101 research outputs found

    La abordaje cultural de la Comunicación de James W. Carey

    Get PDF
    A perspectiva cultural ou ritual de James W. Carey, expoente dos estudos culturais críticos nos EUA, para pensar a Comunicação, os media e o Jornalismo permanece praticamente desconhecida na língua portuguesa. Carey integra um conjunto de teóricos que, a partir da década de 1960, na Europa e nos EUA, procuraram caminhos alternativos à tradição de investigação norte-americana dominante, centrada nos efeitos, funções e usos dos mass media . Este artigo incide no ensaio fundador da sua proposta A cultural approach of communication (1975), embora não se confine ao mesmo. Três questões fundamentais são abordadas: Comunicação, Comunicação e modernidade e a visão cultural ou ritual da Comunicação. A hermenêutica crítica é a metodologia utilizada. Procura-se ir além das respostas de Carey ao seu contexto, destacando a sua contribuição para um entendimento da Comunicação como um ritual participatório no qual e através do qual os seres humanos geram, mantêm e transformam a cultura em que vivem.ABSTRACT: James W. Carey is renowned as the founder of critical cultural studies in the US even though his theoretical approach to Communication, Journalism and the new media remains little known in the Portuguese academic world. Carey is part of a wide group of academics who, in the 1960s in both Europe and the US, sought out alternative approaches to mainstream mass communication research and its excessive focused on the effects, functions and usages of mass media. We focus our attention here on his seminal article A Cultural Approach to Commu nication (1975) – but not exclusively. This article presents Carey’s answers to three main questions: Communication, Communication and modernity as well as the cultural or ritual approach to Communication. Critical hermeneutics was chosen as the methodological framework. We seek to reach beyond Carey’s responses to his context by highlighting his contribution to the understanding of communication as a participatory ritual in and through which human beings construct, maintain and transform their culture.La perspectiva cultural o ritual de James W. Carey, exponente de los estudios culturales críticos en los EUA, para reflexionar sobre la Comunicación, los media y el periodismo, permanece prácticamente desconocida en la lengua portuguesa. Carey integra un conjunto de teóricos que, a partir de la década de 1960, en Europa y los EUA, procuraron caminos alternativos a la tradicional investiga - ción norte-americana predominante, centrada en los efectos, funciones y usos de los mass media . Este artículo incide en el ensayo fundador de su propuesta A cultural approach of communication (1975), a pesar de no confinarse al mismo. Tres cuestiones fundamentales son abordadas: Comunicación, Comunicación y modernidad y una visión cultural o ritual de la Comunicación. La hemenéutica crítica es la metodología utilizada. Se procura ir más allá de las respuestas de Carey a su contexto, destacando su contribución para un entendimento de la Comunicación como un ritual participatorio en el cual y a través del cual los seres humanos generan, mantienen y transforman la cultura en la que viven

