A marinha destronada: ou a famigerada São Vicente derrotada pela Rochela paulista. A afirmação de São Paulo como cabeça de capitania (1681-1766)

A vila de São Vicente, primeira criada na América portuguesa, foi sede da capitania de mesmo nome e, apesar de muito "famigerada noutro tempo", como diz Frei Gaspar da Madre de Deus, acaba, no século XVIII, "tão desconhecida que nem o nome primitivo conserva para memória de sua antiga existência". A primeira tentativa de mudança ocorreu em 1681, por obra do marquês de Cascais, donatário da capitania, que contou com a resistência da câmara de São Vicente. Após a restauração da capitania em 1765 o Morgado de Mateus, novo governador da capitania restaurada, transfere definitivamente o governo, a Sé, a junta de fazenda, a guarnição e a provedoria para São Paulo. A Marinha perde definitivamente o governo para o Sertão de serra acima. O objetivo deste artigo é compreender como a cidade de São Paulo adquiriu sua dominância em relação às demais vilas, chegando a renomear a própria capitania, colocando no esquecimento a anteriormente famigerada São Vicente

Relações de gênero e ruralidade nos projetos vitais e noções de si de jovens mulheres

Resumo O presente artigo apresenta os resultados de uma pesquisa qualitativa com 48 jovens mulheres do meio rural do Rio Grande do Sul, focando aspectos do protejo vital e marcadores identitários presentes na construção dos mesmos. A aproximação metodológica consistiu de uma combinação entre entrevistas narrativas de caráter biográfico e uma proposta de fotocomposição, ambas com roteiro de produção semiestruturada. Os resultados indicam que as relações comunitárias de ruralidade e de gênero são importantes marcos dos projetos vitais dessas jovens, que pendem entre leituras tradicionais dos papéis de gênero e possibilidades subversivas do feminino, em um processo narrativo dialógico

Impact of gender on the decision to participate in a clinical trial: A cross-sectional study

© 2014 Lobato et al.; licensee BioMed Central Ltd. Background: In order for Informed Consent to be ethical and valid each clinical trial participant must be able to make a voluntary decision to participate, free from pressure or coercion. Nonetheless, many factors may influence the decision reached, and such influences may be different for male and female volunteers. Being aware of these differences may help researches develop better processes for obtaining consent that safeguard the right of autonomy for all participants. The goal of this study was to evaluate potential gender-based differences in the factors influencing clinical trial participation. Methods: This cross-sectional study was conducted in the Northeast region of Minas Gerais, Brazil, in October 2011. A structured questionnaire was administered to 143 volunteers (48 male, 95 female) screened for participation in a clinical study of an investigational functional food with potential anthelminthic properties. Answers regarding their decision to participate in the study were compared, by gender, using chi-square and Mann Whitney tests. Odds ratios (OR) was used to measure association. Results: A majority of subjects (58% of males, 59% of females) listed the desire to collaborate with the development of a product against parasitic worms as their main reason for participation. Females were significantly more likely to report a decision influenced by friends, family, or researchers (OR 3.14, 3.45, and 3.46 respectively, p \u3c 0.005). Females were also significantly more likely to report a decision influenced by general altruistic considerations (OR 8.45, p \u3c 0.005). There was no difference, by gender, in the report of decisions influenced by informational meetings, understanding of the disease, or the availability of medical treatments or exams. There was also no difference in knowledge of the rights of research participants. Conclusion: Study results indicate that there is a strong difference between male and female participants regarding social influences on the decision to participate in clinical research. Further research into the impact this may have on autonomy is warranted