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    Recomendações para oxigenoterapia domiciliar prolongada da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (2022)

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    Some chronic respiratory diseases can cause hypoxemia and, in such cases, long-term home oxygen therapy (LTOT) is indicated as a treatment option primarily to improve patient quality of life and life expectancy. Home oxygen has been used for more than 70 years, and support for LTOT is based on two studies from the 1980s that demonstrated that oxygen use improves survival in patients with COPD. There is evidence that LTOT has other beneficial effects such as improved cognitive function, improved exercise capacity, and reduced hospitalizations. LTOT is indicated in other respiratory diseases that cause hypoxemia, on the basis of the same criteria as those used for COPD. There has been an increase in the use of LTOT, probably because of increased life expectancy and a higher prevalence of chronic respiratory diseases, as well as greater availability of LTOT in the health care system. The first Brazilian Thoracic Association consensus statement on LTOT was published in 2000. Twenty-two years later, we present this updated version. This document is a nonsystematic review of the literature, conducted by pulmonologists who evaluated scientific evidence and international guidelines on LTOT in the various diseases that cause hypoxemia and in specific situations (i.e., exercise, sleep, and air travel). These recommendations, produced with a view to clinical practice, contain several charts with information on indications for LTOT, oxygen sources, accessories, strategies for improved efficiency and effectiveness, and recommendations for the safe use of LTOT, as well as a LTOT prescribing model.Algumas doenças respiratórias crônicas podem evoluir com hipoxemia e, nessas situações, a oxigenoterapia domiciliar prolongada (ODP) está indicada como opção terapêutica com o objetivo principal de melhorar a qualidade e a expectativa de vida desses pacientes. O oxigênio domiciliar é usado há mais de 70 anos, e a ODP tem como base dois estudos da década de oitenta que demonstraram que o uso de oxigênio melhora a sobrevida de pacientes com DPOC. Existem evidências de que a ODP tem outros efeitos benéficos como melhora da função cognitiva e da capacidade de exercício e redução de hospitalizações. A ODP está indicada para outras doenças respiratórias que cursam com hipoxemia, segundo os mesmos critérios estabelecidos para a DPOC. Tem sido observado aumento no uso da ODP provavelmente pela maior expectativa de vida, maior prevalência de doenças respiratórias crônicas e maior disponibilidade de ODP no sistema de saúde. O primeiro consenso sobre ODP da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia foi publicado em 2000; após 22 anos, apresentamos esta versão atualizada. Este documento é uma revisão não sistemática da literatura, realizada por pneumologistas que avaliaram evidências científicas e diretrizes internacionais sobre ODP nas diversas doenças que cursam com hipoxemia e em situações específicas (exercício, sono e viagens aéreas). Estas recomendações, tendo em vista a prática clínica, oferecem diversos quadros com informações sobre indicações, fontes de oxigênio, acessórios e estratégias para melhor eficiência, efetividade e uso seguro da ODP, assim como um modelo para sua prescrição

    COVID-19 em um hospital terciário no Brasil : prevalência de pacientes com necessidades de Cuidados Paliativos e suas características clínicas em formas graves da doença

