184 research outputs found

    Infância e políticas sociais

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    Quando for grande quero ser... criança. Considerações sobre as interacções entre pares na Infância

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    O presente artigo pretende sistematizar as ideias fundamentais da investigação recentemente desenvolvida no âmbito da Sociologia da Infância, especificamente focada na análise etnográfica das culturas da infância e nas interacções entre crianças. Assumindo a infância como categoria estrutural e as crianças como actores sociais de pleno direito, capazes de (re)interpretar e (re)transformar os mundos em que inserem, propõe uma análise sociológica dos afectos e sentimentos entre crianças, particularmente, das relações de amizade, enamoramento e amor, num grupo de crianças dos 6 aos 10 anos de idade

    Amigos(as) e namorados(as) : relacionamentos entre pares

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    p. 175-194Infância e crianças: a proposta da sociologia da infância; Sociologia e emoções, criança e emoções; A amizade é muito bonita para as pessoas e para as crianças-relações de amizade entre crianças; Sabes que sentes o amor quando...quando o amor sobe, sabes? Relações românticas entre crianças. - Resumo: A construção de sentimentos e afectos na interacção de pares, em grupos de crianças em idade escolar, constitui o tema central da presente comunicação, e parte de uma análise sociológica da afectividade e amor infantis, inserida nos quadros de análise da Sociologia da Infância. Os sentimentos e afectos são considerados estruturantes e estruturadores da acção da criança, nos seus quotidianos e nos grupos em que se insere, moldando a posição que esta assume nos grupos de pares e as relações que é capaz de estabelecer. Assim, a criança é considerada competente ao nível das relações e sentimentos que constrói, sendo capaz de discursar sobre eles e reflectir acerca da importância que assumem e da forma como se constituem nos seus quotidianos. Do mesmo modo, é possível identificar constrangimentos e possibilidades de acção da criança, considerando os diferentes níveis de consciência. A criança é aqui entendida enquanto actor social competente, dotada de capacidade reflexiva e consciente, em diferentes níveis, da acção que desenvolve (Giddens, 1984).. É a criança capaz de identificar diferentes emoções? Como define a criança a amizade e o amor? Que critérios estão na base da sua constituição? Poder-se-á falar de um amor infantil? Com recurso a metodologias de tipo qualitativo e interpretativo e técnicas diversificadas (entrevistas, notas de campo, observação e material produzido pelas crianças) o trabalho desenvolveu-se num ATL do Grande Porto, com crianças com idades compreendidas entre os 6 e os 10 anos de idade

    Love and affection among children – the social construction of feelings in peer interaction

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    O presente texto apresenta uma análise preliminar de um estudo constituindo uma análise sociológica da construção da afectividade e amor entre crianças, inserida nos quadros de análise da Sociologia da Infância. A acção da criança será entendida como estrutural, na medida em que se analisarão os seus constrangimentos e possibilidades, considerando os diferentes níveis de consciência. Mas, também se considera que o ser humano, enquanto agente – ou a criança enquanto agente – é dotado de capacidade reflexiva e consciente, em diferentes graus, da acção que desenvolve, reconhecendo, ainda, que essa acção tem consequências intencionais ou não intencionais, no espaçotempo em que se desenrola. (Giddens, 1984). Na acção da criança, os sentimentos e afectos são considerados estruturadores dessa mesma acção, definindo a posição da criança no seu grupo de pares. As crianças são, assim, consideradas competentes, nos seus afectos, sendo capazes de os definir e de reflectir sobre eles e sobre a forma estes como se constituem na relação de pares. É a criança capaz de identificar diferentes afectos? Como define a criança a amizade e o amor? Que critérios estão na base da sua constituição? Poderseá falar de um amor infantil? Recorrendo a metodologias de tipo qualitativo e interpretativo e técnicas diversificadas (observação e notas de campo, entrevistas, análise de desenhos, análise de textos/materiais produzidos pelas crianças), este estudo desenvolveuse com grupos de crianças com idades compreendidas entre os 6 e os 10 anos de idade, em duas salas de um ATL., dos arredores do Porto. Serão, assim, apresentados os resultados do trabalho realizado com as crianças.The paper presented constitutes a preliminary analysis of an ongoing study constituting a sociological analysis on children’s construction of affection and love, using the sociology of childhood frameworks of analysis. Child’s agency is to be understood as structural when we analyse the constraints and possibilities of that agency, considering different consciousness levels. But we also considerer human beings – and therefore, children - as agents, capable of reflexive capacity and consciousness, recognizing that agency has intentional and non-intentional consequences, in time-space context of action (Giddens, 1984). In children’s agency, feelings and affections are to be considered as structurants of that agency, defining child’s positions in their peer group. Children are therefore considered competent in their affections, being capable of defining them and reflecting about them and about the way they constitute children’s relation with peers. Is the child capable of identifying different affections? How does the child define friendship, love and passion? What are the criteria for their constitution? Can we speak of a children’s love? Using different qualitative and interpretative methodologies and techniques (observations, field notes, interviews, drawing analysis, written material produced by children) this study was developed with a group of children (aged between 6 and 10), in an after school institution, in Porto suburban area. Results of the work made with children will also be presented

