11 research outputs found

    Encephalitis in the Ribeira Valley (S. Paulo, Brazil) in the post-epidemic period of 1978-1983: a discussion on aspects of etiological diagnosis and epidemiological characteristics

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    The results of observations on encephalitis etiology, distribution and case fatality ratio in the Ribeira Valley, S. Paulo, Brazil, in the period ranging from 1978 to 1983, after an arbovirus encephalitis epidemic, are reported. In none of the eighty known cases was it possible to make the arbovirus etiological diagnosis as only 9 patients (11.25%) had two sera samples collected and no serological conversion was observed. Hemagglutination-inhibition tests for flavivirus Rocio, Ilheus and St. Louis were performed on the 33 patients who had at least one serum sample. In 8 sera titles >;20 were observed. Alphavirus VEE, EEE and Mucambo were tested for in 4 of the 33 patients, with negative results. The distribution of cases according to geography, age and sex showed patterns similar to those of the epidemic period. There was a progressive decrease of morbidity during the period 1978-1983, but a significant increase in the case fatality ratio as from the epidemic to the post-epidemic period: 9.9% to 25.0%. The need for urgent improvement in arbovirus encephalitis surveillance has been emphasized by the authors, who have suggested the adoption of measures with a view to etiological diagnosis.Relatam-se os resultados do levantamento de dados referentes ao diagnóstico etiológico, distribuição e letalidade das encefalites na região do Vale do Ribeira, São Paulo, Brasil, no período de 1978 a 1983, após uma epidemia de encefalite por arbovírus. Verificou-se que não foi possível o diagnóstico etiológico em nenhum dos 80 casos conhecidos. Em apenas 9 doentes (11,25%) foram coletadas duas amostras pares de soro, não se tendo observado conversão sorológica, Em 29 dos 33 pacientes em que se dispunha de pelo menos uma amostra de soro realizou-se teste de inibição de hemaglutinação para os flavivírus Rocio, Ilhéus e St. Louis, observando-se em 8 a presença de títulos >; 20 para esses vírus. Testes para os alphavírus VEE, EEE e Mucambo foram efetuados em quatro dos 33 pacientes, com resultados negativos. A distribuição espacial, etária e por sexo dos casos apresentou padrões semelhantes aos do período epidêmico, ao contrário de letalidade que mostrou um aumento significante, de 9,9% para 25,0%. Os autores enfatizam a urgência no incremento da Vigilância epidemiológica das encefalites por arbovírus na região, sugerindo medidas dirigidas ao diagnóstico etiológico

    Caracterização molecular de duas cepas do flavivírus Rocio, isoladas durante a epidemia de encefalite no Estado de São Paulo, Brasil e desenvolvimento do teste one-step RT-PCR para diagnóstico

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    Rocio virus (ROCV) was responsible for an explosive encephalitis epidemic in the 1970s affecting about 1,000 residents of 20 coastland counties in São Paulo State, Brazil. ROCV was first isolated in 1975 from the cerebellum of a fatal human case of encephalitis. Clinical manifestations of the illness are similar to those described for St. Louis encephalitis. ROCV shows intense antigenic cross-reactivity with Japanese encephalitis complex (JEC) viruses, particularly with Ilheus (ILHV), St. Louis encephalitis, Murray Valley and West Nile viruses. In this study, we report a specific RT-PCR assay for ROCV diagnosis and the molecular characterization of the SPAn37630 and SPH37623 strains. Partial nucleotide sequences of NS5 and E genes determined from both strains were used in phylogenetic analysis. The results indicated that these strains are closely related to JEC viruses, but forming a distinct subclade together with ILHV, in accordance with results recently reported by Medeiros et al. (2007).O vírus Rocio (ROCV) foi responsável por uma explosiva epidemia de encefalite que ocorreu nos anos 70 afetando cerca de 1.000 habitantes de 20 municípios litorâneos do Estado de São Paulo, Brasil. ROCV foi isolado em 1975 de cerebelo de caso humano fatal de encefalite. As manifestações clínicas da doença são semelhantes àquelas descritas para encefalite St. Louis. ROCV apresenta intensa reatividade cruzada com os vírus do Complexo da Encefalite Japonesa (JEV), particularmente com o vírus Ilhéus (ILHV) e com os vírus das encefalites St. Louis, Murray Valley e West Nile. Neste estudo, relatamos o desenvolvimento de um teste de RT-PCR específico para diagnóstico de ROCV e a caracterização molecular das cepas SPAn37630 e SPH37623. Foi realizada a análise filogenética das seqüências parciais dos genes NS5 e E, de ambas as cepas. Os resultados indicaram que essas cepas são intimamente relacionadas ao complexo JEV, mas formando um subgrupo com o ILHV, de acordo com os resultados recentemente publicados por MEDEIROS et al. (2007)

