Aulas de Português na formação de engenheiros: expectativas e concepções de alunos e professores de instituição pública em Minas Gerais

Um dos prováveis efeitos do Parecer CNE/CES 1.362 nas instituições que oferecem cursos de engenharia no Brasil foi a inclusão de disciplinas de redação ou de língua materna nas matrizes curriculares de cursos novos ou na reforma de cursos antigos. O referido documento focaliza, abertamente, as “competências comunicacionais” que um engenheiro deveria desenvolver, mencionando habilidades de comunicar-se “eficientemente, nas formas oral, escrita e gráfica”. Este trabalho é resultado de uma investigação sobre o ensino de português na engenharia, em uma instituição pública federal de Minas Gerais, reconhecida principalmente pela excelência na formação de engenheiros e técnicos. Fundamentaram a pesquisa as concepções de letramento, letramento acadêmico e ensino de língua materna para fins específicos, especialmente em autores como Soares (2004), Schalkwyk (2008) e Cintra e Passarelli (2008). A instituição pesquisada oferece cursos de redação e/ou português em todas as graduações em engenharia, seja como disciplinas obrigatórias ou optativas. Visando a abordar concepções e expectativas do público-alvo dessas disciplinas sobre as aulas de língua materna para fins específicos, empregou-se a técnica do grupo focal com alunos de engenharia e a entrevista, com coordenadores de cursos. As gravações dessas coletas de dados geraram transcrições, que permitiram nossa discussão aqui apresentada. Os resultados levam à conclusão de que as expectativas de alunos e coordenadores giram em torno de uma concepção pouco ligada ao letramento acadêmico e mais voltada ao exercício de “fórmulas” e “modelos” de gêneros textuais que circulam, principalmente, no domínio profissional. Essas expectativas estão pouco alinhadas até mesmo ao documento oficial que orienta a composição desses bacharelados. Além de discutir essas concepções, refletimos aqui sobre a existência de disciplinas de redação/português na matriz curricular de engenharia e a necessidade de que elas sejam oferecidas com base em concepções ligadas ao letramento e às práticas sociais e profissionais da escrita

Aulas de Português na formação de engenheiros: expectativas e concepções de alunos e professores de instituição pública em Minas Gerais

Um dos prováveis efeitos do Parecer CNE/CES 1.362 nas instituições que oferecem cursos de engenharia no Brasil foi a inclusão de disciplinas de redação ou de língua materna nas matrizes curriculares de cursos novos ou na reforma de cursos antigos. O referido documento focaliza, abertamente, as “competências comunicacionais” que um engenheiro deveria desenvolver, mencionando habilidades de comunicar-se “eficientemente, nas formas oral, escrita e gráfica”. Este trabalho é resultado de uma investigação sobre o ensino de português na engenharia, em uma instituição pública federal de Minas Gerais, reconhecida principalmente pela excelência na formação de engenheiros e técnicos. Fundamentaram a pesquisa as concepções de letramento, letramento acadêmico e ensino de língua materna para fins específicos, especialmente em autores como Soares (2004), Schalkwyk (2008) e Cintra e Passarelli (2008). A instituição pesquisada oferece cursos de redação e/ou português em todas as graduações em engenharia, seja como disciplinas obrigatórias ou optativas. Visando a abordar concepções e expectativas do público-alvo dessas disciplinas sobre as aulas de língua materna para fins específicos, empregou-se a técnica do grupo focal com alunos de engenharia e a entrevista, com coordenadores de cursos. As gravações dessas coletas de dados geraram transcrições, que permitiram nossa discussão aqui apresentada. Os resultados levam à conclusão de que as expectativas de alunos e coordenadores giram em torno de uma concepção pouco ligada ao letramento acadêmico e mais voltada ao exercício de “fórmulas” e “modelos” de gêneros textuais que circulam, principalmente, no domínio profissional. Essas expectativas estão pouco alinhadas até mesmo ao documento oficial que orienta a composição desses bacharelados. Além de discutir essas concepções, refletimos aqui sobre a existência de disciplinas de redação/português na matriz curricular de engenharia e a necessidade de que elas sejam oferecidas com base em concepções ligadas ao letramento e às práticas sociais e profissionais da escrita.Palavras-chave: Ensino de Português. Competências comunicacionais. Letramento. Letramento acadêmico. Português para fins específicos

Is there a trans-abdominal testicular descent during the second gestational trimester? Study in human fetuses between 13 and 23 weeks post conception

