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    SURTO DE INTOXICAÇÃO POR MONENSINA E MORTALIDADE DE BOVINOS EM MUNICÍPIO DA REGIÃO DA AMAI

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    Os antimicrobianos ionóforos são utilizados na nutrição animal como aditivos que auxiliam no combate à coccidiose, regulação do pH ruminal e promotores do crescimento. Embora benéficas, superdosagens para qualquer espécie animal podem acarretar intoxicação e mortalidade. Esse relato apresenta aspectos clínicos e patológicos de um caso de intoxicação por monensina em bovinos em um município da região da Associação Municípios Alto Irani (AMAI). O surto ocorreu após o fornecimento de ração com adição de monensina a nove bovinos que estavam em piquete de azevém, dos quais sete morreram, um bovino morreu após uma única ingestão de ração. Transcorridos 10 dias da mudança alimentar, os animais reduziram o consumo de alimento e apresentavam dificuldade de locomoção com rigidez de membros posteriores, que progrediu para o decúbito. Alguns animais apresentaram diarreia transitória de coloração verde-escura e timpanismo. Foi realizada necropsia em dois bovinos; o animal A morreu de forma aguda e o animal B apresentou sintomatologia clínica. Os animais apresentavam edema de subcutâneo, hidrotórax, hidropericárdio e hidroperitônio, e no esôfago, linha do timpanismo. Áreas pálidas multifocais na musculatura intercaladas com áreas normais foram observadas no coração e na musculatura esquelética dos membros. O animal A apresentou dilatação cardíaca e hiperplasia de polpa vermelha no baço, o animal B apresentou deposição de fibrina nas cavidades torácica e abdominal. O pulmão apresentava edema interlobular difuso e áreas de consolidação sugestivas de broncopneumonia. O fígado era de coloração vermelho-escuro e ao corte, aspecto de noz-moscada. Em ambos os animais, as lesões histológicas de coração e musculatura esquelética consistiam em tumefação e necrose de miofibras multifocal acompanhadas de infiltrado mononuclear moderado, proliferação de fibroblastos e deposição de tecido conjuntivo (fibrose) entre fibras. No animal B, o fígado apresentava congestão centrolobular acentuada e necrose de coagulação multifocal associada a infiltrado de macrófagos. Essa lesão, associada ao edema em cavidades, e a lesão cardíaca são compatíveis com a insuficiência cardíaca congestiva (ICC). Nos dois animais necropsiados, com as lesões macroscópicas e histológicas da musculatura esquelética e miocárdio com dados do histórico, pode ter ocorrido intoxicação por monensina. Essas lesões se explicam em razão do efeito tóxico dos ionóforos, que em superdosagens alteram a permeabilidade da membrana celular, comprometendo o equilíbrio hidroeletrolítico. No caso do animal B, a lesão de miocárdio induzida pela monensina e a evolução subaguda do caso acarretou um quadro de ICC com alteração hepática evidente. Fatores que favorecem a intoxicação incluem: ingestão de doses maiores que as preconizadas para a espécie em decorrência de erro de dosagem ou na mistura do fármaco à ração; utilização de produtos para espécies diferentes das indicadas no rótulo; e, uso em associação com fármacos que potencializam seus efeitos.Palavras-chave: Bovino. Intoxicação. Monensina. Insuficiência cardíaca. Necrose

    LEUCOGRAMA E PLAQUETOGRAMA DE OVINOS DESAFIADOS EXPERIMENTALMENTE COM BROTOS DE SAMAMBAIA (PTERIDIUM AQUILINUM)

