10 research outputs found

    PEDIATRIA E BIOÉTICA: A AUTONOMIA DA CRIANÇA NA MEDICINA

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    A bioética é um campo da Medicina que propicia a oportunidade de discussões e reflexões no âmbito das Ciências da Saúde, condição fundamental para o bom exercício da profissão. Em se tratando da bioética pediátrica o assunto se torna ainda mais delicado, necessitando profundas reflexões. A bioética pediátrica exige bom senso e conhecimento do assunto por parte do médico envolvido no caso. Diante desse quadro, neste trabalho objetivou-se mostrar particularidades que envolvem a criança na prática médica, sobretudo no quesito autonomia. O trabalho científico de revisão foi realizado com buscas efetuadas em livros de referência e em via eletrônica com artigos científicos da base de dados PubMed. A bioética visa à proteção do ser humano e à melhoria da relação médico-paciente. Santo Agostinho mencionava que a infância merece respeito em sua autonomia (REEGEN; CHAVES, 2007). Em 1989, a ONU reconheceu os direitos das crianças (UNICEF BRASIL, 2016). Porém, ainda hoje na maioria das culturas a criança é considerada incapaz de tomar decisões e sua autonomia raramente é considerada, necessitando de um representante legalmente capacitado, geralmente os pais. Contudo, importante progresso nacional adveio com a recente implantação do assentimento para crianças e adolescentes (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002). O paciente pediátrico exige um tratamento diferenciado do médico, considerando suas limitações de compreensão e sua autonomia que não é plena (DUARTE; MOREIRA, 2000), o que não suprime a necessidade de um atendimento respeitoso às suas particularidades com obtenção de assentimento, quando possível.  A bioética pediátrica necessita ser inserida nas escolas médicas e nas residências para que as decisões sejam compartilhadas entre os pais, a equipe de saúde e, sempre que possível, a criança, por meio de seu assentimento, considerando-a um ser moral em desenvolvimento.Palavras-chave: Pediatria. Bioética. Autonomia. 

    Zika vírus na gestação: desafio na atenção básica e dilemas éticos

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    Introdução: Zika é um flavovírus que chegou ao Brasil em 2015, tendo como vetor o Aedes Aegypti (PINTO, 2015). A infecção de gestantes por esse vírus determina uma má formação encefálica gravíssima, a microcefalia (NUNES, 2016). Assim, tal evento instiga questionamentos acerca da exequibilidade da interrupção da gestação e as dificuldades para a Atenção Básica. Objetivos: Descrever o dilema ético de gestações com concepto microcefálico em decorrência do Zika Vírus, bem como o desafio desse atendimento para atenção básica. Métodos: O trabalho científico de revisão foi realizado com pesquisas em documentos científicos (livros de referência e artigos da base de dados PubMed e Scielo) do período de 2015 a 2017, com os descritores microcefalia, Zika Vírus, e gestação de microcefálicos. Identificado no Brasil em 2015, o Zika mostrou íntima relação com aumento de conceptos microcefálicos trazendo questionamentos sobre o aborto (VASCONCELOS, 2015). Resultados: Mesmo compreendidas as limitações dos conceptos, e que geralmente as gestantes são de classe baixa, o que traz dificuldades socioeconômicas na assistência da família, o aborto não é permitido. Ainda está em trâmite no Supremo Tribunal Federal (STF) a possibilidade de aborto de fetos microcefálicos (ALMEIDA, 2016), tendo como base a questão de que o Estado brasileiro falhou em políticas públicas visando proteger gestantes, e então elas não podem ser penalizadas pelas consequências. Assim, vem à tona o desafio de políticas para possibilitar o atendimento multidisciplinar e humanizado à gestante na Rede de Atenção Básica de saúde (PORTAL DA SAÚDE, 2017). Conclusão: O tema ainda necessita de maiores discussões sobre a descriminalização da interrupção da gravidez microcefálica, bem como de métodos diagnósticos capazes de detectar a malformação nas primeiras semanas intra-útero para que a gestante se enquadre nos respectivos critérios. De imediato, infere-se que seja disponibilizada maior atenção multidisciplinar às famílias afetadas por ser uma grave questão de saúde pública, visto que, em sua maioria, estss mulheres são socioeconomicamente desfavorecidas.Palavras-chave: Microcefalia. Zika Vírus. Aborto. Gestação

    Possibilidade de aborto em malformação fetal por Zika vírus: perspectivas éticas e legais

