577 research outputs found

    Marine heatwaves: uma nova abordagem das alterações climáticas: o efeito combinado com Carbamazepina em Mytilus galloprovincialis

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    Marine coastal systems are among the main climate change targets. In particular, an increasing concern has raised on the impacts caused by weather events, namely marine heatwaves (MHWs), towards organisms from these areas. MHWs are periods of extreme warm sea surface temperature that persist for days to months and can extend up to thousands of kilometres. Some of the recently observed MHWs revealed the high vulnerability of marine ecosystems and fisheries to such extreme climate events. Beside thermal aggression, inhabiting organisms are also exposed to several pollutants that reach the aquatic compartment and constitute potential hazardousness. Furthermore, it is already reported in literature that warming may affect chemicals’ bioavailability and speciation, changing pollutants toxicity, but temperature rise may also change organism’s sensitivity to pollutants. Nevertheless, limited information is reported regarding MHWs impacts on wildlife and how they cope with pollutants, namely pharmaceuticals such as the case of Carbamazepine (CBZ). Carbamazepine is a pharmaceutical of emerging concern, found in aquatic systems in concentrations ranging from ng/L to µg/L. For this, mussels Mytilus galloprovincialis were chosen as model organisms to develop the present research study. Organisms were exposed to two different climatic scenarios: an optimal scenario where organisms were subjected to 18 ºC water temperature for 20 days and a heatwave scenario ranging between 18 ºC to 22.5 ºC that lasted 11 days (temperature peak at day 6), followed by a recovery period of 10 days (constant temperature 18 ºC). The impacts caused by MHW were evaluated alone and in combination with CBZ contamination of 1 µg/L corresponding to four different treatments: controls (CTL), Carbamazepine exposure (CBZ), marine heatwave scenario (MHW) and the combination of both stressor (CBZ + MHW). Carbamazepine bioaccumulation was assessed and biological impacts were evaluated considering a wide battery of toxicological biomarkers. The results obtained revealed a clear synergism of MHW treatment on CBZ uptake. However, interactions between temperature and CBZ exposure had effects on induction of antioxidant responses, data showed a time dependent impact. Nevertheless, a general impairment was observed between total oxidative scavenging capacity, glutathione dependent parameters, fatty acids metabolism and malondialdehyde content. Significant variations of the immune system were mainly caused by multiple exposure (CBZ + MHW), specially for Micronuclei test. Moreover, MHW showed to be much more effective in what concerns DNA damage in haemocytes. The overall results confirmed that MHWs could influence ecotoxicological effects of environmental contaminants, praising the concern of developing more and better researches in order to understand cellular mechanisms and predict toxicological responses of marine organisms of economic relevance and public health concern.Os sistemas costeiros marinhos estão entre os ecossistemas mais afetados pelas alterações climáticas. Neste âmbito, uma preocupação crescente tem surgido em torno dos impactos causados por eventos meteorológicos, nomeadamente, ondas de calor (MHWs) sobre o biota. As ondas de calor são períodos nos quais a água do mar fica extremamente quente e que podem durar dias ou meses e estenderem-se por milhares de quilómetros. Os mais recentes eventos têm revelado a elevada vulnerabilidade dos ecossistemas marinhos para com as ondas de calor que, além disso, estão sujeitos também a variados poluentes que alcançam o compartimento aquático e podem constituir perigo. Foi já documentado na literatura que os efeitos da temperatura podem alterar a biodisponibilidade, propriedades dos poluentes presentes na água, alterando a toxicidade e a sensibilidade dos organismos para estes. No entanto, a informação é ainda escassa no que diz respeito aos impactos das MHWs no biota e quais são os efeitos causados pela exposição combinada com poluentes, nomeadamente Carbamazepina (CBZ). Carbamazepina é um fármaco emergente que pode ser encontrado no ambiente aquático na ordem dos ng/L até aos µg/L. Dado isto, mexilhões Mytilus galloprovincialis foram escolhidos como organismos modelo para desenvolver a investigação. Os organismos foram expostos a dois cenários climáticos distintos: condições térmicas consideradas ótimas, onde a temperatura foi constante (18 ºC) durante 20 dias; ação de uma onda de calor compreendida entre os 18 ºC e os 22.5 ºC que durou 11 dias (pico de temperatura ao dia 6) seguida por um período de recuperação de 10 dias (a 18 ºC). Os impactos das MHWs foram avaliados de forma isolada e em combinação com 1 µg/L de CBZ, resultando num total de quatro tratamentos diversos: controlo (CTL), contaminação por carbamazepina (CBZ), recriação de uma onde de calor (MHW) e a combinação dos dois (CBZ + MHW). A bioacumulação de CBZ foi determinada e os impactos biológicos avaliados considerando uma larga bateria de biomarcadores toxicológicos. As análises mostraram um claro sinergismo entre MHW e acumulação de CBZ nos tecidos dos organismos. Apesar das interações entre a temperatura e CBZ mostrarem ser dependentes do tempo de exposição, notou-se uma clara coordenação entre a resposta oxidativa total, parâmetros dependentes de glutationa, metabolismo de ácidos gordos e concentração de malondealdeído. Foram observadas variações significativas do sistema imune, causadas pela exposição múltipla CBZ + MHW (especialmente no teste de Micronúcleo) enquanto a condição MHW gerou mais danos genéticos a nível dos hemócitos. Concluindo, os resultados confirmaram que as MHWs podem influenciar os efeitos ecotoxicológicos dos contaminantes, realçando a importância de desenvolver mais investigação de forma a compreender os mecanismos celulares e prever respostas biológicas de organismos de elevada relevância em termos económicos e de saúde pública.Mestrado em Biologia Aplicad

