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    Prevalência e fatores associados da angina do peito na população adulta do Brasil: Pesquisa Nacional de Saúde, 2019

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    Objective: To estimate the population prevalence of angina pectoris in the Brazilian adult population according to sociodemographic characteristics and by Federated Units. Methods: Cross-sectional descriptive study that analyzed the data from the National Health Survey (PNS-2019) and assessed angina in the Brazilian population. Angina was defined as chest pain or discomfort when climbing hills or a flight of stairs or when walking fast on plane (angina I) or when walking at normal speed on plane (angina II). Prevalence, crude, and adjusted prevalence ratio were calculated, with a 95% confidence interval (95% CI), according to sociodemographic characteristics (gender, age group, self-reported race/skin color and region of residence) and federative units. Results: The prevalence of mild angina (grade I) was 8.1% and of moderate / severe angina (grade II) was 4.5%, both more prevalent in women (9.8% and 5.5%, respectively). The prevalence increased progressively with age and were inverse to the years of formal study. Grade I angina was higher in individuals of self-reported black race/skin color and residents of Sergipe (10,4%). Angina II was more prevalent in people of self-reported brown race/skin color and in Amazonas (6.3%). Conclusion: Angina affects more than 10% of the Brazilian population over 18 years old, with higher prevalence in states in the North and Northeast. It is a problem that affects the most vulnerable populations unequally, revealing the importance of coronary heart disease as a public health problem and the need to think about Public Policies aimed at these strata of the population.Objetivo: Estimar a prevalência e fatores associados à angina do peito na população adulta brasileira e por Unidades Federadas. Métodos: Estudo transversal descritivo que analisou os dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS-2019) e avaliou a angina na população brasileira. A angina foi definida como dor ou desconforto no peito ao subir ladeiras ou um lance de escadas ou ao caminhar rápido no plano (angina I) ou ao caminhar em velocidade normal no plano (angina II). Foram calculadas as prevalências, razão de prevalência bruta e ajustada, com intervalo de confiança de 95% (IC95%), segundo características sociodemográficas (sexo, faixa etária, raça/cor da pele autodeclarada e região de moradia) e unidades federativas. Resultados: A prevalência de angina leve (grau I) foi de 8,1% e da angina moderada/grave (grau II) foi 4,5%, ambas mais prevalentes em mulheres (9,8% e 5,5%, respectivamente). As prevalências aumentaram progressivamente com a idade e foram inversas aos anos de estudo formal. Angina grau I foi mais elevada em indivíduos da raça/cor da pele autodeclarada preta e residentes em Sergipe (10,4%). A angina II foi mais prevalente em pessoas de raça/cor da pele autodeclarada parda e no Amazonas (6,3%). Conclusão: A angina afeta mais de 10% da população brasileira acima de 18 anos com maior prevalência em estados do Norte e Nordeste. É um agravo que atinge de forma desigual as populações mais vulneráveis, revelando a importância da doença coronariana como problema de saúde pública e a necessidade de se pensar em Políticas Públicas voltadas para esses estratos da população

    Comportamento sexual e uso de preservativos na população brasileira: análise da Pesquisa Nacional de Saúde, 2019

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    Objective: The objective of this research was to describe the sexual behaviors and condom use in the Brazilian population. Methods: This is a cross-sectional, descriptive study, which used data from 88,531 individuals aged 18 years or older, who answered the second edition of the National Health Survey carried out in 2019. Prevalence was estimated with the respective 95% confidence intervals for each sexual behavior indicator and condom use according to sex, age, race / skin color, educational level and region of residence. Results: The majority of the Brazilian population has had sexual intercourse at some point in their lives (93.9%). Mean age of initiation was 17.3 years. Prevalence of consistent condom use was only 22.8%, being even lower among women (20,9%). Moreover, 59% of the population reported not having used a condom in the past 12 months, been the main reason trusting their partner (73.4%). The use of health services to obtain condoms was only 10.7%. It was observed that women, individuals with a higher age group, less education and income had worse results in relation to the analyzed indicators, in addition to regional disparities. Conclusion: Low prevalence of condom use was observed in the Brazilian population. In addition, important socioeconomic and demographic disparities were observed, pointing out the need to revisit, strengthen and expand public policies in the sexual and reproductive health field in order to prevent risky sexual behaviors and promote condom use, including double protection.Objetivo: O objetivo dessa pesquisa foi descrever os comportamentos relacionados à atividade sexual e ao uso de preservativos na população brasileira. Métodos: Trata-se de estudo transversal, descritivo, que utilizou dados de 88.531 indivíduos com 18 anos ou mais, que responderam à segunda edição da Pesquisa Nacional de Saúde realizada em 2019. Foram estimadas as prevalências com os respectivos intervalos de 95% de confiança para cada indicador relativo ao comportamento sexual e uso de preservativos de acordo com sexo, idade, raça/cor, nível de escolaridade e região de moradia. Resultados: A maioria da população brasileira já teve relação sexual alguma vez na vida (93,9%), sendo a idade média de iniciação de 17,3 anos. A prevalência do uso consistente de preservativos foi de apenas 22,8%, sendo ainda menor entre as mulheres (20,9%). Ainda, 59% da população referiu não ter usado preservativo nenhuma vez nos últimos 12 meses, sendo o principal motivo do não uso confiar no parceiro (73,4%). O uso dos serviços de saúde para obter preservativos foi de apenas 10,7%. Observou-se que mulheres, indivíduos com faixa etária maior, menor escolaridade e renda apresentaram piores resultados em relação aos indicadores analisados, além das disparidades regionais. Conclusão: Observou-se uma baixa prevalência do uso de preservativos na população brasileira, além de importantes disparidades socioeconômicas e demográficas, apontando a necessidade de revisitar, fortalecer e ampliar as políticas públicas no campo da saúde sexual e reprodutiva, com vistas à prevenção de comportamentos sexuais de risco e promoção abrangente do uso do preservativo, incluindo a dupla proteção