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    Introdução: Zika é um flavovírus que chegou ao Brasil em 2015, tendo como vetor o Aedes Aegypti (TOMAL et al., 2016). A infecção de gestantes por esse vírus determina uma má-formação encefálica gravíssima, a microcefalia. Assim, tal evento instiga questionamentos acerca da exequibilidade da interrupção da gestação, nesses casos selecionados. Objetivos: Diante desse contexto, no presente estudo objetivou-se descrever particularidades e controvérsias sobre o aborto nas gestações com concepto microcefálico, sobretudo no quesito autonomia da gestante. Métodos: O trabalho científico de revisão foi realizado com buscas em manual de Bioética (2015), livros de referência e em via eletrônica com artigos científicos da base de dados PubMed e Scielo. Resultados: Microcefalia é a desproporção crânio-facial que, segundo a OMS (2016), é a medida do perímetro cefálico igual ou inferior a 31,9 cm em meninos e igual ou inferior a 31,5 cm em meninas, nascidos a termo. Identificado pela primeira vez no Brasil em 2015 (FREITAS, 2016), o Zika vírus mostrou íntima relação com o aumento alarmante dos números de conceptos microcefálicos, principalmente no Nordeste brasileiro. Alterações neurológicas no concepto microcefálico foram condicionadas, então, ao Zika vírus (OMS, 2016), surgindo o questionamento acerca do aborto. Segundo Bonamigo (2015, p. 126), o ato do aborto caracteriza crime, salvo em algumas exceções em que não é estabelecida uma punição. Porém, os casos de microcefalia condicionada pelo Zika vírus não fazem parte dos casos em que o aborto é permitido, tanto do ponto de vista ético (artigos 42 e 43 do Código de Ética Médica) quanto legal (artigos 124 ao 128 do Código Penal). Mesmo compreendidas as limitações que terão os conceptos (ASHWAL, 2009), e que geralmente as gestantes são de classe baixa, fato que culmina em dificuldades socioeconômicas na assistência da família envolvida, o aborto de microcefálicos não é permitido. Assim, vem à tona o questionamento de políticas para possibilitar a inclusão dos microcefálicos por Zika vírus aos candidatos ao aborto legal, com atendimento multidisciplinar e humanizado à gestante na rede de atenção básica de saúde. Esse fato levou então à análise, ainda em trâmite no Supremo Tribunal federal, desde dezembro de 2016, da possibilidade de aborto de fetos microcefálicos tendo como base a questão de que o Estado brasileiro falhou em proteger as mulheres contra o Zika, bem como não instituiu métodos diagnósticos capazes de detectar a malformação nas primeiras semanas intraútero, e então elas não podem ser penalizadas pelas consequências (DINIZ, 2016). Conclusão: Conclui-se que esse tema ainda necessita de maiores discussões nos conselhos de ética e das casas legislativas sobre a ampliação dos casos em que se descriminaliza a interrupção da gravidez, bem como de métodos diagnósticos capazes de detectar a malformação nas primeiras semanas intraútero para que a gestante se enquadre nos respectivos critérios. De imediato, infere-se que seja disponibilizada maior atenção multidisciplinar às famílias afetadas por ser uma grave questão humanística, visto que, em sua maioria, essas mulheres são socioeconomicamente desfavorecidas.Palavras-chave: Microcefalia. Zika vírus. Aborto. Gestação. STF

