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    Gravidez na adolescência: perfil sócio-demográfico e comportamental de uma população da periferia de São Paulo, Brasil Teenage pregnancy: behavioral and socio-demographic profile of an urban Brazilian population

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    Com objetivo de identificar o perfil sócio-demográfico e comportamental de gestantes adolescentes, foram entrevistadas mil adolescentes, admitidas entre 24 de julho de 2001 e 27 de novembro de 2002, em um hospital municipal de São Paulo, Brasil, correspondendo a 24,3% das internações para resolução da gestação. Setenta (7%) adolescentes foram admitidas para curetagem pós-abortamento e 930 (93%), para parturição, com idade média de 17 &plusmn; 1,5 anos. A maioria (72,4%) residia próximo ao hospital e 93% pertenciam às classes econômicas C, D e E. Na época da parturição, 627 (67,3%) adolescentes não estudavam. Apenas 23,7% das adolescentes faziam uso de método contraceptivo, 81,2% não tinham planejado a gestação e 80,1% eram primigestas. Dos partos, 67,4% foram vaginais. Dos bebês, 13,3% foram pré-termo e 15, 9%, baixo peso. Durante a gestação, o consumo referido de tabaco, de álcool e de drogas ilícitas foi, respectivamente de 17,3%, 2,8% e 1,7%. Conclui-se que gravidez na adolescência é um fenômeno complexo, associado a fatores econômicos, educacionais e comportamentais, precipitando problemas decorrentes da maternidade precoce. O presente estudo fornece subsídios para políticas públicas de saúde, visando a prevenir a gravidez na adolescência.<br>To identify the socio-demographic behavioral profile of low-income pregnant teenagers, 1,000 adolescents admitted to a Brazilian public maternity hospital from July 24, 2001, to November 27, 2002, were interviewed. Socio-demographic and behavioral variables were assessed through a questionnaire. Over the 492 days of the study, 24.3% of admissions were adolescents (930 for childbirth and 70 for miscarriage). Mean maternal age was 17 years. Most teenagers (72.9%) lived near the hospital. 930 (93%) belonged to socioeconomic classes C, D, and E. School dropout was identified in 67.3% of the total. 80.1% of the subjects were giving birth for the first time. 81.2% had not planned the pregnancy, and 23.8% had been using some contraceptive method. 67.4% had vaginal deliveries. Some 13.3% of the newborns were premature and 15.9% had low birth weight. 17.3% of these adolescent mothers reported smoking during pregnancy, with 2.8% reporting alcohol and 1.7% illicit drugs. Teenage pregnancy is a complex phenomenon associated with various economic, educational, and behavioral factors. The study provides importance references for public policies to prevent teenage pregnancy

    Ansiedade na gestação, prematuridade e baixo peso ao nascer: uma revisão sistemática da literatura Anxiety during pregnancy, prematurity, and low birth weight: a systematic literature review

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    O objetivo desta revisão �� examinar publicações que investigaram o efeito da ansiedade no maior risco de prematuridade e/ou baixo peso ao nascer. Os bancos de dados MEDLINE versão PubMed, BVS, CINAHL e HEALTHSTAR, referentes aos anos de 1966 a 2006, foram rastreados usando-se a combinação dos seguintes descritores: anxiety, pregnancy, low birth weight e prematurity. Foram localizados 13 estudos: 11 coortes, 1 transversal e 1 caso-controle. A maioria (7/13) dos estudos foi realizado nos Estados Unidos. Quatro estudos foram considerados de excelente qualidade, pois excluíram adolescentes e/ou mulheres acima de 34 anos, aferiram a ansiedade a partir do primeiro e/ou segundo trimestre de gestação, utilizaram escalas validadas para medir ansiedade, apresentaram perdas de seguimento inferiores a 30% e controlaram os mais importantes fatores de confusão. A ansiedade na gestação foi associada à prematuridade e/ou ao baixo peso ao nascer em oito estudos. Os valores de razão de chance e risco relativo variaram de 1,08 a 2,31. São necessários estudos cuidadosamente desenhados para esclarecer a relação entre ansiedade na gestação, prematuridade e baixo peso ao nascer, já que as evidências observadas ainda são contraditórias.<br>The purpose of this systematic literature review was to examine publications that had investigated the effect of anxiety on prematurity and/or low birth weight. The PubMed, BVS, CINAHL, and HEALTHSTAR databases, published from 1966 to 2006, were tracked using the following key words: "anxiety", "pregnancy", "low birth weight", and "prematurity". Thirteen studies were found: 11 cohorts, 1 cross-sectional, and 1 case-control. Most studies (7/13) were conducted in the United States. The most reliable results came from four studies, whose strengths were: exclusion of adolescents and/or women older than 34 years, studies that analyzed anxiety during the second and/or third trimester of pregnancy, used validated scales to measure anxiety, kept loss-to-follow-up rates below 30%, and applied adequate control of confounders. Anxiety during pregnancy was associated with prematurity and/or low birth weight in eight studies. Odds ratios and relative risks varied from 1.08 to 2.31. Carefully designed and well-conducted studies are still needed to clarify the relationship between anxiety during pregnancy, prematurity, and low birth weight considering that the accumulated evidence remains controversial
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