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Pós-colheita do mamão (Carica papaya L.): limite máximo de resíduos de etilenobisditiocarbamatos (EBDCs).
O Brasil é responsável por 25% da produção mundial de mamão (Carica papaya L.), o que equivale a 1,6 milhão de tonelada/ano. Os estados da Bahia e do Espírito Santo destacam-se com 860.000 e 420.500 toneladas/ano, respectivamente. A União Européia é o principal mercado consumidor, para onde exportamos cerca de 70% da nossa produção. No entanto, parte dessas exportações têm sido rechaçadas, na Comunidade Européia, devido a resíduos não conformes de etilenobis(ditiocarbamatos) (EBDCs) nos frutos, conforme registros do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Legalmente os níveis de resíduos de pesticidas são controlados pelos limites máximos de resíduos (LMRs) que são estabelecidos para um par pesticida/cultura, e podem ser inexistentes ou diferentes em diversos países. Quando a cultura não é característica de um determinado país, ensaios de campo para estabelecimento de LMRs não são possíveis de ser efetuados, portanto, não se consegue estabelecer limites dos resíduos de fungicidas ditiocarbamatos na União Européia. Assim, adota-se a prática da tolerância zero que, normalmente é estabelecida no limite de quantificação do método analítico (sem a interferência de matrizes). Por exemplo, na Comunidade Européia, o LMR para EBDCs em mamão é o limite de determinação do método (0,05mg kg-1). O mamoeiro é muito sensível às variações climáticas e ambientais, e por isso é bastante suscetível a várias doenças, demandando rigoroso controle fitossanitário em todas as fases fenológicas da cultura. Certas doenças fúngicas promovem a podridão terminal do caule, do pedúnculo e dos frutos durante o amadurecimento e/ou armazenamento, entre elas, a pinta preta (Asperisporium caricae) é uma doença muito comum, que apesar de não causar grandes perdas em produtividade, como outras podridões, resulta na desvalorização do produto. Das doenças de pós-colheita, a antracnose (Colletotrichum gloeosporioides), é a principal, podendo ser responsável por até 40% da perda dos frutos. O controle dessas doenças é feito de forma preventiva com aplicações no campo de fungicidas sendo o mancozebe o mais utilizado. Porém, o mancozebe é um produto com características físicoquímicas que não permitem a análise direta de seus resíduos. Sua determinação é feita de forma indireta pela quantificação de dissulfeto de carbono (CS2) gerado numa hidrólise ácida. O problema associado à análise indireta é a geração endógena de CS2. Esse fato é conhecido na família das brássicas e nas caricáceas foi demonstrado nas variedades Golden, Sunrise solo e Tainung cultivadas sem utilização de agroquímicos sulfurados níveis endógenos variando entre <0,02 até 0,34 mg kg-1. No entanto, o enxofre é um elemento essencial para o crescimento das plantas e sua deficiência causa o amarelecimento das folhas sendo que no mamoeiro o crescimento é prejudicado antes da manifestação visual desse sintoma. Em situação real de cultivo, o suprimento de enxofre é efetuado com fertilizantes na forma de sulfato. Um outro produto muito utilizado nesse cultivo é a calda sulfocálcica, um polissulfeto de cálcio, para o controle de insetos. Assim, o objetivo deste estudo foi comparar a concentração endógena de CS2 com aquelas de aplicação em campo de mancozebe, calda sulfocálcica e sulfato de amônio. Além disso, pretendeu-se estabelecer um valor de concentração de CS2 capaz de descriminar os resíduos verdadeiros dos níveis endógenos de CS2
Tolerância para resíduos de EBDCs em culturas com geração fitogênica de CS2.