    A HISTÓRIA DA NOMINA ANATÔMICA

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     A nomina anatômica é um documento elaborado na tentativa de unificar a nomenclatura dos termos anatômicos, visando melhorar a descrição e a função de cada parte do corpo humano.  Em mais de um século de congressos realizados, muitas mudanças foram discutidas e aprovadas, porém a maioria delas foi redundante e sem efetiva adesão dos profissionais da saúde. Com este estudo, objetivou-se construir uma linha do tempo com datas decisivas em relação à nomina anatômica e sua evolução ao longo dos séculos, bem como mencionar alguns dos motivos pelos quais essas mudanças não foram anuídas pelos profissionais da área da saúde. Tratou-se de uma revisão bibliográfica realizada em artigos do Portal da Educação e Scielo. A nomina anatômica é o termo usado para a linguagem própria na Anatomia. São termos empregados para nomear e descrever o indivíduo ou suas partes (ENCICLOPÉDIA MICROSOFT ENCARTA, 2001). A nomina anatômica iniciou-se em 1543 com o Livro De Humani Corpus Fabrica(PARK, 2013). Em 1603, Pero de Castilhos desenvolveu a primeira Nomina Anatômica Brasileira (BEZERRA; BEZERRA; DI DIO, 2000).Mais tarde, os meios de difusão de informação fizeram com que as atualizações fossem melhor disseminadas (HIPÓTILO, 2006).Por volta de 1895 ocorreu na Suíça a Basle nomina anatômica, que proporcionou a revisão de diversos termos anatômicos (REZENDE, 2004). Em 1950, ocorreu o Comitê Internacional da Nomenclatura Anatômica e, cinco anos depois, o Congresso Parisiense(HISTÓRIA..., 2015); esses dois eventos, por sua dimensão, marcaram pontos importantes na história da nomina anatômica. O Brasil também participou da padronização dos termos. Em 1989, no XIII Congresso do Rio de Janeiro e, em 1997, em São Paulo, ocorreu a participação dos anatomistas brasileiros sobre o tema, sendo Liberato Di Dio considerado o pai da nomenclatura anatômica, um participante de destaque nas alterações terminológicas(DI DIO, 2000). Conclui-se que, apesar das diversas tentativas, as mudanças não são bem aceitas pelos profissionais da área da saúde, e essa dificuldade pode ocorrer em razão de as modificações serem feitas em congressos de anatomistas, e grande parte da classe não se mantém atualizada. Além disso, a dificuldade de padronização ocorre em razão de muitas mudanças em pouco tempo, o que leva à resistência dos profissionais.Palavras-chave: Anatomia. Terminologia. Corpo humano.   REFERÊNCIAS BEZERRA, Armando José China; BEZERRA, Ricardo Flávio de Araújo; DI DIO, Liberato John Alphonse. Brasil 500 anos. Nomenclatura anatômica de um jesuíta no tempo do Descobrimento. Revista Associação Médica Brasileira, São Paulo, v. 46, n. 2, p. 186-190, 2000. DI DIO, Liberato John Alphonse. Lançamento oficial da Terminologia Anatômica em São Paulo: um marco histórico para a medicina brasileira. Revista Associação Médica Brasileira, São Paulo, v. 46, n. 3, jul./set. 2000. ENCICLOPÉDIA MICROSOFT ENCARTA. Anatomia. 2001. Disponível em: <http://goo.gl/9gf8UA>. Acesso em: 09 set. 2015. HISTÓRIA da nomina anatômica. Disponível em: <http://www.compuland.com.br/anatomia/nomina.htm > Acesso em: 09 set. 2015. PARK, Katharine. About De Humani Corporis Fabrica. New York: 2013. Disponível em: <http://goo.gl/MmxFSn>. Acesso em: 09 set. 2015. REZENDE, Joffre M. Linguagem médica: terminologia anatômica. 3. ed. Goiânia: AB, 2004. ROZA, Rodrigo Hipólito. Produção e disseminação de informação nas organizações: o papel da tecnologia da informação e geração de conhecimento. 2006. 105 p. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação)–Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação, Pontifícia universidade Católica de São Paulo, Campinas, 2006.

    PEDIATRIA E BIOÉTICA: A AUTONOMIA DA CRIANÇA NA MEDICINA

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    A bioética é um campo da Medicina que propicia a oportunidade de discussões e reflexões no âmbito das Ciências da Saúde, condição fundamental para o bom exercício da profissão. Em se tratando da bioética pediátrica o assunto se torna ainda mais delicado, necessitando profundas reflexões. A bioética pediátrica exige bom senso e conhecimento do assunto por parte do médico envolvido no caso. Diante desse quadro, neste trabalho objetivou-se mostrar particularidades que envolvem a criança na prática médica, sobretudo no quesito autonomia. O trabalho científico de revisão foi realizado com buscas efetuadas em livros de referência e em via eletrônica com artigos científicos da base de dados PubMed. A bioética visa à proteção do ser humano e à melhoria da relação médico-paciente. Santo Agostinho mencionava que a infância merece respeito em sua autonomia (REEGEN; CHAVES, 2007). Em 1989, a ONU reconheceu os direitos das crianças (UNICEF BRASIL, 2016). Porém, ainda hoje na maioria das culturas a criança é considerada incapaz de tomar decisões e sua autonomia raramente é considerada, necessitando de um representante legalmente capacitado, geralmente os pais. Contudo, importante progresso nacional adveio com a recente implantação do assentimento para crianças e adolescentes (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002). O paciente pediátrico exige um tratamento diferenciado do médico, considerando suas limitações de compreensão e sua autonomia que não é plena (DUARTE; MOREIRA, 2000), o que não suprime a necessidade de um atendimento respeitoso às suas particularidades com obtenção de assentimento, quando possível.  A bioética pediátrica necessita ser inserida nas escolas médicas e nas residências para que as decisões sejam compartilhadas entre os pais, a equipe de saúde e, sempre que possível, a criança, por meio de seu assentimento, considerando-a um ser moral em desenvolvimento.Palavras-chave: Pediatria. Bioética. Autonomia. 

