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    A REESTRUTURAÇÃO SOCIOESPACIAL COMO APORTE METODOLÓGICO DE ANÁLISE DO TERRITÓRIO CEARENSE

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    O texto analisa e discute os conceitos de Formação e Reestruturação Socioespacial, abordando-os como aportes metodológicos importantes para se compreender a (re)produção do espaço geográfico, tendo como recorte espacial os vales dos rios Acaraú e Jaguaribe, no estado do Ceará. Essas reflexões foram fomentadas pelas fontes documentais e bibliográficas concernentes à produção do espaço geográfico cearense, constituindo os principais procedimentos metodológicos utilizados no presente artigo. Assim, fundamentais foram as leituras das obras de historiadores, economistas, sociólogos, antropólogos, filósofos e, sobretudo, geógrafos, com os quais se inspirou esse trabalho, na medida em que se percebeu a necessidade de um olhar geográfico do tempo no espaço. Para o entendimento da atual formação do espaço geográfico cearense foi primordial compreender as transformações do território, ou seja, as reestruturações socioespaciais, estabelecendo a periodização, em cada momento histórico, dos agentes sociais envolvidos, meios e modos de produção, das relações estabelecidas no trabalho, além das inovações nos transportes e nas atividades econômicas, alterando a configuração socioespacial

    RAZÃO E EMOÇÃO: PROFESSOR LUIZ CRUZ LIMA E/NA GEOGRAFIA (ENTREVISTA)

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    Há alguns anos professor Luiz Cruz Lima comentou sobre a ideia de iniciarmos um projeto que contasse um pouco do seu movimento na Geografia do Ceará. A possibilidade surgiu, quando ao organizarmos a estante do Núcleo de Estudos do Território e do Turismo (NETTUR), laboratório anteriormente coordenado por ele, encontramos uma caixa repleta com suas agendas, desde a década de 1990 e, cada uma delas, resguardava sonhos e planos de vida, mas também reflexões de palestras e eventos que participava, além dos relatos e esboços de reuniões. Dentre outros momentos relevantes, sempre resultando em ideias e ações, lá se evidenciam o encontro com professor Florestan Fernandes, as sugestões da professora Rosa Ester Rossini, sem falar das orientações com o professor Milton Santos e reuniões com grupo docente e discente da Universidade Estadual do Ceará (UECE), convívio de longas datas. Todas estas pessoas foram e ainda permanecem importantes na Educação Brasileira. Diante disso, uma das preocupações que se apresentava era: O que fazer com tais registros? “Simplesmente” desfazê-los? Na dúvida, as caixas permanecem com as agendas e memórias, mas, dessa vez, na biblioteca da sua residência. Portanto, acredito que esse momento representa, decerto, parte desse ensejo.&nbsp

