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    As Relações De Primeira-Ordem Em Tarefas De Proporção:: Uma Outra Explicação Quanto Às Dificuldades Das Crianças

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    Proportions proved to be extremelly difficult for children dueto their inability in dealing with the second-order relations in proportionalproblems. This paper demonstrates that the cause of the difficulties mayreside in the first-order relations and that children can solve some proportionalproblems when the first-order relations are accessible to them. Ouranalysis takes into account the first and the second-order relations inseveral research studies about proportions; the nature of the first-orderrelations (part-part and part-whole) and of the dimensions involved (complementaryand non-complementary). The discussions show that there aredifferent leveis of understanding by the part of young children about this concept. Educational, methodological and developmental implications arepresented.Problemas de proporção são considerados muito difíceis para crianças, sendo esta dificuldade explicada em termos da incapacidade em estabelecer relações de segunda-ordem. Este artigo evidencia que a causa das dificuldades reside muitas vezes, nas relações iniciais de primeiraordem e que quando estas são fáceis as crianças são capazes de estruturar as relações de segunda-ordem. Ambos os tipos de relações são detalhadamente considerados na análise dos resultados de várias investigações, bem como a natureza das relações de primeira-ordem (parte-parte e parte-todo) e das dimensões (complementares e não-complementares) envolvidas nos problemas. As discussões apontam a existência de diferentes níveis de compreensão por parte das crianças acerca do conceito de proporção. Implicações educacionais, metodológicas e quanto ao desenvolvimentocognitivo são apresentadas

    A importância do referencial de "metade" e o desenvolvimento do conceito de proporção

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    This paper focuses on the importance of "halt" inchildren's initial understanding of proportion. Children's performance wasanalised in several well-documented studies and it revealed that "half" isan important and frequent strategy in children's proportional judgements.This issue, however, has been negleted in the literature about proportions,and only recently it has been studied empirically (Spinillo, 1987, 1990;Spinillo & Bryant, 1989, 1990, 1991). The "half" boundary is a strategy that children use to infer the structural similarities and dissimilaritiesbetween ratios. This is related to the use of relative codes and also to theresults found in categorical perception. Future researches are suggestedin order to explore more about the "ha/f" boundary in proportionaljudgements.O presente artigo versa sobre a importância do referencial de "metade" na compreensão inicial da criança sobre proporções. O desempenho de crianças é analisado em diversas investigações documentadas na literatura, revelando que o referencial de "metade" tem sido estratégia frequente em julgamentos sobre proporção. Tal fato, entretanto, tem passado desapercebido pela maioria dos pesquisadores e só recentemente é que este tópico tem sido explorado (Spinillo, 1987, 1990;Spinillo & Bryant, 1989,1990,1991). O uso dos limites de "metade" como estratégia para determinar as similaridades e dissimilaridades estruturais entre razões é ainda relacionado ao uso de códigos relativos e aos resultados encontrados em estudos na área de categorias perceptuais. Implicações para pesquisas futuras são sugeridas para se testar a extensão e aplicabilidade desta estratégia em problemas de proporção

    A revisão textual na perspectiva de professoras do Ensino Fundamental

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    O presente artigo analisa as concepções de professoras do ensino fundamental acerca da revisão textual e as ações didáticas por elas realizadas em sala de aula, estabelecendo como este conhecimento se aproxima ou se distancia daquele descrito na literatura. Foram entrevistadas 15 professoras que discorreram acerca de como conceituam a revisão textual, sobre o que revisar, bem como sobre as situações didáticas e procedimentos adotados em sala de aula para que seus alunos revisem os textos que produzem. De maneira geral, as professoras possuem concepção sequencial e linear acerca da escrita e da revisão de texto. A revisão confunde-se, muitas vezes, com a correção de erros, voltando-se para a edição dos aspectos formais do texto. A prática de revisão mais frequentemente citada compreende a releitura do texto pela criança ao lado da professora. De forma geral, observa-se grande descompasso entre conceitos oriundos de pesquisas na área e a forma como as professoras entrevistadas pensam e realizam sua prática pedagógica quanto à revisão de texto