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    A Samambaia (Pteridium aquilinum) é uma planta tóxica de importância pecuária e ocasiona três formas de intoxicação: duas crônicas, com formação de neoplasias no trato digestivo superior e bexiga, e uma aguda, a diátese hemorrágica. Bovinos com quadros agudos de intoxicação (doses superiores a 10 g/kg/dia) revelam na hematologia leucopenia e trombocitopenia, em razão do dano à medula óssea. Entretanto, a literatura carece de informações sobre o efeito tóxico agudo dessa planta na espécie ovina. Dessa forma, objetivou-se, com este estudo, relatar os parâmetros clínicos e hematológicos encontrados em dois ovinos machos jovens, os quais receberam experimentalmente brotos verdes de samambaia (P. aquilinum) nas doses diárias de 8,5 g/kg e 11,8 g/kg fracionadas em três fornecimentos diários, por 16 dias. Os brotos de samambaia utilizados no experimento foram colhidos no mês de agosto de 2014 e fornecidos frescos após serem triturados e adicionados à silagem. Os animais foram monitorados por quatro semanas após cessar a ingestão por meio de avaliações clínicas e avaliação de perfil hematológico por intermédio de hemograma. O experimento foi conduzido nas dependências do setor de ovinocultura e do laboratório de Patologia clínica da Unoesc Xanxerê, SC. Durante o período experimental, não houve alteração de parâmetros clínicos dos animais em ambas as doses testadas de P. aquilinum. Não foram observadas alterações nos padrões hematológicos durante a ingestão e nem mesmo durante o acompanhamento pós-ingestão. Os parâmetros de contagem de leucócitos e plaquetas normais nos ovinos sugerem que a samambaia não é tóxica para a espécie, nas doses de 8,5 g/kg e 11,8 g/kg, durante 16 dias de ingestão de brotos da planta colhidos no final do inverno e início da primavera. Surge, então, a necessidade de avaliar o efeito da samambaia em doses e períodos de ingestão maiores, como, ainda, fornecer brotos da planta em outras épocas do ano.Palavras-chave: Samambaia. Ovinos. Leucócitos. Plaquetas

    INTOXICAÇÃO EXPERIMENTAL COM DOSES ÚNICAS DE FRUTOS DE Hovenia dulcis (UVA-DO-JAPÃO) EM OVINOS

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    A intoxicação pelos frutos de Hovenia dulcis (uva-do-japão), árvore comum na região Oeste de Santa Catarina, é relatada em bovinos e ovinos, entretanto, na literatura há a comprovação da intoxicação apenas em bovinos. Nos últimos tempos vem sendo relatada por veterinários e produtores rurais a ocorrência de intoxicação em ovinos, mas sem comprovação científica dos efeitos tóxicos. O objetivo do estudo foi avaliar o efeito tóxico de H. dulcis na espécie ovina, caracterizando o quadro clínico e patológico, bem como definir a dose tóxica. Para o experimento foram utilizadas duas fêmeas ovinas, sem raça definida, com fornecimento de doses únicas de frutos de H. dulcis frescos: Ovelha 1 – 70 Kg peso vivo (PV), consumo de 6,4g/kg em dose única e Ovelha 2 – 65 Kg PV, consumo de 13,46g/kg em dose única. Os animais foram mantidos em baias individuais de 2 m² com livre acesso à água e alimentação à base de concentrado e volumoso. Os animais foram avaliados para parâmetros clínicos (frequência cardíaca, respiratória, movimentos ruminais e comportamento), líquido ruminal (pH, tempo de sedimentação e redução do azul de metileno) e urinários (urinálise).  Foi observada diminuição do pH do líquido ruminal dos animais tratados; o animal 1, 24 horas após ingestão dos frutos, apresentou redução do pH de 6,9 para 5,99. O animal 2, que consumiu uma dose maior de frutos, 36h após fornecimento, apresentou redução do pH para 6,56 versus 7,23. Os animais tratados não apresentaram alterações clínicas e comportamentais e os parâmetros urinários se mantiveram normais. Por meio dos dados de pH , onclui-se que frutos de H. dulcis em doses únicas de 6,4g/Kg e 13,46g/Kg alteram o pH ruminal causando acidose.Palavras-chave: Ovinos. Hovenia dulcis. Intoxicação experimental. Acidose

    TUMOR DE CÉLULAS DE TRANSIÇÃO INFILTRATIVO COM METÁSTASE HEPÁTICA, PULMONAR, RENAL, PROSTÁTICA E PERIOCULAR EM UM CANINO MACHO CASTRADO

