As neoplasias do trato urinário são pouco frequentes em cães, e a etiologia é multifatorial, tendo influência de fatores endógenos, predisposição racial e exposição a produtos tóxicos. Descreve-se um caso de tumor de células de transição (TCT) em cão, macho, nove anos, SRD, que inicialmente foi tratado para cistite. Em razão dos sinais de hematúria, disúria e polaquiúria que persistiam há 30 dias, o animal foi encaminhado ao Hospital Veterinário da Unoesc de Xanxerê para realização de exame ultrassonagráfico, observando-se espessamento da parede da bexiga e uma massa irregular que se projetava da região do trígono vesical para o interior da luz do órgão. Exames de sangue (hemograma e perfil bioquímico) não apresentaram alteração; na urinálise, observou-se coloração amarelo-escura da urina, discreta turbidez e nitritúria, e na análise de sedimento, discreta bacteriúria e leucocitúria, além de intensa hematúria. Na citologia, foram observadas células epiteliais com relação núcleo-citoplasma maior que as células normais, núcleos arredondados a ovais uniformes, sem nucléolo aparente e pleomorfismo discreto, sugerindo hiperplasia de células transicionais. Com o agravamento dos sinais clínicos, o animal morreu e foi remetido ao Laboratório de Patologia Veterinária para necropsia. Na macroscopia, evidenciou-se bexiga repleta (900mL), e, ao corte, massa esbranquiçada firme desde o trígono vesical até a porção média da bexiga, com característica infiltrativa, superfície irregular com áreas necróticas e hemorrágicas. Nódulos multifocais com característica semelhante ao descrito na bexiga foram observados no fígado, pulmão, rim e na região periocular lateral-ventral, visto que, nesse local, o nódulo apresentava 2 cm, era firme, irregular, vermelho-escuro, com pontos brancos multifocais, e no rim, observou-se infartos multifocais. Na histopatologia, a bexiga apresentou cordões e ninhos de células transicionais atípicas, com citoplasma variado, eosinofílico, pleomorfismo moderado e mitoses multifocais. As células infiltravam até a musculatura do órgão. Células com mesma característica foram observadas no fígado, pulmão, rins, próstata e massa periocular. O diagnóstico é tumor de células de transição infiltrativo com metástase hepática, pulmonar, renal, prostática e periocular. Embora a literatura cite que é pouco comum a ocorrência de metástase, ela foi observada nesse caso em uma massa próxima ao olho. Essa neoplasia é pouco frequente em cães (menos de 1% dos tumores) e quando ocorre é de caráter maligno. Em razão da característica infiltrativa do TCT, quando localizado no trígono vesical, pode acarretar a obstrução parcial ou total da uretra, que na clínica se apresenta com disúria e estrangúria. Em consequência da obstrução da uretra ocorre estase urinária, o que predispõe a cistites, em decorrência da contaminação ascendente de bactérias, ou ainda, ocorrência de hidroureter e hidronefrose, uma vez que há interrupção do fluxo urinário. Cabe ressaltar que o diagnóstico diferencial é importante, pois sinais de disúria, hematúria e polaquiúria são comuns em patologias do trato urinário inferior.Palavras-chave: Neoplasia. Células de transição. Metástase. Cão.e ^ad r�@�to;text-align:justify;line-height:150%'>Palavras-chave: Polioencefalomalácia. Caprino. Tiamina. Infarto. %; B �-a r�@�es New Roman","serif"'>No pós-operatório, foi utilizado tramadol 3 mg/kg VO SID, enrofloxacina 5 mg/kg via oral SID e fluidoterapia com ringer lactato. A paciente apresentou uma adequada recuperação do procedimento anestésico-cirúrgico e, em razão do leiomiossarcoma ser um tumor de baixa metástase, considera-se que a paciente tem um prognóstico favorável. Além disso, apresentou normalização da micção e da suspeita de quadro urêmico. Há possibilidade de a hiperplasia endometrial cística estar relacionada ao tumor, entretanto, não está estabelecida a relação entre ambos. Palavras-chave: Cadela. Histopatológico. Tumor uterino