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    Diatremas da Formação Hilário nas minas do Seival, Bacia do Camaquã, sul do Brasil

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    Duas estruturas circulares geminadas, de aproximadamente 1 km de diâmetro cada, ocorrem na porção sul da região das minas do Seival (Caçapava do Sul, RS), em rochas da Formação Hilário (Grupo Bom Jardim da Bacia do Camaquã). Dentro das estruturas são descritas brechas piroclásticas monomíticas, formadas por blocos do andesito circundante, de até 1 m de comprimento. A matriz piroclástica da brecha é formada por litoclastos de andesito, cristaloclastos de plagioclásio e clinopiroxênio semelhantes aos fenocristais do andesito e cinza muito fina. Processos de fragmentação in situ em presença de fluidos são interpretados a partir de fraturas transgranulares e interclasto, muitas vezes dividindo fragmentos e cortando também a matriz de forma curviplanar, sendo geralmente preenchidas por calcita. A orientação de lineamentos estruturais e de planos de fraturas confirmam o trend regional NE – SW e ilustram o padrão localmente multi-direcional, característico das estruturas circulares. Dados gamaespectrométricos indicam o caráter shoshonítico dos andesitos (média de K 4,4%; U 4,4 ppm; Th 19,2 ppm; e contagem total 5070 cps), em contraste com a assinatura das brechas vulcânicas (média de K 1,7%; U 3 ppm; Th 6,1 ppm; contagem total de 2252 cps), e corroboram o contato mapeado. A integração destes dados permite interpretar as estruturas circulares como diatremas ou antigas chaminés vulcânicas
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