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    As neoplasias do trato urinário são pouco frequentes em cães, e a etiologia é multifatorial, tendo influência de fatores endógenos, predisposição racial e exposição a produtos tóxicos. Descreve-se um caso de tumor de células de transição (TCT) em cão, macho, nove anos, SRD, que inicialmente foi tratado para cistite. Em razão dos sinais de hematúria, disúria e polaquiúria que persistiam há 30 dias, o animal foi encaminhado ao Hospital Veterinário da Unoesc de Xanxerê para realização de exame ultrassonagráfico, observando-se espessamento da parede da bexiga e uma massa irregular que se projetava da região do trígono vesical para o interior da luz do órgão. Exames de sangue (hemograma e perfil bioquímico) não apresentaram alteração; na urinálise, observou-se coloração amarelo-escura da urina, discreta turbidez e nitritúria, e na análise de sedimento, discreta bacteriúria e leucocitúria, além de intensa hematúria. Na citologia, foram observadas células epiteliais com relação núcleo-citoplasma maior que as células normais, núcleos arredondados a ovais uniformes, sem nucléolo aparente e pleomorfismo discreto, sugerindo hiperplasia de células transicionais. Com o agravamento dos sinais clínicos, o animal morreu e foi remetido ao Laboratório de Patologia Veterinária para necropsia. Na macroscopia, evidenciou-se bexiga repleta (900mL), e, ao corte, massa esbranquiçada firme desde o trígono vesical até a porção média da bexiga, com característica infiltrativa, superfície irregular com áreas necróticas e hemorrágicas. Nódulos multifocais com característica semelhante ao descrito na bexiga foram observados no fígado, pulmão, rim e na região periocular lateral-ventral, visto que, nesse local, o nódulo apresentava 2 cm, era firme, irregular, vermelho-escuro, com pontos brancos multifocais, e no rim, observou-se infartos multifocais. Na histopatologia, a bexiga apresentou cordões e ninhos de células transicionais atípicas, com citoplasma variado, eosinofílico, pleomorfismo moderado e mitoses multifocais. As células infiltravam até a musculatura do órgão. Células com mesma característica foram observadas no fígado, pulmão, rins, próstata e massa periocular. O diagnóstico é tumor de células de transição infiltrativo com metástase hepática, pulmonar, renal, prostática e periocular. Embora a literatura cite que é pouco comum a ocorrência de metástase, ela foi observada nesse caso em uma massa próxima ao olho. Essa neoplasia é pouco frequente em cães (menos de 1% dos tumores) e quando ocorre é de caráter maligno. Em razão da característica infiltrativa do TCT, quando localizado no trígono vesical, pode acarretar a obstrução parcial ou total da uretra, que na clínica se apresenta com disúria e estrangúria. Em consequência da obstrução da uretra ocorre estase urinária, o que predispõe a cistites, em decorrência da contaminação ascendente de bactérias, ou ainda, ocorrência de hidroureter e hidronefrose, uma vez que há interrupção do fluxo urinário. Cabe ressaltar que o diagnóstico diferencial é importante, pois sinais de disúria, hematúria e polaquiúria são comuns em patologias do trato urinário inferior.Palavras-chave: Neoplasia. Células de transição. Metástase. Cão.e ^ad r�@�to;text-align:justify;line-height:150%'>Palavras-chave: Polioencefalomalácia. Caprino. Tiamina. Infarto. %; B �-a r�@�es New Roman","serif"'>No pós-operatório, foi utilizado tramadol 3 mg/kg VO SID, enrofloxacina 5 mg/kg via oral SID e fluidoterapia com ringer lactato. A paciente apresentou uma adequada recuperação do procedimento anestésico-cirúrgico e, em razão do leiomiossarcoma ser um tumor de baixa metástase, considera-se que a paciente tem um prognóstico favorável. Além disso, apresentou normalização da micção e da suspeita de quadro urêmico. Há possibilidade de a hiperplasia endometrial cística estar relacionada ao tumor, entretanto, não está estabelecida a relação entre ambos. Palavras-chave: Cadela. Histopatológico. Tumor uterino