Neste trabalho foram utilizados três métodos para análise de ditiocarbamatos em amostras testemunha de mamão das variedades Golden, Sunrise solo e Tainung. Os mamões foram cultivados em áreas experimentais sem utilização, durante todo o ciclo da cultura, de agrotóxicos ou fertilizantes sulfurados. O CS2 foi quantificado por espectrofotometria e por cromatografia gasosa utilizando detector fotométrico de chama no modo enxofre, tanto no método por headspace quanto por partição em iso-octano. Todos os métodos forneceram resultados positivos de CS2 no mamão, independentemente da variedade avaliada. As concentrações de CS2 observadas foram comparadas com o limite máximo de resíduos de etilenobis(ditiocarbamatos)(EBDCs), estabelecido na Comunidade Européia em 0,05mg kg-1. A probabilidade de ser encontrada uma amostra de mamão com concentração de CS2 igual ou acima de 0,05 mg kg-1 foi de 12 % pelo método de iso-octano, 55% pelo método de headspace e 94 % pelo método espectrofotométrico. Desse modo, os resíduos de EBDCs quantificados como CS2, devem ser cuidadosamente interpretados em culturas com geração fitogênica de CS2, pois a presença deste não confirma a utilização de fungicidas EBDCs
Resíduos de EBDCs e culturas com geração fitogênica de CS2.
A análise de resíduos etilenobis(ditiocarbamatos) (EBDCs) é realizada de maneira indireta, pela dosagem de CS2. Desse modo, plantas que geram fitogenicamente CS2, como as Caricaceas, podem fornecer resultados falso positivos. Todos os métodos de análise de resíduos de EBDCs são uma variação do método de Keppel (1969; 1971), que dosa o CS2 colorimetricamente. O CS2 também pode ser analisado por cromatografia gasosa, utilizando-se a técnica de análise por headspace, ou pela modificação desse método com a dissolução do CS2 em uma camada de solvente orgânico (iso-octano). O objetivo deste estudo foi analisar em amostras testemunha de mamão o nível de CS2 endógeno por três métodos distintos de análise de resíduos de EBDCs: iso-octano, headspace e espectrofotométrico. As concentrações de CS2 foram comparadas com o limite máximo de resíduos adotado pela União Européia (0,05 mg kg-1)
Impairment of the Plasmodium falciparum Erythrocytic Cycle Induced by Angiotensin Peptides
Plasmodium falciparum causes the most serious complications of malaria and is a public health problem worldwide with over 2 million deaths each year. The erythrocyte invasion mechanisms by Plasmodium sp. have been well described, however the physiological aspects involving host components in this process are still poorly understood. Here, we provide evidence for the role of renin-angiotensin system (RAS) components in reducing erythrocyte invasion by P. falciparum. Angiotensin II (Ang II) reduced erythrocyte invasion in an enriched schizont culture of P. falciparum in a dose-dependent manner. Using mass spectroscopy, we showed that Ang II was metabolized by erythrocytes to Ang IV and Ang-(1–7). Parasite infection decreased Ang-(1–7) and completely abolished Ang IV formation. Similar to Ang II, Ang-(1–7) decreased the level of infection in an A779 (specific antagonist of Ang-(1–7) receptor, MAS)-sensitive manner. 10−7 M PD123319, an AT2 receptor antagonist, partially reversed the effects of Ang-(1–7) and Ang II. However, 10−6 M losartan, an antagonist of the AT1 receptor, had no effect. Gs protein is a crucial player in the Plasmodium falciparum blood cycle and angiotensin peptides can modulate protein kinase A (PKA) activity; 10−8 M Ang II or 10−8 M Ang-(1–7) inhibited this activity in erythrocytes by 60% and this effect was reversed by 10−7 M A779. 10−6 M dibutyryl-cAMP increased the level of infection and 10−7 M PKA inhibitor decreased the level of infection by 30%. These results indicate that the effect of Ang-(1–7) on P. falciparum blood stage involves a MAS-mediated PKA inhibition. Our results indicate a crucial role for Ang II conversion into Ang-(1–7) in controlling the erythrocytic cycle of the malaria parasite, adding new functions to peptides initially described to be involved in the regulation of vascular tonus
Impairment of the Plasmodium falciparum Erythrocytic Cycle Induced by Angiotensin Peptides
