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    Levantamento dos partos ocorridos em um Hospital Universitário: um estudo de seis anos

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    Com o objetivo de avaliar alguns dados perinatais da Clínica Obstétrica do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, os autores apresentam um levantamento de todos os partos ocorridos no período entre 1993 e 1998. O número de partos aumentou em 45% neste período. O número total de óbitos fetais foi de 526 (4,48%) com redução estatisticamente significativa (p < 0,05) neste período. Entretanto, não houve aumento concomitante da proporção de gestantes que tiveram assistência pré-natal, que poderia explicar esta melhora. A incidência de parto prematuro também apresentou uma queda significante. Os autores acreditam que o aumento do número de partos foi principalmente devido ao aumento do número de gestantes encaminhadas ao nosso serviço. Entretanto, este atendimento não teria sido possível sem os esforços para aumentar a rotatividade dos recém-nascidos no berçário e a diminuição do tempo de internação da parturiente. Apesar deste aumento, houve melhora nos resultados dos partos realizados no serviço, durante o período de estudo. Esta melhora pode ter sido reflexo da utilização, por equipe homogênea, de padronização através de conduta assistencial uniforme baseada no amadurecimento e aprimoramento técnico-científico dos últimos anos.In order to evaluate the obstetric care in the Obstetric Clinic of the Gynaecology and Obstetrics Department of University of São Paulo, the authors present a survey of the management of pregnancy during the 6-year period from 1993 to 1998. The number of deliveries increased during the study by 45% over the 6 years. During this same period the number of fetal deaths was 526 (4.48%), but there was a significant decrease (p < 0.05) in the incidence of fetal death. However, there was no concomitant increase in the proportion of pregnant women with prenatal care that could explain this improvement. Incidence of premature labor also decreased considerably. The authors believe that the increment in the number of deliveries was due mainly to the increasing number of pregnant women referred to our service. The efforts made by the service towards decreasing the time of hospitalization of both newborns in the nursery and the mothers in the hospital made this possible. Despite the increasing number of deliveries, there was a significant improvement in the management of pregnancy during the period of study. This improvement may be a consequence of the standardization of a protocol of management of pregnancy based on the recent progress in scientific and technological knowledge

    A mortalidade materna devido a hipertensão arterial na cidade de São Paulo (1995-1999)

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    AIM: To describe the case profile of maternal death resulting from hypertensive disorders in pregnancy and to propose measures for its reduction. METHODS: The Committee on Maternal Mortality of São Paulo City has identified 609 cases of obstetric maternal death between 1995 and 1999 with an underreporting rate of 52.2% and a maternal mortality rate of 56.7/100,000 live births. Arterial hypertension was the main cause of maternal death, corresponding to 142 (23.3%) cases. RESULTS: Ninety-five (66.9%) of the deaths occurred during the puerperal period and 34 (23.9%) occurred during pregnancy. The time of death was not reported in 13 (9.2%) cases. Seizures were observed in 41 cases and magnesium sulfate was used in four of them. The causes of death were ruled to be cerebrovascular accident (44.4%), acute pulmonary edema (24.6%), and coagulopathies (14.1%). Cesarean section was performed in 85 (59.9%) cases and vaginal delivery in 15 (16.0%). CONCLUSION: Complications of arterial hypertension are responsible for the high rates of pregnancy-related maternal death in São Paulo City. Quality prenatal care and appropriate monitoring of the hypertensive pregnant patient during and after delivery are important measures for better control of this condition and are essential to reduce disorders in pregnancy.OBJETIVO: Descrever o perfil dos casos de morte materna decorrente de complicações da hipertensão arterial e propor medidas para sua redução. MÉTODOS: De 1995 a 1999 o Comitê de Mortalidade Materna da Cidade de São Paulo identificou 609 casos de morte materna obstétrica, com uma subnotificação de 52,2% e um CMM=56,7/100.000 Nascidos Vivos. A hipertensão arterial foi a principal causa de óbito materno, correspondendo a 142 (23,3%) casos. RESULTADOS: Ocorreram 95 (66,9%) de óbitos no puerpério e 34 (23,9%) durante a gestação. Em 13 (9,2%) casos não se teve referência ao momento do óbito. Houve relato de crises convulsivas em 41 casos com a utilização de sulfato de magnésio em quatro deles. As principais causas determinantes do óbito foram: o acidente vascular cerebral (44,4%), o edema agudo de pulmão (24,6%) e as coagulopatias (14,1%). A cesárea foi realizada em 85 (59,9%) casos e o parto vaginal em 15 (16,0%). Em 28 (19,7%) casos não foi realizada nenhuma conduta para interromper a gravidez e em 14 (9,8%) não se obteve relato do procedimento. CONCLUSÃO: As complicações da hipertensão arterial no ciclo gravídico-puerperal determinam altos índices de mortalidade materna na cidade de São Paulo. A realização de um pré-natal de qualidade e o atendimento apropriado da gestante hipertensa no parto e no pós-parto são medidas de fundamental importância para um melhor controle desse evento, sendo primordial para a redução dessas ocorrências