    INTOXICAÇÃO ESPONTÂNEA AGUDA APÓS INGESTÃO DE BROTOS DE PTERIDIUM AQUILINUM “SAMAMBAIA” EM BOVINO NO MUNICÍPIO DE XANXERÊ, SC

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    Pteridium aquilinum (samambaia) é uma das plantas tóxicas de maior importância no Brasil e causa de intoxicações frequentes na clínica médica de bovinos. Relata-se um caso de intoxicação espontânea na forma aguda por ingestão de brotos de P. aquilinum em bovino, fêmea, 18 meses de idade, raça holandesa, no mês de abril de 2014 no Município de Xanxerê, SC. O animal encontrava-se em piquete de Hermarthria altissima e apresentou apatia, anorexia, seguida de episódios de diarreia aquosa escura, e nas 24 horas seguintes apresentou hipertermia. O quadro progrediu rapidamente, e em 48 horas, o animal posicionou-se em decúbito, morrendo 96 horas após o início da sintomatologia clínica, totalizando um curso clínico de cinco dias. O animal foi medicado com antitóxico e enrofloxacina, mas sem melhora clínica. Na necropsia, observou-se conteúdo ruminal seco, petéquias no omento, fígado com múltiplas áreas arredondadas amareladas e material gelatinoso de coloração amarelada (edema) adjacente ao órgão. Foram observadas hemorragias na cápsula esplênica e áreas vermelho-escuras no intestino (infartos), ao corte, conteúdo aquoso. Fragmentos de órgãos foram colhidos para exame histopatológico e remetidos ao laboratório de patologia veterinária da Unoesc de Xanxerê. As amostras foram processadas rotineiramente para histopatologia e coradas com Hematoxilina e Eosina. Na histopatologia, observaram-se hemorragias localmente extensas em múltiplos órgãos (rim, cápsula esplênica, endocárdio e epicárdio), e o fígado apresentava áreas de necrose de coagulação juntamente com infiltrado inflamatório misto, restos celulares, bactérias (bacilos) e enfisema multifocal, caracterizando uma hepatite necrótica associada a colônias bacterianas. Após a manifestação dos sinais clínicos e a realização da necropsia, suspeitou-se de intoxicação aguda por P. aquilinun. Baseado nisso, optou-se pela investigação epidemiológica do local onde os bovinos permaneceram nas últimas semanas, e verificou-se a presença da samambaia e sinais de consumo de brotos. Os animais que consomem a planta podem apresentar quadros agudos da doença, como diátese hemorrágica, ou crônicos com neoplasias na bexiga e vias digestivas superiores. Na intoxicação aguda, o animal ingere doses maiores que 10 g/kg por dia, sendo a lesão primária uma grave aplasia de medula óssea, causando trombocitopenia e leucopenia. Como consequência da diminuição de plaquetas e leucócitos, ocorrem hemorragias e multiplicação bacteriana com possível migração embólica, resultando em infarto de órgãos. A ingestão do broto favorece quadros agudos da intoxicação, uma vez que este apresenta elevadas concentrações do princípio tóxico. Superlotação, fome e carência de fibra favorecem a ingestão da planta por bovinos. O histórico da ingestão da planta, sinais clínicos e anátomo-patologia caracterizam um quadro de intoxicação aguda por samambaia, entretanto, para diagnóstico definitivo, recomenda-se a avaliação histológica de medula óssea. Salienta-se ainda que, para diagnóstico diferencial, devem ser consideradas babesiose e anaplasmose, pasteurelose septicêmica, leptospirose, intoxicação por rodenticidas, entre outros.Palavras-chave: Pteridium aquilinum. Samambaia. Diátese hemorrágica. Infarto. Bovino