Plasmodium falciparum causes the most serious complications of malaria and is a public health problem worldwide with over 2 million deaths each year. The erythrocyte invasion mechanisms by Plasmodium sp. have been well described, however the physiological aspects involving host components in this process are still poorly understood. Here, we provide evidence for the role of renin-angiotensin system (RAS) components in reducing erythrocyte invasion by P. falciparum. Angiotensin II (Ang II) reduced erythrocyte invasion in an enriched schizont culture of P. falciparum in a dose-dependent manner. Using mass spectroscopy, we showed that Ang II was metabolized by erythrocytes to Ang IV and Ang-(1–7). Parasite infection decreased Ang-(1–7) and completely abolished Ang IV formation. Similar to Ang II, Ang-(1–7) decreased the level of infection in an A779 (specific antagonist of Ang-(1–7) receptor, MAS)-sensitive manner. 10−7 M PD123319, an AT2 receptor antagonist, partially reversed the effects of Ang-(1–7) and Ang II. However, 10−6 M losartan, an antagonist of the AT1 receptor, had no effect. Gs protein is a crucial player in the Plasmodium falciparum blood cycle and angiotensin peptides can modulate protein kinase A (PKA) activity; 10−8 M Ang II or 10−8 M Ang-(1–7) inhibited this activity in erythrocytes by 60% and this effect was reversed by 10−7 M A779. 10−6 M dibutyryl-cAMP increased the level of infection and 10−7 M PKA inhibitor decreased the level of infection by 30%. These results indicate that the effect of Ang-(1–7) on P. falciparum blood stage involves a MAS-mediated PKA inhibition. Our results indicate a crucial role for Ang II conversion into Ang-(1–7) in controlling the erythrocytic cycle of the malaria parasite, adding new functions to peptides initially described to be involved in the regulation of vascular tonus
HOXA1 is overexpressed in oral squamous cell carcinomas and its expression is correlated with poor prognosis
<p>Abstract</p> <p>Background</p> <p>HOX genes encode homeodomain-containing transcription factors involved in the regulation of cellular proliferation and differentiation during embryogenesis. However, members of this family demonstrated oncogenic properties in some malignancies. The present study investigated whether genes of the HOXA cluster play a role in oral cancer.</p> <p>Methods</p> <p>In order to identify differentially expressed HOXA genes, duplex RT-PCR in oral samples from healthy mucosa and squamous cell carcinoma was used. The effects of HOXA1 on proliferation, apoptosis, adhesion, invasion, epithelial-mesenchymal transition (EMT) and anchorage-independent growth were assessed in cells with up- and down-regulation of HOXA1. Immunohistochemical analysis using a tissue microarray (TMA) containing 127 oral squamous cell carcinomas (OSCC) was performed to determine the prognostic role of HOXA1 expression.</p> <p>Results</p> <p>We showed that transcripts of HOXA genes are more abundant in OSCC than in healthy oral mucosa. In particular, HOXA1, which has been described as one of the HOX members that plays an important role in tumorigenesis, was significantly more expressed in OSCCs compared to healthy oral mucosas. Further analysis demonstrated that overexpression of HOXA1 in HaCAT human epithelial cells promotes proliferation, whereas downregulation of HOXA1 in human OSCC cells (SCC9 cells) decreases it. Enforced HOXA1 expression in HaCAT cells was not capable of modulating other events related to tumorigenesis, including apoptosis, adhesion, invasion, EMT and anchorage-independent growth. A high number of HOXA1-positive cells was significantly associated with T stage, N stage, tumor differentiation and proliferative potential of the tumors, and was predictive of poor survival. In multivariate analysis, HOXA1 was an independent prognostic factor for OSCC patients (HR: 2.68; 95% CI: 1.59-2.97; p = 0.026).</p> <p>Conclusion</p> <p>Our findings indicate that HOXA1 may contribute to oral carcinogenesis by increasing tumor cell proliferation, and suggest that HOXA1 expression might be helpful as a prognostic marker for patients with OSCC.</p
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