    Níveis de significação social e resultados experimentais em psicolinguística

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    Experiments with children often involve different leveis ofmeaning. At a surface levei, an adult talks with the child. At another levei,the experimenter is someone to be obeyed, not talked with. In psycholinguistics,these two leveis of meaning can be a source of confounding ofexperimental results. This ambiguity is seen as a source of difficulty in theinterpetation of C. Chomsky's study on "ask" and "tell". In a regular conversation,if A asks B to ask C somenthing, B will only ask the question ifhe does not know the answer; if he knows the answer, he will simply sayit. In the experimental situation, B is to ask a question regardless of hisknowledge.This experiment compared children's ability to respond approriatelyto the "ask" commands under two conditions. Condition I was a replicationof Chomsky's experiment; in Condition II, children were instructed to takethe experimenter's comands literally by inserting the experiment into awell-known game in which the experimenter played "The Queen".Subjects were 30 children equally distributed in three age leveis (4,5, and 6 years) randomly selected in one school in Recife, Brazil. As inChomsky's experiment, children were tested in the presence of a friendand three leveis of syntactic complexity were explored.A 3 (age-level) by 2 (condition) ANOVA with number of correct responsesto "ask" commands as the dependent variable showed significant maineffects of age and condition. At age 6 children showed systematic correctresponses to all three leveis of syntactic complexity in Condition II.The previously observed difficulty of young children to distinguishbetween "ask" and "tell" and the related effect of synctactic complexitymay have been a consequence of the ambiguity of the experimental situationused. This experiment reinforces the need (already emphasized bysocial psychologists, sociolinguists, and ethnomethodologists) for greaterattention to the social meanings in experiments.Experimentação com crianças geralmente envolve diferentes níveis de significado. A um nível superficial, um adulto fala com a criança. Em um outro nível, o experimentador é alguém que se deve obedecer e não alguém com quem conversar. Na psicolinguística estes dois níveis de significado podem ser uma fonte de confusão de resultados experimentais. Esta ambiguidade é vista como uma fonte de dificuldade na interpretação do estudo de Chomsky sobre perguntar e dizer. Em uma conversação comum, se A pede a B que pergunte algo a C, B fará a pergunta apenas se não souber a resposta; se sabe a resposta, B simplesmente a diz. Na situação experimental, B tem que formular a pergunta, independentemente do que sabe. Este experimento comparou a habilidade de crianças de responder apropriadamente a comandos para fazer perguntas sob duas condições. A Condição I foi uma replicação do experimento de Chomsky; na Condição II as crianças recebiam instruções para obedecer literalmente aos comandos do experimentador, por meio da inserção do experimento em um jogo conhecido, no qual o experimentador é a Rainha. Os sujeitos foram 30 crianças igualmente distribuídas em três níveis de idade (4, 5 e 6 anos) selecionadas aleatoriamente em uma escola em Recife. Tal como no experimento de Chomsky, as crianças foram testadas na presença de um amigo e três níveis de complexidade sintética foram explorados. Uma ANOVA 3 (nível de idade) por 2 (condição), com o número de respostas corretas aos comandos de "perguntar" como variável dependente, mostrou efeitos significativos da idade e da condição. As crianças de 6 anos mostraram sistematicamente respostas corretas em todos os três níveis de complexidade sintática na Condição II. A dificuldade de crianças novas em distinguir entre "perguntar" e"dizer", observada anteriormente, e o efeito relacionado da complexidade sintática, podem ter sido uma consequência da ambiguidade da situação experimental usada. Este estudo reforça a necessidade (já enfatizada por psicólogos sociais, socioling istas e etnometodologistas) de uma maior atenção aos significados sociais em situação de experimentação

    Estudo de intervenção sobre a divisão: ilustrando as relações entre metacognição e aprendizagem

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    Discute-se um estudo de intervenção conduzido em um contexto experimental em que a interação adulto-criança era marcada por atividades metacognitivas com vistas a auxiliar na superação das dificuldades experimentadas por crianças com o conceito de divisão. As atividades metacognitivas propostas envolviam a tomada de consciência da criança sobre procedimentos adotados na resolução de problemas, sendo associada uma explicitação dos princípios invariantes do conceito de divisão. O estudo consistiu em um pré-teste e um pós-teste aplicado a 100 crianças de baixa renda (8 a 11 anos), alunas do 4.º ano do ensino fundamental de escolas públicas na cidade do Recife que apresentavam dificuldades com a divisão. As crianças foram distribuídas em um grupo controle e em um grupo experimental, havendo as crianças do grupo experimental participado da referida intervenção. As relações entre metacognição e aprendizagem são ilustradas a partir da apresentação e discussão de passagens extraídas das sessões de intervenção. Os resultados mostraram que no pré-teste os dois grupos não diferiam entre si, apresentando o mesmo nível de dificuldade; porém, após a intervenção, os participantes do grupo experimental superaram as dificuldades iniciais, o mesmo não sendo observado em relação aos participantes do grupo controle

    A noção de possível na probabilidade e na combinatória em estudantes do ensino fundamental