    (In) visibles: les compétences politiques des enfants dans les contextes de décision publiques

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    Le parcours de la Sociologie de L’Enfance – aussi appelé Nouveaux Études de L’Enfant – en s’affirmant comme paradigme alternatif pour l’étude des enfants et ses vies, se consolide dans le champ théorique et méthodologique, concrètement, dans les sciences sociales. Alors, les défies que si posent, actuellement ne sont tant ces de sa affirmation autant que paradigme valide dans l’étude des enfants mais plus, sur comme on peut produire des visions plus complets et moins compartimentés sur elles. Cet à dire que, comme Prout soutien (2005) et aussi Qvortrup (2000), on doit considérer l’existence des enfants dans des contextes spécifiques et essayer des théories qui n’apportent pas les dichotomies classiques de la sociologie pour la sociologie de l’enfance

    Amor e afectos entre crianças : a construção social de sentimentos na interacção de pares

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    p. 41-70O presente texto apresenta uma análise preliminar de um estudo constituindo uma análise sociológica da construção da afectividade e amor entre crianças, inserida nos quadros de análise da Sociologia da Infância. A acção da criança será entendida como estrutural, na medida em que se analisarão os seus constrangimentos e possibilidades, considerando os diferentes níveis de consciência. Mas, também se considera que o ser humano, enquanto agente – ou a criança enquanto agente – é dotado de capacidade reflexiva e consciente, em diferentes graus, da acção que desenvolve, reconhecendo, ainda, que essa acção tem consequências intencionais ou não intencionais, no espaçotempo em que se desenrola. (Giddens, 1984). Na acção da criança, os sentimentos e afectos são considerados estruturadores dessa mesma acção, definindo a posição da criança no seu grupo de pares. As crianças são, assim, consideradas competentes, nos seus afectos, sendo capazes de os definir e de reflectir sobre eles e sobre a forma estes como se constituem na relação de pares. É a criança capaz de identificar diferentes afectos? Como define a criança a amizade e o amor? Que critérios estão na base da sua constituição? Poderseá falar de um amor infantil? Recorrendo a metodologias de tipo qualitativo e interpretativo e técnicas diversificadas (observação e notas de campo, entrevistas, análise de desenhos, análise de textos/materiais produzidos pelas crianças), este estudo desenvolveuse com grupos de crianças com idades compreendidas entre os 6 e os 10 anos de idade, em duas salas de um ATL., dos arredores do Porto. Serão, assim, apresentados os resultados do trabalho realizado com as crianças

    O trabalho sócio-educativo em contextos não formais – análise de uma realidade

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    p. 61-74Esta pretende ser uma análise fundamentada de um projecto de educação não formal –Juventudes – desenvolvido na cidade do Porto, num período de 20 meses, altura em que a equipa deste mesmo projecto deixou de trabalhar no mesmo, fruto de incompatibilidades com a equipa técnica supervisora, devido a divergências ao nível da filosofia do projecto. Num primeiro momento, procurar-se-á fazer uma contextualização teórica dos problemas identificados, das filosofias seguidas e das metodologias utilizadas. Num segundo momento, far-se-á uma descrição do projecto, do público-alvo a que se dirigia, das necessidades detectadas, das potencialidades exploradas, dos objectivos tratados e das metodologias de intervenção escolhidas. Num terceiro momento, far-se-á uma avaliação dos resultados conseguidos

    Cidadania infantil e participação política das crianças: interrogações a partir dos Estudos da Infância

