17 research outputs found

    IMPLANTAÇÃO DA VACINA DA DENGUE NO BRASIL: ESTUDO SITUACIONAL

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    O desenvolvimento de uma vacina segura e eficaz contra os quatro sorotipos do vírus da dengue (DENV1, DENV2, DENV3 e DENV4) configura-se cada vez mais como avanço necessário para ampliar as medidas efetivas relacionadas ao controle da doença. Objetivou-se se analisar os documentos ministeriais acerca da implantação da vacina da Dengue no Brasil. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, de base documental, de abordagem qualitativa. Utilizou-se como banco de dados os documentos ministeriais, tais como: resoluções e portarias. Resultados: A primeira vacina contra a Dengue a ser aprovada por órgãos regulatórios foi a da Sanofi, constituída de vírus vivos atenuados (base vírus Febre Amarela, DENV1, DENV2, DENV3, DENV4 quiméricos). Recomenda-se três doses com intervalos de 6 meses (0-6-12). 30 municípios do Paraná receberam a vacina, financiada pelo governo Estadual a um custo de R$ 100 a dose. Os municípios selecionados tiveram nos últimos cinco anos, o registro de mais de 500 casos por 100 mil habitantes. Esta iniciativa funcionará como "piloto" para a eventual adoção da vacina em todo o território nacional. Conclusão: Não há previsão para implantação da vacina no calendário nacional. Uma das dificuldades reside no alto custo e na falta de conhecimento sobre seu funcionamento em larga escala. E  apesar de a imunização oferecer uma proteção semelhante à da gripe (66%), a eficácia contra o DENV2, que está crescendo no Brasil, é considerada baixa (47%).Palavras-chave: Imunização. Dengue. Saúde Pública

    CONFERÊNCIA DE 1997: UM PASSO PARA A PADRONIZAÇÃO

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    Ao longo dos séculos foram realizadas inúmeras tentativas de padronização, mas sempre existiu um fator que dificultava a conquista de uma uniformização, como questões culturais, regionais e o próprio nacionalismo. A Conferência de 1997 foi a que chegou mais próximo dessa realização, com a consolidação de algumas normas regentes até hoje. O objetivo com este estudo foi analisar a motivação para a realização de uma conferência para estabelecer uma unanimidade global sobre termos anatômicos empregados na prática médica e avaliar as mudanças. O trabalho constitui-se de uma revisão bibliográfica realizada a partir de diferentes fontes de pesquisa e artigos virtuais. Conhece-se por nomenclatura anatômica o apanhado de termos empregados para descrição de partes do organismo e é considerada a base da linguagem anatômica (BIOMANIA, [2010?]). A finalidade da Conferência de 1997 foi escolher os melhores nomes de todos os que existiam, decidir os que mais fossem informativos e descritivos de cada estrutura (DI DIO, [2001?]). Segundo Di Dio [2001?], dos dez mil nomes, apenas seis mil foram analisados, e destes, de 10% a 15% foram alterados. Além de abolir os epônimos (nome de pessoas para designar coisas), os termos foram selecionados de acordo com a forma (músculo trapézio), posição (nervo mediano), trajeto (artéria circunflexa da escápula), conexões ou inter-relações (ligamento sacroilíaco), relação com o esqueleto (artéria radial), função (músculo levantador da escápula) e critério misto (músculo flexor superficial dos dedos – função e situação) (EPÔNIMOS... [20--]). Utilizando esses critérios, sofreram alterações: canal de Havers para canal central, fossa nasal para cavidade nasal, ouvido para orelha, sarcômero para miômero, entre outros (OLIVEIRA, [201-?]). A abolição dos epônimos e a consolidação dos demais termos impostos pela Conferência de 97 têm difícil aceitação em razão de fatores como história, resistência por parte de médicos mais antigos e pela cultura popular (SILVA; SYLVESTRE; PIRES, 2014). Apesar de as alterações realizadas na Conferência de 97 terem sido um grande avanço para a padronização, encontraram-se dificuldades para a efetivação completa da Nomina em decorrência de fatores como o patriotismo, a falta de interesse dos profissionais pela atualização, a história e a cultura popular.Palavras-chave: Conferência. Nomina. Epônimos. Padronização

