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    Petrologia e Geoquímica do Complexo Básico de Lomba Grande, RS

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    O complexo básico de Lomba Grande, RS, localizado no Município de Gravataí, é constituído por três corpos hipabissais de afinidade toleítica encaixados em sedimentitos das Formações Botucatu e Sanga do Cabral, designados informalmente de Olivina-gabro, Diabásio Envolvente e Diabásio Oriental. O Olivina-gabro constitui um corpo irregular com volume aproximado de 0,47 km3, compreendendo mais de 95% do volume total do complexo. As características químicas são de magmas relativamente primitivos, com altos teores de MgO, Cr, Ni e Co e empobrecimento em elementos incompatíveis (K, Rb, Ba, Zr e ETR). Os ETR mostram padrões pouco fracionados (LaN/YbN-4,3) e destituídos de anomalias negativas de Eu significativas (Eu/Eu* -0,83), revelando uma afinidade com os P-MORB. Os dados geocronológicos apontam idades correspondentes ao Triássico Superior (-160 Ma.), coincidentes com as primeiras manifestações vulcânicas da Formação Serra Geral. O registro de uma margem de resfriamento (MgO-11%) permite estabelecer que o líquido é, provavelmente, resultante da cristalização fracionada de magmas picríticos em pressões entre 10 e 15 Kb. A evolução “in situ” do sistema na atual câmara compreende a realimentação e diferenciação magmática produzida por fracionamento e concentração de olivina e plagioclásio, havendo separação do líquido residual por movimentos convectivos. O Diabásio Envolvente possui idades da ordem de 125 Ma., envolvendo parcialmente o Olivina-gabro. Constitui-se de dois litotipos, similares às vulcânicas básicas baixo-titânio da Bacia do Paraná, com conteúdos de TiO2 inferiores a 1,48%, MgO entre 3 e 6,5% e elementos incompatíveis relativamente baixos (Rb, Sr, Zr, La e P). Os ETR exibem um padrão com fraco fracionamento (LaN/YbN-5,5) e leve anomalia negativa de Eu (Eu/Eu* -0,7). A origem dos líquidos progenitores apresenta maior consistência com um modelo de cristalização fracionada de um líquido picrítico assimilando pequenas frações de crosta superior. O Diabásio Oriental ocorre como uma intrusão de diâmetro reduzido (-400 m) composta de dois litotipos faneríticos, com idade da ordem de 125 Ma. O quimismo caracteriza-se por teores relativamente altos de MgO, Cr e Ni no tipo olivínico, enquanto que no tipo não olivínico estes elementos são relativamente empobrecidos. O conteúdo de TiO2 e elementos incompatíveis (Rb, Sr, Zr, La, P) é baixo, correlacionáveis às vulcânicas básicas baixo-titânio da Formação Serra Geral, e os ETR apresentam um padrão pouco fracionado (LaN/YbN-5,1) com uma anomalia negativa de Eu da ordem de 0,7

    Gravimetria de Um Corpo Hipabissal Básico da Formação Serra Geral em Lomba Grande, RS

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    A operacionalidade dos processos de fracionamento na evolução de corpos intrusivos é influenciada por vários fatores, dentre os quais a espessura e o volume da câmara magmática, que podem ser estimados através da gravimetria. O Complexo Básico de Lomba Grande, encaixado nos sedimentitos gonduânicos das Formações Sanga do Cabral e Botucatu, apresenta um corpo de olivina-gabro que perfaz mais de 95% do volume total do conjunto, mostrando variações químicas e mineralógicas significativas. Foram realizados estudos gravimétricos com aparelhagem Worden Gravity Meter – The Master, modelo 111, que identificam no corpo principal uma forma acanalada com espessura máxima da ordem de 450 metros. Estes resultados permitem inferir que o fracionamento observado no olivina-gabro não decorre de processos de assentamento gravitacional de cristais. O modelo sugerido corresponde a um fracionamento convectivo, originado pela migração de líquidos mais evoluídos e menos densos em direção ao topo da câmara

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