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Tétano canino - relato de caso
O tétano é uma doença cosmopolita, toxinfecciosa, não contagiosa que acomete diversas espécies. A intoxicação ocorre através do contato de esporos com soluções de descontinuidade da pele como feridas, onde encontram um ambiente propício caso o ferimento seja profundo ou possuir tecido necrótico. Após entrar em contato com o organismo, por necessitar de um ambiente propício, a doença pode se manifestar de forma aguda ou crônica, podendo permanecer latente de 24 horas até 60 dias. Os equinos e humanos são altamente susceptíveis a doença, sendo os cães e gatos mais resistentes. Portanto, o objetivo deste trabalho é relatar um caso de tétano em um animal da espécie canina. Uma cadela, fêmea de 10 anos de idade, atendida em clínica privada, apresentando espasticidade aguda de orelhas e musculatura facial, tremores, ataxia com histórico de passeios esporádicos em um terreno baldio. Em exame físico, constatou-se hipertonia de músculos faciais, redução da propriocepção, rigidez cervical, temperatura de 38,3ºC. Após dois dias, os tutores relataram aumento de tremores e espasticidade, dificuldade de apreensão da ração e andar rígido. Diante do exposto, apesar de incomum em cães, o tétano deve ser considerado em diagnósticos diferenciais para instituir uma terapêutica assertiva possibilitando melhor prognóstico nos pacientes
Leishmaniose visceral canina no RS: revisão crítica / Canine visceral leishmaniasis in RS: critical review
No Brasil, a leishmaniose visceral caninna (LVC) é considerada endêmica nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste. No Rio Grande do Sul (RS) foi considerada indene até 2008 quando houve a notificação do primeiro caso de LVC em São Borja. A notificação dos casos de LVC é compulsória e determinada através da Instrução Normativa (IN) nº 50 de 2013 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Apesar da obrigatoriedade de notificar, o fluxograma de notificação não está bem determinando, uma vez que cada município possui uma organização em suas secretarias dificultando a compeensão dos profissionais. Adicionalmente, as subnotificações de LVC, acontecem também pela repulsa criada culturalmente contra a principal medida de controle estabelecida pelo Estado, a recomendação de eutanásia dos animais sororreagentes e/ou doentes. Tanto a dificuldade de comunicação dos profissionais com os órgãos competentes, quanto a aversão cultural a notificação, são desfavoráveis para o conhecimento da real prevalência de casos. Diante da relevância da notificação para elaboração de medidas de controle da LVC, o objetivo desse trabalho foi realizar uma revisão bibliográfica acerca das adversidades que culminam em subnotificação dos casos de LVC no RS. A revisão baseou-se na análise de publicações sobre a enfermidade disponíveis entre os anos de 2009 a 2021, incluindo informações oficiais como boletins da Secretaria da Saúde do estado do RS e artigos das bases de dados do Google Acadêmico, Scielo, Pubmed, com as palavras-chave: “leishmaniose visceral canina no Rio Grande do Sul”, “canine visceral leishmaniasis and Rio Grande do Sul”, “LVC and RS” obtendo-se um total de 48 trabalhos. Á partir desta revisão, observou-se que existe desinformação dos profissionais veterinários quanto a notificação da LVC no RS uma vez que, a compilação de dados ocorre de maneiras distintas em cada município e, que não há um fluxo de notificação padrão. Ainda, conclui-se que há subnotificação de casos alóctones e autóctones de LVC no RS, o que culmina em uma prevalência irreal que pode favorecer o progresso na instalação da enfermidade
Alterações anatomopatológicas de obstrução uretral em felino
Este trabalho descreveu as alterações anatomopatológicas de um felino com obstrução uretral necropsiado no Serviço de Oncologia Veterinária-(SOVET-PATOLOGIA) da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Pelotas (UFPel)
Lesão óssea agressiva lítico-proliferativa em coluna cervical de um cão
Este trabalho tem como objetivo relatar o caso de um cão idoso com lesão óssea agressiva em terceira vértebra cervical (C3), abordando sobre os aspectos radiográficos da lesão e seus principais diagnósticos diferenciais