    Jovens “delinquentes” institucionalizados em Portugal : um estudo qualitativo das suas histórias de vida

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    Orientação: Carla Margarida Vieira AntunesNão existe uma definição consensual na literatura para o termo “delinquência juvenil”. Na tentativa de explicação deste fenómeno encontra-se na literatura, teorias intra-individuais, da aprendizagem social, sócio-estruturais e desenvolvimentais. Verifica-se a predominância de estudos focados na prevalência e na identificação de factores de risco ou de preditores da delinquência, sendo escassos os estudos que procuram compreender o fenómeno desde o ponto de vista de quem o vivencia, de carácter qualitativo. Assim, surge este estudo no sentido de colmatar esta lacuna, através da análise da história de vida de 9 jovens, do sexo masculino, institucionalizados num Centro Educativo em Portugal. Para aceder aos participantes recorreu-se ao pedido de autorização para recolha de dados no Centro Educativo à DGRSP, onde posteriormente foi obtido o consentimento informado dos jovens e/ou dos seus representantes legais. As entrevistas foram realizadas e gravadas nas instalações do Centro Educativo, com uma duração média entre os 45 e os 120 minutos e transcritas na íntegra, de modo a salvaguardar-se a integridade dos relatos para posterior análise. Os resultados indicam que a família e o grupo de pares assume um papel central na vida dos jovens, apesar das experiências negativas (e.g.: maus-tratos, rejeição, abandono). Os jovens focam ainda a dificuldade e instabilidade decorrentes da institucionalização, assim como os remorsos associados ao cometimento dos comportamentos delinquentes. Salienta-se a influência negativa das experiências adversas no seu autoconceito e a valorização do ideal de família unida e afetuosa.There is no consensual definition in the literature for the term "juvenile delinquency". In an attempt to explain this phenomenon is common find in the literature, intra-individuais, social learning, socio-structural and developmental theories. In addition to an "abundance" of quantitative studies comparing to the shortage of qualitative studies. Therefore, this study appears in order to bridge this gap, through analysis of speeches of 9 young, male, institutionalized in a Educational Center in Portugal. To access the participants we proceeded to the request for authorisation to collect data in the Education Center at DGRSP, where it was subsequently obtained the informed consent of young people and/or their legal representatives. The interviews were conducted and recorded on the premises of the Educational Center, with an average duration between 45 and 120 minutes and transcribed in full, in order to safeguard the integrity of the reports for further analysis. The results indicates that family and peer groups assumes a central role in their lifes, although the negative experiences (e.g.: mistreatment, rejection, abandonment). Moreover, young people also focus on the difficulty and instability arising from institutionalization, as well as the remorse associated with the practice of delinquent behaviors. Highlighting the negative influence of adverse experiences on their self-concept and the valorization of the ideal of united, protective and affectionate family

    Emergency medicine : a story of comings and goings

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    EXPERIÊNCIA DOCENTE EM UMA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA: USO DE LETRAS DE RAP PARA A PRÁTICA DE LEITURA, INTERPRETAÇÃO E PRODUÇÃO DE TEXTO COM OS ALUNOS DETENTOS DE UM PRESÍDIO DA AMREC

