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ASSOCIAÇÃO ENTRE IDADE, TEMPO DE PRÁTICA E DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES PARA A VIDA EM ESPORTISTAS ADAPTADOS BRASILEIROS: UM ESTUDO POR TIPO DE ESPORTE
Life skills are acquired skills necessary to cope with the demands and challenges of everyday life. These life skills are particularly important, as through these life skills learned through sport young people can transfer them to other domains of life (education, workplace, and personal relationships). The aim of the study was to identify the predictive role of age and length of practice in the development of life skills among 210 participants of adapted sports. The sample included 170 boys and 40 girls aged 11-26 years (M = 24.05, SD = 1.59) from collective and individual sports. The instruments used were the Life Skills Scale for Sport and a semi-structured questionnaire. Data analysis was performed using Multivariate Analysis of Variance, Pearson's Correlation and Multiple Regression (p <0.05). The results showed a significant difference (p <0.05) in all life skills according to the type of sport, evidencing higher scores for team sports. Multiple regression revealed that age and time of practice showed a positive prediction regarding life skills in both groups. In practice, the results suggest that coaches and parents should encourage practitioners of adapted sports to develop their life skills through sport, especially practitioners of individual modalities and that age and time of practice had a predictor role for the development of life skills.
Received on: 2021/12/06
Reformulated on: 2022/03/31
Accepted: 2022/04/01As habilidades para vida são habilidades adquiridas e necessárias para lidar com as demandas e desafios da vida cotidiana. Essas habilidades para a vida são particularmente importantes, pois através destas habilidades para a vida aprendidas através do esporte os jovens conseguem transferi-las para outros domínios da vida (educação, local de trabalho e relacionamentos pessoais). O objetivo do estudo foi identificar o papel preditor da idade e do tempo de prática no desenvolvimento de habilidades para a vida entre 210 participantes de esportes adaptados. A amostra incluiu 170 meninos e 40 meninas com idades entre 11-26 anos (M = 24,05, DP = 1,59) de modalidades coletiva e individuais. Os instrumentos utilizados foram a Escala de Habilidades para Vida para o Esporte e um questionário semiestruturado. A análise dos dados foi realizada por meio de Análise de Variância Multivariada, Correlação de Pearson e Regressão Múltipla (p <0,05). Os resultados mostraram diferença significativa (p <0,05) em todas as habilidades para a vida de acordo com o tipo de esporte, evidenciando maiores escores para o esporte coletivo. A regressão múltipla revelou que a idade e o tempo de prática apresentaram predição positiva em relação às habilidades para a vida em ambos os grupos. Na prática, os resultados sugerem que treinadores e pais devem incentivar os praticantes de esportes adaptado a desenvolver suas habilidades de vida através do esporte, especialmente os praticantes de modalidades individuais e que a idade e o tempo de prática apresentaram um papel preditor para o desenvolvimento de habilidades para vida.