    BENEFÍCIOS DO MÉTODO CANGURU NO ATENDIMENTO DO RECÉM-NASCIDO PRÉ-TERMO

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    O contato pele a pele do recém-nascido com sua mãe, denominado Método Canguru (MC), criado na Colômbia no final da década de 1970, a cada ano tem se difundido por diversos países. Esse método merece grande apoio, pois gera benefícios no desenvolvimento dos recém-nascidos pré-termos. O método deve ser bastante estimulado, já que possui baixo custo e fácil aplicabilidade e proporciona melhorias nos sinais vitais, oxigenação tecidual, aumento da interação da criança com meio ambiente e com os familiares e humanização do atendimento neonatal. Objetivou-se, com este estudo, analisar e relatar os benefícios no desenvolvimento dos recém-nascidos pré-termos submetidos ao Método Canguru, e, para isso, realizou-se uma revisão de literatura na base de dados SciELO. O Método Canguru, criado em Bogotá em 1979, tinha como objetivos iniciais reduzir a falta de recursos hospitalares como incubadoras, promover alta precoce e reduzir os índices de infecções e mortalidade neonatal. Ao se perceberem os benefícios, o método começou a se difundir em diversos países, tanto em desenvolvidos quanto em subdesenvolvidos. No Brasil, o MC começou a ser empregado no inicio dos anos 1990, no Hospital Guilherme Álvaro, em Santos, SP, e no Instituto Materno-Infantil de Pernambuco (VENANCIO; ALMEIDA, 2004, p. 172-73). Para ampliar a utilização do MC e reduzir os danos do internamento neonatal, em todo território nacional, o Ministério da Saúde, em 1999, tornou-o Política Nacional de Saúde, no contexto da humanização da assistência neonatal (LAMY et al., 2005). Este método não é apenas uma posição na qual o recém-nascido é colocado, mas ocorre em três etapas, sendo elas na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), em Unidades Intermediárias (UI) e no Acompanhamento Ambulatorial. Esse método já mostrou benefícios em alguns parâmetros, como sinais vitais, frequência respiratória, frequência cardíaca, saturação de oxigênio, entre outros. Além disso, propicia ao neonato e aos familiares a oportunidade de uma melhor interação e aprendizado dos pais com a criança e uma estimulação positiva em todos os aspectos do desenvolvimento do neonato (OLMEDO et al., 2012). Apesar de apresentar tantas vantagens o MC apresenta problemas, como a capacidade técnica dos profissionais que auxiliam durante o método e os recursos necessários para sua realização. A participação dos familiares deve ocorrer da forma mais harmoniosa possível, tanto no ambiente hospitalar quanto no domiciliar, garantindo-os, assim, maior conforto, segurança e apoio por parte dos profissionais de saúde (ARIVABENE; TYRRELL, 2010, p. 130-136). O Método Canguru tem sido utilizado em diversos países do mundo, e os estudos realizados sobre o seu emprego demonstram grandes benefícios para os recém-nascidos pré-termos, tanto nos aspectos físicos, como a melhora na estabilização clínica, quanto por meio da geração de estímulos neurológicos à criança. Esse método, que visa aumentar a humanização no atendimento neonatal, desenvolvido em três etapas, favorece a formação de vínculo afetivo familiar e um desenvolvimento mais adequado dos recém-nascidos pré-termos.Palavras-chave: Método Canguru. Benefícios. Recém-nascido

