18 research outputs found

    Interferências no agrossistema e riscos ambientais de culturas transgênicas tolerantes a herbicidas e protegidas contra insetos.

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    A engenharia genética possibilitou o desenvolvimento de cultivares transgênicas, cuja área plantada em 18 países atinge 67,7 milhões de hectares, principalmente de cultivares tolerantes a herbicidas e protegidas contra insetos-praga. Mesmo após rigorosa avaliação de riscos, o plantio dessas cultivares tem despertado preocupação com impactos ambientais, como escape gênico e efeitos na biodiversidade. Considerando o milho e a soja, o risco de fluxo gênico horizontal é remoto pela inexistência de espécies silvestres compatíveis, existindo esse risco para algodão em certas regiões do Brasil. O escape gênico para lavouras convencionais pode ocorrer, mas pode ser evitado por isolamento dos cultivos. Outra preocupação é o impacto de cultivares expressando proteínas inseticidas, mas os diversos estudos disponíveis indicam riscos desprezíveis desse cultivo. A redução no uso de defensivos em cultivos transgênicos favorece a biodiversidade, mas o uso prolongado do glifosato ou de cultivares Bt pode favorecer a evolução de resistência e a poluição ambiental, riscos inerentes a qualquer tipo de cultivo. Dos estudos avaliados, verifica-se que os cultivos transgênicos causam alterações no agrossistema, mas estas não diferem em natureza e magnitude daquelas dos cultivos convencionais. Para garantir sua segurança, medidas preventivas e o monitoramento são preconizados para os cultivos transgênicos

    Crescimento e nodulação de Acacia mangium, Enterolobium contortisiliquum e Sesbania virgata em solo contaminado com metais pesados

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    Um dos desafios atuais da pesquisa é encontrar plantas e microssimbiontes tolerantes e que possibilitem a revegetação de áreas degradadas por excesso de metais pesados. Este experimento foi realizado no período de agosto a dezembro de 1998, em casa de vegetação do Departamento de Ciência do Solo da UFLA, Lavras (MG), com o objetivo de avaliar a tolerância a metais pesados e a capacidade de estabelecimento de simbiose de rizóbio de diferentes origens com Enterolobium contortisiliquum (tamboril), Acacia mangium (acácia) e Sesbania virgata (sesbânia), em misturas de solos, que continham proporções de solo contaminado (PSC): (0, 15, 30, 45 e 60% v/v) com Zn, Cd, Pb e Cu (18.600, 135, 600 e 596 mg dm-3, extraídos por aqua regia, respectivamente), diluído em Latossolo Vermelho distrófico. Estirpes recomendadas (E) e isolados de solo contaminado (ISC) e de solo não contaminado (ISNC), cuja tolerância a Cu, Cd e Zn foi determinada previamente "in vitro", foram inoculados. O aumento da PSC nas misturas inibiu o crescimento vegetativo, a produção de matéria seca e a nodulação das três espécies. A simbiose tamboril-BR4406 foi a mais tolerante e acácia-BR3617 a mais sensível à contaminação do solo. Os ISC que foram mais tolerantes "in vitro" formaram nódulos eficientes em solo sem contaminação, mas foram ineficientes em solos contaminados. Na PSC 15% (Zn = 750; Cd = 22,1; Pb = 65,1 e Cu = 111 mg dm-3 extraídos por DTPA) a atividade específica da nitrogenase aumentou 5 e 10 vezes em relação ao solo sem contaminação para as simbioses sesbânia-BR5401 e tamboril-BR4406, respectivamente. A tolerância de rizóbio a metais "in vitro" não correspondeu à tolerância da simbiose em solo contaminado

    Tolerância de estirpes e isolados de Bradyrhizobium e de Azorhizobium a zinco, cádmio e cobre "in vitro"

