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    Medidas de biossegurança e condições de trabalho de residentes de odontologia no enfrentamento da pandemia de Covid-19 na Região Sul do Brasil

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    Orientador: Prof. Dr. Rafael Gomes DitterichDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde da Família. Defesa : Curitiba, 25/08/2022Inclui referências: p. 56-70Resumo: Os residentes em saúde compõem uma considerável força de trabalho disponível para os serviços nos quais estão inseridos. Devido à pandemia, os residentes de Odontologia viram-se obrigados a adequar suas práticas ao novo contexto. Assim, o presente estudo objetiva identificar as modificações nas condições de trabalho e quais práticas de biossegurança foram adotadas pelos residentes de Odontologia do Sul do Brasil no período da pandemia de COVID-19. Trata-se de um estudo exploratório descritivo, com abordagem quantitativa, decorrente de uma pesquisa multicêntrica realizada nos três estados da região Sul. A coleta de dados foi realizada através de questionário on-line aplicado entre os meses de agosto e outubro de 2020 e resultou em uma amostra de conveniência de 59 residentes de odontologia, sendo 42 do Paraná, 07 de Santa Catarina e 10 do Rio Grande do Sul. A maior parte da amostra é composta por profissionais do sexo feminino, com faixa etária entre 25 e 39 anos e até 5 anos de formado. Todos os participantes tiveram acesso a alguma diretriz de prevenção e controle da COVID-19 e a maioria não foi afastada das suas atividades profissionais durante a pandemia. Além disso, grande parte dos residentes consideraram ter recebido capacitação relacionada ao trabalho durante a pandemia e puderam aplicar os conhecimentos adquiridos para modificar suas práticas. Entretanto, a ansiedade e a preocupação para trabalhar nesse novo contexto foi relatada por mais da metade dos participantes. Medidas de organização do serviço de saúde como a suspensão dos atendimentos eletivos e priorização dos casos de urgência, a rotatividade dos profissionais para minimizar os riscos de contaminação e o questionamento prévio ao agendamento de pacientes sobre sintomas respiratórios foram respondidas como sempre adotadas pela maioria dos residentes. Por outro lado, o uso de recursos de telessaúde e a participação na tomada de decisões ainda ficou aquém do potencial desses profissionais. Os residentes apresentaram bom conhecimento das principais recomendações de biossegurança para atuação clínica em meio a COVID-19 e afirmaram sempre ou quase sempre terem disponíveis e usarem os equipamentos de proteção individual recomendados, apesar de máscaras N95/PFF2 e aventais impermeáveis estarem entre os itens menos disponíveis. Os resultados da pesquisa evidenciam que os residentes de Odontologia da região Sul estavam de acordo com as normas de biossegurança vigentes e tiveram acesso a normativas balizadoras da conduta profissional em saúde bucal no contexto da pandemia, apesar de ainda haver lacunas na participação e envolvimento destes em processos decisórios e no acolhimento de suas angústias profissionais.Abstract: Health residents make up a considerable workforce available for the services in which they are inserted. Due to the pandemic, dentistry residents were forced to adapt their practices to the new context. Thus, the present study aims to identify changes in working labor conditions and which biosafety practices have been adopted by dentistry residents in Southern Brazil during the COVID-19 pandemic. This is a descriptive exploratory study, with a quantitative approach, resulting from a multicentric research carried out in the three states of the Southern region. Data collection was conducted through an online questionnaire applied between August and October 2020 and resulted in a convenience sample of 59 dentistry residents, 42 from Paraná, 07 from Santa Catarina and 10 from Rio Grande do Sul. Most of the sample is composed of female professionals, aged between 25 and 39 years and up to 5 years of graduation. All participants had access to some COVID-19 guidelines and most of them have not been removed from their professional activities during the pandemic. In addition, most residents considered that they received work-related training during the pandemic and were able to apply the acquired knowledge to modify their practices. However, the anxiety related to working in this new context was reported by more than half of the participants. Measures to organize the health service, such as the suspension of elective care and prioritization of emergency cases, the redeployment of professionals to minimize the risk of contamination and the questioning about respiratory symptoms prior to scheduling patients were mentioned as always adopted by the majority of residents. On the other hand, the use of telehealth resources and participation in decision-making situations still fell short of the potential of these professionals. Residents showed good knowledge of the main biosafety recommendations for clinical practice in the midst of COVID-19 and stated that they always or almost always had and used the appropriated personal protective equipment, although N95/PFF2 masks and waterproof gowns were among the least available items. The survey results show that dentistry residents in the southern region were in accordance with the current biosafety norms and had access to guidelines that helped adjusting the professional practice in oral health in a pandemic environment, although there are still gaps in their participation and involvement in decision-making processes and in managing their professional anxiety

    Medidas de biossegurança nos consultórios odontológicos durante a pandemia de COVID-19: estudo com profissionais de saúde bucal do estado do Paraná

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    With the emergence of the SARS-Cov-2 pandemic, there was a need to restructure health services in Brazil, including the dental clinic. The aim of the present study was to describe the biosafety measures performed or modified in oral health practice, at public and private levels, involving the three professional categories: dentists (CD), oral health technicians (TSB) and health assistants (ASB) in the state of Paraná. This descriptive cross-sectional survey was carried out from August to October 2020, with an online questionnaire being sent by email and published on social networks. There were 1072 professionals involved, being 75.6% CD, 16.3% ASB and 8.1% TSB. The female gender was predominant among the participants (81.1%) and 46.1% were aged between 40 and 59 years. Cap, surgical mask, protective glasses and face shield are referred to as always used, respectively, by 92.3%, 81.0%, 80.0% and 79.1% of the participants. Among the most cited as never available or used are mask N95/PFF2 (67.5%) and waterproof apron (20.3%). About 51% said they had access to Technical Note GVIMS/GGTES/ANVISA No. 04/2020. The professionals evaluated generally made changes in their biosafety practices, but they need to be monitored throughout the pandemic. KEYWORDS: COVID-19. Containment of Biohazards. Dental Care. Dental Health Services. Practice Patterns, Dentists'.Com o surgimento da pandemia causada pelo SARS-Cov-2, houve a necessidade de reestruturação dos serviços de saúde no Brasil, incluindo a clínica odontológica. O objetivo do presente estudo é descrever as medidas de biossegurança realizadas ou modificadas na prática de saúde bucal no estado do Paraná, em nível público e privado, envolvendo três categorias profissionais: cirurgiões-dentistas (CD), técnicos em saúde bucal (TSB) e auxiliares de saúde bucal (ASB). Esta pesquisa transversal descritiva foi realizada nos meses de agosto a outubro de 2020, com o envio de questionários on-line por e-mail e divulgação em redes sociais. Foram envolvidos 1072 profissionais, sendo 75,6% CD, 16,3% ASB e 8,1% TSB. O gênero feminino foi predominante entre os participantes (81,1%), com 46,1% apresentando idade entre 40 e 59 anos. Gorro, máscara cirúrgica, óculos de proteção e protetor facial são referidos como sempre utilizados, respectivamente, por 92,3%, 81,0%, 80,0% e 79,1% dos participantes. A máscara N95/PFF2 (67,5%) e o avental impermeável (20,3%) tiverem os maiores percentuais de “nunca disponíveis ou utilizados”. Cerca de 50% afirmaram que tiveram acesso à Nota Técnica GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 04/2020. Os profissionais avaliados, em geral, realizaram mudanças em suas práticas de biossegurança, mas precisam ser acompanhados durante toda a extensão da pandemia.
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