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    A participação infantil, nomeadamente em contextos públicos de (co) decisão em contextos como a escola e a cidade tem vindo a ser apontada como aspeto central para a consideração teórica da construção da criança-cidadã. Os debates contemporâneos sobre cidadania argumentam a necessidade de repensar as esferas públicas/privadas, individual/coletivo e sublinhar o caráter vivido dessas experiências, ultrapassando visões formalizadas baseadas em perspetivas somente de direitos/deveres. De modo a que possam ser consideradas cidadãs, as crianças necessitam de ser vistas como sujeitos políticos com ação política específica que se desenrola em diferentes contextos de vida quotidiana. As suas competências políticas, nesses contextos, permitem-lhes co decidir, criar e modificar regras, atuar em relações de poder diversas, em influenciar, em transformar e manter. As escolas e a participação formal na cidade serão entendidas como contextos de socialização política das crianças onde estas são capazes de demonstrar competências na vida coletiva e individual. No entanto, importa analisar a complexidade destes contextos, nomeadamente nas suas relações de poder e de interdependência entre adultos e crianças e entre crianças, bem como as oportunidades tornadas visíveis para a sua participação. Ao analisá-las, complexidades e tensões serão observadas que podem sugerir que a participação das crianças e jovens é frequentemente complexa, contextual, e fragmentária, podendo localizar-se num espetro largo de possibilidades e constrangimentos que, no seu conjunto, tornam mais ou menos possível a criação da criança-cidadão. Aspetos como aliança, cooperação e negociação aparecerão como centrais nesta possibilidade. A partir de um estudo de caso de inspiração etnográfica, numa escola pública de 1º ciclo (crianças de 1º e 3º ano) e de um Programa de Cidades Amigas das Crianças (Unicef, 1990) (crianças e jovens com idades compreendidas entre os 8 e os 18 anos), diferentes experiências de participação das crianças em espaços formais de co decisão serão analisadas (tais como assembleias de turma, assembleias municipais)

    “Somos as pessoas que temos de escolher, não são as outras pessoas que escolhem por nós.” Infância e cenários de participação pública: uma análise sociológica dos modos de codecisão das crianças na escola e na cidade