    Atividade física de lazer na população adulta brasileira: Pesquisa Nacional de Saúde 2013 e 2019

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    Objective: The aim of this study was to analyze the prevalence of leisure-time physical activity (PA) in 2013 and 2019 according to sociodemographic characteristics in Brazilian adults. Methods: We analyzed data from the National Health Surveys (PNS) conducted in 2013 and 2019. Prevalence of leisure-time PA (150+ minutes per week in physical activities) was calculated according to sex, age, education, race/skin color, Federative Units and regions of Brazil in 2013 and 2019. Poisson regression models and 95% confidence intervals (CI) were used to compare leisure-time PA across different groups in 2013 and 2019. Results: The proportion of Brazilian adults active in leisure-time increased from 22.7% (95%CI: 22.06-23.34 in 2013 to 30.1% (95%CI: 29.44-30.67) in 2019. The prevalence of leisure-time physical activity increased between 2013 and 2019 in 23 of the 27 Federative Units in Brazil. Both in 2013 and in 2019, the proportion of active people during leisure time was higher in men, young people, with a high level of education and individuals with white skin color. Overall, the magnitude of the observed differences in leisure-time PA between sociodemographic groups slightly decreased from 2013 to 2019. Conclusion: Despite the increase in the prevalence of leisure-time physical activity among Brazilian adults in the last six years, marked sociodemographic inequalities persist. The success of future public policies to promote physical activity in leisure must be evaluated from the perspective of social determinants of health and the reduction of inequalities in the practice of physical activity.Objetivo: Analisar a prática de atividade física (AF) no lazer de 2013 e 2019 na população adulta brasileira e segundo características sociodemográficas. Métodos: Análise da base de dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), comparando-se o indicador de AF no lazer na PNS 2013 e 2019. A prevalência de AF no lazer (150+ minutos por semana em atividades físicas) foi calculada de acordo com sexo, idade, escolaridade, raça/cor da pele, Unidades Federativas e regiões do Brasil em 2013 e 2019. Análises de regressão de Poisson e intervalos de confiança (IC) de 95% foram utilizados para a comparação da atividade física no lazer entre diferentes grupos populacionais em 2013 e 2019. Resultados: A proporção de adultos brasileiros ativos no lazer aumentou de 22,7% (IC95%: 22,06-23,34) em 2013 para 30,1% (IC95%: 29,44-30,67) em 2019. A prevalência de atividade física no lazer aumentou entre 2013 e 2019 em 23 das 27 Unidades Federativas do Brasil. Tanto em 2013 quanto em 2019, a proporção de ativos no lazer foi maior em homens, jovens, com alta escolaridade e indivíduos com cor da pele branca. De uma forma geral, a magnitude da diferença na prática de atividade física entre grupos sociodemográficos observada em 2013 diminuiu ligeiramente em 2019. Conclusão: Apesar do aumento na prevalência de atividade física no lazer em adultos brasileiros nos últimos seis anos, marcadas desigualdades sociodemográficas ainda persistem. O sucesso de futuras políticas públicas de promoção da atividade física no lazer deve ser avaliado sob a ótica dos determinantes socias de saúde e da redução de desigualdades na prática de atividade física

