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O USO DE ANTICONCEPCIONAIS NO TRATAMENTO DA ENDOMETRIOSE: REVISÃO DE LITERATURA
INTRODUÇÃOA endometriose é uma doença crônica estrogênio-dependente definida pela presença de tecido endometrial fora da cavidade uterina. Apesar da inexistência de uma etiologia solidificada e sustentada, a teoria mais aceita atualmente é a de Sampson, ou teoria da menstruação retrógrada. Nela acredita-se que parte da menstruação sai da vagina e outra parte adentra as tubas uterinas ou trompas de Falópio e alcança a cavidade peritoneal, e por determinação genética ou imunológica essas células aderem ao peritônio e começam a se multiplicar, determinando a condição de endometriose. Com base nessa fisiopatologia, acredita-se que o uso de anticoncepcionais pode potencialmente melhorar a qualidade de vida das pacientes, partindo-se do pressuposto que a utilização desses métodos contraceptivos inibe a menstruação.
OBJETIVOSintetizar uma análise abrangente e atualizada do uso de anticoncepcionais no tratamento da dor pélvica crônica desencadeada pela endometriose.
MATERIAL E METODORealizou-se uma revisão bibliográfica com base nos artigos encontrados nas plataformas PubMed e Google Scholar nos últimos cinco anos (2019-2023) nas informações presentes no Protocolo FEBRASGO-Ginecologia.
RESULTADOSEvidencia-se que a endometriose cursa principalmente com dismenorreia, dor pélvica crônica e dispareunia - sintomas que apresentam melhora na utilização de contraceptivos. Assim, o tratamento de primeira linha consiste em contraceptivos combinados em razão da capacidade de uso a longo prazo e por serem relativamente baratos e fáceis de usar.
CONCLUSÃOPacientes acometidas pelos sintomasda doença se beneficiam com o uso de anticoncepcionais, especialmente quando tomados continuamente, pois possuem poucos efeitos colaterais. O mecanismo de ação desse método consiste em reduzir a camada endometrial e inibir a ovulação, diminuindo a formação de prostaglandina, substância que, associada a citocinas e quimiocinas, causa a dor pélvica. O uso de anticoncepcionais paramelhoria de qualidade de vida em pacientes diagnosticadas com endometriose representa grande relevância e tende a reduzir o quadro sintomático relacionado a essa doença crônica.
REFERÊNCIASFederação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia(FEBRASGO). Endometriose. São Paulo: FEBRASGO, 2021 (Protocolo FEBRASGO-Ginecologia, n. 78/Comissão Nacional Especializada em Endometriose).REZENDE, JWF. VITORINO, KA. O uso de anticoncepcionais orais combinados na melhoria da qualidade de vida de adolescentes com endometriose. Revista cientifica da Faculdade de Educação e Meio ambiente- FAEMA. 2019. Disponível em https://revista.faema.edu.br/index.php/Revista-FAEMA/article/viewf776L766HORNE, AW. MISSMER AS. Pathophysiology, diagnosis, and management of endometriosis. The bmj. 2022. Disponível em https://www.bmj.com/content/379/bmj-2022-070750.long
 
Rinossinusite crônica: fatores predisponentes e associados
A rinossinusite crônica (RSC) é uma doença inflamatória persistente dos seios da face, que pode manifestar com sintomas por mais de 12 semanas de duração, podendo ser associados ou não com pólipos, causando impactos significativos na qualidade de vida dos pacientes. A patogênese envolve múltiplos fatores, incluindo alteração do transporte mucociliar, fatores locais e genéticos, entre outros fatores. É acerca desses fatores associados e predisponentes que se torna necessário o presente estudo