ABSTRACT Objectives To confirm if a real inner descend of testis occurs, correlating the testicular position with fetal parameters and analyzing the position of the testes relative to the internal ring. Material and Methods Twenty nine human fetuses between 13 and 23 weeks post conception (WPC) were studied. The fetuses were carefully dissected with the aid of a stereoscopic lens with 16/25X magnification and testicular position observed. With the aid of a digital pachymeter the distance between the lower pole of the kidney and the upper extremity of the testis (DK-T) was measured to show the position of the testis. During the dissection we also indicated the position of the testes relative to the internal ring. Means were statistically compared using simple linear regression and the paired T-test. Results The 58 testes had abdominal position. The DK-T in the right side measured between 0.17 and 1.82cm (mean=0.79cm) and in the left side it was between 0.12 and 1.84cm (mean=0.87cm), without statistically differences (p=0.0557). The linear regression analysis indicated that DK-T in both sides correlated significantly and positively with fetal age. All fetuses with more than 20 WPC, heavier than 350g and with CRL over 22cm had a greater distance than the average DK-T. We xobserved that the 58 testis remains adjacent to the internal ring throughout the period studied. Conclusions The testes remains adjacent to the internal ring throughout the period studied, indicating that there is no real trans-abdominal testicular descent during the second gestational trimester

Do retractile testes have anatomical anomalies?

ABSTRACT Objectives: To assess the incidence of anatomical anomalies in patients with retractile testis. Materials and Methods: We studied prospectively 20 patients (28 testes) with truly retractile testis and compared them with 25 human fetuses (50 testes) with testis in scrotal position. We analyzed the relations among the testis, epididymis and patency of the processus vaginalis (PV). To analyze the relations between the testis and epididymis, we used a previous classification according to epididymis attachment to the testis and the presence of epididymis atresia. To analyze the structure of the PV, we considered two situations: obliteration of the PV and patency of the PV. We used the Chi-square test for contingency analysis of the populations under study (p <0.05). Results: The fetuses ranged in age from 26 to 35 weeks post-conception (WPC) and the 20 patients with retractile testis ranged in ages from 1 to 12 years (average of 5.8). Of the 50 fetal testes, we observed complete patency of the PV in 2 cases (4%) and epididymal anomalies (EAs) in 1 testis (2%). Of the 28 retractile testes, we observed patency of the PV in 6 cases (21.4%) and EA in 4 (14.28%). When we compared the incidence of EAs and PV patency we observed a significantly higher prevalence of these anomalies in retractile testes (p=0.0116). Conclusions: Retractile testis is not a normal variant with a significant risk of patent processus vaginalis and epididymal anomalies

Study of Testicular Structure in Fetuses with Prune Belly Syndrome

Purpose. To compare the structure of the testis in fetuses with prune belly syndrome (PBS) to normal controls. Materials and Methods. We studied 6 testes obtained from 3 fetuses with PBS and 14 testes from 7 male fetuses. The testicular specimens were cut into 5-μm thick sections and stained with hematoxylin and eosin (HE), to observe the seminiferous tubules; Weigert’s solution to observe elastic fibers; and picrosirius red to observe collagen. The images were captured with an Olympus BX51 microscope and Olympus DP70 camera. The stereological analysis was done with the Image Pro and Image J programs. Means were statistically compared using the Mann–Whitney U test (p<0.005). Results. Quantitative analysis documented no differences (p=0.4) in number of seminiferous tubules (ST) in PBS testes (mean = 8.87%, SD=1.59), when compared to the control (mean = 11.4%, SD=2.99) and no differences (p=0.8) in diameter of ST in PBS testes (mean = 52.85 μm, SD=1.58) when compared to the control group (mean = 53.17 μm, SD=1.55), but we did observe a lower number (p=0.0002) of Leydig cells in the PBS testes (mean = 67.03% and SD=3.697) when compared to the control group (mean = 90.1% and SD=2.986). Conclusions. Our study showed a lower concentration of Leydig cells in the triad syndrome fetuses

The importance of the gubernaculum in testicular migration during the human fetal period

Objectives The objective of this review is to study the role of the gubernaculum in the testicular migration process during the human fetal period. Materials and Methods We performed a descriptive review of the literature about the role of the gubernaculum in testicular migration during the human fetal period. Results In the first phase of testicular migration, the gubernaculum enlarges to hold the testis near the groin and in the second phase the gubernaculum migrates across the pubic region to reach the scrotum. The proximal portion of the gubernaculum is attached to the testis and epididymis and the presence of multiple insertions in the distal gubernaculum is extremely rare. The presence of muscle and nerves in the human gubernaculum is very poor. The gubernaculum of patients with cryptorchidism has more fibrous tissue and less collagen and when the patients are submitted to hormonal treatment, the gubernaculum components alter significantly. Conclusions The gubernaculum presents significant structural modifications during testicular migration in human fetuses