17 research outputs found

    O tratamento cartográfico da informação em saúde do trabalhador Mapping of information on worker's health

    Get PDF
    Apesar do reconhecimento da importância dos conhecimentos geográficos e do uso das ferramentas de análise espacial nos estudos da saúde coletiva, esse é um campo ainda pouco explorado pelos pesquisadores brasileiros. Em levantamento realizado nas principais revistas científicas que veiculam os resultados de pesquisa em saúde do trabalhador, verificou-se o grande predomínio do uso de tabelas e gráficos como meio de organizar e apresentar os resultados obtidos, e o número reduzido de mapas. Para isso foram examinados todos os artigos publicados em quatro periódicos (Revista de Saúde Pública, Cadernos de Saúde Pública, Revista Saúde e Sociedade e Revista Brasileira de Epidemiologia) no período de 1967 a 2009. Uma vez analisado o conjunto de artigos selecionados no estudo, aqueles que utilizaram representações cartográficas receberam atenção especial. Verificou-se que, embora ainda pouco utilizadas, as ferramentas do geoprocessamento e da geoestatística com suporte em SIG abrem um campo de novas possibilidades no uso da cartografia temática em saúde do trabalhador no Brasil. Contudo, recomenda-se para os editores das revistas científicas o detalhamento de normas técnicas para publicação de figuras cartográficas, assim como a elaboração de pareceres específicos que possam auxiliar os autores em vista das modificações necessárias para a melhoria da qualidade da comunicação visual de mapas e da correlação espacial por meio do tratamento cartográfico.<br>Geographic studies and spatial analyses have been recognized in Brazilian public health papers. It is still, however, very little explored by researchers. In a survey of the leading scientific journals covering issues related to Brazilian worker's health, we found the predominant use of charts and tables as a way to organize and present results with a small number of maps. This survey was conducted by examining all papers published in four journals, covering the period from 1967 to 2009 (Revista de Saúde Pública, Cadernos de Saúde Pública, Revista Saúde e Sociedade, and Revista Brasileira de Epidemiologia). After analyzing the set of papers selected for the study, the papers that used maps were given special attention. The tools of geoprocessing and geostatistics with GIS support, although little used, open new possibilities to use thematic cartography in the field of workers' health. However, it is recommended that editors of scientific journals have detailed technical standards as well as specific reports for the publication of cartographic figures aimed at facilitating the modifications necessary for the improvement of the visual quality of maps and of the spatial correlations through cartography

    A atuação do serviço de saúde na violência sob o olhar de lideranças comunitárias de Londrina (PR) The health team's performance in the context of violence under the perspective of community-based leaderships in Londrina (PR)

    Get PDF
    Nos últimos anos, no Brasil, observa-se um aumento da violência urbana. A cidade de Londrina, no estado do Paraná, particularmente, vem assistindo a um preocupante aumento dos índices de violência. Isso tem levado as lideranças da cidade a se mobilizarem. O objetivo deste estudo é levantar qual a visão que lideranças comunitárias de duas regiões da periferia da cidade de Londrina, que apresentam diferentes níveis de mobilização popular, têm da atuação de serviços de saúde sobre a problemática da violência. A abordagem utilizada é de pesquisa qualitativa. Foi utilizado o referencial teórico das Representações Sociais e a técnica da análise de conteúdo de Bardin. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com lideranças identificadas a partir do processo chamado de "bola de neve" ou amostragem em rede. As entrevistas foram realizadas até que se atingiu a saturação das representações sociais, totalizando vinte e seis entrevistas, treze em cada região pesquisada. Os resultados mostraram que, de modo geral, a atuação dos serviços de saúde é considerada precária na visão das lideranças comunitárias. Na região onde a comunidade é mais mobilizada, porém, essa atuação ocorre de maneira mais articulada. Já na região menos mobilizada, a atuação é mais pontual e foram relatados alguns casos de violência contra o profissional de saúde. Este estudo mostra que é necessário que a saúde invista mais na questão da violência, valorizando a parceria com segmentos organizados da comunidade.<br>In the last few years Brazil has been experiencing an increase in urban violence. Particularly in the city of Londrina (state of Paraná), there has been a disturbing growth of violence rates which has caused the city leaderships to take action. The aim of this study is to investigate what community-based leaderships think about the health team's performance regarding the violence issue. The leaderships are from two regions on the periphery of Londrina which have different levels of community mobilization. This is a qualitative study that used the theoretical framework of the Social Representations and Bardin's content analysis technique. Semi-structured interviews were conducted with leaderships chosen through the "snowball" process or network sampling. Interviews were conducted until a saturation of social representations was reached, totaling 26 interviews, 13 in each researched area. Results showed that, in general, the health team's performance is considered poor by the community-based leaderships. In the region where the community is more proactive, this performance is more articulated, whereas in the less proactive one, the performance is more focused and violence against the health professional has been reported. This study shows that it is necessary for health teams to give more attention to the violence issue, forming partnerships with organized segments in the community

    A violência como objeto da assistência em um hospital de trauma: "o olhar" da enfermagem Violence as object of care in a trauma intensive care unit: the nurses' "view"

    No full text
    A pesquisa apóia-se na tipologia dos estudos híbridos. O objetivo é conhecer e compreender o "olhar" e o fazer das trabalhadoras de enfermagem no cuidado ao paciente vítima de violência, hospitalizado em serviços de emergência em trauma. Foi realizada em um hospital público de emergência em trauma, em Porto Alegre. Os sujeitos são os profissionais da equipe de enfermagem das unidades de internação e os pacientes internados vítimas de violência, em 2001. Os dados quantitativos são originários dos registros de internação do hospital e foram analisados com índices freqüenciais absolutos e relativos, com auxílio do software Epi-Info; para os dados discursivos adotou-se a Análise de Conteúdo. Dos 697 pacientes hospitalizados, vítimas de violência, 90,5% eram do sexo masculino; 73% brancos e 27% negros ou descendentes dessa etnia; a faixa etária dos 11 aos 39 anos corresponde a 78,9% das internações; 47,9% agredidos por arma de fogo, 26,5% por arma branca, 25% por agressão física, 0,3% vítimas de estupro. Em relação ao "olhar" da enfermagem no cuidado ao paciente ficou evidente a preocupação das trabalhadoras e as dificuldades desse enfrentamento. Aponta-se, que os serviços públicos de saúde necessitam se auto-avaliar e propiciar a criação de espaços de co-responsabilização nesse processo.<br>This study is based on hybrid typology. The objective is to know and understand the "perspective" and responses of the nurses when caring for a patient that was the victim of violence and hospitalized with services in a trauma intensive care unit. The study was carried out in Porto Alegre, in a public hospital in the emergency trauma center. The subjects are professionals of the nursing team from intensive care units and the patients hospitalized were victims of violence in 2001. The quantitative data came from the hospitalization records and were analyzed with absolute and relative frequency rates with help from Epi-Info software. The Thematic Content Analysis was adopted for discursive data. Of 697 patients hospitalized in this period, victims of violence, 90.5% were males; 73% were whites and 27% were blacks or of black descent; the age bracket of 11 to 39 years old corresponded to 78.9% of the hospitalizations; 47.9% were injured with a handgun, 26.5% by a knife or cutting edge, 25% by physical aggression, and 0.3% were victims of rape. In relation to the nursing "perspective" as to patient care, the concern of the workers and the difficulties they face became evident. It is pointed out that public health services need to analyze this and create spaces of co-responsibility in this process
    corecore