3 research outputs found
FUNGOS MICORR\ucdZICOS ARBUSCULARES E PROTE\ucdNA DO SOLO RELACIONADA \uc0 GLOMALINA EM \uc1REA DEGRADADA POR EXTRA\uc7\uc3O DE ARGILA E REVEGETADA COM EUCALIPTO E AC\uc1CIA
The objective of this study was to evaluate the influence of
revegetation with Eucalyptus camaldulensis and Acacia mangium in
pure and mixed stands in the composition and mycorrhizal fungi
diversity (AMF), as well as in the production of glomalin-related soil
protein (GRSP) of an area degraded by clay extraction. The experimental
design used was randomized complete block with four treatments (pure
stands Eucalyptus camaldulensis and Acacia mangium; mixed Eucalyptus
camaldulensis + Acacia mangium; and covered with spontaneous vegetation
\u2013 ADVE) and three replications. Soil samples were collected at
0-5 cm soil layer in each plot. The spores were extracted and
taxonomically identified. Relative density, frequency of each species
and the Shannon-Wiener, Pielou and Simpson indexes were analyzed. The
GRSP (total glomalin \u2013 TG and easily extractable glomalin - EEG)
was extracted with sodium citrate and quantified by the Bradford
method. Abundance of AMF was higher in the degraded areas covered by
weeds (spontaneous vegetation) compared to plantations; however, it
showed lower species diversity. The areas of eucalypt monoculture
showed a lower level of AMF diversity in relation to areas of eucalypt
intercropped with Acacia. The genera Glomus and Acaulospora were
the AMF, with the largest number of species. The GRSP was closely
correlated with soil C and N, which observed in greater amounts in
plantations in relation to the sites covered with spontaneous
vegetation. Revegetation of clay extraction site promoted the reduction
of AMF sporulation, while the diversity and amount GRSP increased.Esse estudo teve como objetivo avaliar a influ\ueancia da
revegeta\ue7\ue3o com Eucalyptus camaldulensis e Acacia mangium
, em plantio puro e consorciado, na composi\ue7\ue3o e diversidade
de fungos micorr\uedzicos arbusculares (FMAs), bem como na quantidade
da prote\uedna do solo relacionada \ue0 glomalina (PSRG) em uma
\ue1rea degradada pela extra\ue7\ue3o de argila. O delineamento
experimental utilizado foi o de blocos casualizados com quatro
tratamentos (plantios puros de Eucalyptus camaldulensis e Acacia
mangium; cons\uf3rcio de Eucalyptus camaldulensis + Acacia mangium; e
\ue1rea degradada com vegeta\ue7\ue3o espont\ue2nea \u2013
ADVE) e tr\ueas repeti\ue7\uf5es, onde, em cada uma das parcelas,
foram coletadas amostras de solo na camada 0-5 cm. Os esporos de FMA
foram extra\ueddos e taxonomicamente identificados. Analisou-se a
densidade relativa, a frequ\ueancia de cada esp\ue9cie e os
\uedndices de Shannon-Wiener, Pielou e de Simpson. A PSRG (glomalina
total \u2013 GT e glomalina facilmente extra\uedvel \u2013 GFE) foi
extra\uedda com citrato de s\uf3dio e quantificada pelo m\ue9todo
de Bradford. A abund\ue2ncia de FMAs foi maior na \ue1rea degradada
com vegeta\ue7\ue3o espont\ue2nea quando comparada aos plantios,
em contrapartida apresentou baixa diversidade de esp\ue9cies. As
\ue1reas de eucalipto em monocultivo mostraram menor \uedndice de
diversidade de FMAs em rela\ue7\ue3o \ue0s \ue1reas de
eucalipto consorciadas com a ac\ue1cia. Glomus e Acaulospora
foram os g\ueaneros de FMAs que apresentaram o maior n\ufamero de
esp\ue9cies. A PSRG foi estreitamente correlacionada com o C e o N do
solo, tendo sido observada em maiores quantidades nos plantios, em
rela\ue7\ue3o \ue0 ADVE. A revegeta\ue7\ue3o da cava de
extra\ue7\ue3o de argila promoveu redu\ue7\ue3o na
esporula\ue7\ue3o dos FMAs, enquanto a diversidade e a quantidade
de PSRG foram aumentadas
Florestas de restinga e de terras baixas na plan\uedcie costeira do sudeste do Brasil: vegeta\ue7\ue3o e heterogeneidade ambiental
Flor\uedstica e fitossociologia em parcelas permanentes da Mata Atl\ue2ntica do sudeste do Brasil ao longo de um gradiente altitudinal
