2 research outputs found
Men change, and museums change
“The object is the continuation of the subject by other means” (Boaventura Souza Santos) This text was written for the 3rd Meeting of the Seminar on Social Museology, which took place at the Museu do Homem do Nordeste [Museum of the North-eastern Man], in Recife, Pernambuco, Brazil, in May 2010. It is important to explain that the Seminar on Social Museology is a monthly cycle of theoretical debates organized with the aim of gathering the necessary contributions to put together a new museological model which can indeed be compatible with the practice and its end activity – to institutionally represent the culture of the north-eastern region – and also with the practice of the role of social agent henceforth given Museums by New Museology in Brazil. To these objectives one can add that of legitimizing the museum before its peers and the museological community understood here as partners of its end activity, which is that of representing the North-eastern Man, a task that can only be feasible if socialized
Leões do Norte: orgulho e preconceito de ser nordestino em Pernambuco
No Brasil, por motivos de ordem geopolítica derivados da História Colonial do país, a
região Nordeste corresponde a uma zona de exclusão. Devido a esse fato a identidade
nordestina é percebida como sendo uma representação negativa da nacionalidade. O objetivo
desta pesquisa é o de estudar, nos moldes do interpretativismo de Clifford Geertz e das teorias
da pós-modernidade desenvolvidas por Michel Maffesoli e por Boaventura Souza Santos o
significado presente do ato de ser nordestino para as classes desfavorecidas do Estado de
Pernambuco. E, assim acrescentar subsídios a discussão que ora opõe, no processo de
construção de democracia brasileira, as identidades periféricas do Nordeste às identidades
centrais do Sul e do Sudeste do país.
A recente viragem pós-moderna na Antropologia tem sido associada a expiação da
culpa colonial e, a vista disso, a presente pesquisa tenta mostrar como e porquê o passado
colonial ainda atua na vida cotidiana das classes subalternas em espaços rurais e urbanos
periféricos onde pessoas vivem hoje quase do mesmo modo como viviam a um século atrás
porém, por outro lado, onde as pessoas também começaram novos processos de construção de
identidade que agora estabelecem conexões reais, entre o global e o local, o tradicional e o
moderno (pós-moderno) e, portanto, gradualmente, estabelecem os novos papéis sociais das
classes subalternas em Pernambuco os quais estão, principalmente, baseados na violência e na
exclusã