    Pré-eclampsia

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    As síndromes hipertensivas são as complicações mais freqüentes na gestação e constituem, no Brasil, a primeira causa de morte materna, principalmente quando se instalam nas suas formas graves, como a eclampsia e a síndrome hellp. São ainda responsáveis por altas taxas de mortalidade perinatal, prematuridade e restrição de crescimento fetal. Compreendem duas entidades distintas, a hipertensão arterial crônica e a pré-eclampsia. Eventualmente a pré-eclampsia pode instalar-se em uma gestante hipertensa crônica, quadro denominado pré-eclampsia superajuntada. A pré-eclampsia tem etiologia desconhecida. Sua fisiopatologia relaciona-se com diminuição da perfusão placentária conseqüente a falha na invasão do trofoblasto nas artérias espiraladas. Como conseqüência há alteração da função endotelial, ativação do processo inflamatório, queda dos níveis de prostaglandinas e aumento da ação do tromboxano resultando em aumento da reatividade vascular. A expansão do volume plasmático é menor ou inexistente com aumento do hematócrito, diminuição do fluxo plasmático renal e alteração do sistema de coagulação. O fluxo útero-placentário está diminuído levando ao quadro de insuficiência placentária. A pré-eclampsia se caracteriza pelo aparecimento de hipertensão, com proteinúria e ou edema; ocorre após a 20ª semana de gestação e é predominantemente patologia da primigesta. Também são fatores predisponentes as gestantes com hipertensão arterial, diabéticas, doenças autoimunes, doenças do parênquima renal e aquelas com aumento da massa placentária como a gestação múltipla, gestação molar. Não é possível a prevenção da pré-eclampsia pelo desconhecimento de sua etiologia, podendo ser utilizada com tal finalidade a aspirina em dose baixa nos casos de alto risco. Uma vez diagnosticada a doença, o objetivo do tratamento é a prevenção das complicações materno-fetais como o descolamento prematura da placenta, acidente vascular cerebral, edema agudo de pulmão, insuficiência renal e o agravamento do quadro clínico para pré-eclampsia grave, síndrome hellp e eclampsia; para o lado fetal o parto prematuro e o desconforto respiratório do recém-nascido. O sulfato de magnésio é a droga de escolha para o controle das convulsões eclâmpticas O melhor tratamento para pré-eclampsia continua sendo o pré-natal correto, o diagnóstico e tratamento clínico precoce e o adequado momento para a interrupção da gestação que é o tratamento definitivo