    Direito ao conhecimento de sua identidade biológica

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    Introdução: Ao longo dos anos o conceito “família” vem sendo alterado, principalmente com a utilização de novas técnicas de fecundação e a adoção. A figura do pai e da mãe, que antigamente estava relacionada à consanguinidade e ao ato sexual, passou a estar intimamente relacionada a questões de afeto e cuidado. Diante disso, o sigilo do doador e dos pais biológicos e o direito dos filhos de saber sua origem genética têm-se mostrado um novo dilema ético. Objetivo: Descrever e analisar os conflitos éticos existentes entre o sigilo do doador e dos pais biológicos e o direito dos filhos de conhecer sua origem genética. Metodologia: Realizou-se uma revisão de literatura na base de dados SciELO e na legislação pertinente. Resultados: Segundo o artigo 3º da Declaração Internacional sobre os Dados Genéticos Humanos, da Unesco, a identidade do indivíduo, além de uma composição genética, é formada por fatores educacionais, pessoais, afetivas e socioculturais (ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A EDUCAÇÃO, A CIÊNCIA E A CULTURA, 2004). Contudo, segundo Coelho (2003, p. 51), todas as pessoas têm o direito de conhecer a sua própria história, para garantir a liberdade de desenvolvimento da personalidade e facilitar sua autoaceitação. Nos casos de adoções, a Lei n. 12.010/09, em seu art. 48, discute acerca do direito da sua origem biológica, que autoriza o acesso irrestrito às informações do processo de adoção após completar 18 anos (BRASIL, 2009). Nas técnicas de reprodução assistida não existe uma legislação própria, as decisões são pautadas na Resolução n. 2.013/13 do Conselho Federal de Medicina, que dispõe sobre o anonimato do doador e dos receptores, exceto em casos com motivação solicitada por um médico (VASCONCELOS et al., 2014, p. 513). Portanto, os doadores são afastados da paternidade, sendo o sigilo de sua identidade obrigatória, pois há estabelecimento de uma filiação legal de presunção absoluta de paternidade socioafetiva dos pais que utilizaram técnicas de reprodução assistida (FARIAS, 2013, p .6). Conclusão: Conclui-se que nos dias atuais, com o estímulo à adoção e o aumento do uso de técnicas de reprodução assistida, cria-se um dilema ético. Mantém-se o sigilo dos pais biológicos (doadores) ou os revelam, garantindo o direito de reconhecimento de sua identidade em sua totalidade biológica, sociocultural e afetiva, que não deve ser negado a nenhum ser humano. Temática que deve ser amplamente discutida analisando a importância do tema na atualidade.Palavras-chave: Identidade biológica. Paternidade. Sigilo. Família

    Targeting the Serotonin (5-HT) system to control seizures

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    Compelling animal and human evidence suggests that serotonin plays an important role in the pathophysiology of epilepsy as it is involved in iperexcitability, epileptogenesis, seizure generation, depression and psychiatric disorders comorbid with epilepsy. Serotonin involvement in epilepsy is complex; the reasons are twofold i) epilepsy is in reality a spectrum disorder, and ii) serotonin effects vary from one form of epilepsy to another, due also to the different serotonin receptors involved. Here, we will focus on the role of serotonin and its 5-HT2 receptors in absence epilepsy. Our recent pharmacological experimental evidence in GAERS will be reviewed together with our preliminary optogenetic results. 5-HT2C receptor agonists may represent a new approach to interfere with seizure generation and seizure management. Our optogenetic experiments also indicate that by modulating rhythmic cortical activity, optogenetic stimulation of the serotonergic system may provide seizure control without the adverse effects induced by pharmacological activation of 5-HT2C receptors. Thus, targeting the serotonergic system could provide novel insights into the pathophysiological mechanisms of seizure generation and lead to potentially novel treatments.peer-reviewe

    RELAÇÃO DA CONTRACEPÇÃO ORAL E O RISCO DE TROMBOSE VENOSA PROFUNDA EM MULHERES NO PERÍODO REPRODUTIVO

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    Com o aumento da independência feminina e da autonomia em relação a seu corpo e ao planejamento familiar, o uso de contraceptivo oral cresceu desde sua origem. Estudos epidemiológicos indicam que o uso desses fármacos predispõe maior risco de desenvolvimento de trombose venosa profunda (TVP). Objetivou-se, com este estudo, correlacionar o uso de contraceptivos orais em mulheres em período reprodutivo e o risco de TVP. O presente trabalho é constituído de uma revisão bibliográfica realizada a partir de artigos publicados na base de dados da SciELO nos últimos cinco anos. A TVP caracteriza-se pela formação aguda de um trombo em veias profundas, geralmente dos membros inferiores, podendo levar à obstrução parcial ou total do lúmen venoso (BRANDÃO; SOBREIRA; ROLLO, 2013). Quando se analisa o risco de TVP em mulheres, observa-se um aumento em utilizadoras de contraceptivos orais combinados e de terapêutica hormonal para tratamento da menopausa (LOBO; ROMÃO, 2011). Os contraceptivos hormonais consistem na administração conjunta de estrogênio e progestogênio (BATAGLIÃO; MAMEDE, 2011); esses hormônios sexuais femininos têm efeito sobre o sistema cardiovascular, porque os vasos sanguíneos possuem receptores de estrogênio e progesterona em todas as suas camadas constituintes, com isso, ocorre um aumento da geração de trombina, que vai acarretar um estado de hipercoagulabilidade, uma das três alterações que podem levar à formação de um trombo (BRITO; NOBRE; VIEIRA, 2010). Estudos indicam que a utilização de progestagênios de segunda geração (levonorgestrel) apresenta menor risco para o desenvolvimento dessa patologia se comparada com a utilização de progestagênios de terceira geração (PADOVAN; FREITAS, 2014). Conclui-se que o uso de anticoncepcionais orais aumenta a probabilidade de ocorrer TVP, pois os hormônios contidos nesses fármacos agem no sistema cardiovascular. Assim, sua utilização inadequada, por exemplo, a automedicação, maximiza outros fatores de risco, como os fatores genéticos, sendo indispensável uma orientação e supervisão médica.Palavras-chave: Trombose venosa. Anticoncepcionais. Hormônios. Trombo