    O meio é a mensagem, de Harold A. Innis a Marshall McLuhan

    Get PDF
    Os contributos para pensar a comunicação, os media e a cultura de Harold A. Innis e Marshall McLuhan foram durante muitas décadas ou praticamente esquecidos ou ignorados, no caso de Innis, ou olhados com desconfiança ou fascínio, no caso de McLuhan, no seio do que se designa hoje por ciências da comunicação. Nos últimos anos, essa situação alterou-se significativamente e hoje Innis desperta um enorme interesse na teoria da comunicação e na economia política dos media. Estes dois autores canadianos, o primeiro escrevendo entre os anos 20 e 40 do século XX e o segundo a partir dos anos 50 e até ao final da década de 70, centraram a sua atenção nas formas/suportes técnicos através dos quais comunicamos e como esses dispositivos produzem efeitos a longo prazo na sociedade, na cultura, na política e na ordem do sensorium humano. Como se está já a ver, ao contrário das tradições mainstream norte-americanas do mesmo período, centradas na análises quantitativas de curto-médio prazo dos efeitos e usos dos contéudos das mensagens, Innis e McLuhan, optaram por formas ensaísticas, de história das civilizações, mobilizando recursos da cultura, da literatura, da economia e da tecnologia, que privilegiam a reflexão de longo prazo (mudanças na ordem social e no sensorium operadas à escala histórica, civilizacional). Embora esta perspectiva de largo alcance temporal tenha tido diversos cultores durante o século XIX e XX, como são exemplos Auguste Comte, Karl Marx, Arnold Toynbee, Oswald Spengler, entre outros, nos estudos de comunicação, ela tinha muito pouca tradição. O impacto destes teóricos radica na introdução na investigação em comunicação e media de uma problemática que durante muito tempo se encontrou ausente da quer na Europa, quer na América do Norte (particularmente nos EUA) que é a relação entre os modos (meios, técnicas) de comunicação e a sociedade. O seu maior contributo para os estudos sociológicos da comunicação foi chamar a atenção para os efeitos a longo prazo das formas técnicas de comunicação na sociedade e na cultura. Pela primeira vez, se questionou a dimensão técnica da comunicação. Ou seja, exploraram a ideia de que as técnicas de comunicação são responsáveis pela configuração das sociedades e da cultura; que os processos de comunicação e as instituições a eles associadas têm efeitos penetrantes na natureza das sociedades e no curso da sua história, erguendo novas constelações culturais; mudam os meios/os suportes técnicos através dos quais comunicamos, muda a cultura, muda a sociedade. Defendem que a história da comunicação é uma das grandes chave da historia universal, o que os faz ler a história universal à luz da história da comunicação. Há quem afirme que exploram uma certa determinação comunicacional da sociedade (perspectiva que já se encontrava presente nos economistas políticos alemães e nos primeiros sociólogos americanos, como Albion Small, William Sumner e Edward Ross, entre outros), segundo a qual a sociedade é um organismo, mas muito mais complexo do que propunha Herbert Spencer, um organismo com formas de consciência forjadas através da comunicação. Eu diria que isto é basicamente aquilo que une estes dois autores, tudo o resto tende a afastá-los como vou tentar mostrar de seguida

    James W. Carey. Uma voz que clamou por mais e melhor democracia

    Get PDF
    A notícia da morte de James W. Carey, aos 71 anos, no passado dia 23 de Maio de 2006 deixou um profundo vazio na comunidade de estudiosos da comunicação e do jornalismo. Considerado nos EUA como um dos mais influentes pensadores do último terço do século XX nesta área de estudo, embora pouco conhecido na Europa, Carey foi e será uma referência para quem, nos tempos actuais, insiste, mesmo que romanticamente, em pensar a comunicação como ritual cultural de cooperação e democracia

    As Guerras Mundiais e as mutações na teoria social da comunicação e dos media

    Get PDF
    Se a guerra é a continuação da política por outros meios, então certamente que nela a comunicação, em sentido lato, esteve sempre presente e desempenhou um papel chave. As guerras não implicam apenas a violência, mas também a persuasão, a contrainformação, o convencimento e o combate ideológico. Nas guerras modernas, os media têm sido um elemento fundamental para mobilizar nações moldadas por dinâmicas de desenraizamento e desterritorialização com vista a um esforço conjunto de apoio popular à ação bélica do Estado. Este artigo incide nas transformações que a própria teoria e investigação em comunicação e media sofreram no período entre as duas Guerras Mundiais do século XX. Trata-se de um contexto histórico decisivo para compreender como a institucionalização do campo da comunicação num país central como os EUA ocorreu em condições sociais e políticas que contribuíram para o seu perfil epistemológico, posições teóricas e para a configuração do poder no próprio sistema científico universitário, cujas repercussões continuam a fazer-se sentir de diversas e complexas formas.If war is the continuation of politics by other means, there is no doubt that communication was always a key part of it. Wars involve not only violence, but also persuasion, counter-information, ideological conviction and confrontation. In modern wars, the media have played a fundamental part in mobilizing nations shaped by the dynamics of uprooting and de-territorialization into collective efforts designed to achieve popular support the State’s war actions. This paper discusses the change that theory and research in communication and media underwent in the period between the two world wars of the twentieth century. This is a historical context that is crucial for an understanding of how the institutionalization of the field of communication in a major country like the US took place in a social and political context which shaped its epistemology and theoretical positioning, and contributed to the way power was established in the system of research in the universities. Its repercussions are still being felt today in diverse and complex ways

