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    CASUÍSTICA DERMATOLÓGICA EM CÃES ATENDIDOS NA DISCIPLINA CLÍNICA MÉDICA DE PEQUENOS ANIMAIS I NO PERÍODO DE SETEMBRO A OUTUBRO/2021

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    Os casos dermatológicos representam uma parcela significativa dos atendimentos de rotina das clínicas veterinárias. Algumas alterações cutâneas como prurido, alopecia, eritema e odor fétido são facilmente percebidas pelos tutores e até mesmo incômodas, o que leva a procura do atendimento clínico. Nos últimos anos, a pandemia do Covid-19 intensificou as relações e proximidade humano-animal, intervindo no aumento da procura pelo atendimento dos pets. Dessa forma, objetivou-se levantar a casuística dermatológica de cães atendidos durante as aulas práticas da disciplina de Clínica Médica de Pequenos Animais I no período de setembro a outubro/2021. Foi realizado um estudo retrospectivo dos prontuários de pacientes atendidos nas aulas práticas da de disciplina de Clínica Médica de Pequenos Animais I do IFC - Concórdia nos dois primeiros meses após retorno às atividades presenciais. Os atendimentos foram realizados no turno da manhã, em três dias da semana por oito semanas. Não foram considerados retornos, cada paciente foi contabilizado uma única vez. Foram coletados dados dos pacientes, incluindo sexo, idade, peso, raça e ambiente que vive, além daqueles relacionados a queixa dermatológica, como, sinais clínicos mais frequentes, exames complementares solicitados e diagnóstico sugestivo/ conclusivo. Os dados coletados foram planilhados e os resultados expressos na forma de distribuição de frequências. Nesse período foram atendidos 32 pacientes, destes 13 (100%) com queixas dermatológicas, sendo deste grupo 76,9% fêmeas e 23% machos. Quanto à faixa etária, 38,4% dos animais tinham de 0 a 3 anos, 15,3% de 4 a 7 anos e 30,7% mais de 8 anos, e 15,3% não apresentavam esse dado. Foi constatado que 15,3% tinham de 1 a 4 kg, 23% de 5 a 8 kg, , 15,3% de 9 a 12 kg e 46,1% apresentavam mais de 13 kg. Destes animais 38,4% viviam dentro de casa, 15,3% em área externa e de 46,1% não foi possível obter esta informação. Quanto ao padrão racial 53,8% dos cães eram sem raça definida e 46,1% de raças diversas. Dentre os sinais clínicos, prurido intenso, com nota 7 (escala 0-10) relatado pelo tutor, estava presente em 53,84% dos animais, bem como alopecia em 46,15%. O diagnóstico foi conclusivo na primeira consulta em 53,8% dos pacientes, sendo que 17,9% destes apresentaram dermatite alérgica a picada da pulga/ dermatite alérgica à saliva da pulga, 8,9% demodicose, 8,9% piodermite superficial, 8,9% otite externa e 8,9% melanoma. Para fins de diagnóstico, de acordo com a queixa principal, foram utilizados exames complementares como raspado cutâneo profundo, escovado de pelagem, cultura fúngica, inspeção com lâmpada de Wood, cultura bacteriana com antibiograma, otoscopia e biópsia cutânea. Pode-se concluir que os atendimentos dermatológicos em cães são frequentes nas aulas práticas da disciplina de Clínica Médica de Pequenos Animais I, principalmente em fêmeas, pacientes com até 3 anos de vida, com mais de 13kg, que vivem exclusivamente dentro de casa ou na garagem e sem raça definida. Além disto, na rotina dermatológica os sinais clínicos mais comuns são prurido intenso e alopecia, sendo realizados exames complementares diversos, e na maioria dos casos, o diagnóstico é obtido na primeira consulta