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    Tese de doutoramento em Estudos da Criança (ramo de conhecimento em Sociologia da Infância)A presente tese constitui uma análise sociológica da participação de crianças e jovens em contextos públicos de codecisão, mobilizada a partir das discussões atuais sobre a cidadania das crianças no quadro da Sociologia da Infância. Parte da consideração sobre as alterações paradigmáticas no conceito de cidadania que discutem as suas redefinições à luz de novas dimensões que ultrapassam os seus elementos mais tradicionais, como direitos/deveres, território, nacionalidade, responsabilidade, para as reposicionar nas dinâmicas de inclusão e exclusão de um estatuto pleno de cidadania, a par com a adoção de novas perspetivas sobre a Infância. Introduz-se, aqui, a possibilidade teórica da cidadania infantil. Os elementos de pertença, de direitos e de participaçãodas crianças no espaço público serão fulcrais, atendendo-se à natureza situada, multidimensional e ambígua das oportunidades que para esse efeito são criadas. A cidadania infantil analisa-se a partir da perspetiva de complexidade e hibridismo dos fenómenos sociais, atendendo-se às múltiplas especificidades que se colocam tratando-se de crianças, observando-se os limites e constrangimentos a um estatuto que pode ser visto a partir de uma lógica de “ambiguidade estatutária”. Esta tese pretende, por isso, englobar análises contemporâneas no quadro da cidadania e da participação política, “ousando” a consideração das crianças como elementos ativos e participativos dos contextos de vida no espaço público. A escola e a cidade, enquanto elementos estruturantes de oportunidades de vida e de participação em processos de envolvimento e de participação política de crianças e jovens, são o seu foco central. A partir de diferentes atividades de investigação realizadas com as crianças nesses contextos um conjunto de linhas de discussão poderão traçar-se, nomeadamente as que possam desconstruir ideias mais ou menos “romantizadas” sobre a sua participação, sobre o modo como os adultos a entendem e proporcionam essas mesmas oportunidades e, no limite, sobre o lugar que ocupam na sociedade vista de modo mais abrangente. A partir de metodologias de caráter qualitativo e adotando uma perspetiva interpretativa e de orientação etnográfica, e em dois contextos de investigação – a cidade de Aveiro e o projeto das Cidades Amigas das crianças e uma EB 1º ciclo situada no Norte do País – delimitaram-se episódios e narrativas de investigação com crianças e jovens sobre a sua participação nos dois espaços. A partir destes episódios e narrativas, é possível compreender os modos pelos quais as crianças são envolvidas em processos de codecisão e de que modo estes são construídos, as suas perceções sobre os impactos e limitações e sobre os modos como desejariam que esta acontecesse. A partir dos dados de pesquisa, é possível considerar que a cidadania infantil se produz num estatuto ambíguo, fragmentário e fortemente dependente de condições estruturais que com elas são ou não criados de modo a favorecê-la e/ou constrangê-la.The thesis presents a sociological analysis of children and young people’s participation in public contexts of co decision making mobilized throughout main discussions on children’s citizenship from a Sociology of Childhood point of view. The main argument is set from paradigmatic changes in citizenship concepts that discuss it’s redefinitions from new dimensions that go beyond its traditional elements, such as rights/duties, territory, nationality, responsibility, in order to replace them into the dynamics of inclusion/exclusion of full citizenship status, alongside new perspectives on childhood and children, that introduce the theoretical possibility of children’s citizenship. Here, participation and membership in daily life contexts are crucial considering the located, multidimensional and ambiguous nature of spaces created for them. Children’s citizenship is analyzed from the complexity and hybridism perspective on social phenomenon taking into account the multiple specificities regarding children and their limits and constraints to status that can be defined as ambiguous. Hence, this thesis aims to bring together contemporary analysis on citizenship and political participation “daring” the consideration of children as politically active beings with knowledge on specific daily life contexts. Schools and the city as structuring elements of life opportunities and of participation in processes of political participation and engagement of children and young people constitute the main focus of analysis. From different research activities and instruments performed with children in those contexts a set of discussions can be put at place, namely the ones helping to deconstruct generally “romanticized” ideas on their participation, on the ways adults perceive it and make it possible on the place children occupy in wider society. Working with qualitative methodologies and assuming an interpretative and ethnographic orientation approach, two research contexts were studied – the Child Friendly Cities Project of Aveiro and a public elementary school located in Northern Portugal – and research episodes were build and research narratives written on children’s participation. From these episodes it was possible to understand the ways through which children are involved in decision making processes and how they are built, their perceptions on impacts and limitations and on ways they wished their participation could be built upon. From research data it is also possible to acknowledge that children’s citizenship is constructed under an ambiguous status that is highly dependent on structural conditions that are able to enable or constraint different participation strategies.Cette thèse offre une analyse sociologique de la participation des enfants et des jeunes dans des contextes publiques de codécision à partir des discussions actuelles sur la citoyenneté des enfants dans le cadre de la sociologie de l’enfance. Elle repose sur le fait que les changements paradigmatiques de la notion de citoyenneté discutent ces redéfinitions au regard de nouvelles dimensions surpassant les éléments les plus traditionnels tels que les droits/devoirs, le territoire, la nationalité, la responsabilité, pour les inclure dans les dynamiques d’inclusion et d'exclusion d'un statut de citoyenneté à part entière, de pair avec l’adoption de nouvelles perspectives sur l’enfance. On introduit, ici, la possibilité théorique d’une citoyenneté des enfants. L'appartenance, les droits et la participation des enfants à l’espace public sont essentiels si l'on tient compte de la nature située, multidimensionnelle et ambiguë des opportunités qui sont créées à cet effet. La citoyenneté des enfants s’analyse à partir de la perspective de complexité et d'hybridisme des phénomènes sociaux, en tenant compte des multiples spécificités engagées lorsqu'il s'agit des enfants. Il faut aussi prendre en considération les limites et les contraintes de ce statut qui peut être perçu à partir d'une logique «d’ambigüité statutaire». Cette thèse prétend donc inclure des analyses contemporaines dans le cadre de la citoyenneté et de la participation politique, en «osant» considérer les enfants comme des éléments actifs et participatifs dans les contextes de vie de l’espace publique. L’école et la ville, en tant qu'éléments structurants de possibilités de vie et de participation dans des processus d’engagement et de participation politique des enfants, en sont le point principal. À partir des différentes activités de recherche réalisées avec les enfants dans ces contextes, plusieurs lignes de discussion peuvent être tracées, en particulier celles qui sont liées à la déconstruction d'idées plus ou moins «romantiques» sur la participation des enfants, sur la façon dont les adultes la perçoivent et construisent ces opportunités et, finalement, sur la place qu’elles occupent dans la société, d'une manière générale. En utilisant des méthodologies qualitatives et une perspective interprétative et d’orientation ethnographique dans deux contextes de recherche – la ville d’Aveiro avec le projet «Villes amies des enfants» et une école élémentaire au Nord du Portugal –, on a délimité des épisodes et des récits de recherche liés à la participation des enfants et des jeunes dans ces deux espaces. À partir de ces épisodes et récits, il est possible de comprendre comment les enfants sont engagés dans des processus de codécision et comment ces processus sont construits. Mais ils permettent aussi de comprendre leurs perceptions sur les impacts et limitations et sur la manière comment ils souhaiteraient y participer. À partir des données de la recherche, il est également possible d'observer que la citoyenneté des enfants se produit dans un statut d’ambigüité, fragmentaire et très dépendent des conditions structurelles qui, avec elles ou sans elles, sont créées afin de favoriser et/ou de contraindre cette citoyenneté.Fundação Ciência e Tecnologia (FCT), pelo financiamento desta tese
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