    Possibilidade de aborto em malformação fetal por Zika vírus: perspectivas éticas e legais

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    Introdução: Zika é um flavovírus que chegou ao Brasil em 2015, tendo como vetor o Aedes Aegypti (TOMAL et al., 2016). A infecção de gestantes por esse vírus determina uma má-formação encefálica gravíssima, a microcefalia. Assim, tal evento instiga questionamentos acerca da exequibilidade da interrupção da gestação, nesses casos selecionados. Objetivos: Diante desse contexto, no presente estudo objetivou-se descrever particularidades e controvérsias sobre o aborto nas gestações com concepto microcefálico, sobretudo no quesito autonomia da gestante. Métodos: O trabalho científico de revisão foi realizado com buscas em manual de Bioética (2015), livros de referência e em via eletrônica com artigos científicos da base de dados PubMed e Scielo. Resultados: Microcefalia é a desproporção crânio-facial que, segundo a OMS (2016), é a medida do perímetro cefálico igual ou inferior a 31,9 cm em meninos e igual ou inferior a 31,5 cm em meninas, nascidos a termo. Identificado pela primeira vez no Brasil em 2015 (FREITAS, 2016), o Zika vírus mostrou íntima relação com o aumento alarmante dos números de conceptos microcefálicos, principalmente no Nordeste brasileiro. Alterações neurológicas no concepto microcefálico foram condicionadas, então, ao Zika vírus (OMS, 2016), surgindo o questionamento acerca do aborto. Segundo Bonamigo (2015, p. 126), o ato do aborto caracteriza crime, salvo em algumas exceções em que não é estabelecida uma punição. Porém, os casos de microcefalia condicionada pelo Zika vírus não fazem parte dos casos em que o aborto é permitido, tanto do ponto de vista ético (artigos 42 e 43 do Código de Ética Médica) quanto legal (artigos 124 ao 128 do Código Penal). Mesmo compreendidas as limitações que terão os conceptos (ASHWAL, 2009), e que geralmente as gestantes são de classe baixa, fato que culmina em dificuldades socioeconômicas na assistência da família envolvida, o aborto de microcefálicos não é permitido. Assim, vem à tona o questionamento de políticas para possibilitar a inclusão dos microcefálicos por Zika vírus aos candidatos ao aborto legal, com atendimento multidisciplinar e humanizado à gestante na rede de atenção básica de saúde. Esse fato levou então à análise, ainda em trâmite no Supremo Tribunal federal, desde dezembro de 2016, da possibilidade de aborto de fetos microcefálicos tendo como base a questão de que o Estado brasileiro falhou em proteger as mulheres contra o Zika, bem como não instituiu métodos diagnósticos capazes de detectar a malformação nas primeiras semanas intraútero, e então elas não podem ser penalizadas pelas consequências (DINIZ, 2016). Conclusão: Conclui-se que esse tema ainda necessita de maiores discussões nos conselhos de ética e das casas legislativas sobre a ampliação dos casos em que se descriminaliza a interrupção da gravidez, bem como de métodos diagnósticos capazes de detectar a malformação nas primeiras semanas intraútero para que a gestante se enquadre nos respectivos critérios. De imediato, infere-se que seja disponibilizada maior atenção multidisciplinar às famílias afetadas por ser uma grave questão humanística, visto que, em sua maioria, essas mulheres são socioeconomicamente desfavorecidas.Palavras-chave: Microcefalia. Zika vírus. Aborto. Gestação. STF