    Glycemia in newborns of hypertensive mothers according to maternal treatment

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    PURPOSE: To evaluate the evolution of glycemic levels in newborns of hypertensive mothers according to maternal treatment. METHODS: Prospective randomized study, including 93 newborns of mothers treated with isradipine (n = 39), atenolol (n = 40), or low sodium diet (control group - n=14). Glycemia was determined at birth (mother and newborn by the oxidase glucose method) and in the 1st, 3rd, 6th, 12th, and 24th hours after birth (newborn by a test strip method). The evolution of glycemia was analyzed in each group (Friedman test). The groups were compared regarding glycemia (Kruskall-Wallis test), and linear regression models were constructed for the analyses (independent variable = maternal glycemia; dependent variables = umbilical cord, 3rd, and 6th hour glycemia). RESULTS: There were no statistically significant differences among the mean blood glucose levels of the 3 groups in any of the assessments. There was a correlation between maternal and umbilical cord blood glucose in the isradipine (r = 0.61; POBJETIVO: Avaliar o comportamento da glicemia em recém-nascidos (RN) de mães hipertensas conforme o tratamento materno. MÉTODOS: Estudo prospectivo, randomizado, incluindo 93 RN de mães tratadas com isradipina(n=39), atenolol (n=40) ou dieta - controle (n=14). Determinou-se a glicemia ao nascimento (mãe e RN, pela glicose oxidase) e na 1ª., 3ª., 6ª., 12ª. e 24ª. horas (RN, por fita reagente). A evolução da glicemia, em cada grupo, foi analisada (Teste de Friedman). Os grupos foram comparados, quanto às glicemias, em cada momento (Teste de Kruskall-Wallis) e foram ajustados modelos de regressão linear para as glicemias (variável independente = glicemia materna; variáveis dependentes = glicemias de cordão, 3ª. e 6ª. horas). RESULTADOS: Não houve diferença estatisticamente significante entre as glicemias médias dos 3 grupos, em qualquer uma das coletas. Houve correlação entre as glicemias materna e de cordão umbilical nos grupos isradipina (r =0,61;

    Maternal mortality due to arterial hypertension in São Paulo City (1995-1999) A mortalidade materna devido a hipertensão arterial na cidade de São Paulo (1995-1999)

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    AIM: To describe the case profile of maternal death resulting from hypertensive disorders in pregnancy and to propose measures for its reduction. METHODS: The Committee on Maternal Mortality of São Paulo City has identified 609 cases of obstetric maternal death between 1995 and 1999 with an underreporting rate of 52.2% and a maternal mortality rate of 56.7/100,000 live births. Arterial hypertension was the main cause of maternal death, corresponding to 142 (23.3%) cases. RESULTS: Ninety-five (66.9%) of the deaths occurred during the puerperal period and 34 (23.9%) occurred during pregnancy. The time of death was not reported in 13 (9.2%) cases. Seizures were observed in 41 cases and magnesium sulfate was used in four of them. The causes of death were ruled to be cerebrovascular accident (44.4%), acute pulmonary edema (24.6%), and coagulopathies (14.1%). Cesarean section was performed in 85 (59.9%) cases and vaginal delivery in 15 (16.0%). CONCLUSION: Complications of arterial hypertension are responsible for the high rates of pregnancy-related maternal death in São Paulo City. Quality prenatal care and appropriate monitoring of the hypertensive pregnant patient during and after delivery are important measures for better control of this condition and are essential to reduce disorders in pregnancy.<br>OBJETIVO: Descrever o perfil dos casos de morte materna decorrente de complicações da hipertensão arterial e propor medidas para sua redução. MÉTODOS: De 1995 a 1999 o Comitê de Mortalidade Materna da Cidade de São Paulo identificou 609 casos de morte materna obstétrica, com uma subnotificação de 52,2% e um CMM=56,7/100.000 Nascidos Vivos. A hipertensão arterial foi a principal causa de óbito materno, correspondendo a 142 (23,3%) casos. RESULTADOS: Ocorreram 95 (66,9%) de óbitos no puerpério e 34 (23,9%) durante a gestação. Em 13 (9,2%) casos não se teve referência ao momento do óbito. Houve relato de crises convulsivas em 41 casos com a utilização de sulfato de magnésio em quatro deles. As principais causas determinantes do óbito foram: o acidente vascular cerebral (44,4%), o edema agudo de pulmão (24,6%) e as coagulopatias (14,1%). A cesárea foi realizada em 85 (59,9%) casos e o parto vaginal em 15 (16,0%). Em 28 (19,7%) casos não foi realizada nenhuma conduta para interromper a gravidez e em 14 (9,8%) não se obteve relato do procedimento. CONCLUSÃO: As complicações da hipertensão arterial no ciclo gravídico-puerperal determinam altos índices de mortalidade materna na cidade de São Paulo. A realização de um pré-natal de qualidade e o atendimento apropriado da gestante hipertensa no parto e no pós-parto são medidas de fundamental importância para um melhor controle desse evento, sendo primordial para a redução dessas ocorrências

