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    Leituras e leitores de Richard Morse: a trajetória de um livro sobre a formação da metrópole paulista

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    De comunidade à metrópole: a biografia de São Paulo, was first published in 1954 and then re published in 1970 as Formação histórica de São Paulo: de comunidade à metrópole. Written by a young US researcher fascinated by Latin America, this material was originally submitted as his PhD thesis at Columbia University in 1952. Since then, Richard Morse's (1922-2001) work has come a long way and is now considered a primary reference in the history of urban development of São Paulo. This article briefly recovers the reader's response when Morse's research was first published, and how it ensured the book's importance in the Brazilian historiography. The aim is to draw a parallel trajectory of the book and its author - the young researcher at Columbia who became a professor of Latin American History at Yale - and to discuss the meanings regarding its importance in São Paulo's historiography as well as its contribution to a better understanding of the city.O livro De comunidade à metrópole: a biografia de São Paulo, publicado em 1954 e reeditado em 1970 com um novo título, Formação histórica de São Paulo: de comunidade à metrópole, foi escrito por um jovem norte-americano encantado com a América Latina, tendo sido inicialmente apresentado como tese de doutorado na Universidade de Columbia, em 1952. Desde então, essa obra de Richard Morse (1922-2001) percorreu um longo caminho, sendo hoje considerada "um clássico" sobre a evolução urbana da capital paulista. Retoma-se sinteticamente aqui a recepção da publicação, recuperando leitores e leituras que acabaram por garantir ao livro de Morse esse lugar na historiografia paulistana e brasileira. Busca-se, desse modo, traçar um paralelo entra a trajetória do livro e a de seu autor - que de jovem investigador em Columbia torna-se professor de História da América Latina na Universidade de Yale - para discutir o sentido do livro na historiografia e na própria interpretação que o livro fundaria sobre a cidade de São Paulo

    A transnacionalização de objetos escolares no fim do século XIX

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    RESUMO Este artigo propõe reflexão sobre a transnacionalização2 de objetos escolares no fim do século XIX, dando especial atenção às carteiras. Nesse período de estruturação da escola moderna, pública e obrigatória em muitos países do Ocidente, observa-se uma circulação internacional de discursos e saberes sobre o corpo infantil, o corpo do cidadão escolarizado, no âmbito da higiene pública e escolar. Ao lado das questões pedagógicas, médicas e higiênicas, a industrialização, as inovações tecnológicas e a globalização propiciam a fabricação e a difusão de um novo objeto que se tornaria cada vez mais imprescindível ao funcionamento das instituições de ensino, a carteira escolar. A partir da análise dos catálogos das indústrias de mobiliário escolar, discorro sobre os modelos de carteira mais hegemônicos, expostos nas exposições universais do século XIX. Destaco as empresas norte-americanas e francesas que disputavam a liderança do mercado de mobiliário escolar, num contexto em que a escola emerge como um importante mercado consumidor. Por meio do relatório do jury da Exposição Pedagógica de 1883, no Rio de Janeiro, é possível perquirir as características técnicas e higiênicas que, no Brasil, estavam sendo apreciadas na fabricação das carteiras. Como resultado, evidencia-se a via de mão dupla da relação entre escola, indústria e Exposições Universais. De um lado, a escola movimenta o mercado. De outro lado, o Estado depende do mercado para produção, em grande quantidade e em curto tempo, de um mobiliário padronizado que corrobore a expansão do ensino
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