    ESTUDO RETROSPECTIVO DAS NEOPLASIAS DE CÃES SUBMETIDOS À QUIMIOTERAPIA NO IFC - CONCÓRDIA

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    As doenças neoplásicas estão acometendo cada vez mais os animais de companhia, podendo ser evidenciado na rotina das clínicas veterinárias, sendo explicado pelo aumento da longevidade destes animais e maior atenção dada pelos seus tutores. Como uma das formas de tratamento destes tumores, encontra-se disponível a quimioterapia, com a utilização de fármacos que agem diretamente na divisão celular das células neoplásicas. Desta forma, o objetivo desta pesquisa foi realizar um estudo retrospectivo, com levantamento dos principais tumores que passaram por sessões de quimioterapia, de animais atendidos no Centro de Práticas Clínicas e Cirúrgicas do Instituto Federal Catarinense (IFC), campus de Concórdia-SC no período de 2014 a 2022. Assim sendo, a metodologia empregada foi a de levantamento de dados por meio da análise das fichas completas de cães atendidos no Centro de Práticas Clínicas e Cirúrgicas do IFC. Foram avaliadas 60 fichas, com enfoque em raça acometida, idade, afecção neoplásica, número de sessões, fármacos utilizados e seus efeitos adversos, com posterior análise estatística descritiva. Dentre as fichas analisadas 25 animais vieram a óbito ou passaram por eutanásia durante o tratamento quimioterápico, representando 41,66% dos pacientes. Constatou-se que a média de idade mais acometida é de 9,3±2,8 anos. Com relação às raças, encontrou-se como mais acometida os cães sem raça definida (SRD) (35%), em segundo cães da raça Poodle (21,66%) e em terceiro Pinscher (10%). Dentre as afecções neoplásicas, a mais comumente encontrada foi carcinoma de glândula mamária (41,66%), seguida de mastocitoma (25%), sendo as fêmeas mais acometidas do que os machos (80%). Com base nos protocolos, os fármacos utilizados foram: carboplatina, gencitabina, ciclofosfamida, epirrubicina, palladia, doxorrubicina, vincristina, vimblastina, lomustina. Foram feitas também associações de vincristina + ciclofosfamida, vimblastina + ciclofosfamida, carboplatina + ranitidina, carboplatina + ciclofosfamida, carboplatina + palladia e doxorrubicina + ciclofosfamida. Dentre os fármacos citados a cima, encontrou-se como mais utilizado a carboplatina (21,61%), no qual levantou-se os seguintes efeitos adversos: vômito, hiporexia, diarreia e apatia, sendo o vômito como sinal clínico mais frequentemente relatado pelos tutores. Com relação à média do número de sessões é de 4,6±3,9 por neoplasia. Desta forma, pode-se observar que a maior faixa etária acometida por neoplasias são cães idosos, fundamentando-se a ideia de que a longevidade está relacionada com a incidência de acometimento neoplásico. Além disso, a maior ocorrência foi em fêmeas, devido à alta porcentagem de quimioterapias decorrentes de tumores mamários. Ressalta-se a importância de estudos na área de pesquisa, para fins de levantamento clínico e epidemiológico, buscando melhor qualidade de vida aos pacientes oncológicos. Suporte financeiro IFC campus Concórdia – Edital nº 19/2021

    COMPARAÇÃO DA TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR (TFG) EM CÃES E GATOS POR MEIO DAS EQUAÇÕES DE COCKCROFT-GAULT E MODIFICATION OF DIET IN RENAL DISEASE (MDRD)