    Tecnologia, economia e política: o telégrafo como antecessor da Internet

    Get PDF
    Na história da comunicação moderna, após o desenvolvimento da imprensa, o telégrafo desencadeou uma revolução nas comunicações da qual a Internet é a herdeira contemporânea. A reflexão sobre o telégrafo pode abrir perspectivas sobre as tendências, as possibilidades e os problemas colocados pela Internet. O telégrafo tem sido objecto de estudos que tendem a privilegiar sobretudo a história desta tecnologia, o contexto social e o seu significado institucional (ex. Thompson, 1947; Standage 2007 [1998]). James W. Carey, no seu ensaio “Technology and Ideology. The Case of the Telegraph”, propõe uma abordagem distinta. No telégrafo, vê o protótipo de muitos impérios comerciais de base científico-tecnológica que se lhe seguiram, um modelo pioneiro para a gestão de empresas complexas; um dos promotores da configuração nacional do mercado e de um sistema nacional de comunicações; e um catalisador de um pensamento futurista e utópico das tecnologias da informação. Tendo no horizonte a revolução das comunicações promovida pela Internet, o artigo revisita aquele ensaio seminal para explorar o alcance, mas também os problemas de uma perspectiva que concebe a inovação do telégrafo como uma metáfora para todas as inovações que anunciaram o período histórico da modernidade e que tem determinado até aos nossos dias as principais linhas de desenvolvimento das comunicações modernas.In the history of modern communication, after the development of the printing press, the telegraph unleashed a revolution in communications. Today, Internet is in many wys its heir. Reflections on the telegraph may open up perspectives concerning tendencies, possibilities and pitfalls of the Internet. The telegraph has been well explored in literature on communication and media which tends to emphasize the history of this technology, its social context and institutional meaning (e.g. Thompson, 1947, Standage, 2007 [1998]). James W. Carey, in his essay “Technology and Ideology. The Case of the Telegraph” (2009 [1983]), suggests a distinctive approach. In the telegraph, Carey sees the prototype of many subsequent commercial empires based on science and technology, a pioneer model for complex business management; an instigator of the national market and the national communications system; and a promoter of a futurist and utopian thought of information technologies. Having in mind a revolution in communications promoted by the Internet, this paper revisits this seminal essay to explore its attainment, as well as the problems of this kind of approach which conceives the innovation of the telegraph as a metaphor for all the innovations announcing modernity and determining still today the main lines of development in modern communication systems

    Harold Innis é traduzido para o português [recensão crítica]

    Get PDF
    Resenha do livro "Innis, H.(2011[1951]) O viés da comunicação. Petropólis, Vozes".O Viés da Comunicação, tradução de The Bias of Communication,um livro de Harold A. Innis, publicado pela primeira vez em 1951, e que é hoje considerado canônico nos estudos da Comunicação e dos Media,está finalmente disponível em Língua Portuguesa, na colecção Clássicos da Comunicação Social, da Editora Vozes

    José Manuel Paquete de Oliveira (1936-2016): Uma vida de trabalho dedicada ao estudo e à formação em comunicação e jornalismo