Recebido em: 06/12/2021
Reformulado em: 31/03/2022
Aceito em:01/04/202
Team Cohesion and Group Conflict in Brazilian Youth Athletes: Study Based on Achievement Goals Theory
The present study investigated the cohesion of teams and group conflict, based on the theory of compliance goals, in young Brazilian athletes participating in the final phase of the School Games in the state of Pernambuco. The participants were 413 young athletes, boys (n = 227) and girls (n = 186) aged between 14 and 17 years. Participants completed self-report questionnaires to assess the Youth Sport Environment Questionnaire (P-YSEQ), Group Conflict Questionnaire (P-GCQ) and Task and Ego Orientation in Sport Questionnaire (TEOSQ). The data were analyzed using hierarchical and non-hierarchical cluster analysis, chi-square test, multiple regression and multivariate variance analysis (MANOVA). The results showed that task orientation made the largest positive contribution to both task (β = .50, p < .001) and social (β = .31, p < .05) cohesion. Ego orientation made the largest positive contribution to task conflict (β = .49, p < .001) and social conflict (β = .67, p < .001), whilst task orientation made negative contribution (β = -.34, p < .05) for social conflict. Compared to the high task and low ego cluster (Cluster 3) was compared with low ego and task (Cluster 2) and high task and low ego cluster (Cluster 1), there was a significant difference between groups in task cohesion (p=.001), task conflict (p=.003) and social conflict (p=.001). It is concluded that task orientation seems to be a positive predictor of team cohesion, while ego orientation might predict positively group conflict and negatively task cohesion
Relacionamento com o treinador e resiliência de atletas paralímpicos de atletismo: a etiologia da deficiência como um fator interveniente
O presente estudo teve como objetivo investigar a qualidade do relacionamento com o treinador e a resiliência de atletas paralímpicos de atletismo em função da etiologia da deficiência. Fizeram parte deste estudo 49 atletas paralímpicos participantes da Etapa Norte/Nordeste de Atletismo 2019. A média de idade foi de 32,84±10,86 anos e o tempo de prática de 10,86±6,46 anos. Como instrumentos foram utilizados o Questionário de Relacionamento Treinador-Atleta (CART-Q) - versão atleta e a Escala de Resiliência de Connor-Davidson (CD-RISC). A análise de dados foi realizada por meio dos testes de Shapiro-Wilk, U de Mann-Whitney e o coeficiente de correlação de Spearman (p 0,05). Em relação à resiliência, verificou-se que os homens apresentaram maior escore na dimensão de adaptabilidade-tolerância (p=0,016), enquanto os atletas com deficiência adquirida apresentaram maior escores nas subescalas de adaptabilidade-tolerância (p = 0,022), amparo (p = 0,023) e intuição (p = 0,007). Verificou-se correlação significativa (p < 0,05), positiva e fraca da dimensão de comprometimento e com a tenacidade (r=0,33). Concluiu-se que a etiologia da deficiência parece ser um fator interveniente na adaptabilidade do atleta paralímpico, uma vez que os atletas com deficiência adquirida apresentaram maior adaptabilidade que os atletas com deficiência congênita
PERCEPÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES PARA VIDA EM JOVENS PRATICANTES DE MODALIDADES ESPORTIVAS COM E SEM DEFICIÊNCIA
This investigation aimed to analyze the perceptions of young practitioners of Olympic and Paralympic modalities about the development of life skills through sport, according to sex, age group and time of practice. The sample included 147 young athletes from Olympic (n = 57) and Paralympic (n = 90) modalities, with an average age of 13.14 ± 1.37 years and practice time of 7.35 ± 4.83 years. The instruments used were: a sociodemographic questionnaire and the Life Skills Scale for Sport (P-LSSS). Data analysis was performed using the Kolmogorov-Smirnov tests, independent t and Pearson correlation (p <0.05). The most experienced practitioners obtained higher values ??in the dimensions of leadership and communication (p <0.05). When comparing the sexes, the boys obtained a greater perception of learning in the variables: goal setting, social skills and emotional skills (p <0.05). When comparing the modalities, Olympic sports athletes showed significant differences in teamwork, problem solving, emotional skills, leadership, time control and communication (p <0.05). It is concluded, based on the conception of young athletes, that sport can contribute to the learning of positive characteristics, with sports practice in the long run being one of the possible factors that result in the success of this process.Esta investigación tuvo como objetivo analizar