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    O AUTOR E A PERSONAGEM: A CONTRIBUIÇÃO DE CONCEITOS BAKHTINIANOS NA LEITURA DE UM CONTO DE BORGES

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    Partindo das concepções teóricas apresentadas por Mikhail Bakhtin em Problemas da poética de Dostoiévski e em Estética da criação verbal, o presente artigo pretende discutir as categorias ficcionais de autor e personagem, compreendendo-as em suas mútuas relações discursivas. Embora, em Bakhtin, a discussão de tais categorias esteja ligada sobretudo à produção romanesca (com especial ênfase nos romances de Dostoiévski), o presente artigo busca reconsiderar tal discussão a partir de outro gênero literário, o conto escrito. Para isso, analisamos as relações narrativas presentes no conto “A forma da espada”, escrito por Jorge Luis Borges e publicado na obra Ficciones.PALAVRAS-CHAVE: Conto. Mikhail Bakhtin. Jorge Luis Borges Abstract Considering theoretical concepts presented by Mikhail Bakhtin in Problems of Dostoevsky’s Poetics and Aesthetics of verbal creation, this essay intends to discuss the categories of autor and character in fiction, understanding them in their mutual discursive relations. Although, in Bakhtin’s works, the discussion in correlated mostly to the novel as a genre (with an special emphasis on Dostoevsky’s novels), this essay reconsiders the discussion from the viewpoint of Macabéa – Revista Eletrônica do Netlli | V. 4, N. 2, p. 13-20, jul.-dez. 2015 another literary genre, the short story. To do so, we analyze the narrative relations found in “The form of the sword”, a short story written by Jorge Luis Borges and published in his book Ficciones.KEYWORDS: Short story. Mikhail Bakhtin. Jorge Luis Borges DOI: https://doi.org/10.47295/mren.v4i2.108

    TRANSFORMAÇÕES DO CONTO MARAVILHOSO

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    O texto aqui traduzido é o sexto capítulo do volume Theory and History of Folklore, coletânea publicada pela Universidade de Minnesota em 1984. O ensaio original foi escrito em russo e publicado por Vladimir Propp em 1928, supostamente como um capítulo especial de Morfologia do Conto Maravilhoso. Todos os títulos de obras que foram mantidos na língua original pelo tradutor C. H. Severens não foram traduzidos em nossa versão. Os trechos em itálico são predominantemente compatíveis com as marcas de ênfase do texto em inglês. O presente texto foi traduzido no âmbito das atividades do Ateliê de Tradução do NETLLI (Núcleo de Estudos em Teoria Linguística e Literária), coordenado pelos professores Edson Soares Martins e Newton de Castro Pontes. DOI: https://doi.org/10.47295/mren.v6i1.131

    EROS E THANATOS, VIDA E MORTE: AS ESFERAS DO HUMANO E DA NATUREZA EM “ANIQUILAÇÃO”, DE ALEX GARLAND

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    Este trabalho nasceu da ideia de pensar as produções de ficção científica como um estudo sobre a sociedade, portanto, um estudo sobre o mal-estar e as subjetividades dos sujeitos sociais. Dentro do extenso campo de possibilidades, tomamos o roteiro do filme Aniquilação (2018), de Alex Garland, como representante e portador das significações das performances de um embate entre pulsões de vida e pulsões de morte. A seleção foi feita usando o critério de como um postulado ciclo de vida biológico pode ser desconstruído e reconstruído, pensando de forma a aliar teorias literárias e psicanalíticas. Este estudo é dividido, então, em três capítulos: o primeiro analisando as performances de vida e morte dentro da esfera natural da narrativa; o segundo, se debruçando sobre a esfera humana, representada pelas personagens da narrativa, e as possíveis subjetividades que reflitam os embates entre Eros e Thanatos; e o terceiro como uma proposta de interpretação para o novum utilizado na história: o Shimmer. Para entendermos os conceitos psicanalíticos sobre pulsões, objetos e subjetividade, contamos com diversas obras de Freud. DOI: https://doi.org/10.47295/mren.v9i3.239