    SURTO DE INTOXICAÇÃO POR MONENSINA E MORTALIDADE DE BOVINOS EM MUNICÍPIO DA REGIÃO DA AMAI

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    Os antimicrobianos ionóforos são utilizados na nutrição animal como aditivos que auxiliam no combate à coccidiose, regulação do pH ruminal e promotores do crescimento. Embora benéficas, superdosagens para qualquer espécie animal podem acarretar intoxicação e mortalidade. Esse relato apresenta aspectos clínicos e patológicos de um caso de intoxicação por monensina em bovinos em um município da região da Associação Municípios Alto Irani (AMAI). O surto ocorreu após o fornecimento de ração com adição de monensina a nove bovinos que estavam em piquete de azevém, dos quais sete morreram, um bovino morreu após uma única ingestão de ração. Transcorridos 10 dias da mudança alimentar, os animais reduziram o consumo de alimento e apresentavam dificuldade de locomoção com rigidez de membros posteriores, que progrediu para o decúbito. Alguns animais apresentaram diarreia transitória de coloração verde-escura e timpanismo. Foi realizada necropsia em dois bovinos; o animal A morreu de forma aguda e o animal B apresentou sintomatologia clínica. Os animais apresentavam edema de subcutâneo, hidrotórax, hidropericárdio e hidroperitônio, e no esôfago, linha do timpanismo. Áreas pálidas multifocais na musculatura intercaladas com áreas normais foram observadas no coração e na musculatura esquelética dos membros. O animal A apresentou dilatação cardíaca e hiperplasia de polpa vermelha no baço, o animal B apresentou deposição de fibrina nas cavidades torácica e abdominal. O pulmão apresentava edema interlobular difuso e áreas de consolidação sugestivas de broncopneumonia. O fígado era de coloração vermelho-escuro e ao corte, aspecto de noz-moscada. Em ambos os animais, as lesões histológicas de coração e musculatura esquelética consistiam em tumefação e necrose de miofibras multifocal acompanhadas de infiltrado mononuclear moderado, proliferação de fibroblastos e deposição de tecido conjuntivo (fibrose) entre fibras. No animal B, o fígado apresentava congestão centrolobular acentuada e necrose de coagulação multifocal associada a infiltrado de macrófagos. Essa lesão, associada ao edema em cavidades, e a lesão cardíaca são compatíveis com a insuficiência cardíaca congestiva (ICC). Nos dois animais necropsiados, com as lesões macroscópicas e histológicas da musculatura esquelética e miocárdio com dados do histórico, pode ter ocorrido intoxicação por monensina. Essas lesões se explicam em razão do efeito tóxico dos ionóforos, que em superdosagens alteram a permeabilidade da membrana celular, comprometendo o equilíbrio hidroeletrolítico. No caso do animal B, a lesão de miocárdio induzida pela monensina e a evolução subaguda do caso acarretou um quadro de ICC com alteração hepática evidente. Fatores que favorecem a intoxicação incluem: ingestão de doses maiores que as preconizadas para a espécie em decorrência de erro de dosagem ou na mistura do fármaco à ração; utilização de produtos para espécies diferentes das indicadas no rótulo; e, uso em associação com fármacos que potencializam seus efeitos.Palavras-chave: Bovino. Intoxicação. Monensina. Insuficiência cardíaca. Necrose

