4 research outputs found
Recognition and behavioral assessment of acute pain in cats: literature review
Embora a dor seja considerada o quarto sinal vital e uma das manifestações mais comumente encontradas na prática médica veterinária dos animais domésticos, seu tratamento ainda é inadequado. A dor aguda pós-operatória tem suscitado grande interesse por seu potencial risco de cronificação caso não adequadamente tratada, podendo piorar a recuperação e a qualidade de vida do paciente. O gato é uma das espécies domésticas menos estudadas no que diz respeito ao reconhecimento e controle da dor, e algumas das dificuldades residem na avaliação e na percepção da dor. O consenso sobre os sinais comportamentais da dor nesta espécie publicado em fevereiro de 2016 considerou alguns sinais como confiáveis e sensíveis para a avaliação da dor em gatos, em toda uma gama de diferentes condições clínicas, porém afirma a necessidade da realização de estudos que analisem a sua validade e aplicabilidade clínica, especialmente em relação a diferentes intensidades de dor. Na tentativa de se quantificar a dor são utilizados vários tipos de escalas subjetivas tradicionais e outras que facilitam a avaliação da efetividade da analgesia, a partir da observação de sinais comportamentais espontâneos indicativos de dor, combinada a uma resposta qualitativa à palpação da ferida cirúrgica. Faz-se necessária a utilização de escalas específicas para o tipo de dor (aguda ou crônica) e para a espécie, de modo a minimizar a subjetividade e a parcialidade dos observadores e possibilitando uma melhor assistência ao paciente.Although pain is considered the 4th vital sign and one of the most frequently observed clinical signs in domestic animals’ clinical practice, its treatment is still inadequate despite significant improvement in the last few years. Acute post-operative pain has aroused great interest due to its potential risk of developing into chronic pain, and if not treated properly, it might worsen the recovery and the patient’s quality of life. Cats are one of the least studied species of domestic animals regarding pain recognition and control. Some of the difficulties lie in pain assessment and perception. The consensus published in February 2016 about behavioral signs of pain in cats considered some signs to be reliable and sensitive for the assessment of pain in this species in many different clinical conditions, however it still states that more studies will be necessary in order to evaluate its clinical validity and applicability, especially considering the various pain intensities. As an attempt to quantify pain intensity in cats, several types of traditional subjective scales and others that facilitate pain assessment by combining the observation of spontaneous behavioral signals of pain and qualitative response to palpation of surgical wound are used as tools. It is necessary to use specific scales for each type of pain and for each specific animal species so to minimize the subjectivity and the partiality of the observers, reducing bias and improving efficacy, thus leading to a better patient care
Evalution of ciclooxygenases 1 and 2 and the analgesic efficacy of dipyrone in horses
O controle da dor nos animais tem sido objeto de inúmeros estudos na atualidade, tanto por razões de cunho humanitário, quanto pela influência que a dor não controlada exerce sobre os parâmetros fisiológicos de todas as espécies animais, o que invariavelmente causa prejuízos ao bem-estar e aos índices produtivos dos animais, sejam estes empregados na produção, esporte ou companhia. Os antiinflamatórios não esteroidais (AINEs) são os fármacos mais comumente empregados para o controle da dor em equinos, porém podem ocasionar vários efeitos adversos, entre eles gastrite ou agravar um quadro pré-existente, pois atuam inibindo a ciclooxigenase 1, que é a principal enzima responsável pela produção não só de mediadores inflamatórios, mas também da camada protetora estomacal. A dipirona, embora não seja um AINE clássico, pode também promover inibição da COX-1, como já comprovada em humanos e ratos. A presente pesquisa teve como objetivo avaliar o efeito da administração de dipirona pela via intravenosa na dose de 15mg/Kg, a cada 12 horas, em 12 equinos da raça Árabe, sem distinção de sexo ou idade, durante 24 horas. Foram avaliadas as concentrações da prostaglandina E2 e de tromboxano B2 nos tempos Basal (TB, antes da administração de dipirona) e decorridas 2 (T2), 8 (T8), 12 (T12) e 24 (T24) horas após a administração de dipirona. Na segunda fase do estudo foi realizada a avaliação da analgesia promovida pela dipirona em 15 equinos submetidos ao procedimento de orquiectomia eletiva, na qual um dos grupos recebeu no pósoperatório, dipirona 15mg/Kg, a cada 12 horas e outro grupo recebeu flunixin meglumine 1,1mg/Kg a cada 24 horas, ambos pela via intravenosa. A dipirona promoveu inibição em COX-1 de 97,76%± 2,02 em T2 (P<0,0001), não promoveu inibição em COX-2, porém mostrou-se eficaz como único analgésico pós-operatório 11 para orquiectomia eletiva em equinos saudáveis, podendo ser uma opção para tratamento de dor leve à moderada em cavalos.The pain control in animals has been the subject of numerous studies nowadays, both for humanitarian reasons, and for the influence that uncontrolled pain exerts on the physiological parameters of all animal species, which invariably causes harm to the welfare and productive ratings of the animals, whether they