    Epizootias de febre amarela em primatas não humanos no estado de São Paulo, Brasil, 2008-2009

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    Desde 2000, vem sendo observada a expansão da febre amarela (FA) no Sudeste do Brasil, sendo detectados casos em áreas consideradas silenciosas por décadas. Epizootias em primatas não humanos (NHPs) são considerados eventos sentinela para a detecção de casos humanos. É importante relatar eventos epizoóticos que podem ter impacto sobre o estado de conservação de espécies sensíveis. Descrevemos as epizootias, notificadas em NHPs no estado de São Paulo, Brasil, entre setembro de 2008 a agosto de 2009. Noventa e um eventos epizoóticos, envolvendo 147 animais, foram notificados em 36 municípios. As amostras foram obtidas a partir de 65 animais (44,2%). A maioria das epizootias (46,6%) foram registradas entre março e abril, no mesmo período no qual YF em que casos humanos ocorreram no estado. As amostras biológicas foram coletadas de animais encontrados mortos e enviadas ao Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo. Duas amostras, coletadas em dois municípios, sem indicação para a vacinação de febre amarela, foram positivos para o vírus. Outros 48 animais foram associados com FA por vínculo clínico-epidemiológico com casos confirmados laboratorialmente. Devido a doença em humanos e NHPs terem ocorrido no mesmo período, a detecção do vírus em NHPs não funcionou como sentinela, mas ajudou no processo de delimitação de novas áreas de risco.Since 2000, the expansion of Sylvatic Yellow Fever (YF) has been observed in the southeast of Brazil, being detected in areas considered silent for decades. Epizootics in non-human primates (NHPs) are considered sentinel events for the detection of human cases. It is important to report epizootic events that could have impact on the conservation status of susceptible species. We describe the epizootics in NHPs, notified in state of São Paulo, Brazil, between September 2008 to August 2009. Ninety-one epizootic events, involving 147 animals, were reported in 36 counties. Samples were obtained from 65 animals (44.2%). Most of the epizootics (46.6%) were reported between March and April, the same period during which human cases of YF occurred in the state. Biological samples were collected from animals found dead and were sent to Instituto Adolfo Lutz, in São Paulo. Two samples, collected in two counties without an indication for YF vaccination, were positive for the virus. Another 48 animals were associated with YF by clinical-epidemiological linkage with laboratory confirmed cases. Because the disease in human and NHPs occurred in the same period, the detection of the virus in NHPs did not work as sentinel, but aided in the delineation of new areas of risk

    Arbovírus Ilheus em aves silvestres (Sporophila caerulescens e Molothrus bonariensis)

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    OBJETIVO: Relatar o isolamento do vírus Ilheus no Estado de São Paulo e avaliar o seu impacto para a saúde pública. MÉTODOS: O isolamento de vírus foi realizado em camundongos albinos Swiss, a partir de sangue de aves silvestres, capturadas com redes de espera tipo mist net, armadas no nível do solo, no Parque Ecológico do Tietê, São Paulo. A identificação das cepas isoladas foi feita pelos testes de inibição da hemaglutinação, fixação de complemento e neutralização em camundongos. Amostras de plasma de aves e de mamíferos silvestres foram submetidas à pesquisa sorológica para detecção de anticorpos inibidores de hemaglutinação. RESULTADOS: Foram isoladas duas cepas do vírus Ilheus em sangue de aves das espécies Sporophila caerulescens e Molothrus bonariensis e detectados anticorpos em aves das espécies Columbina talpacoti, Geopelia cuneata, Molothrus bonariensis e Sicalis flaveola, em sagüis das espécies Callithrix jacchus e Callithrix penicillata e no quati Nasua nasua. CONCLUSÕES: O isolamento do vírus Ilheus e a detecção de anticorpos específicos em aves residentes, migratórias e de cativeiro, em sagüis e quatis, comprovam a presença desse agente no Parque Ecológico do Tietê. O comportamento migratório de aves silvestres pode determinar a introdução do vírus em outras regiões. Considerando-se a patogenicidade para o homem e a confirmação da circulação desse agente viral em área urbana, freqüentada para atividade de lazer e de educação, o risco de ocorrência de infecção na população humana não pode ser descartado