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    O presente estudo investiga a concepção de possível no âmbito do conhecimento matemático a partir das noções iniciais de crianças sobre probabilidade e combinatória. Cento e oitenta crianças alunas do último ano da educação infantil ao 5º ano do ensino fundamental foram individualmente entrevistadas. a entrevista consistia em responder perguntas acerca de situações que envolviam a probabilidade (especificamente a noção de chance) e a combinatória (especificamente problemas de produto cartesiano). Os participantes eram solicitados a justificar suas respostas. Os dados mostraram que mesmo as crianças mais novas apresentavam noções sobre o possível, sendo isso particularmente observado em relação à noção de chance. Verificou-se uma progressão entre os anos escolares até o 3º ano, havendo uma estabilidade do 3º ao 5º ano do ensino fundamental no que se refere ao conceito de chance. Em relação ao raciocínio combinatório, a progressão observada era menos evidente entre anos escolares consecutivos. Concluiu-se que a concepção de possível não é uma noção unitária, pois envolve diferentes facetas do conhecimento matemático

    Matemática em casa?: uma análise exploratória das atividades matemáticas realizadas por crianças no ambiente familiar

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    A presente investigação, de natureza exploratória, teve por objetivos: (i) identificar e descrever as atividades matemáticas realizadas por crianças no ambiente familiar, analisando os conhecimentos matemáticos nelas envolvidos; e (ii) examinar se haveria diferenças quanto à natureza das atividades realizadas por crianças de classes sociais distintas. Para isso foram feitas observações naturais no ambiente familiar de dez crianças estudantes dos anos iniciais do ensino fundamental, sendo cinco de classe média e cinco de baixa renda. Os dados das observações foram analisados de forma qualitativa descritiva, sendo possível classificar as atividades em cinco tipos: lúdicas, escolares, conversação, pagamentos e culinárias. Semelhanças e diferenças entre classes sociais foram encontradas. As atividades lúdicas eram igualmente muito frequentes entre os dois grupos de participantes, enquanto pagamentos e atividades culinárias eram raras e mais realizadas pelas crianças de baixa renda. Por outro lado, atividades de conversação envolvendo a matemática eram mais observadas entre as crianças de classe média do que entre as de baixa renda. A principal conclusão foi que o contexto familiar, assim como a escola e as situações de trabalho, deve ser entendido como um ambiente repleto de atividades matemáticas que contribuem para o conhecimento matemático das crianças

    Apresentação

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    Embora leitura e produção de textos sejam temas investigados separada-mente devido ao fato de apresentarem peculiaridades distintas que caracterizam cada um desses processos, em última instância, ler e produzir textos fazem parte de um mesmo campo de conhecimento: conhecimento sobre a linguagem escrita. Ao focalizar a leitura e a produção de textos, este Dossiê assume o desafio de articular esses dois temas a partir de um conjunto de artigos que visam tanto atualizar os leitores interessados nesta área de investigação como também propiciar reflexões que permitam o diálogo entre leitura e escrita. Esses temas, de grande interesse teórico e aplicado, contribuem para desvelar como se caracteriza o conhecimento sobre a linguagem escrita por parte daquele que constrói e produz significados através de textos

    O papel do conhecimento acerca da estrutura do texto na escrita de histórias por crianças

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    O estudo investigou se ao tomar consciência do esquema prototípico de histórias as crianças seriam capazes de aplicá-lo a suas produções, passando a escrever histórias elaboradas. Estudantes do 2º ano do ensino fundamental realizaram um pré-teste e um pós-teste que consistiam na escrita de uma história original. Após o pré-teste foram divididos em um Grupo Experimental e um Grupo Controle. As crianças do Grupo Experimental participaram de uma intervenção em que as propriedades constitutivas de histórias eram explicitadas. As histórias escritas nas duas ocasiões de testagem foram analisadas em função da estrutura narrativa apresentada e dos recursos coesivos empregados. Observou-se um impacto positivo da intervenção sobre a escrita de histórias coesas e elaboradas. Os dados indicam haver relações entre consciência metatextual e desenvolvimento da produção textual, sendo discutidas implicações educacionais para o ensino da escrita de textos no início da escolarização básica

    Coerência textual na produção de histórias orais e escritas

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    O estudo examinou o estabelecimento da coerência na produção de histórias na modalidade oral e escrita, por crianças de classe média, cursando o 2o e 5o anos do ensino fundamental. Os estudantes produziram histórias nas duas modalidades que foram classificadas em categorias hierárquicas  quanto ao nível de coerência que apresentavam. Houve interação entre  escolaridade e modalidade de produção: os textos produzidos pelas crianças do 2º ano apresentavam um mesmo nível de coerência nas duas  modalidades, enquanto os textos das crianças do 5º ano eram mais  coerentes quando produzidos por escrito do que oralmente. A escolaridade  teve efeito positivo tanto na produção oral como escrita. Concluiu-se que a  modalidade de produção influencia apenas os escritores mais proficientes  que consideram o material escrito passível de revisão, enquanto os  escritores iniciantes não percebem esta possibilidade. Implicações  educacionais são discutidas a respeito da aprendizagem da escrita de  textos
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