    Pesquisa Nacional de Saúde 2019: histórico, métodos e perspectivas

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    This article presents the history and construction of the National Health Survey (PNS) 2019, a household survey conducted in partnership with the Brazilian Institute of Geography and Statistics. The objective was to provide the country with information on the determinants, conditions and health needs of the Brazilian population. The expected sample was 108,525 households, considering a non-response rate of 20%. The questionnaire had three parts: (i) regarding the household; (ii) to all residents of the household, focusing on the collection of socioeconomic and health information; and (iii) aimed at the selected resident (15 years or more) for whom lifestyles, chronic diseases, violence, among other topics were investigated, and anthropometric measures (sub-sample) were measured. The PNS information will serve as a basis for the (re)formulation of health policies, as well as support for existing actions and programs of the Unified Health System.Este artigo apresenta o histórico e a construção da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019, inquérito de base domiciliar realizado em parceria com a fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. O objetivo da PNS 2019 foi dotar o país de informações sobre os determinantes, condicionantes e necessidades de saúde da população brasileira. A amostra prevista foi de 108.525 domicílios particulares, considerando-se uma taxa de não resposta de 20%. Seu questionário continha três partes, orientadas para (i) o domicílio, (ii) todos os moradores do domicílio, com enfoque na coleta de informações socioeconômicas e de saúde, e (iii) o morador selecionado (idade ≥15 anos), sobre o qual investigou-se estilos de vida, doenças crônicas, violências, entre outros temas, e aferiu-se medidas antropométricas (subamostra). As informações da PNS 2019 servirão de base para a (re)formulação de políticas de saúde e subsídio a ações e programas existentes do Sistema Único de Saúde

    Uso de medicamentos para tratamiento de enfermedades crónicas no trasmisibles en Brasil : resultados de la Encuesta Nacional de Salud, 2013

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    Objetivo: descrever a prevalência do uso de medicamentos para o tratamento de doenças crônicas não transmissíveis pela população brasileira segundo fatores demográficos. Métodos: estudo descritivo com dados da Pesquisa Nacional de Saúde 2013. Resultados: do total de hipertensos, 81,4% (IC95% 80,1-82,7) estavam em uso de medicamentos, com maior utilização na região Sul (83,6%; IC95% 80,8-86,4), por mulheres (84,6%; IC95% 83,2-86,5) e indivíduos de mais 75 anos de idade (92,2%; IC95% 89,7-94,6); dos que referiram diabetes e depressão, 80,2% (IC95% 78,0-82,5) e 52,0% (IC95% 49,1-54,9) usavam medicamentos, respectivamente, com maior uso na região Sudeste para ambas doenças (84,6% e 55,0%); do total de pacientes que referiram asma, 81,5% (IC95% 77,4-85,6) usavam medicamentos, sem diferenças entre as macrorregiões do país. Conclusões: os resultados mostram elevada utilização de medicamentos para tratar as doenças crônicas investigadas, o que pode indicar um aumento do acesso ao tratamento para essas doenças, não obstante algumas diferenças regionais.Objective: to describe the prevalence of medication use by the Brazilian population to treat chronic noncommunicable diseases, according to demographic factors. Methods: this was a descriptive study using 2013 National Health Survey data. Results: 81.4% (95%CI 80.1-82.7) of those with hypertension were taking medication, with higher use in the South (83.6%; 95%CI 80.8-86.4), women (84.6%; 95%CI 83.2-86.5) and in individuals aged over 75 (92.2%; 95%CI 89.7-94.6); 80.2% (95%CI 78.0-82.5) of those reporting diabetes and 52.0% (95%CI 49.1-54.9) reporting depression used medication, with higher use in the Southeast (84.6% and 55.0%) for both diseases; 81.5% (95%CI 77.4-85.6) of patients reporting asthma used medication, there being no differences between the country's regions. Conclusions: the results indicate high use of medication to treat the chronic diseases investigated, which may indicate increased access to their treatment, notwithstanding some regional differences.Objetivo: describir la prevalencia de uso de medicamentos para el tratamiento de enfermedades crónicas no transmisibles en la población brasileña según factores demográficos. Métodos: estudio descriptivo con datos de la Encuesta Nacional de Salud 2013. RESULTADOS: del total de hipertensos, 81,4% (IC95% 80,1-82,7) estaban usando medicamentos, con un mayor uso en la región Sur (83,6%; IC95% 80,8-86,4), en mujeres (84,6%; IC95% 83,2-86,5); e individuos de más de 75 años de edad (92,2%; IC95% 89,7-94,6); de los que referían diabetes y depresión 80,2% (IC95% 78,0-82,5) y 52,0% (IC95% 49,1-54,9) usaban medicamentos, respectivamente, siendo el uso mayor en la región Sudeste (84,6% y 55,0%) para ambas enfermedades; del total de pacientes que referían asma, 81,5% (IC95% 77,4-85,6) usaba medicamentos, sin diferencias entre las macro regiones del país. Conclusiones: los resultados muestran un alto uso de medicamentos para tratar las enfermedades crónicas investigadas, lo que puede indicar un mayor acceso al tratamiento de estas enfermedades, con algunas diferencias regionales en el país