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    Este trabalho, de abordagem descritiva com traço de relato de experiência, é voltado a apresentar como foi o processo de ensino e participação, dos alunos detentos, nos encontros com aulas de literatura, da Extensão “Leitura Literária com Detentos: uma contribuição para a cidadania”, em parceria com o Presídio Santa Augusta. O Rap foi ferramenta fundamental no ensino-aprendizagem; ao levar as letras das músicas para dentro da cela de aula, houve um encontro identitário por parte dos estudantes, de forma a compactuar ao que Freire (1987) escreve, em relação ao diálogo e respeito pela trajetória e visão de mundo dos educandos. As práticas de interpretação e produção de texto tornaram-se significativas e proporcionaram bons resultados no ensino de Língua Portuguesa dos alunos presos

    Sem olhar para trás

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    "Sem olhar para trás" é um conto sobre uma mulher que ama uma pessoa que vai ser padre. Na ordenação de seu amado, conhece outro alguém e dá uma nova chance para a vida amorosa, mas novamente dá tudo errado (ou não, depende de quem lê)

    RAP COMO INSTRUMENTO DE EDUCAÇÃO LIBERTADORA DENTRO DE UM AMBIENTE DE RESTRIÇÃO DE LIBERDADE

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    O acesso à educação nos presídios e penitenciárias brasileiras é um direito preservado pela Lei n. 7.210, da Constituição Federal. Sendo assim, são ofertadas aulas para jovens e adultos nas instituições privativas. Fui professora de Língua Portuguesa em um presídio da região sul de Santa Catarina em 2019, por meio de uma extensão chamada “Leitura Literária com Detentos: uma contribuição para a cidadania”, pela UNESC. Para estabelecer conexão, diálogo e ensino com os alunos, utilizei o RAP como material de apoio para aulas. As aulas no Presídio Santa Augusta, da cidade de Criciúma (SC), foram pensadas com o intuito de levar Literatura e ensino de Língua, para as celas de aula. Pensando nisso, e aplicando a educação libertadora de Paulo Freire (1983), os encontros foram repletos de diálogos, troca de experiência e aprendizados, com um assunto que envolvia os alunos: música. O RAP além de expressão da cultura popular, ainda faz com que os alunos presos reencontrem sua identidade, no ambiente de restrição de liberdade, como estuda Poncio (2014). Nas aulas, o RAP de Gabriel O pensador, Projota e Emicida, foram pontes para a imaginação e transformação dos detentos ali inseridos. As aulas eram meios de reflexão, conversa e debates, como coloca o PCN (1998). Como professora, levei meu RAP como exemplo e cantei com os discentes, a fim de motivar a participação deles, na interpretação e escrita dos RAP’s, apoiando-se no que Cosson (2006) recomenda. Muitos ali, construíram seus próprios RAP’s e se apresentaram para os demais, transformando a cela de aula, em um palco transbordante de cultura e liberdade. Usar o RAP na sala de aula fez com que todos ali estivessem conectados, os discentes se identificaram com as aulas e com as canções escolhidas. Os alunos detentos se sentiram livres, ao poderem expressar-se pela música, em um ambiente restrito de liberdade. As aulas foram dinâmicas e houve muita interação, fazendo com que os encontros fossem produtivos e favoráveis à atividade-fim, o ensino-aprendizagem

    Sem olhar para trás

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    "Sem olhar para trás" é um conto sobre uma mulher que ama uma pessoa que vai ser padre. Na ordenação de seu amado, conhece outro alguém e dá uma nova chance para a vida amorosa, mas novamente dá tudo errado (ou não, depende de quem lê)