    Get PDF
    No passado dia 11 de junho, as ciências da comunicação perderam um dos pioneiros deste campo de estudo e investigação em Portugal e uma das suas figuras mais destacadas: José Manuel Paquete de Oliveira. No momento da sua morte, Paquete de Oliveira pode ser recordado como um universitário que começou por trilhar os caminhos da sociologia da comunicação num tempo em que os sociólogos ocupavam um lugar proeminente do estudo do fenómeno comunicacional e quando uma parte substancial dos primeiros estudiosos deste domínio tinha formação em sociologia. Paquete de Oliveira distinguiu-se, por um lado, no desenvolvimento dos estudos sociológicos da comunicação e da formação académica nesta área (desde a segunda metade dos anos 70), na conceptualização e na investigação das formas de “censura oculta” e na receção de muitos autores do pensamento italiano sobre os media, e, por outro, como dirigente universitário, tendo ocupado lugares de relevo durante muitos anos no Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (hoje ISCTE-IUL). Foi ainda uma personalidade relevante do associativismo académico em ciências da comunicação e uma presença constante nos meios de comunicação social portugueses.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Uma concepção cultural de comunicação na teoria social dos media dos EUA: da Escola de Chicago do Pensamento Social às perspectivas de James W. Carey

    Get PDF
    Tese apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Doutoramento em Ciências Sociais (Sociologia Geral)Esta tese apresenta, interpreta e discute uma constelação de reflexões teóricas e propostas de investigação surgidas nos Estados Unidos da América que conformou o fenómeno comunicacional e os media como problemática das ciências sociais e está na génese de uma concepção cultural de comunicação que se prolonga até aos nossos dias. Albion Small, Edward Ross, William Sumner, John Dewey, George H. Mead, Charles H. Cooley, William I. Thomas e Florian Znaniecki, Robert E. Park, David Riesman, Charles Wright Mills, Kenneth Burke e James W. Carey, os autores a que esta investigação dedica particular atenção, sugeriram contributos relevantes, tanto para uma teoria geral da acção simbólica na sociedade, como para uma teoria social da comunicação e dos media. Esta tese explora a hipótese que aquele feixe plural de autores constitui uma linhagem de pensamento em torno de uma abordagem cultural da comunicação que a conjuga com os problemas do significado, da interacção simbólica, da identidade, do papel dos media como veículos para a imaginação e para a experiência, do lugar do jornalismo numa sociedade democrática e da importância dos conflitos simbólicos na sociedade. O argumento central desta tese é que, na história da teoria e da investigação em comunicação, aquele conjunto de autores apresenta um olhar que o distingue da que foi considerada a contribuição tipicamente norte-americana nesta área das ciências sociais – a análise dos efeitos, funções e usos dos media. Este modelo hegemónico converteu-se inclusivamente no eixo da história convencional da pesquisa em comunicação e media nos EUA, noção que perpassa ainda por muita da literatura de ensino e divulgação em todo o mundo. Sustenta-se nesta tese que pode ser reconhecido, aos autores e obras aqui estudados, um estatuto destacado para as investigações contemporâneas no campo da comunicação, rompendo-se assim com uma certa negligência relativamente a uma tradição que tem estado num plano obscurecido na história e no pensamento das ciências sociais sobre a comunicação e os media.ABSTRACT: This doctoral thesis presents, interprets and discusses a constellation of theoretical reflections and research proposals, appearing in the United States of America, which shapes the communicational phenomenon and the media as a set of problems for social sciences, and is at the origin of a cultural conception of communication, lasting till today. Albion Small, Edward Ross, William Sumner, John Dewey, George H. Mead, Charles H. Cooley, William I. Thomas and Florian Znaniecki, Robert E. Park, David Riesman, Charles Wright Mills, Kenneth Burke and James W. Carey, the authors especially focused on in this research, suggested relevant contributions not only to a general theory of symbolic action in society, but also to a social theory of communication and the media. This thesis explores the hypothesis that this diverse cluster of authors constitutes a line of thought around a cultural approach of communication, joining it together with issues of meaning, symbolic interaction, identity, the role of media as vehicles for imagination and experience, the place of journalism in a democratic society, and the importance of symbolic conflicts in society. The main argument of this thesis is that, in the history of communication theory and research, said group of authors presents a perspective that sets them apart from the typical North-American contribution in social sciences – the analysis of media effects, functions and uses. This hegemonic model has even converted itself into the conventional historical axis of communication and media research in the USA, a notion still very present throughout much of the teaching and popularization literature all over the world. This thesis argues that the authors and works here highlighted should be recognized as holding a prominent status for contemporary research in the field of communication, hence breaking with a certain neglect regarding a tradition which has stood in the shadows of the history and the thought of social sciences on communication and the media.N/