    LINGUAGEM E SOCIEDADE: UM ESTUDO SOBRE IDENTIDADE(S) LINGUÍSTICA(S), PRESTÍGIO E PRECONCEITO LINGUÍSTICO

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    O presente trabalho tem como objetivo discutir a interdependência entre os conceitos de linguagem e sociedade, relacionando-os à construção da(s) identidade(s) linguística(s), do prestígio e do preconceito linguístico. Acreditamos que linguagem e sociedade estão interligadas por uma teia de relações que possibilita a construção de ambas. Nesse sentido, buscamos apresentar a língua como ferramenta identitária do sujeito, assim como, objeto de reflexão dos julgamentos e avaliações sociais. Defendemos que a valoração positiva ou negativa de variedades linguísticas é guiada por fatores sociais e econômicos. Desta forma, mudar o olhar do sujeito para com a língua passa, primeiramente, por tentarmos transformar sua visão do mundo e do outro. Este trabalho consiste em uma pesquisa bibliográfica, baseando-se em teóricos que discutem linguagem, cultura, discurso, como Hall (2006), Bagno (2007; 2009), Bagno et al. (2002), Charaudeau (2015), entre outros. DOI: https://doi.org/10.47295/mgren.v9i2.230

    RABELAIS, DANTE E A INTERPRETAÇÃO FIGURAL NA IDADE MÉDIA

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    O presente trabalho tem como objetivo fazer uma análise comparativa das obras Gargântua e Pantaguel, de François Rabelais, e Divina Comédia, de Dante Alighieri. Os dois textos são discutidos a partir da relação entre sério/cômico e alto/baixo na literatura europeia medieval e renascentista, na qual também localizamos uma correlação interpretativa entre corpo e espaço e entre terreno e espiritual. Nosso aporte teórico compreende os estudos de Mikhail Bakhtin apresentados na obra A cultura popular na Idade Média e no Renascimento: o contexto de François Rabelais, assim como as considerações de Erich Auerbach expostas em Figura e em Mimesis

    CONTRIBUIÇÕES DAS CIÊNCIAS DO LÉXICO ESPECIALIZADO AOS ESTUDOS DOS DIREITOS HUMANOS PELAS ASSESSORIAS JURÍDICAS UNIVERSITÁRIAS POPULARES

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    O tema direitos humanos é recorrente nos textos discutidos pelas Assessorias Jurídicas Populares (AJUP’s) já que a luta pela efetivação de tais direitos está inseridas nos trabalhos desenvolvidos por essa forma de extensão universitária. Porém, diante de textos com uma linguagem tão técnica, existe a necessidade de manuais e glossários que possam facilitar a compreensão terminológica da área. Dessarte, percebe-se que a Terminologia e a Terminografia podem contribuir de maneira significativa para o estudo do tema de direitos humanos pelas Assessorias Jurídicas Populares ao realizar o levantamento dos termos mais recorrentes presentes nos textos utilizados como base de estudo. O objetivo desse artigo é demonstrar essa relação interdisciplinar entre os estudos terminológicos e a área de direitos humanos. Para tanto, nos apoiamos em teóricos como, por exemplo, Krieger e Finatto (2004), que tratam dos estudos terminológicos; Douzinas (2009) e Trindade (2011), que trabalham com temas ligados a direitos humanos; e Furmann (2006), que pesquisa sobre as AJUP’s. Esse trabalho faz parte das pesquisas desenvolvidas no Núcleo de Pesquisas em Linguística Aplicada (LiA)