    POR ONDE ANDAM OS COQUEIRAIS? OS TERRITÓRIOS TENSIONADOS E AS TENSÕES TERRITORIAIS NO ESTADO DO CEARÁ

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    O estado do ceará vem se destacando com as expressivas plantações de coco, atualmente com valor agregado pelas indústrias de produtos derivados que são destinados aos mercados mundiais. A dinâmica dessa commodity contribui para alavancar a posição do país no ranking mundial, dispondo o nordeste de 80% das áreas plantadas e colhidas no brasil, destacando-se a bahia e o ceará. Assim, a pesquisa objetiva analisar e discutir as dinâmicas socioespaciais atreladas à expansão desse agronegócio, discutindo a relação deste com os territórios e as territorialidades indígenas e camponesas e compreendendo o embate entre as horizontalidades e verticalidades nos municípios de itapipoca, itarema, acaraú, amontada, trairi, paraipaba e pentecoste (ce), onde estão 59% do total das áreas plantadas e colhidas com o coco no ceará. Desde o final dos anos de 1970, o agronegócio tem se tornado um dos agentes envolvidos no que denominamos “territórios tensionados” e “tensões territoriais”. Nesta pesquisa realizamos o seguinte percurso metodológico: levantamento bibliográfico e documental associado aos trabalhos de campo. O referencial teórico foi sendo construído com obras pertinentes à temática estudada. A análise de documentos constituiu-se etapa importante, destacando-se: os laudos de vistoria técnica dos assentamentos de reforma agrária emitidos pelo instituto nacional de colonização e reforma agrária (incra); as leis de irrigação; os pareceres acerca dos colonos do perímetro irrigado curu-paraipaba, disponibilizados pela associação do distrito de irrigação curu-paraipaba (adicp); os planos de governo do ceará de 1987 a 2014; e os arquivos jornalísticos. Os relatórios disponíveis pela associação missão tremembé (amit), comissão pastoral da terra (cpt nacional e fortaleza) e aqueles organizados pelo conselho indigenista missionário (cimi), se revelaram fontes imprescindíveis à pesquisa, associadas às informações obtidas nos sindicatos dos trabalhadores e trabalhadoras rurais (sttrs) e sindicatos da agricultura familiar (sintraf). Nos trabalhos de campo realizamos visitas institucionais, diálogos com os territórios e comunidades, registros fotográficos e fonográficos, participação em reuniões e assembléias, bem como o georreferenciamento para melhor espacializar a realidade estudada, possibilitando a aproximação das dinâmicas socioespaciais relacionadas à expansão do agronegócio do coco, evidenciando pari passu as heterogeneidades e possibilidades 14 divergentes que se despontam. O fortalecimento da relação entre teoria e empiria contribuiu para o desenvolvimento da tese, numa constante relação. Nesse sentido, a utilização da história oral e das memórias coletivas implicou densidade na escrita, relações com a teoria e, sobretudo, a possibilidade de dar “voz aos territórios” ao considerar os agentes sociais como sujeitos de ação envolvidos num todo. Vale destacar que antes da expansão do agronegócio, as plantações de coqueiros já floresciam nas pequenas propriedades, contribuindo para o desenvolvimento familiar. Assim, entre apropriação e domínio é que proprietários de terra, capitalistas, trabalhadores assalariados, bem como os indígenas e camponeses se apropriam distintamente do território, conforme suas diferentes concepções de propriedade e interesses de classe, imprimindo “territórios tensionados” e “tensões territoriais”

    Perímetro irrigado curu-paraipaba: Colonos, normatizações e tensionalidades

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    This article aims to discuss the dis/orders influenced by agribusiness, and the Irrigated Perimeter Curu-Paraipaba and the monoculture of coconut as one of its expressions. The methodological approach was based on the literature associated with the field work that took place between the years 2011 and 2013.The Coco nut agribusiness internationally highlighted by technology, in which they reveal industrial bases, irrigation projects, media resources, the bulky support from financial capital and of the State subjugating indigenous and peasant way of life and labor, through land concentration.O presente artigo objetiva discutir as des/ordens influenciadas pelo agronegócio, tendo o Perímetro Irrigado Curu-Paraipaba e a monocultura do coco como uma das suas expressões. O percurso metodológico baseou-se no levantamento bibliográfico associado aos trabalhos de campo ocorridos, entre os anos de 2011 e 2013. O agronegócio do coco destacado internacionalmente pela tecnologia, em que se revelam as bases industriais, os projetos de irrigação, os recursos midiáticos, o apoio vultoso do capital financeiro e do Estado, subjugando o trabalho e modo de vida indígena e camponês, por meio da concentração de terras.Este artículo tiene como objetivo discutir la des/órdenes por la agroindustria, tiendo el Perímetro Riego Curu-Paraipaba y el monocultivo de coco como una de sus expresiones. El enfoque metodológico se basó en el levantamiento bibliográfico asociado a los trabajos de campo realizados entre los años 2011 y 2013. La agroindustria de coco visible internacionalmente por la tecnología, en el que se revelan las bases industriales, los proyectos de riego, los recursos de medios de comunicación, el apoyo abultado del capital financiero y del Estado, subyugando el trabajo e el modo de vida indígena y campesino, por medio de la concentración de tierras