    Uso de medicamentos para tratamento de doenças crônicas não transmissíveis no Brasil: resultados da Pesquisa Nacional de Saúde, 2013

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    OBJETIVO:descrever a prevalência do uso de medicamentos para o tratamento de doenças crônicas não transmissíveis pela população brasileira segundo fatores demográficos.MÉTODOS:estudo descritivo com dados da Pesquisa Nacional de Saúde 2013.RESULTADOS:do total de hipertensos, 81,4% (IC95% 80,1-82,7) estavam em uso de medicamentos, com maior utilização na região Sul (83,6%; IC95%80,8-86,4), por mulheres (84,6%; IC95% 83,2-86,5) e indivíduos de mais 75 anos de idade (92,2%; IC95% 89,7-94,6); dos que referiram diabetes e depressão, 80,2% (IC95% 78,0-82,5) e 52,0% (IC95% 49,1-54,9) usavam medicamentos, respectivamente, com maior uso na região Sudeste para ambas doenças (84,6% e 55,0%); do total de pacientes que referiram asma, 81,5% (IC95% 77,4-85,6) usavam medicamentos, sem diferenças entre as macrorregiões do país.CONCLUSÕES:os resultados mostram elevada utilização de medicamentos para tratar as doenças crônicas investigadas, o que pode indicar um aumento do acesso ao tratamento para essas doenças, não obstante algumas diferenças regionais

    Recomendações e práticas dos comportamentos saudáveis entre indivíduos com diagnóstico de hipertensão arterial e diabetes no Brasil: Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), 2013

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    Resumo: Objetivo: Analisar as recomendações relacionadas aos comportamentos saudáveis e a adoção das práticas recomendadas entre indivíduos hipertensos e diabéticos. Métodos: Foram analisadas recomendações relacionadas aos comportamentos saudáveis segundo local do último atendimento (atenção básica; outros estabelecimentos públicos; estabelecimentos do setor privado). Os efeitos de ter um diagnóstico de hipertensão ou diabetes sobre a adoção das práticas recomendadas foram analisados por modelos de regressão logística multivariada, usando sexo, idade, e grau de escolaridade como variáveis de controle, e os seguintes desfechos: uso atual de produtos de tabaco; prática regular de atividade física no lazer; consumo recomendado de hortaliças e frutas; percepção de baixo consumo de sal; consumo frequente de doces; consumo excessivo de álcool. Resultados: Aproximadamente, 88% dos hipertensos receberam recomendações de ter uma alimentação saudável, 91% de ingerir menos sal, 83% de praticar atividade física regular, e 76% de não fumar. Entre os diabéticos, todas as recomendações relacionadas à alimentação foram muito frequentes, 95% para o hábito de ter uma alimentação com frutas e hortaliças. O efeito de ter um diagnóstico de hipertensão foi significativo para o não uso de produtos de tabaco e percepção de baixo consumo de sal. O diagnóstico de diabetes influenciou principalmente o hábito de não consumir doces frequentemente. Conclusão: Evidenciou-se que os hipertensos e diabéticos dão prioridade a não usar hábitos nocivos à saúde do que adotar práticas que lhe trarão benefícios. É preciso promover não só os efeitos adversos dos hábitos nocivos, mas também os benefícios dos comportamentos saudáveis para o envelhecimento com qualidade

    O processo de desenvolvimento da Pesquisa Nacional de Saúde no Brasil, 2013

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    Este trabalho teve o objetivo de relatar a fase preparatória da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) e a experiência de execução do trabalho de campo, com o intuito de colaborar para o desenvolvimento e aprimoramento da metodologia de construção de inquéritos populacionais em saúde no país. A elaboração da PNS iniciou-se em 2009 e passou por um amplo processo de consulta, envolvendo pesquisadores e representantes das áreas técnicas do Ministério da Saúde. De setembro de 2012 a junho de 2013, foram aplicados testes sobre o questionário e realizado estudo-piloto. Aprovado o projeto da pesquisa pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP) em julho de 2013, realizou-se o treinamento do pessoal de campo. O trabalho de campo iniciou-se em agosto de 2013 e teve duração de seis meses. A primeira divulgação de resultados ocorreu em dezembro de 2014, relativa aos estilos de vida, autopercepção da saúde e doenças crônicas
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