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    A capacidade de filtração glomerular é um importante parâmetro para avaliação da função renal. Quando a filtração glomerular está diminuída pode-se relacionar a alguma injúria renal que está levando a perda dos néfrons, que são as unidades funcionais dos rins. A taxa de filtração glomerular (TFG) é avaliada na rotina clínica, por meio da depuração de alguma substância que deve ser totalmente filtrada pelos rins, sendo a mais comumente utilizada a creatinina sérica. Porém, sabe-se que a creatinina sérica e outros marcadores mais recentes como o SDMA aumentam somente se tiver grande injúria renal, quando tem-se a perda de mais da metade dos néfrons, dessa forma dificultando o sucesso no tratamento e prognóstico do animal. Existem cálculos na Veterinária para a mensuração do clearance de creatinina e assim da TFG que envolvem a depuração urinária e sérica desse marcador, porém questões logísticas como uso de gaiolas metabólicas inviabilizam a realização desse cálculo. Na Medicina são utilizadas fórmulas que estabelecem a TFG a partir da creatinina sérica, levando em consideração fatores como peso, sexo e idade dos pacientes, que interferem no valor da TFG. Dessa forma, o projeto teve como objetivo utilizar as fórmulas Cockcroft-Gault, que determina a TFG (mL/min): clearance de creatinina = [140-idade] x (peso) x K / 72 x creatinina sérica, K sendo 0,85 somente em fêmeas, e a Modification of Diet in Renal Disease (MDRD), sendo a TFG (mL/min/1,73m2) = 186 x (creatinina sérica)-1,154 x (idade)-0,203 x (0,742, se fêmea), utilizadas na Medicina para estabelecer a TFG em cães e gatos saudáveis, e seus valores de referência. Para a realização do trabalho foram utilizados dados retrospectivos de 18 gatos e 31 cães atendidos no Centro de Práticas Clínicas e Cirúrgicas do IFC, campus Concórdia-SC, dos exames pré-cirúrgicos dos animais que realizaram ovariosalpingohisterectomia e orquiectomia eletiva no período de janeiro de 2017 a março de 2022. Considerou-se a idade, o peso, sexo e o valor de creatinina sérica. Após coletados, os dados foram colocados em planilha para o cálculo das fórmulas supracitadas. Nos felinos avaliados, obteve-se média de 7,08±6,55 mL/min e coeficiente de variação (CV) de 92%, utilizando-se Cockcroft-Gault e 209,96±175,86 mL/min/1,73m² e CV de 84 % utilizando-se a MDRD. Nos cães avaliados obteve-se a média de 26,96±16,94 mL/min e CV de 63% utilizando-se a Cockcroft-Gault e 210,34±134,08 mL/min/1,73m² e 64% de CV utilizando a MDRD. Pode-se observar com estes resultados que a TFG variou bastante utilizando ambas as fórmulas, considerando que por serem destinadas para humanos e que diversos fatores como a raça, nível de hidratação dos pacientes, a alimentação utilizada e doenças concomitantes também podem interferir nos resultados, sendo necessário para a próxima etapa considerar mais destes fatores e incluir dados de pacientes com problemas renais para comparação, além de aumentar o número de observações de cães e gatos para validação dos resultados

    INQUÉRITO EPIDEMIOLÓGICO SOBRE A LEUCOSE ENZOÓTICA BOVINA NO SUL DO BRASIL

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    A Leucose Enzoótica Bovina (LEB) é uma enfermidade infectocontagiosa, de distribuição mundial, que acomete principalmente bovinos leiteiros e está associada a grandes perdas econômicas. O objetivo deste trabalho é analisar o grau de conhecimento e informação, que os produtores possuem sobre essa enfermidade. Para isto, um questionário foi elaborado, sendo as perguntas direcionadas para questões epidemiológicas das propriedades, bem como conhecimento direto sobre a doença. Foram feitas entrevistas presenciais, além da disponibilização do questionário via Google Forms®. Até o momento foram registradas 36 respostas, de 14 municípios diferentes do Sul do Brasil. Os proprietários têm experiência na criação de bovinos há 21,8 ± 14,3 anos. A maioria dos participantes da pesquisa não é formado, nem estudante de Medicina Veterinária (58,3%), já 25% são estudantes das primeiras fases, seguidos de estudantes das fases finais do curso (11,1%) e profissionais formados (5,6%). Nesse cenário, 55,6% afirmam já ter ouvido falar da enfermidade, inferem ainda não haver casos em sua propriedade (p<0,05). A idade média dos rebanhos é de 4,3 ± 1,9 anos. Das raças criadas a Holandesa prevaleceu, sendo criada em 50% das propriedades, em segundo lugar a Jersey com 47,2% de frequência e em terceiro a raça Angus com 16,6%. No que tange os fatores epidemiológicos, 61,1% afirmam utilizar agulhas descartáveis em seu rebanho. Sendo que na pergunta subsequente 50% afirmou utilizar uma agulha por medicamento por animal, 23,1% utiliza uma por medicamentos para vários animais, 19,2% faz uso de uma agulha para vários medicamentos para um animal e 7,7% usa uma agulha para vários medicamentos para vários animais. A maioria dos bezerros são nascidos e criados na propriedade (80,6%), enquanto que 33,3% são comprados de outras propriedade e 2,8% são nascidos na propriedade e criados fora dela. Em todas as respostas os participantes afirmam que a colostragem é feita com colostro da vaca recém-parida. Em relação ao controle de moscas, 61,1% das respostas inferem que o controle é feito em algumas épocas do ano quando necessário, já 33,3% fazem durante todo o ano. O controle de insetos em sua maior parte é feito nos animais e no ambiente. Para a palpação retal e inseminação artificial 63,9% utiliza uma luva para cada vaca, 16,7% afirma usar a mesa luva para mais que três vacas, 11,1% não realizam palpação e nem inseminação artificial. Quanto ao atendimento veterinário, 50% afirmam que recebem acompanhamento periódico por profissional da área, já 47,2% apenas em casos de urgência ou emergência. Entre os procedimentos cirúrgicos mais mencionados pelos participantes estão a castração (orquiectomia), correção de deslocamento de abomaso, cesariana e descorna cirúrgica. A partir dos dados parciais infere-se que há pontos favoráveis ao controle da doença, por exemplo, o conhecimento da enfermidade, baixa idade média dos rebanhos e utilização individual de agulhas e luvas de palpação transretal. Nesse contexto a pesquisa seguirá em andamento, de acordo com o Edital 88/2021, responsável pelo suporte financeiro

