2 research outputs found

    A importância da transculturalidade na assistência ao paciente crítico / The importance of transculturality in critical patient care

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    Trata-se de uma pesquisa de revisão bibliográfica descritiva com análise qualitativa. Possui como finalidade relatar a relevância da transculturalidade na assistência ao paciente crítico, tornando o conhecimento da teoria e da prática profissional culturalmente embasados, conceituados e planejados. Atualmente entendemos que para promovermos a saúde, não devemos nos limitar aos conceitos de prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação. É importante conhecermos o contexto cultural, os valores, as crenças, os rituais e o modo de vida do indivíduo e de suas famílias, com isso aplicaremos de fato uma assistência holística que atenda os princípios doutrinados pelo Sistema Único de Saúde fomentando uma abordagem diferenciada ao processo de saúde e doença. Os ambientes de cuidados em Unidades de Terapia Intensiva precisam ser acolhedores, integradores e estimuladores para todos os envolvidos no processo de cuidado e/ou sob o cuidado. O conhecimento transcultural é importante para os enfermeiros para que possam se tornar sensíveis às necessidades apresentadas de várias culturas, especialmente na nossa sociedade cada vez mais global e complexa

    A educação sexual da comunidade surda: perspectiva da enfermagem / The deaf community sex education: nursing perspective

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    O tema em questão constitui como objetivo debater as questões sobre sexualidade a partir de estudos que envolvem os surdos e as categorias de gênero, corpo, tradução cultural. Entende-se que a comunidade surda, não por opção, mas por condição, têm por “obrigação” aprender duas línguas: a que melhor responde às suas necessidades de comunicação, no caso a LIBRAS, e a língua padrão da sociedade em que estão inseridos. Dessa forma, além dos problemas provenientes da discriminação a que são submetidos, por serem vistos como “deficientes”, também precisam enfrentar as dificuldades próprias da falta de informação e comunicação em que se encontram, visto que o seu meio social é estruturado para pessoas ouvintes. As pessoas que possuem algum problema de audição são denominadas como “deficientes auditivos”, ou DA. Segundo Behares (1993 apud NÉLO 1995), “deficiente auditivo é um dos termos utilizados para designar as pessoas que apresentam algum grau de surdez, podendo ter quatro níveis: leve; média ou moderada; severa; e profunda”. Este termo parte de uma concepção médico-organicista que vê a pessoa surda como um ouvinte com defeito. No momento, existe uma discussão sobre o melhor termo de tratamento à estas pessoas. Nesse sentido, Nélo (1995) afirma que o termo “surdo” é mais apropriado para designar as pessoas surdas, por apresentar uma concepção mais particular sobre a surdez. Este termo parte de uma visão sócio-cultural que trata a surdez como um fenômeno com vários determinantes. A referida autora destaca que “o surdo não é diferente unicamente porque não ouve, mas sim porque desenvolve potencialidades psico-culturais diferentes das dos ouvintes” (NÉLO 1995 p.9). Podemos dizer então que as comunidades surdas desenvolvem comportamentos com características próprias de sua maneira específica de internalizar as coisas que acontecem ao seu redor, propiciando, assim, a formação de uma cultura surda. Considerando esta especificidade da cultura surda, o presente estudo tem por finalidade conhecer como são elaboradas as construções sociais de gênero e sexualidade no seio da mesma, procurando identificar as construções de masculinidades e feminilidades, a partir de aspectos relacionados à divisão sexual do trabalho, e conhecer os posicionamentos dos/as surdos/as acerca das vivências da sexualidade (homossexualidade, heterossexualidade, bissexualidade). Concebemos gênero como uma construção social que se expressa nas atitudes, nos valores, nas atividades públicas e privadas de homens e mulheres que fazem com que sejam vistos como tendo naturezas diferenciadas e, assim, posicionados socialmente como diferentes. Nesta perspectiva, o gênero, tomado enquanto categoria analítica, teoriza a questão da diferença sexual, indicando uma rejeição ao determinismo biológico implícito no uso dos termos como sexo ou diferença sexual
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