    RECUSA DE TRATAMENTO: INTERVENÇÕES MÉDICAS ALTERNATIVAS NA HEMOTRANSFUSÃO

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    A recusa de tratamento constitui um dos dilemas éticos do recente exercício da Medicina. Em alguns estágios da intervenção médica são necessários procedimentos que contrariam dogmas, como a não aceitação da hemotransfusão por pacientes testemunhas de Jeová, desencadeando um conflito moral que exige soluções alternativas para não ferir sua autonomia. O objetivo com este estudo foi descrever o conflito ético das intervenções médicas em casos de recusa de hemotransfusão por pacientes testemunhas de Jeová e suas alternativas. Realizou-se uma revisão bibliográfica na base de dados da SciELO e legislação pertinente. A Associação Testemunhas de Jeová constitui um grupo religiosos em expansão em todo o mundo, que recusa transfusão sanguínea com fundamento na interpretação da Bíblia (BESIO; BESIO, 2006, p. 276). Em seu favor, a Constituição Brasileira de 1998, em seu artigo 5º, garante a liberdade religiosa e a inviolabilidade da liberdade de consciência (BRASIL, 1998). Ademais, a Carta de Direitos dos Usuários da Saúde garante ao paciente a recusa de tratamento (BRASIL, 2011). Por outro lado, o Conselho Federal de Medicina interpretou o Código de Ética Médica por meio da Resolução n. 1.021/1980, em que o médico se obriga à transfusão em caso de risco de vida do paciente, mesmo sem consentimento (CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, 1980). Essa resolução pode ferir a autonomia do paciente, já que pelo Princípio Fundamental XXI do Código de Ética Médica, o médico deve aceitar a escolha dos seus pacientes (CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, 2010). Nesse contexto, as alternativas de tratamento sem sangue devem ser sempre consideradas (BONAMIGO, 2015, p. 251). Conclui-se que, para não ferir a autonomia do paciente que se recusa a receber sangue, o médico precisa usar alternativas de tratamento sem sangue, apresentando ao paciente seus riscos e vantagens. Infere-se que seja imprescindível atualizar a Resolução CFM n. 1.021/80 e que ocorra aprimoramento da formação médica, em especial quanto aos substitutos do sangue, facilitando, dessa forma, o tratamento alternativo e respeitando a autonomia do paciente.Palavras-chave: Hemotransfusão. Tratamento. Testemunha de Jeová. Ética Médica

    Aposentadoria por invalidez de trabalhadores da área da saúde de um hospital universitário Disability retirement of workers in the health field at a university hospital

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    Objetivo: Identificar as causas da aposentadoria por invalidez de trabalhadores da área da saúde de um hospital universitário. Método: Estudo seccional retrospectivo, realizado em 2014, por meio da análise dos registros dos prontuários de saúde dos trabalhadores da área da saúde do hospital universitário de uma universidade pública paranaense que se aposentaram por invalidez, no período de 2000 a 2013. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva e inferencial, considerando o nível de significância de 5% (p<0,05). Resultados: Foram concedidas 40 aposentadorias por invalidez. As principais causas da aposentadoria por invalidez foram os transtornos mentais e comportamentais (45,0%), seguidos pelas doenças osteomusculares (25,0%), as doenças do aparelho circulatório (7,5%) e as neoplasias (7,5%). Não ouve associação significativa entre as variáveis estudadas. Conclusão: Os grupos de doenças que levaram a aposentadoria por invalidez são as mais comuns entre a população brasileira e passíveis de prevenção.