    Uso do Verapamil em Gestantes Hipertensas Crônicas: análise do Fluxo das Artérias Uterinas e Umbilical Use of Verapamil in Chronic Hypertensive Pregnant Women: flow Analysis of Uterine Arteries and Umbilical Artery

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    Objetivo: este trabalho, utilizando verapamil, um bloqueador dos canais lentos de cálcio, constituiu ensaio clínico randomizado, duplo-cego e placebo controlado, e objetivou procurar variação do fluxo uteroplacentário e fetoplacentário durante uso oral crônico do fármaco em gestantes com hipertensão crônica leve para moderada. Métodos: 123 pacientes divididas em dois grupos: grupo estudo (n = 61), submetidas a 240 mg/dia de verapamil, e grupo controle (n = 62), submetidas ao placebo. As pacientes randomizadas em grupos de quatro utilizaram a medicação ou placebo durante trinta dias. Um exame do fluxo das artérias uterinas e da artéria umbilical pela dopplervelocimetria foi registrado. Pelo cálculo da média e desvio padrão, foram comparados os valores dos índices de resistência (IR) e pulsatilidade (IP) e da relação sístole/diástole (A/B) das artérias em estudo após administração dos comprimidos. Resultados: o grupo verapamil apresentou os seguintes valores médios para as artérias uterinas: IR = 0,82 (0,28), IP de 1,06 (0,12) e A/B de 2,42 (0,51). O grupo placebo mostrou: IR de 0,75 (0,35), IP de 1,00 (0,18) e A/B de 2,30 (0,38). Quando analisada a artéria umbilical, os valores foram para o grupo verapamil: IR = 0,73 (0,12), IP = 1,04 (0,13) e A/B = 2,94 (0,32). No grupo placebo, IR = 0,70 (0,14), IP = 1,03 (0,07) e A/B = 3,02 (0,78). A análise estatística das diferenças das médias por meio da razão F mostrou não haver diferença entre os dois grupos avaliados. Conclusão: este trabalho referenda o uso do verapamil entre gestantes com hipertensão crônica (leve para moderada), pois não oferece prejuízos no fluxo uteroplacentário e fetoplacentário.<br>Purpose: this study, using verapamil, a slow calcium channel blocker, was a randomized, clinical, double blind and placebo controlled trial, whose objective was to observe if there was a uteroplacental and fetoplacental flow variation during its chronic oral use. Methods: 123 patients were accompanied: study group (n = 61), submitted to verapamil 240 mg/day and control group (n = 62), submitted to placebo. These patients were randomized into groups of four women and treatment or placebo was given for thirty days. A flow examination of the uterine arteries and umbilical artery through doppler-velocimetry was recorded. The values of resistance (RI) and pulsatility index (PI) and of the systole/diastole ratio (S/D) of the arteries were compared after the drug administration calculating means and standard deviations. Results: the verapamil group showed RI = 0.82 (0.28), PI = 1.06 (0.12) and S/D = 2.42 (0.51) in the uterine arteries. The placebo group showed RI = 0.75 (0.35), PI = 1.00 (0.18) and S/D = 2.30 (0.38). When we analyzed the umbilical artery, the verapamil group showed RI = 0.73 (0.12), PI = 1.04 (0.13) and S/D = 2.94 (0.32). The placebo group showed RI = 0.70 (0.14), PI = 1.03 (0.07) and S/D = 3.02 (0.78). The statistical analysis of the differences of the means by the F ratio showed that there was no difference between these two groups. Conclusion: this study indicates the use of verapamil for chronic hypertensive pregnants since it does not provoke damage to the uterine and fetal blood flow
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