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    Avaliação de fadiga e qualidade de vida em portadores de esclerose múltipla / Evaluation of quality and quality of life in multiple sclerosis patients

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    Introdução: A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença crônica, inflamatória, degenerativa e desmielinizante do Sistema Nervoso Central, que resulta em lentificação da velocidade de transmissão nervosa. Clinicamente, é caracterizada pela tríade de Charcot: nistagmo, tremor intencional e fala escandida, cursando também com fadiga, déficit sensorial, fraqueza muscular e incoordenação motora, interferindo na qualidade de vida do indivíduo. Objetivos: Avaliar a presença de fadiga e a percepção da qualidade de vida em portadores de EM, comparar a presença de fadiga em indivíduos com e sem EM, e correlacionar as variáveis fadiga e qualidade de vida em portadores de EM. Método: Estudo observacional, transversal, prospectivo e comparativo, cuja amostra foi composta por 40 indivíduos, na faixa etária entre 25 e 45 anos, sendo 20 com diagnóstico de EM, e 20 voluntários saudáveis, para fins comparativos. A pesquisa foi conduzida na Associação Pernambucana de Esclerose Múltipla, localizada em Recife-PE, após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa de Seres Humanos do Centro Universitário Maurício de Nassau, sob o Parecer de nº 561.284. Foram coletados dados sócio-demográficos e clínicos e em seguida, aplicada a Escala Modificada de Impacto da Fadiga Brasileira (MFIS-BR) com todos os participantes da pesquisa. A Escala de Determinação Funcional da Qualidade de Vida na Esclerose Múltipla (DEFU) foi aplicada com os portadores de EM. O teste t de Student foi utilizado para analisar as diferenças entre os escores da MFIS-BR intergrupos. O Índice de Correlação de Sperman foi utilizado para analisar a correlação entre as variáveis. Para nível de significância estatística, foi considerado um p ? 0,05. Os dados foram analisados no programa BioEstat 5.0. Resultados: Observou-se escore médio total da MFIS-BR menor no grupo de portadores de EM (41,40 ± 10,04) quando comparado ao grupo de indivíduos saudáveis (67,85 ± 9,38), com diferença de média de 26,45 [IC95%: 20,23 - 32,67], e diferença estatística significativa (p=0,0001). Foi encontrado um risco 9,00 [IC95%: 1,63 - 49,44] vezes maior de presença de fadiga em indivíduos com EM quando comparados àqueles sem a patologia. Houve correlação significativa entre a presença de fadiga e a redução na percepção da qualidade de vida em portadores de EM (p=0,0001; R=0,978). Conclusão: A esclerose múltipla aumenta o risco de presença de fadiga e está associada à redução da percepção da qualidade de vida nesta população, fatores que devem ser levados em consideração pelo profissional Fisioterapeuta no planejamento da intervenção terapêutica
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