    A REESTRUTURAÇÃO SOCIOESPACIAL COMO APORTE METODOLÓGICO DE ANÁLISE DO TERRITÓRIO CEARENSE

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    O texto analisa e discute os conceitos de Formação e Reestruturação Socioespacial, abordando-os como aportes metodológicos importantes para se compreender a (re)produção do espaço geográfico, tendo como recorte espacial os vales dos rios Acaraú e Jaguaribe, no estado do Ceará. Essas reflexões foram fomentadas pelas fontes documentais e bibliográficas concernentes à produção do espaço geográfico cearense, constituindo os principais procedimentos metodológicos utilizados no presente artigo. Assim, fundamentais foram as leituras das obras de historiadores, economistas, sociólogos, antropólogos, filósofos e, sobretudo, geógrafos, com os quais se inspirou esse trabalho, na medida em que se percebeu a necessidade de um olhar geográfico do tempo no espaço. Para o entendimento da atual formação do espaço geográfico cearense foi primordial compreender as transformações do território, ou seja, as reestruturações socioespaciais, estabelecendo a periodização, em cada momento histórico, dos agentes sociais envolvidos, meios e modos de produção, das relações estabelecidas no trabalho, além das inovações nos transportes e nas atividades econômicas, alterando a configuração socioespacial

    TERRA-MERCADORIA NO AGRONEGÓCIO CEARENSE

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    TRABALHO, EDUCAÇÃO E GEOGRAFIA

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    O presente artigo tem por finalidade debater a relação Trabalho e Educação, no âmbito da ciência geográfica, considerando o evoluir histórico dessas temáticas, à luz de alguns teóricos, que se inspiraram nos princípios do materialismo histórico-dialético. Assim, o trabalho se apresenta como a categoria fundante do ser social e a educação enquanto mediadora das relações sociais, chamando o cuidado do leitor para articular a ciência geográfica como poderoso instrumento da análise crítica do trabalho e das relações sociais e produtivas, com forte implicação no espaço geográfico (espaço este social), posto ser inconcebível espaço/tempo sem homens e vice-versa. É nesse ínterim que a educação é analisada como mediadora no processo laborativo. Inicialmente, por meio do cotejo trabalho e educação, abordaram-se as suas semelhanças e diferenças e, por conseguinte, buscaram-se correlacionar os percursos geográficos no mundo do trabalho e seus reflexos na educação

    AS ESCOLAS DE TEMPO INTEGRAL EM FORTALEZA/CE, NO CONTEXTO DAS REFORMAS EDUCACIONAIS BRASILEIRAS

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    ResumoO estudo[1] foi realizado com o intuito de apreender sobre os primeiros impactos, no ensino da disciplina de Geografia, após as recomendações das reformas educacionais, no período (2016 a 2018).  Tendo como foco O “Novo” Ensino Médio e a escolas de Tempo Integral (EEMTI) Estaduais aplicadas em Fortaleza. O estudo empírico teve como recorte na escola Jociê Caminha de Meneses e na escola Professora Telina Barbosa da Costa. O objetivo da pesquisa foi mostrar quais são as principais modificações educacionais que estão ocorrendo, a partir da implementação das escolas do formato Tempo Integral e como os docentes de Geografia percebem essas mudanças.  A pesquisa ocorreu, por meio de levantamento bibliográfico, em sites, documentos escolares, coleta de dados do Sistema de Gestão Escolar das Escolas Estaduais do Ceará (SIGE) e de pesquisa de campo. Como instrumentos metodológicos utilizaram roteiro de entrevista com professores e gestores dessas escolas. Constatamos que a escolas de Tempo Integral estão ainda se moldando as reformas educacionais propostas pelo governo Federal e que alguns tiveram mudanças curriculares e outras mudanças mais na infraestrutura. [1] A pesquisa foi realizada Ensino Médio e a escolas de Tempo Integral (EEMTI) estaduais que atuam em no município de Fortaleza-CE
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