17 research outputs found
Características clínicas e epidemiológicas de 123 casos de criptococose observados em Mato Grosso do Sul, Brasil
To identify the clinical and epidemiological profile of cryptococcosis diagnosed at the University Hospital of the Federal University of Mato Grosso do Sul, Brazil, medical records of 123 patients admitted from January 1995 to December 2005 were analyzed. One hundred and four cases (84.5%) had HIV infection, six (4.9%) had other predisposing conditions and 13 (10.6%) were immunocompetent. Male patients predominated (68.3%) and their age ranged from 19 to 69 years (mean: 35.9). Most patients (73.2%) were born and lived lifelong in the state of Mato Grosso do Sul. Involvement of the central nervous system occurred in 103 patients (83.7%) and headache and vomiting were the most frequent symptoms. In 77 cases it was possible to identify the Cryptococcus species: 69 (89.6%) C. neoformans and eight (10.4%) C. gattii. Amphotericin B was the drug of choice for treatment (106/123), followed by fluconazole in 60% of cases. The overall lethality rate was 49.6%, being 51% among the HIV infected patients and 41.2% among the non-HIV infected (p >; 0.05). Although cryptococcosis exhibited in our region a similar behavior to that described in the literature, the detection of an important rate of immunocompetent individuals and five C. gattii cryptococcosis in HIV-infected patients is noteworthy.O perfil clínico-epidemiológico de 123 casos de criptococose diagnosticados no Hospital Universitário da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, no período de janeiro de 1995 até dezembro de 2005, foi estudado retrospectivamente. Cento e quatro (84,9%) casos tinham associação com HIV, seis (4,9%) tinham outra condição predisponente e 13 (10,6%) eram imunocompetentes. Houve predomínio do sexo masculino (68,3%) e a idade variou de 19 a 69 anos (média de 35,9 anos). A maioria (73,2%) era natural e procedente de Mato Grosso do Sul. O envolvimento do sistema nervoso central ocorreu em 103 (83,7%) pacientes e os sintomas mais freqüentes foram cefaléia e vômitos. Em 77 casos foi possível identificar a espécie do agente, sendo 69 (89,6%) C. neoformans e oito (10,4%) C. gattii. O antifúngico mais utilizado foi anfotericina B (106/123) seguido de fluconazol em aproximadamente 60% dos casos. A taxa de letalidade foi de 49,6%, sendo 51% entre os pacientes infectados pelo HIV e 41,2% entre os não infectados pelo HIV (p >; 0,005). Apesar da criptococose observada em nossa região apresentar comportamento semelhante ao descrito na literatura, chama a atenção a importante taxa da micose em imunocompetentes e cinco casos de infecção por C. gattii em pacientes HIV-positivos
Mulheres com Aids: desvendando histórias de risco
Esta pesquisa procurou conhecer o perfil social e cultural relacionado a risco de infecção pelo HIV em mulheres, descrevendo algumas variáveis epidemiológicas e revelando relatos de risco, o significado de sua vivência com AIDS e assistência recebida. Através de um questionário semi-estruturado, entrevistou-se 25 mulheres internadas no Hospital Universitário da UFRJ, no período anterior à disponibilização das drogas combinadas. A maioria referiu baixa escolaridade, ocupações de baixa qualificação ou eram donas de casa, sendo sua renda familiar, em alguns casos, pior que a média dos usuários deste hospital. A representação predominante sobre risco associava a Aids a uma "doença do outro" e DSTs eram percebidas como infecções masculinas, embora várias relatassem episódios destas, anteriormente ao HIV. Elas tiveram seu diagnóstico/tratamento só após o adoecimento ou morte do companheiro e ou filho. O estudo sugere estratégias preventivas que, prioritariamente, reforçam o poder de negociação sexual destas mulheres silenciosas e atuam sobre os homens, como participantes potencialmente ativos nos programas de saúde reprodutiva, os quais incorporam a questão DST/AIDS
Mulheres com Aids: desvendando histórias de risco
Esta pesquisa procurou conhecer o perfil social e cultural relacionado a risco de infecção pelo HIV em mulheres, descrevendo algumas variáveis epidemiológicas e revelando relatos de risco, o significado de sua vivência com AIDS e assistência recebida. Através de um questionário semi-estruturado, entrevistou-se 25 mulheres internadas no Hospital Universitário da UFRJ, no período anterior à disponibilização das drogas combinadas. A maioria referiu baixa escolaridade, ocupações de baixa qualificação ou eram donas de casa, sendo sua renda familiar, em alguns casos, pior que a média dos usuários deste hospital. A representação predominante sobre risco associava a Aids a uma "doença do outro" e DSTs eram percebidas como infecções masculinas, embora várias relatassem episódios destas, anteriormente ao HIV. Elas tiveram seu diagnóstico/tratamento só após o adoecimento ou morte do companheiro e ou filho. O estudo sugere estratégias preventivas que, prioritariamente, reforçam o poder de negociação sexual destas mulheres silenciosas e atuam sobre os homens, como participantes potencialmente ativos nos programas de saúde reprodutiva, os quais incorporam a questão DST/AIDS
CK-MB: útil no diagnóstico de envolvimento cardíaco na leptospirose ictérica
Na ausência de insuficiência cardíaca ou choque cardiogênico, o diagnóstico de envolvimento cardíaco na leptospirose ictérica pode ser baseado em alterações eletrocardiográficas. Devido ao frequente comprometimento multisistêmico da doença, algumas dessas alterações podem ser secundárias a distúrbios metabólicos ou eletrolíticos. Realizou-se um estudo para avaliação do significado da enzima CK-MB elevada em casos suspeitos de envolvimento cardíaco. Sessenta e nove pacientes com leptospirose ictérica foram estudados prospectivamente. Dez dos 16 casos com envolvimento cardíaco e 25 dos 53 pacientes sem envolvimento cardíaco tiveram CK-MB elevada (p>;0,05). O valor médio de CK-MB foi maior no grupo com envolvimento cardíaco (pIn the absence of heart failure or cardiogenic shock, cardiac involvement diagnosis in icteric leptospirosis is possible on the basis of abnormal electrocardiograms. As metabolic and electrolytic disorders are frequently seen during acute leptospirosis infection, they may be responsible for some electrocardiograms changes. We conducted a study to assess if creatine phosphokinase isoenzyme determinations are useful in selecting patients with a high cardiac involvement suspicion. Sixty-nine patients were studied prospectively. Ten patients out of 16 with cardiac involvement and 25 without had high CK-MB levels (p>;0.05), although mean values of abnormal CK-MB levels were higher in the group with cardiac involvement (
Is CK-MB isoenzyme useful for diagnosis of cardiac involvement in icteric leptospirosis?