    IMPLANTAÇÃO DA VACINA DA DENGUE NO BRASIL: ESTUDO SITUACIONAL

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    O desenvolvimento de uma vacina segura e eficaz contra os quatro sorotipos do vírus da dengue (DENV1, DENV2, DENV3 e DENV4) configura-se cada vez mais como avanço necessário para ampliar as medidas efetivas relacionadas ao controle da doença. Objetivou-se se analisar os documentos ministeriais acerca da implantação da vacina da Dengue no Brasil. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, de base documental, de abordagem qualitativa. Utilizou-se como banco de dados os documentos ministeriais, tais como: resoluções e portarias. Resultados: A primeira vacina contra a Dengue a ser aprovada por órgãos regulatórios foi a da Sanofi, constituída de vírus vivos atenuados (base vírus Febre Amarela, DENV1, DENV2, DENV3, DENV4 quiméricos). Recomenda-se três doses com intervalos de 6 meses (0-6-12). 30 municípios do Paraná receberam a vacina, financiada pelo governo Estadual a um custo de R$ 100 a dose. Os municípios selecionados tiveram nos últimos cinco anos, o registro de mais de 500 casos por 100 mil habitantes. Esta iniciativa funcionará como "piloto" para a eventual adoção da vacina em todo o território nacional. Conclusão: Não há previsão para implantação da vacina no calendário nacional. Uma das dificuldades reside no alto custo e na falta de conhecimento sobre seu funcionamento em larga escala. E  apesar de a imunização oferecer uma proteção semelhante à da gripe (66%), a eficácia contra o DENV2, que está crescendo no Brasil, é considerada baixa (47%).Palavras-chave: Imunização. Dengue. Saúde Pública

    Direito ao conhecimento de sua identidade biológica

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    Introdução: Ao longo dos anos o conceito “família” vem sendo alterado, principalmente com a utilização de novas técnicas de fecundação e a adoção. A figura do pai e da mãe, que antigamente estava relacionada à consanguinidade e ao ato sexual, passou a estar intimamente relacionada a questões de afeto e cuidado. Diante disso, o sigilo do doador e dos pais biológicos e o direito dos filhos de saber sua origem genética têm-se mostrado um novo dilema ético. Objetivo: Descrever e analisar os conflitos éticos existentes entre o sigilo do doador e dos pais biológicos e o direito dos filhos de conhecer sua origem genética. Metodologia: Realizou-se uma revisão de literatura na base de dados SciELO e na legislação pertinente. Resultados: Segundo o artigo 3º da Declaração Internacional sobre os Dados Genéticos Humanos, da Unesco, a identidade do indivíduo, além de uma composição genética, é formada por fatores educacionais, pessoais, afetivas e socioculturais (ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A EDUCAÇÃO, A CIÊNCIA E A CULTURA, 2004). Contudo, segundo Coelho (2003, p. 51), todas as pessoas têm o direito de conhecer a sua própria história, para garantir a liberdade de desenvolvimento da personalidade e facilitar sua autoaceitação. Nos casos de adoções, a Lei n. 12.010/09, em seu art. 48, discute acerca do direito da sua origem biológica, que autoriza o acesso irrestrito às informações do processo de adoção após completar 18 anos (BRASIL, 2009). Nas técnicas de reprodução assistida não existe uma legislação própria, as decisões são pautadas na Resolução n. 2.013/13 do Conselho Federal de Medicina, que dispõe sobre o anonimato do doador e dos receptores, exceto em casos com motivação solicitada por um médico (VASCONCELOS et al., 2014, p. 513). Portanto, os doadores são afastados da paternidade, sendo o sigilo de sua identidade obrigatória, pois há estabelecimento de uma filiação legal de presunção absoluta de paternidade socioafetiva dos pais que utilizaram técnicas de reprodução assistida (FARIAS, 2013, p .6). Conclusão: Conclui-se que nos dias atuais, com o estímulo à adoção e o aumento do uso de técnicas de reprodução assistida, cria-se um dilema ético. Mantém-se o sigilo dos pais biológicos (doadores) ou os revelam, garantindo o direito de reconhecimento de sua identidade em sua totalidade biológica, sociocultural e afetiva, que não deve ser negado a nenhum ser humano. Temática que deve ser amplamente discutida analisando a importância do tema na atualidade.Palavras-chave: Identidade biológica. Paternidade. Sigilo. Família
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