    O jornal na sala de aula do ensino médio: focalizando o gênero artigo de opinião

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    Leitura e escrita são os grandes desafios da escola, isso porque sabemos o quanto é difícil para o aluno transformar a língua falada em um código gráfico. Escrever quando não se sabe sobre o quê e como; quando não se tem o hábito, torna-se um exercício difícil. A leitura é um instrumento valioso que auxilia na atividade de escrita. Pensando nisso, resolvemos trabalhar “O jornal na sala de aula do Ensino Médio”: focalizando o gênero artigo de opinião, com o objetivo de trazer o jornal para a sala de aula do Ensino Médio, desde o 1º ano, diferentemente do que vem sendo aplicado. Destacamos o artigo de opinião por ser um gênero textual de cunho argumentativo, que exige conhecimento e leitura por parte dos aprendizes, despertando o seu (dos alunos) senso- crítico e favorecendo a ampliação do seu vocabulário. Realizamos nossa pesquisa na Escola de Ensino Médio Governador Adauto Bezerra da rede pública de ensino de Juazeiro do Norte-CE e contamos com a participação de 18 alunos, todos do 1º ano do Ensino Médio, com idade entre 14 e 15 anos, participantes das oficinas de leitura e escrita realizadas pelo subprojeto de Língua Portuguesa do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID da Universidade Regional do Cariri-URCA, na cidade de Crato-CE. Tomamos como base teórica os seguintes autores: Bakhtin (1997), Faria (1997), Koch (1997), Marcuschi (2008), entre outros. DOI: https://doi.org/10.47295/mgren.v1i1.35

    O AMOR ROENDO OS MORTOS: CORPO E MEMÓRIA EM VIAGEM NA FAMÍLIA DE DRUMMOND

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    Este breve estudo propõe uma leitura do poema Viagem na família, de Carlos Drummond de Andrade, a partir da contribuição teórica de Mikhail Bakhtin. Os conceitos de compenetração e acabamento são discutidos em sua relação com o conceito de exotopia e, a partir desta articulação, as vozes implicadas na leitura do poema são examinadas, assim como a representação do corpo e da memória, como dados da configuração do texto poético em discussão. Assumimos, com Bakhtin, que a construção da personagem e sua passagem ao estético implica uma potência avaliativa do autor-criador que lhe permita situar-se a uma distância que deve ser dada nos termos de uma empatia entre o eu e o outro – tal contato empático foi definido por Bakhtin como compenetração. Já o excedente de visão que, decorrente da distância assumida e da relação arquitetônica entre o eu e o outro, frequentemente deve recorrer à memória que situa o corpo no passado, obrigando, muitas vezes, o autor a considerar as vivências do corpo da personagem como suas próprias, de modo que sua posição exotópica não será estável. O presente estudo situa essa aporia em um campo que não foi teorizado em profundidade pelo pensador russo no ensaio que nos serve como guia: no gênero lírico, no qual o mundo ficcional tende a ser expresso a partir de uma vivência interna, o modo de representar tal corpo e tal memória impõe componentes analíticos originais, que requerem atenção e flexibilidade crítica do analista.PALAVRAS-CHAVE: Exotopia. Drummond. Bakhtin.This brief study proposes a reading of Carlos Drummond de Andrade’s poem Viagem na família, from the theoretical contribution of Mikhail Bakhtin. The concepts of empathy and completion are discussed in relation to the concept of exotopy and, from this joint, the implicated voices in the poem reading are examined, as well as the representation of the body and memory, as data from the poetic text configuration under discussion. We assume, with Bakhtin, the construction of the character and his passage to the aesthetic field involves an evaluative power of the author-creator that allows him to be at a distance that must be given under an empathy between Self and Other – as was defined previously by Bakhtin. But the surplus of vision resulting from the assumed distance and the architectural relationship between Self and Other often must resort to a memory that places the body in the past, forcing the author to consider the character of body experiences as his own, so that his exotopic position is not stable. This study places this aporia in a field that was not theorized in depth by the Russian thinker in the essay that serves us as a guide: in the lyrical genre, in which the fictional world tends to be expressed from an internal experience, the way of Macabéa – Revista Eletrônica do Netlli | V. 5, N. 1, p. 27-41, jan.-jun. 2016 representing such a body and that memory imposes original analytical components, which require attention and critical flexibility of the analystKEYWORDS: Exotopy. Drummond. Bakhtin DOI: https://doi.org/10.47295/mren.v5i1.115
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