    RAP COMO INSTRUMENTO DE EDUCAÇÃO LIBERTADORA DENTRO DE UM AMBIENTE DE RESTRIÇÃO DE LIBERDADE

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    O acesso à educação nos presídios e penitenciárias brasileiras é um direito preservado pela Lei n. 7.210, da Constituição Federal. Sendo assim, são ofertadas aulas para jovens e adultos nas instituições privativas. Fui professora de Língua Portuguesa em um presídio da região sul de Santa Catarina em 2019, por meio de uma extensão chamada “Leitura Literária com Detentos: uma contribuição para a cidadania”, pela UNESC. Para estabelecer conexão, diálogo e ensino com os alunos, utilizei o RAP como material de apoio para aulas. As aulas no Presídio Santa Augusta, da cidade de Criciúma (SC), foram pensadas com o intuito de levar Literatura e ensino de Língua, para as celas de aula. Pensando nisso, e aplicando a educação libertadora de Paulo Freire (1983), os encontros foram repletos de diálogos, troca de experiência e aprendizados, com um assunto que envolvia os alunos: música. O RAP além de expressão da cultura popular, ainda faz com que os alunos presos reencontrem sua identidade, no ambiente de restrição de liberdade, como estuda Poncio (2014). Nas aulas, o RAP de Gabriel O pensador, Projota e Emicida, foram pontes para a imaginação e transformação dos detentos ali inseridos. As aulas eram meios de reflexão, conversa e debates, como coloca o PCN (1998). Como professora, levei meu RAP como exemplo e cantei com os discentes, a fim de motivar a participação deles, na interpretação e escrita dos RAP’s, apoiando-se no que Cosson (2006) recomenda. Muitos ali, construíram seus próprios RAP’s e se apresentaram para os demais, transformando a cela de aula, em um palco transbordante de cultura e liberdade. Usar o RAP na sala de aula fez com que todos ali estivessem conectados, os discentes se identificaram com as aulas e com as canções escolhidas. Os alunos detentos se sentiram livres, ao poderem expressar-se pela música, em um ambiente restrito de liberdade. As aulas foram dinâmicas e houve muita interação, fazendo com que os encontros fossem produtivos e favoráveis à atividade-fim, o ensino-aprendizagem

    O ACESSO À EDUCAÇÃO EM UM PRESÍDIO DA AMREC: ANÁLISE DE IMPACTOS E ESTRUTURA PARA O ENSINO

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    O acesso à educação nas prisões brasileiras é um direito preservado pela Lei n. 7.210. Na prisão, a educação tem função de ensinar e reconstruir caráter. No artigo Educação para jovens e adultos em situação de restrição e privação de liberdade no Brasil (2013), Julião relata os problemas nas instituições privativas sobre a estrutura educacional, como: falta de projeto pedagógico, falta de profissionais e infraestrutura inadequada, sendo os espaços reservados, ambientes úmidos com iluminação precária, limitada ventilação e materiais de apoio e didáticos desatualizados. Em Edificações escolares: infraestrutura necessária ao processo de Ensino e aprendizagem escolar, Beltrame et al. (2009) mostra que um ambiente em que se tem um bom conforto térmico, o desempenho e aproveitamento dos alunos perante a atividade fim é melhor. Então, em um ambiente de “cela” de aula, seria um local apropriado para o ensino, sendo que a sua função está ligada à reabilitação dos detentos? Não prejudicaria o desempenho didático dos alunos e sua reabilitação? A metodologia deste estudo, a princípio, é revisão bibliográfica e entrevistas com detentos e professores, para analisar o ensino no Presídio Santa Augusta, podendo ocorrer mudanças, por conta da pandemia. O trabalho é parte do pré-projeto para a entrada no PPGE/UNESC. Como o projeto começou em março de 2021, ainda não há respostas para as perguntas levantadas, mas há a esperança de uma educação prisional melhorada, com alta qualidade de ensino

    O ACESSO À EDUCAÇÃO EM UM PRESÍDIO DA AMREC: ANÁLISE DE IMPACTOS E ESTRUTURA PARA O ENSINO

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    O acesso à educação nas prisões brasileiras é um direito preservado pela Lei n. 7.210. Na prisão, a educação tem função de ensinar e reconstruir caráter. No artigo Educação para jovens e adultos em situação de restrição e privação de liberdade no Brasil (2013), Julião relata os problemas nas instituições privativas sobre a estrutura educacional, como: falta de projeto pedagógico, falta de profissionais e infraestrutura inadequada, sendo os espaços reservados, ambientes úmidos com iluminação precária, limitada ventilação e materiais de apoio e didáticos desatualizados. Em Edificações escolares: infraestrutura necessária ao processo de Ensino e aprendizagem escolar, Beltrame et al. (2009) mostra que um ambiente em que se tem um bom conforto térmico, o desempenho e aproveitamento dos alunos perante a atividade fim é melhor. Então, em um ambiente de “cela” de aula, seria um local apropriado para o ensino, sendo que a sua função está ligada à reabilitação dos detentos? Não prejudicaria o desempenho didático dos alunos e sua reabilitação? A metodologia deste estudo, a princípio, é revisão bibliográfica e entrevistas com detentos e professores, para analisar o ensino no Presídio Santa Augusta, podendo ocorrer mudanças, por conta da pandemia. O trabalho é parte do pré-projeto para a entrada no PPGE/UNESC. Como o projeto começou em março de 2021, ainda não há respostas para as perguntas levantadas, mas há a esperança de uma educação prisional melhorada, com alta qualidade de ensino
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