    INTOXICAÇÃO EXPERIMENTAL COM DOSES ÚNICAS DE FRUTOS DE Hovenia dulcis (UVA-DO-JAPÃO) EM OVINOS

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    A intoxicação pelos frutos de Hovenia dulcis (uva-do-japão), árvore comum na região Oeste de Santa Catarina, é relatada em bovinos e ovinos, entretanto, na literatura há a comprovação da intoxicação apenas em bovinos. Nos últimos tempos vem sendo relatada por veterinários e produtores rurais a ocorrência de intoxicação em ovinos, mas sem comprovação científica dos efeitos tóxicos. O objetivo do estudo foi avaliar o efeito tóxico de H. dulcis na espécie ovina, caracterizando o quadro clínico e patológico, bem como definir a dose tóxica. Para o experimento foram utilizadas duas fêmeas ovinas, sem raça definida, com fornecimento de doses únicas de frutos de H. dulcis frescos: Ovelha 1 – 70 Kg peso vivo (PV), consumo de 6,4g/kg em dose única e Ovelha 2 – 65 Kg PV, consumo de 13,46g/kg em dose única. Os animais foram mantidos em baias individuais de 2 m² com livre acesso à água e alimentação à base de concentrado e volumoso. Os animais foram avaliados para parâmetros clínicos (frequência cardíaca, respiratória, movimentos ruminais e comportamento), líquido ruminal (pH, tempo de sedimentação e redução do azul de metileno) e urinários (urinálise).  Foi observada diminuição do pH do líquido ruminal dos animais tratados; o animal 1, 24 horas após ingestão dos frutos, apresentou redução do pH de 6,9 para 5,99. O animal 2, que consumiu uma dose maior de frutos, 36h após fornecimento, apresentou redução do pH para 6,56 versus 7,23. Os animais tratados não apresentaram alterações clínicas e comportamentais e os parâmetros urinários se mantiveram normais. Por meio dos dados de pH , onclui-se que frutos de H. dulcis em doses únicas de 6,4g/Kg e 13,46g/Kg alteram o pH ruminal causando acidose.Palavras-chave: Ovinos. Hovenia dulcis. Intoxicação experimental. Acidose

    TUMOR DE CÉLULAS DE TRANSIÇÃO INFILTRATIVO COM METÁSTASE HEPÁTICA, PULMONAR, RENAL, PROSTÁTICA E PERIOCULAR EM UM CANINO MACHO CASTRADO

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    As neoplasias do trato urinário são pouco frequentes em cães, e a etiologia é multifatorial, tendo influência de fatores endógenos, predisposição racial e exposição a produtos tóxicos. Descreve-se um caso de tumor de células de transição (TCT) em cão, macho, nove anos, SRD, que inicialmente foi tratado para cistite. Em razão dos sinais de hematúria, disúria e polaquiúria que persistiam há 30 dias, o animal foi encaminhado ao Hospital Veterinário da Unoesc de Xanxerê para realização de exame ultrassonagráfico, observando-se espessamento da parede da bexiga e uma massa irregular que se projetava da região do trígono vesical para o interior da luz do órgão. Exames de sangue (hemograma e perfil bioquímico) não apresentaram alteração; na urinálise, observou-se coloração amarelo-escura da urina, discreta turbidez e nitritúria, e na análise de sedimento, discreta bacteriúria e leucocitúria, além de intensa hematúria. Na citologia, foram observadas células epiteliais com relação núcleo-citoplasma maior que as células normais, núcleos arredondados a ovais uniformes, sem nucléolo aparente e pleomorfismo discreto, sugerindo hiperplasia de células transicionais. Com o agravamento dos sinais clínicos, o animal morreu e foi remetido ao Laboratório de Patologia Veterinária para necropsia. Na macroscopia, evidenciou-se bexiga repleta (900mL), e, ao corte, massa esbranquiçada firme desde o trígono vesical até a porção média da bexiga, com característica infiltrativa, superfície irregular com áreas necróticas e hemorrágicas. Nódulos multifocais com característica semelhante ao descrito na bexiga foram observados no fígado, pulmão, rim e na região periocular lateral-ventral, visto que, nesse local, o nódulo apresentava 2 cm, era firme, irregular, vermelho-escuro, com pontos brancos multifocais, e no rim, observou-se infartos multifocais. Na histopatologia, a bexiga apresentou cordões e ninhos de células transicionais atípicas, com citoplasma variado, eosinofílico, pleomorfismo moderado e mitoses multifocais. As células infiltravam até a musculatura do órgão. Células com mesma característica foram observadas no fígado, pulmão, rins, próstata e massa periocular. O diagnóstico é tumor de células de transição infiltrativo com metástase hepática, pulmonar, renal, prostática e periocular. Embora a literatura cite que é pouco comum a ocorrência de metástase, ela foi observada nesse caso em uma massa próxima ao olho. Essa neoplasia é pouco frequente em cães (menos de 1% dos tumores) e quando ocorre é de caráter maligno. Em razão da característica infiltrativa do TCT, quando localizado no trígono vesical, pode acarretar a obstrução parcial ou total da uretra, que na clínica se apresenta com disúria e estrangúria. Em consequência da obstrução da uretra ocorre estase urinária, o que predispõe a cistites, em decorrência da contaminação ascendente de bactérias, ou ainda, ocorrência de hidroureter e hidronefrose, uma vez que há interrupção do fluxo urinário. Cabe ressaltar que o diagnóstico diferencial é importante, pois sinais de disúria, hematúria e polaquiúria são comuns em patologias do trato urinário inferior.Palavras-chave: Neoplasia. Células de transição. Metástase. Cão.e ^ad r�@�to;text-align:justify;line-height:150%'>Palavras-chave: Polioencefalomalácia. Caprino. Tiamina. Infarto. %; B �-a r�@�es New Roman","serif"'>No pós-operatório, foi utilizado tramadol 3 mg/kg VO SID, enrofloxacina 5 mg/kg via oral SID e fluidoterapia com ringer lactato. A paciente apresentou uma adequada recuperação do procedimento anestésico-cirúrgico e, em razão do leiomiossarcoma ser um tumor de baixa metástase, considera-se que a paciente tem um prognóstico favorável. Além disso, apresentou normalização da micção e da suspeita de quadro urêmico. Há possibilidade de a hiperplasia endometrial cística estar relacionada ao tumor, entretanto, não está estabelecida a relação entre ambos. Palavras-chave: Cadela. Histopatológico. Tumor uterino