    IDENTIFICAÇÃO DOS CÃES ATENDIDOS NAS DISCIPLINAS CLÍNICA MÉDICA DE PEQUENOS ANIMAIS I E II NO PERÍODO DE AGOSTO A DEZEMBRO DE 2022

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    A área de Clínica Médica de pequenos animais tem despertado interesse de grande parte dos discentes dos cursos de Medicina Veterinária. O mercado pet, incluindo setor de serviços, cresce anualmente, oportunizando inserção no mundo do trabalho para os egressos. Porém, se faz necessária a atualização constante, visto que os tutores têm buscado e acessado serviços de assistência veterinária, preocupados com a saúde e bem-estar dos animais de estimação, os quais ganharam espaço no ambiente familiar. Para os discentes, participar da rotina das práticas, além de obrigatório enquanto parte do componente curricular, permite contato com animais de diversas localidades, com diferentes padrões ou perfis morfológicos e comportamentais, independentemente do motivo pelo qual acessou o serviço veterinário. Neste contexto, objetivou-se identificar os pacientes da espécie canina atendidos nas disciplinas Clínica Médica de Pequenos Animais I e II no segundo semestre letivo de 2022. Foram consultados os prontuários dos pacientes atendidos no Centro de Práticas Clínicas e Cirúrgicas do IFC - Campus Concórdia no período de agosto a dezembro de 2022, nas aulas das referidas disciplinas. Os dados coletados dos pacientes foram: sexo, raça, idade, peso e município de origem. Pacientes que fizeram retorno foram contabilizados uma única vez. Os atendimentos ocorreram três vezes na semana, totalizando 39 manhãs, sendo que no período foram atendidos 76 animais, 48 (63,2%) fêmeas e 28 (36,8%) machos. Quanto à raça, 29 (38,2%) eram cães sem raça definida e 47 (61,8%) de raças diversas (Lhasa Apso n=8, Poodle n=7, Shih-tzu n=6, Pit Bull n=4, Blue Heeler n=3, Chow-chow n=2, Husky Siberiano n =2, São Bernardo n=2, Pinscher n=2 Border Collie n=1 e Golden Retriever n=1). De acordo com a idade, 14 (18,4%) possuíam de 1 dia a 1 ano, 14 (18,4%) entre 2-4 anos, 22 (28,9%) entre 5-8 anos, 18 (23,7%) de 9-12 anos e 8 (10,5%) entre 13-16 anos. Em relação ao peso, 43 (57,3%) animais tinham entre 1-10 kg, 14 (18,7%) entre 11-21 kg, nove (12%) entre 22-32 kg e três (4,0%) cães apresentaram peso maior que 33 kg. Sete animais não tiveram seus pesos registrados. A maioria residia em Concórdia/SC (n=65), embora tenham sido atendidos ainda cães de outros municípios como Piratuba/SC (n=2), Seara/SC (n=2), Arabutã/SC (n=1), Capinzal/SC (n=1), Chapecó/SC (n=1), Ipira/SC (n=1), Itá/SC (n=1), Jaraguá do Sul/SC (n=1), Treze Tílias/SC (n=1) e Bento Gonçalves/RS (n=1). Portanto, os pacientes da espécie canina atendidos nas disciplinas Clínica Médica de Pequenos Animais I e II no segundo semestre letivo de 2022 são majoritariamente fêmeas, animais de raças diversas, na faixa etária de 5-8 anos, com peso entre 1-10 kg e do município de Concórdia/SC
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