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    Tese de mestrado, Cuidados Paliativos, Universidade de Lisboa, Faculdade de Medicina, 2022INTRODUÇÃO: Ao final do ano de 2019, iniciou-se a pandemia de COVID-19, que desafiou os sistemas de saúde ao redor do mundo. Os Cuidados Paliativos (CPAL) demonstraram sua importância no enfrentamento da pandemia. Este estudo tem o objetivo de avaliar a necessidade de CPAL na população de pacientes com formas graves de COVID-19, atendidos no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, entre 18 de março e 31 de julho de 2020. MÉTODO: Estudo retrospectivo, descritivo, que avaliou pacientes internados com formas graves de COVID-19 à luz dos Cuidados Paliativos, utilizando o fluxograma PALI-COVID. A partir de dados obtidos do sistema eletrônico institucional, os pacientes foram avaliados quanto à idade, gênero, diagnóstico principal, tempo de internação, avaliação pela equipe de CPAL, internação em UTI e mortalidade hospitalar. Os pacientes foram categorizados, conforme necessidades de CPAL e risco de morte, em grupos Vermelho, Amarelo e Verde. RESULTADOS: Foram avaliados 2860 pacientes com COVID-19 confirmados por RT-PCR. A mediana de idade foi de 61 anos (IQR 48-71 anos), com predomínio de homens (56,1%). A mediana de tempo de internação foi de 12 dias (IQR: 7 a 21 dias). A prevalência de pacientes com COVID-19 grave e com necessidades paliativas foi de 30,7%. O grupo Vermelho era composto por pacientes sem necessidades de CPAL (CPAL-), representando a maioria da amostra (69,3%). Os grupos Amarelo e Verde eram compostos por pacientes com necessidades paliativas (CPAL+), sem e com critérios clínicos que sugeriam maior risco de morte na internação, respectivamente, representando 21% e 9,7% da amostra. A maior taxa de mortalidade foi observada no grupo VERDE (87%), seguida pelo grupo AMARELO (44,5%). As taxas de mortalidade foram significativamente diferentes nos três grupos analisados (p<0,001), bem como nas comparações dos grupos dois a dois. Em relação à análise do risco relativo de mortalidade, foi observado maior risco de morte nos pacientes do grupo VERDE quando comparados ao grupo VERMELHO (OR = 22,43; IC 95% = 15,56-32,34) do que nos pacientes do grupo AMARELO quando comparados ao grupo VERMELHO (OR = 2,70; IC 95% = 2,22-3,27). O risco relativo de mortalidade também aumenta significativamente quando comparamos pacientes idosos, definidos por idade maior ou igual a 60 anos, e pacientes não-idosos (OR = 3,28; IC 95% = 2,77-3,88). Através do escore de propensão, observou-se que a avaliação pela equipe de CPAL no grupo de pacientes mais graves (VERDE) teve relação com menores índices de internação em UTI (p<0,001). CONCLUSÃO: Pacientes internados com COVID-19 grave frequentemente apresentam doenças crônicas avançadas, com necessidades de Cuidados Paliativos. Utilizando o protocolo PALI-COVID, foi possível categorizar apriopriadamente em grupos de risco de óbito, estratificados em menor risco, risco intermediário e alto risco na pandemia da COVID-19, o que permitiu ações racionais da equipe especializada em CPAL neste contexto. A estratificação de risco desenvolvida pelo protocolo PALI COVID, à luz dos resultados aqui apresentados, abre interessantes perspectivas no que diz respeito ao reconhecimento das necessidades paliativas de pacientes em internação hospitalar e em outros cenários de assistência à saúde.INTRODUCTION: At the end of 2019, the COVID-19 pandemic began, which challenged health systems around the world. Palliative Care (CPAL) has demonstrated its importance in dealing with the pandemic. This study aims to assess Palliative Care (CPAL) needs in the population of patients with severe forms of COVID-19, treated at Hospital das Clínicas, Faculty of Medicine, University of São Paulo, between March 18 and July 31, 2020. METHOD: A retrospective, descriptive study that evaluated hospitalized patients with severe forms of COVID-19 regarding CPAL needs, using the PALI-COVID protocol. Based on data from the institutional electronic system, patients were evaluated regarding age, gender, main diagnosis, length of stay, assessment by the CPAL team, ICU admission and hospital mortality. Patients were categorized, according to CPAL needs and risk of death, into Red, Yellow and Green groups. RESULTS: 2860 patients with COVID-19 confirmed by RT-PCR were evaluated. The median age was 61 years (IQR 48-71 years), with a predominance of men (56.1%). The median length of stay was 12 days (IQR: 7 to 21 days). The prevalence of patients with severe COVID-19 and with palliative needs was 30.7%. The Red group was composed of patients without CPAL needs (CPAL-), representing most of the sample (69.3%). The Yellow and Green groups were composed of patients with palliative needs (CPAL+), without and with clinical criteria that suggested a higher risk of death on admission, respectively, representing 21% and 9.7% of the sample. The highest mortality rate was observed in the Green group (87%), followed by the Yellow group (44.5%). Mortality rates were significantly different in the three groups analyzed (p<0.001). CONCLUSION: Using the PALI-COVID protocol, it was possible to properly categorize into groups at risk of death, stratifying into groups of lower, intermediate, and high risk in the COVID-19 pandemic, which allowed rational actions of the CPAL team in this context. The risk stratification developed by the PALI-COVID protocol, according to the results presented here, opens interesting perspectives regarding the recognition of the palliative care needs of patients in hospital and in other health care settings
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