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    D’ “O CHAMADO DO CEGO” PROVÊM “O AMOR”: SILVIANO SANTIAGO E CLARICE LISPECTOR NOS LAÇOS DA DESCONSTRUÇÃO

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                          Este artigo visa a apresentar uma leitura comparatista dos contos “Amor” (1961), de Clarice Lispector, e “O Chamado do Cego” (2012), de Silviano Santiago. Para tanto, examinaremos a maneira por meio da qual o escritor contemporâneo reescreve e atualiza a prosa de Lispector. Valeremo-nos dos pressupostos da Literatura Comparada, tais como desenvolvidos por Perrone-Moisés (1990), Carvalhal (2006) e Nitrini (2010), para ilustrar a existência de diálogos entre textos, fazendo com que seja possível uma continuação, consentimento ou contestação de obras e autores já existentes e significativos no cenário da tradição literária. A partir do pensamento da “desconstrução”, de Derrida (1998), o presente artigo propõe uma leitura comparatista dos contos supracitados, a fim de salientar uma espécie de resignificação do conto de 1961 por meio do texto contemporâneo. Evidenciaremos, assim, que o conto de Silviano Santiago reatualiza e desconstrói o drama da linguagem encenado por Clarice Lispector no contexto da literatura brasileira.         &nbsp

    AS FAZENDAS DISTÓPICAS DE GEORGE ORWELL E CHICO BUARQUE: TRANSFIGURAÇÕES FICCIONAIS DO AUTORITARISMO

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          O texto tem como objetivo discutir de que forma as noções de utopia e distopia podem ser ficcionalmente transfiguradas em diferentes contextos, bem como as mudanças dessas noções de acordo com cada tempo e lugar. Seus objetos são duas obras de momentos e lugares diferentes: A Revolução dos Bichos, de George Orwell (1945), e Fazenda Modelo, de Chico Buarque (1976). Nelas, respectivamente, é possível perceber a alusão ao período da Revolução Russa e ao período ditatorial no Brasil. A análise busca discutir a relação intertextual, abordando: os títulos semelhantes, os ambientes ficcionais de exploração animal e a crítica social que se encontra no cerne da discussão de ambas as obras em seus quadros imaginários utópicos/distópicos. Fornecerão embasamento Ernst Bloch (2005), acerca da utopia, Eric Hobsbawn (1995), sobre a História, e Mary Elizabeth Ginway (2005), no que cabe à leitura comparada das obras em pauta. &nbsp
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