    Caso de moléstia humana causada por arbovírus do Grupo C, Caraparu, na região do Vale do Ribeira, São Paulo, Brasil

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    University of São Paulo. Public Health School. Department of Epidemiology. São Paulo, SP, Brasil.Ministério da Saúde. Fundação Serviços de Saúde Pública. Instituto Evandro Chagas. Belém, PA, Brasil.Adolfo Lutz Institute. Heath Department. São Paulo, SP, Brasil.Adolfo Lutz Institute. Heath Department. São Paulo, SP, Brasil.Adolfo Lutz Institute. Heath Department. São Paulo, SP, Brasil.Relatam-se os dados clinicos e laboratoriais de um caso de molestia humana causada por virus identico ou antigenicamente muito relacionado ao arbovirus do Grupo C Caraparu, em um morador da regiao do Vale do Ribeira, Estado de Sao Paulo, sudeste do Brasil. O fato apresenta interesse medico sanitario pois embora existam evidencias da presenca de inumeros arbovirus na area, os unicos casos comprovados de doenca por esses agentes foram os de encefalite pelo virus Rocio durante a epidemia ocorrida em 1975-1977. Os resultados dos testes sorologicos sugerem diferenca anti-genica entre as cepas de virus Caraparu isoladas nos Estados de Sao Paulo e Para e proximidade antigenica entre a cepa de Caraparu de Sao Paulo e o virus Bruconha.The cllnical and laboratory data of a disease in a resident of Ribeira Valley,São Paulo State, southeastern Brazil, caused by an agent close or identical toGaraparu, a Group C arbovirus, was described. Although there is evidence of an intensive circulation of several arboviruses in the area, no diagnosis of human disease by these egents has been made, except the encephalitis cases caused by Rocio virus during an epidemic in 1975-1977. An antigenic difference between Caraparu strains isolated in São Paulo and in Pará States and a close antigenic relationship between Caraparu strain from São Paulo and Bruconha virus were suggested by the serological tests

    Isolamento do vírus da Febre Amarela de mosquitos naturalmente infectados Haemagogus (Conopostegus) leucocelaenus (Diptera, Culicidae), São Paulo, Brasil, 2009

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    After detecting the death of Howlers monkeys (genus Alouatta) and isolation of yellow fever virus (YFV) in Buri county, São Paulo, Brazil, an entomological research study in the field was started. A YFV strain was isolated from newborn Swiss mice and cultured cells of Aedes albopictus - C6/36, from a pool of six Haemagogus (Conopostegus) leucocelaenus (Hg. leucocelaenus) mosquitoes (Dyar & Shannon) collected at the study site. Virus RNA fragment was amplified by RT-PCR and sequenced. The MCC Tree generated showed that the isolated strain is related to the South American I genotype, in a monophyletic clade containing isolates from recent 2008-2010 epidemics and epizootics in Brazil. Statistical analysis commonly used were calculated to characterize the sample in relation to diversity and dominance and indicated a pattern of dominance of one or a few species. Hg. leucocelaenus was found infected in Rio Grande do Sul State as well. In São Paulo State, this is the first detection of YFV in Hg. leucocelaenus.Após a detecção de morte de macacos Bugios (gênero Alouatta) e isolamento do vírus da Febre Amarela (YFV) no município de Buri, Estado de São Paulo, Brasil, foi iniciada uma investigação entomológica em campo. Uma cepa de YFV foi isolada em camundongos recém-nascidos e cultura de células de Aedes albopictus - C6/36, a partir de um lote de seis mosquitos Haemagogus (Conopostegus) leucocelaenus (Hg leucocelaenus) Dyar & Shannon coletados no local de estudo. RNA do vírus foi amplificado por RT-PCR e seqüenciado. A topologia gerada indica que a cepa isolada está relacionada ao genótipo South American I, em clado monofilético englobando isolados recentes de epidemias e epizootias entre 2008 e 2009. Análises estatísticas geralmente usadas caracterizaram a amostra em relação à diversidade e dominância, indicando dominância relativa de uma ou poucas espécies. Hg. leucocelaenus foi detectado infectado também no Rio Grande do Sul. No Estado de São Paulo trata-se da primeira detecção do YFV em Hg leucocelaenus
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