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    Com o objetivo de avaliar a tolerância a metais pesados "in vitro" de estirpes inoculantes (I), isolados de solos contaminados com metais (ISC) e de solos não contaminados (ISNC) de Bradyrhizobium, simbiontes de Enterolobium contortisiliquum (tamboril) e de Acacia mangium (acácia) e de Azorhizobium, simbiontes de Sesbania virgata (sesbânia), foram realizados dois experimentos. No primeiro, dez estirpes e, ou, isolados para cada espécie vegetal foram testados em meio YMA modificado por adição de tampões biológicos (HEPES e MES), suplementado com diferentes concentrações de Cu, Cd e Zn. Cobre e Cd foram testados em concentrações de 0 a 40 mg L-1, para ambos os gêneros, enquanto Zn variou de 0 a 1.000 mg L-1, para Bradyrhizobium, e de 0 a 500 mg L-1, para Azorhizobium. O crescimento de rizóbio nas diferentes concentrações de metais foi avaliado com atribuição de valores para os padrões observados (0 a 5). Os ISC de ambos os gêneros foram mais tolerantes, mas Bradyrhizobium tolerou Zn (800 mg L-1) até duas vezes e Cu (40 mg L-1) até oito vezes mais que Azorhizobium. No segundo experimento, estirpes e isolados tolerantes (T), sensíveis (S) e de tolerância média (TM) a metais selecionados em meio YMA modificado foram estudados em soluções aquosas com diferentes concentrações de Cu (0 a 0,01 mg L-1), Cd e Zn (0 a 1,0 mg L-1). A avaliação do número de células viáveis em soluções de metais foi feita por contagem das unidades formadoras de colônia em 0, 24, 48, 72 e 96 h de incubação, pelo método das diluições sucessivas e inoculação em YMA. Embora as soluções de metais tenham sido mais discriminatórias quanto a tolerância a metais que o meio YMA, estes dois métodos mostraram que: (a) Azorhizobium foi mais sensível que Bradyrhizobium, (b) os ISC de ambos os gêneros foram mais tolerantes do que os ISNC e (c) a ordem de toxidez dos metais foi Cu > Cd > Zn

    Lodo de esgoto em atributos biológicos do solo e na nodulação e produção de soja Sewage sludge effects on soil biological parameters and on soybean nodulation and yield

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    O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da aplicação do lodo produzido pela Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) na nodulação e rendimento de grãos da soja e em atributos biológicos de um Latossolo Vermelho de Cerrado. O experimento foi conduzido por dois anos consecutivos em um delineamento experimental de blocos ao acaso com três repetições e nove tratamentos - um controle, quatro doses de lodo de esgoto e quatro doses de fertilizante mineral - aplicados apenas no primeiro ano de cultivo. Foram avaliados: a nodulação e a produtividade da soja, o carbono da biomassa microbiana, o carbono prontamente mineralizável e a atividade das enzimas beta-glicosidase, fosfatase ácida e arilsulfatase no solo. Nos dois anos agrícolas, o rendimento de grãos da soja foi inferior ao do tratamento com o fertilizante mineral somente na dose de 1,5 Mg ha-1 de lodo de esgoto. A aplicação do lodo de esgoto no primeiro ano de cultivo não afetou a nodulação da soja, e a aplicação de até 6 Mg ha-1 não apresentou efeito sobre o carbono da biomassa microbiana, o carbono prontamente mineralizável e a atividade das enzimas beta-glicosidase, arilsulfatase e fosfatase ácida do solo no período de dois anos.<br>The objective of this study was to evaluate the effects of applying sewage sludge produced by the Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) on the nodulation and yield of soybean and on the biological parameters of a Cerrado Oxisol. The experiment was done for two consecutive years in a completely randomized block design with three replicates and nine treatments - one control, four dosages of sewage sludge and four dosages of mineral fertilizer - applied only in the first year of the experiment. Soybean nodulation, grain yield, soil microbial biomass carbon, readily mineralizable carbon and activity of the beta-glucosidase, acid phosphatase and arylsulphatase enzymes were evaluated. In both years, the grain yield was lower than that of the mineral fertilizer only at the sewage sludge dose of 1.5 Mg ha-1. The application of sewage sludge in the first year of the crop does not affect soybean nodulation, and the application of up to 6 Mg ha-1 of sewage sludge had no effect on microbial biomass carbon, readily mineralizable carbon and on the activity of the beta-glucosidase, arylsulphatase and acid phosphatase soil enzymes in the two-year period
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