are production, sport or company animals. Non-steroidal anti-inflammatory drugs (NSAIDS) are the most commonly used drugs in horses, but may cause several side effects, including gastritis, or aggravating a preexisting condition, as it inhibits cyclooxygenase 1, which is the main responsible enzyme for producing not only inflammatory mediators, but also the stomach protective layer. Although dipyrone is not a classic NSAID, it may also promotes the inhibition of COX-1, already proven in humans and rats. Therefore, the present study aimed to evaluate the effect of intravenous administration of dipyrone at the dose of 15mg/kg, every 12 hours, in 12 Arabian horses, regardless of sex or age, for 24 hours. It was evaluated the concentrations of prostaglandin E2 and thromboxane B2 at basal times (TB, prior to the administration of dipyrone) and so on 2 (T2), 8 (T8), 12 (T12) and 24 (T24) hours later after the administration of dipyrone. In the second phase of the study, the assessment was conducted to evaluate the analgesia provided by dipyrone in 15 horses submitted to elective orchiectomy procedure, in which one of the groups received, postoperatively, dipyrone 15mg/kg, every 12 hours, and the other group received flunixin meglumine 1.1 mg/kg every 24 hours, both intravenously. Dipyrone promoted inhibition in COX-1 of 97.76%±241 2.02 in T2 (P<0.0001) and did not induce inhibition in COX-2, although it was effective as the sole analgesic for elective orchiectomy in healthy horses, and may be an option for mild to moderate pain management in horses
Evalution of ciclooxygenases 1 and 2 and the analgesic efficacy of dipyrone in horses
O controle da dor nos animais tem sido objeto de inúmeros estudos na atualidade, tanto por razões de cunho humanitário, quanto pela influência que a dor não controlada exerce sobre os parâmetros fisiológicos de todas as espécies animais, o que invariavelmente causa prejuízos ao bem-estar e aos índices produtivos dos animais, sejam estes empregados na produção, esporte ou companhia. Os antiinflamatórios não esteroidais (AINEs) são os fármacos mais comumente empregados para o controle da dor em equinos, porém podem ocasionar vários efeitos adversos, entre eles gastrite ou agravar um quadro pré-existente, pois atuam inibindo a ciclooxigenase 1, que é a principal enzima responsável pela produção não só de mediadores inflamatórios, mas também da camada protetora estomacal. A dipirona, embora não seja um AINE clássico, pode também promover inibição da COX-1, como já comprovada em humanos e ratos. A presente pesquisa teve como objetivo avaliar o efeito da administração de dipirona pela via intravenosa na dose de 15mg/Kg, a cada 12 horas, em 12 equinos da raça Árabe, sem distinção de sexo ou idade, durante 24 horas. Foram avaliadas as concentrações da prostaglandina E2 e de tromboxano B2 nos tempos Basal (TB, antes da administração de dipirona) e decorridas 2 (T2), 8 (T8), 12 (T12) e 24 (T24) horas após a administração de dipirona. Na segunda fase do estudo foi realizada a avaliação da analgesia promovida pela dipirona em 15 equinos submetidos ao procedimento de orquiectomia eletiva, na qual um dos grupos recebeu no pósoperatório, dipirona 15mg/Kg, a cada 12 horas e outro grupo recebeu flunixin meglumine 1,1mg/Kg a cada 24 horas, ambos pela via intravenosa. A dipirona promoveu inibição em COX-1 de 97,76%± 2,02 em T2 (P<0,0001), não promoveu inibição em COX-2, porém mostrou-se eficaz como único analgésico pós-operatório 11 para orquiectomia eletiva em equinos saudáveis, podendo ser uma opção para tratamento de dor leve à moderada em cavalos.The pain control in animals has been the subject of numerous studies nowadays, both for humanitarian reasons, and for the influence that uncontrolled pain exerts on the physiological parameters of all animal species, which invariably causes harm to the welfare and productive ratings of the animals, whether they are production, sport or company animals. Non-steroidal anti-inflammatory drugs (NSAIDS) are the most commonly used drugs in horses, but may cause several side effects, including gastritis, or aggravating a preexisting condition, as it inhibits cyclooxygenase 1, which is the main responsible enzyme for producing not only inflammatory mediators, but also the stomach protective layer. Although dipyrone is not a classic NSAID, it may also promotes the inhibition of COX-1, already proven in humans and rats. Therefore, the present study aimed to evaluate the effect of intravenous administration of dipyrone at the dose of 15mg/kg, every 12 hours, in 12 Arabian horses, regardless of sex or age, for 24 hours. It was evaluated the concentrations of prostaglandin E2 and thromboxane B2 at basal times (TB, prior to the administration of dipyrone) and so on 2 (T2), 8 (T8), 12 (T12) and 24 (T24) hours later after the administration of dipyrone. In the second phase of the study, the assessment was conducted to evaluate the analgesia provided by dipyrone in 15 horses submitted to elective orchiectomy procedure, in which one of the groups received, postoperatively, dipyrone 15mg/kg, every 12 hours, and the other group received flunixin meglumine 1.1 mg/kg every 24 hours, both intravenously. Dipyrone promoted inhibition in COX-1 of 97.76%±241 2.02 in T2 (P<0.0001) and did not induce inhibition in COX-2, although it was effective as the sole analgesic for elective orchiectomy in healthy horses, and may be an option for mild to moderate pain management in horses