    Zika vírus na gestação: desafio na atenção básica e dilemas éticos

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    Introdução: Zika é um flavovírus que chegou ao Brasil em 2015, tendo como vetor o Aedes Aegypti (PINTO, 2015). A infecção de gestantes por esse vírus determina uma má formação encefálica gravíssima, a microcefalia (NUNES, 2016). Assim, tal evento instiga questionamentos acerca da exequibilidade da interrupção da gestação e as dificuldades para a Atenção Básica. Objetivos: Descrever o dilema ético de gestações com concepto microcefálico em decorrência do Zika Vírus, bem como o desafio desse atendimento para atenção básica. Métodos: O trabalho científico de revisão foi realizado com pesquisas em documentos científicos (livros de referência e artigos da base de dados PubMed e Scielo) do período de 2015 a 2017, com os descritores microcefalia, Zika Vírus, e gestação de microcefálicos. Identificado no Brasil em 2015, o Zika mostrou íntima relação com aumento de conceptos microcefálicos trazendo questionamentos sobre o aborto (VASCONCELOS, 2015). Resultados: Mesmo compreendidas as limitações dos conceptos, e que geralmente as gestantes são de classe baixa, o que traz dificuldades socioeconômicas na assistência da família, o aborto não é permitido. Ainda está em trâmite no Supremo Tribunal Federal (STF) a possibilidade de aborto de fetos microcefálicos (ALMEIDA, 2016), tendo como base a questão de que o Estado brasileiro falhou em políticas públicas visando proteger gestantes, e então elas não podem ser penalizadas pelas consequências. Assim, vem à tona o desafio de políticas para possibilitar o atendimento multidisciplinar e humanizado à gestante na Rede de Atenção Básica de saúde (PORTAL DA SAÚDE, 2017). Conclusão: O tema ainda necessita de maiores discussões sobre a descriminalização da interrupção da gravidez microcefálica, bem como de métodos diagnósticos capazes de detectar a malformação nas primeiras semanas intra-útero para que a gestante se enquadre nos respectivos critérios. De imediato, infere-se que seja disponibilizada maior atenção multidisciplinar às famílias afetadas por ser uma grave questão de saúde pública, visto que, em sua maioria, estss mulheres são socioeconomicamente desfavorecidas.Palavras-chave: Microcefalia. Zika Vírus. Aborto. Gestação

    A HISTÓRIA DA NOMINA ANATÔMICA

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     A nomina anatômica é um documento elaborado na tentativa de unificar a nomenclatura dos termos anatômicos, visando melhorar a descrição e a função de cada parte do corpo humano.  Em mais de um século de congressos realizados, muitas mudanças foram discutidas e aprovadas, porém a maioria delas foi redundante e sem efetiva adesão dos profissionais da saúde. Com este estudo, objetivou-se construir uma linha do tempo com datas decisivas em relação à nomina anatômica e sua evolução ao longo dos séculos, bem como mencionar alguns dos motivos pelos quais essas mudanças não foram anuídas pelos profissionais da área da saúde. Tratou-se de uma revisão bibliográfica realizada em artigos do Portal da Educação e Scielo. A nomina anatômica é o termo usado para a linguagem própria na Anatomia. São termos empregados para nomear e descrever o indivíduo ou suas partes (ENCICLOPÉDIA MICROSOFT ENCARTA, 2001). A nomina anatômica iniciou-se em 1543 com o Livro De Humani Corpus Fabrica(PARK, 2013). Em 1603, Pero de Castilhos desenvolveu a primeira Nomina Anatômica Brasileira (BEZERRA; BEZERRA; DI DIO, 2000).Mais tarde, os meios de difusão de informação fizeram com que as atualizações fossem melhor disseminadas (HIPÓTILO, 2006).Por volta de 1895 ocorreu na Suíça a Basle nomina anatômica, que proporcionou a revisão de diversos termos anatômicos (REZENDE, 2004). Em 1950, ocorreu o Comitê Internacional da Nomenclatura Anatômica e, cinco anos depois, o Congresso Parisiense(HISTÓRIA..., 2015); esses dois eventos, por sua dimensão, marcaram pontos importantes na história da nomina anatômica. O Brasil também participou da padronização dos termos. Em 1989, no XIII Congresso do Rio de Janeiro e, em 1997, em São Paulo, ocorreu a participação dos anatomistas brasileiros sobre o tema, sendo Liberato Di Dio considerado o pai da nomenclatura anatômica, um participante de destaque nas alterações terminológicas(DI DIO, 2000). Conclui-se que, apesar das diversas tentativas, as mudanças não são bem aceitas pelos profissionais da área da saúde, e essa dificuldade pode ocorrer em razão de as modificações serem feitas em congressos de anatomistas, e grande parte da classe não se mantém atualizada. Além disso, a dificuldade de padronização ocorre em razão de muitas mudanças em pouco tempo, o que leva à resistência dos profissionais.Palavras-chave: Anatomia. Terminologia. Corpo humano.   REFERÊNCIAS BEZERRA, Armando José China; BEZERRA, Ricardo Flávio de Araújo; DI DIO, Liberato John Alphonse. Brasil 500 anos. Nomenclatura anatômica de um jesuíta no tempo do Descobrimento. Revista Associação Médica Brasileira, São Paulo, v. 46, n. 2, p. 186-190, 2000. DI DIO, Liberato John Alphonse. Lançamento oficial da Terminologia Anatômica em São Paulo: um marco histórico para a medicina brasileira. Revista Associação Médica Brasileira, São Paulo, v. 46, n. 3, jul./set. 2000. ENCICLOPÉDIA MICROSOFT ENCARTA. Anatomia. 2001. Disponível em: <http://goo.gl/9gf8UA>. Acesso em: 09 set. 2015. HISTÓRIA da nomina anatômica. Disponível em: <http://www.compuland.com.br/anatomia/nomina.htm > Acesso em: 09 set. 2015. PARK, Katharine. About De Humani Corporis Fabrica. New York: 2013. Disponível em: <http://goo.gl/MmxFSn>. Acesso em: 09 set. 2015. REZENDE, Joffre M. Linguagem médica: terminologia anatômica. 3. ed. Goiânia: AB, 2004. ROZA, Rodrigo Hipólito. Produção e disseminação de informação nas organizações: o papel da tecnologia da informação e geração de conhecimento. 2006. 105 p. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação)–Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação, Pontifícia universidade Católica de São Paulo, Campinas, 2006.