    O lugar da teoria

    Get PDF
    A questão teórica fundamental que se coloca aos estudos de comunicação situa-se sempre em dois planos: - A comunicação é um produto social - A sociedade é produzida pela omunicação Visto desta forma parece simples, não levantar dúvidas, todavia quando afirmamos que a comunicação é um produto social já estamos a ter uma certa ideia de comunicação: a de que a comunicação envolve sempre pessoas em co-presença ou ligadas por aparelhos, o que significa excluir as conexões que podem ocorrer apenas entre aparelhos. O que ocorre entre dois aparelhos não seria comunicação, quanto muito seria transmissão de informação. Nesta acepção, a transmissão de informação não encerra/não engloba todo o significado da comunicação. Se tivermos uma situação de actividade de significação face a face há sempre a possibilidade de comunicação, mas ela não está garantida no seu sentido mais forte (que é pôr comum). E se estivermos a falar de uma situação de mediação técnica de actividade de significação entre pessoas, há igualmente uma possibilidade de comunicação, e novamente ela não está garantida à partida no seu sentido mais forte (pode haver difusão de propaganda, mas não há um pôr em comum)

    James W. Carey as critical theorist of the information age

    Get PDF
    This paper suggests that the thought of the North-American critical theorist James W. Carey provides a relevant perspective on communication and technology. Having as background American social pragmatism and progressive thinkers of the beginning of the 20th century (as Dewey, Mead, Cooley, and Park), Carey built a perspective that brought together the political economy of Harold A. Innis, the social criticism of David Riesman and Charles W. Mills and incorporated Marxist topics such as commodification and sociocultural domination. The main goal of this paper is to explore the connection established by Carey between modern technological communication and what he called the “transmissive model”, a model which not only reduces the symbolic process of communication to instrumentalization and to information delivery, but also politically converges with capitalism as well as power, control and expansionist goals. Conceiving communication as a process that creates symbolic and cultural systems, in which and through which social life takes place, Carey gives equal emphasis to the incorporation processes of communication.If symbolic forms and culture are ways of conditioning action, they are also influenced by technological and economic materializations of symbolic systems, and by other conditioning structures. In Carey’s view, communication is never a disembodied force; rather, it is a set of practices in which co-exist conceptions, techniques and social relations. These practices configure reality or, alternatively, can refute, transform and celebrate it. Exhibiting sensitiveness favourable to the historical understanding of communication, media and information technologies, one of the issues Carey explored most was the history of the telegraph as an harbinger of the Internet, of its problems and contradictions. For Carey, Internet was seen as the contemporary heir of the communications revolution triggered by the prototype of transmission technologies, namely the telegraph in the 19th century. In the telegraph Carey saw the prototype of many subsequent commercial empires based on science and technology, a pioneer model for complex business management; an example of conflict of interest for the control over patents; an inducer of changes both in language and in structures of knowledge; and a promoter of a futurist and utopian thought of information technologies. After a brief approach to Carey’s communication theory, this paper focuses on his seminal essay "Technology and ideology. The case of the telegraph", bearing in mind the prospect of the communication revolution introduced by Internet. We maintain that this essay has seminal relevance for critically studying the information society. Our reading of it highlights the reach, as well as the problems, of an approach which conceives the innovation of the telegraph as a metaphor for all innovations, announcing the modern stage of history and determining to this day the major lines of development in modern communication systems
    corecore