastático (47,7%), que pode ser relacionado ao alto percentual de indivíduos em risco nutricional (84,09%), corroborando ainda com a frequência de baixo peso classificada segundo Índice de massa corpórea, assim como a depleção de massa muscular e tecido adiposo segundo adequação da circunferência do braço. Adicionalmente, 40,9% dos pacientes não atingiram as suas cotas calórico-proteicas mínimas pela terapia de nutrição enteral (TNE). Daqueles que atingiram as necessidades nutricionais estimadas, 69,23% evoluíram para alta hospitalar, apesar da ausência da associação entre o uso da TNE e o desfecho clínico. Conclusão: A elevada frequência de desnutrição e risco nutricional encontrada neste estudo aponta a suscetibilidade dessa população, e ressalta a importância do acompanhamento nutricional individualizado com atenção à terapia nutricional enteral, com o objetivo de melhorar o estado nutricional e consequentemente, o quadro clínico desses pacientes

Covid-19 em pacientes oncológicos: perfil nutricional e desfecho clinico / Covid-19 in cancer patients: nutritional profile and clinical outcome

INTRODUÇÃO: A Coronavírus disease (COVID-19) é uma doença causada pelo Coronavírus, cuja a transmissão ocorre principalmente por meio de gotículas respiratórias. Dados clínicos e epidemiológicos expõem que comorbidades específicas aumentam o risco de infecção, lesão pulmonar e morte. Pacientes oncológicos correspondem a um grupo populacional vulnerável em apresentar a forma grave da doença. OBJETIVOS: Descrever estado nutricional e o desfecho clínico de pacientes oncológicos com COVID-19. METODOLOGIA: Estudo transversal retrospectivo e prospectivo, realizado com ficha de acompanhamento nutricional de pacientes oncológicos, diagnosticados com COVID-19. Foram coletadas variáveis demográficas e estilo de vida, variáveis clinicas, variáveis antropométricas, e dados referentes as principais sintomatologias associadas ao COVID-19.  RESULTADOS:  A amostra foi composta por 23 pacientes de ambos os sexos. O tipo de câncer mais prevalente foi o do trato gastrointestinal e mais da metade da de amostra estava em tratamento quimioterápico. Apresentaram faltar de ar e tosse como principal sintoma apresentado (30,4%), e a maioria necessitou de suporte intensivo. Quando avaliado o estado nutricional, observamos a prevalência de 47,8% de excesso de peso, em contrapartida, 65% dos pacientes referiram perda de peso em 3 meses, caracterizando uma perda de peso grave. CONCLUSÃO: O estudo demonstrou que pacientes com maiores médias de IMC apresentaram necessidade de cuidados intensivos no tratamento da infecção por COVID-19, que pode ser justificado pelo processo inflamatório no paciente obeso