In the absence of heart failure or cardiogenic shock, cardiac involvement diagnosis in icteric leptospirosis is possible on the basis of abnormal electrocardiograms. As metabolic and electrolytic disorders are frequently seen during acute leptospirosis infection, they may be responsible for some electrocardiograms changes. We conducted a study to assess if creatine phosphokinase isoenzyme determinations are useful in selecting patients with a high cardiac involvement suspicion. Sixty-nine patients were studied prospectively. Ten patients out of 16 with cardiac involvement and 25 without had high CK-MB levels (p>0.05), although mean values of abnormal CK-MB levels were higher in the group with cardiac involvement (p<0.05). Our analysis indicates that serum CK-MB determination does not provide a specific indicator of myocardial involvement in the course of icteric leptospirosis
Toxoplasmic encephalitis in an HIV infected pregnant woman: successful outcome for both mother and child
This report describes a case of Toxoplasma encephalitis during pregnancy of an HIV infected woman who was severely immunosuppressed (CD4: 17 cells/mm3), had a high viral load (RNA PCR:230,000 copies/ml), was treated with sulfadiazine, pyrimethamine and folinic acid for toxoplasmosis and was being treated with highly potent antiretroviral drugs (AZT, 3TC and nelfinavir) for HIV infection. The newborn was born through an elective C-section, received six weeks of AZT according to the 076 protocol and was clinically normal at birth. Subsequently he had two RNA PCR negatives for HIV, seroreverted and had no clinical or laboratory evidence of congenital toxoplasmosis. Despite the concerns of the use of these combined therapies on the foetus during pregnancy, their efficacy illustrates that keeping the mother alive and in good health is an important strategy to protect the unborn child from acquiring these two infections
Hidropisia fetal: análise de 80 casos
OBJETIVO: descrever a etiologia, evolução e prevalência de hidropisia fetal em coorte de gestantes em 10 anos de acompanhamento (1992 a 2002), em uma maternidade terciária. MÉTODOS: estudo retrospectivo foi realizado em pacientes referidas para a maternidade do Instituto Fernandes Figueira com o diagnóstico de hidropisia fetal, detectado pelo exame de ultra-sonografia, durante o período compreendido entre 1992 e 2002. Os casos foram selecionados quanto à etiologia (imune ou não-imune), sendo comparados quanto à evolução, procedimentos invasivos realizados e sobrevivência. A análise das variáveis foi realizada por meio do programa Epi-Info 6.0, sendo considerado valor de significância estatística um valor de p<0,05. RESULTADOS: durante o período de estudo, 80 gestantes foram atendidas com diagnóstico inicial de hidropisia fetal. A freqüência de hidropisia nesta população foi de 1 para 157 nascidos vivos. Isoimunização Rh (grupo imune - GI) foi diagnosticada em 13 casos (16,2%), restando portanto 67 casos (83,8%) considerados como devidos a causas não imunes (grupo não imune - GNI). As causas mais comuns de hidropisia fetal não imune são: idiopáticas (40,2%), genéticas (20,8%), infecciosas (20,7%) e cardiopatia fetal (7,4%). Foi encontrada diferença em relação à idade materna do grupo imune (média = 32,8 anos) quando comparada com o grupo não imune (média=28,7) (p=0,03), porém a idade gestacional ao nascimento foi similar em ambos os grupo, (média de 33,6 semanas no grupo imune e de 33,1 semanas no grupo não imune (p=0,66). Amniocentese e transfusão sanguínea in utero foram realizadas com maior freqüência no grupo imune (p<0,001) e a letalidade perinatal encontrada foi de 53,8% no grupo imune e 68,6% no grupo não imune (p=0,47). A pesquisa complementar de anticorpos IgG anti-parvovírus B19 foi realizada em 41 dos 67 casos de hidropisia fetal não imune e somente 16 apresentaram resultado positivo. CONCLUSÃO: a etiologia não imune foi a forma mais comum de apresentação de hidropisia fetal em nossa casuística. A letalidade perinatal desta entidade continua elevada e uma proporção significativa de casos não teve causa identificada. A utilização da análise do cariótipo fetal e do diagnóstico específico para parvovírus B19 pode aumentar a identificação causal de hidropisia fetal não imune classificada como idiopática