    Brazilian Flora 2020: Leveraging the power of a collaborative scientific network

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    International audienceThe shortage of reliable primary taxonomic data limits the description of biological taxa and the understanding of biodiversity patterns and processes, complicating biogeographical, ecological, and evolutionary studies. This deficit creates a significant taxonomic impediment to biodiversity research and conservation planning. The taxonomic impediment and the biodiversity crisis are widely recognized, highlighting the urgent need for reliable taxonomic data. Over the past decade, numerous countries worldwide have devoted considerable effort to Target 1 of the Global Strategy for Plant Conservation (GSPC), which called for the preparation of a working list of all known plant species by 2010 and an online world Flora by 2020. Brazil is a megadiverse country, home to more of the world's known plant species than any other country. Despite that, Flora Brasiliensis, concluded in 1906, was the last comprehensive treatment of the Brazilian flora. The lack of accurate estimates of the number of species of algae, fungi, and plants occurring in Brazil contributes to the prevailing taxonomic impediment and delays progress towards the GSPC targets. Over the past 12 years, a legion of taxonomists motivated to meet Target 1 of the GSPC, worked together to gather and integrate knowledge on the algal, plant, and fungal diversity of Brazil. Overall, a team of about 980 taxonomists joined efforts in a highly collaborative project that used cybertaxonomy to prepare an updated Flora of Brazil, showing the power of scientific collaboration to reach ambitious goals. This paper presents an overview of the Brazilian Flora 2020 and provides taxonomic and spatial updates on the algae, fungi, and plants found in one of the world's most biodiverse countries. We further identify collection gaps and summarize future goals that extend beyond 2020. Our results show that Brazil is home to 46,975 native species of algae, fungi, and plants, of which 19,669 are endemic to the country. The data compiled to date suggests that the Atlantic Rainforest might be the most diverse Brazilian domain for all plant groups except gymnosperms, which are most diverse in the Amazon. However, scientific knowledge of Brazilian diversity is still unequally distributed, with the Atlantic Rainforest and the Cerrado being the most intensively sampled and studied biomes in the country. In times of “scientific reductionism”, with botanical and mycological sciences suffering pervasive depreciation in recent decades, the first online Flora of Brazil 2020 significantly enhanced the quality and quantity of taxonomic data available for algae, fungi, and plants from Brazil. This project also made all the information freely available online, providing a firm foundation for future research and for the management, conservation, and sustainable use of the Brazilian funga and flora

    Núcleos de Ensino da Unesp: artigos 2009

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