Este trabalho resume os dados de florística e fitossociologia de 11, das 14 parcelas de 1 ha, alocadas ao longo do gradiente altitudinal da Serra do Mar, São Paulo, Brasil. As parcelas começam na cota 10 m (Floresta de Restinga da Praia da Fazenda, município de Ubatuba) e estão distribuídas até a cota 1100 m (Floresta Ombrófila Densa Montana da Trilha do rio Itamambuca, município de São Luis do Paraitinga) abrangendo os Núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar. Na Restinga o solo é Neossolo Quartzarênico francamente arenoso, enquanto que na encosta o solo é um Cambisolo Háplico Distrófico argilo-arenoso, sendo que todas as parcelas apresentaram solo ácido (pH 3 - 4) com alta diluição de nutrientes e alta saturação de alumínio. Na Restinga e no sopé da encosta o clima é Tropical/Subtropical Úmido (Af/Cfa), sem estação seca, com precipitação média anual superior a 2.200 mm e temperatura média anual de 22 ºC. Subindo a encosta mantêm-se a média de precipitação, mas há um gradativo resfriamento, de forma que a 1.100 m o clima é Subtropical Úmido (Cfa/Cfb), sem estação seca, com temperatura média anual de 17 ºC. Destaca-se ainda que, quase diariamente, a parte superior da encosta, geralmente acima de 400 m, é coberta por uma densa neblina. Nas 14 parcelas foram marcados, medidos e amostrados 21.733 indivíduos com DAP > 4,8 cm, incluindo árvores, palmeiras e fetos arborescentes. O número médio de indivíduos amostrados nas 14 parcelas foi de 1.264 ind.ha-1 (± 218 EP de 95%). Dentro dos parâmetros considerados predominaram as árvores (71% FOD Montana a 90% na Restinga), seguidas de palmeiras (10% na Restinga a 25% na FOD Montana) e fetos arborescentes (0% na Restinga a 4% na FOD Montana). Neste aspecto destaca-se a FOD Terras Baixas Exploradas com apenas 1,8% de palmeiras e surpreendentes 10% de fetos arborescentes. O dossel é irregular, com altura variando de 7 a 9 m, raramente as árvores emergentes chegam a 18 m, e a irregularidade do dossel permite a entrada de luz suficiente para o desenvolvimento de centenas de espécies epífitas. Com exceção da FOD Montana, onde o número de mortos foi superior a 5% dos indivíduos amostrados, nas demais fitofisionomias este valor ficou abaixo de 2,5%. Nas 11 parcelas onde foi realizado o estudo florístico foram encontradas 562 espécies distribuídas em 195 gêneros e 68 famílias. Apenas sete espécies - Euterpe edulis Mart. (Arecaceae), Calyptranthes lucida Mart. ex DC. e Marlierea tomentosa Cambess (ambas Myrtaceae), Guapira opposita (Vell.) Reitz (Nyctaginaceae), Cupania oblongifolia Mart. (Sapindaceae) e as Urticaceae Cecropia glaziovii Snethl. e Coussapoa microcarpa (Schott) Rizzini - ocorreram da Floresta de Restinga à FOD Montana, enquanto outras 12 espécies só não ocorreram na Floresta de Restinga. As famílias com o maior número de espécies são Myrtaceae (133 spp), Fabaceae (47 spp), Rubiaceae (49) e Lauraceae (49) ao longo de todo gradiente da FOD e Monimiaceae (21) especificamente nas parcelas da FOD Montana. Em termos de número de indivíduos as famílias mais importantes foram Arecaceae, Rubiaceae, Myrtaceae, Sapotaceae, Lauraceae e na FOD Montana, Monimiaceae. Somente na parcela F, onde ocorreu exploração de madeira entre 1960 e 1985, a abundância de palmeiras foi substituída pelas Cyatheaceae. O gradiente estudado apresenta um pico da diversidade e riqueza nas altitudes intermediárias (300 a 400 m) ao longo da encosta (índice de Shannon-Weiner - H' - variando de 3,96 a 4,48 nats.indivíduo -1). Diversas explicações para este resultado são apresentadas neste trabalho, incluindo o fato dessas altitudes estarem nos limites das expansões e retrações das diferentes fitofisionomias da FOD Atlântica durante as flutuações climáticas do Pleistoceno. Os dados aqui apresentados demonstram a extraordinária riqueza de espécies arbóreas da Floresta Ombrófila Densa Atlântica dos Núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar, reforçando a importância de sua conservação ao longo de todo o gradiente altitudinal. A diversidade desta floresta justifica também o investimento de longo prazo, através de parcelas permanentes, para compreender sua dinâmica e funcionamento, bem como monitorar o impacto das mudanças climáticas nessa vegetação