    LEUCOGRAMA E PLAQUETOGRAMA DE OVINOS DESAFIADOS EXPERIMENTALMENTE COM BROTOS DE SAMAMBAIA (PTERIDIUM AQUILINUM)

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    A Samambaia (Pteridium aquilinum) é uma planta tóxica de importância pecuária e ocasiona três formas de intoxicação: duas crônicas, com formação de neoplasias no trato digestivo superior e bexiga, e uma aguda, a diátese hemorrágica. Bovinos com quadros agudos de intoxicação (doses superiores a 10 g/kg/dia) revelam na hematologia leucopenia e trombocitopenia, em razão do dano à medula óssea. Entretanto, a literatura carece de informações sobre o efeito tóxico agudo dessa planta na espécie ovina. Dessa forma, objetivou-se, com este estudo, relatar os parâmetros clínicos e hematológicos encontrados em dois ovinos machos jovens, os quais receberam experimentalmente brotos verdes de samambaia (P. aquilinum) nas doses diárias de 8,5 g/kg e 11,8 g/kg fracionadas em três fornecimentos diários, por 16 dias. Os brotos de samambaia utilizados no experimento foram colhidos no mês de agosto de 2014 e fornecidos frescos após serem triturados e adicionados à silagem. Os animais foram monitorados por quatro semanas após cessar a ingestão por meio de avaliações clínicas e avaliação de perfil hematológico por intermédio de hemograma. O experimento foi conduzido nas dependências do setor de ovinocultura e do laboratório de Patologia clínica da Unoesc Xanxerê, SC. Durante o período experimental, não houve alteração de parâmetros clínicos dos animais em ambas as doses testadas de P. aquilinum. Não foram observadas alterações nos padrões hematológicos durante a ingestão e nem mesmo durante o acompanhamento pós-ingestão. Os parâmetros de contagem de leucócitos e plaquetas normais nos ovinos sugerem que a samambaia não é tóxica para a espécie, nas doses de 8,5 g/kg e 11,8 g/kg, durante 16 dias de ingestão de brotos da planta colhidos no final do inverno e início da primavera. Surge, então, a necessidade de avaliar o efeito da samambaia em doses e períodos de ingestão maiores, como, ainda, fornecer brotos da planta em outras épocas do ano.Palavras-chave: Samambaia. Ovinos. Leucócitos. Plaquetas
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