las percepciones de los jóvenes que practican deporte con y sin discapacidad sobre el desarrollo de habilidades para la vida a través del deporte, en función del tipo de deporte, sexo, grupo de edad y tiempo de práctica. La muestra incluyó a 147 jóvenes deportistas de las modalidades olímpica (n = 57) y paralímpica (n = 90), con una edad media de 13,14 ± 1,37 años y tiempo de práctica de 7,35 ± 4,83 años. Los instrumentos utilizados fueron: un cuestionario sociodemográfico y la Escala de Habilidades para la Vida en el Deporte (P-LSSS). El análisis de los datos se realizó mediante las pruebas de Kolmogorov-Smirnov, t independiente y correlación de Pearson (p <0,05). Los practicantes más experimentados obtuvieron valores más altos en las dimensiones de liderazgo y comunicación (p <0.05). En la comparación entre sexos, los chicos obtuvieron una mayor percepción de aprendizaje en las variables: establecimiento de metas, habilidades sociales y habilidades emocionales (p <0,05). Al comparar las modalidades, los deportistas olímpicos mostraron diferencias significativas en el trabajo en equipo, resolución de problemas, habilidades emocionales, liderazgo, control del tiempo y comunicación (p <0,05). Se concluye, a partir de la concepción de los jóvenes deportistas, que el deporte puede contribuir al aprendizaje de características positivas, siendo la práctica deportiva a largo plazo uno de los posibles factores que redundan en el éxito de este proceso.Esta investigação objetivou analisar as percepções de jovens praticantes de modalidades esportivas com e sem deficiência acerca do desenvolvimento de habilidades para vida por meio do esporte, em função do tipo de esporte, sexo, faixa etária e tempo de prática. Participaram da amostra 147 jovens atletas de modalidades olímpicas (n=57) e paralímpicas (n=90), com média de idade de 13.14 ± 1.37 anos e tempo de prática de 7.35± 4.83 anos. Os instrumentos utilizados foram: um questionário sociodemográfico e a Escala de Habilidades para a Vida para o Esporte (P-LSSS). A análise de dados foi conduzida por meio dos testes Kolmogorov-Smirnov, t independente e correlação de Pearson (p<0.05). Os praticantes mais experientes obtiveram maiores valores nas dimensões de liderança e comunicação (p<0.05). Na comparação entre os sexos, os meninos obtiveram maior percepção de aprendizagem nas variáveis: estabelecimento de metas, habilidades sociais e habilidades emocionais (p<0.05). Ao comparar as modalidades, os atletas de esportes olímpicos apresentaram diferenças significativas no trabalho em equipe, solução de problemas, habilidades emocionais, liderança, controle de tempo e comunicação (p<0.05). Conclui-se, com base na concepção de jovens atletas que o esporte pode contribuir com a aprendizagem de características positivas, sendo a prática esportiva no longo prazo um dos possíveis fatores que resultam no êxito deste processo
QUALIDADE DO RELACIONAMENTO COM O TREINADOR E RESILIÊNCIA DE ATLETAS PARALÍMPICOS DE ATLETISMO E NATAÇÃO
The present study aimed to investigate the quality of the relationship with the coach-athlete (CAR) and the resilience of 64 paralympic athletics and swimming athletes. Parathletes were participants in the North / Northeast Athletics Stage 2017. Among them, 41 were male and 23 female, with an average age of 28.42 ± 11.32 years. As instruments, the Coach-Athlete Relationship Questionnaire (CART-Q)- athlete version and the Connor-Davidson Resilience Scale (CD-RISC) were used. Data analysis was performed using the Kolmogorov-Smirnov, U Mann-Whitney tests and Spearman's correlation coefficient (p <0.05). The results showed a significant (p <0.05), positive and weak (r <0.40) correlation between the dimension of commitment to resilience (r = 0.35). It was concluded that gender, age and modality do not seem to be intervening factors in the quality of the RTA and in the resilience in Paralympic athletics and swimming athletes.El presente estudio tuvo como objetivo investigar la calidad de la relación con el entrenador-atleta (RTA) y la resistencia de 64 atletas paralímpicos de atletismo y natación. Los paratletas participaron en el North / Northeast Athletics Stage 2017. Entre ellos, 41 eran hombres y 23 mujeres, con una edad promedio de 28.42 ± 11.32 años. Como instrumentos, se utilizaron el Cuestionario de Relación Entrenador-Atleta (CART-Q) - versión atleta y la Escala de Resiliencia Connor-Davidson (CD-RISC). El análisis de los datos se realizó utilizando las pruebas de Kolmogorov-Smirnov, U Mann-Whitney y el coeficiente de correlación de Spearman (p <0.05). Los resultados mostraron una correlación significativa (p <0.05), positiva y débil (r <0.40) entre la dimensión del compromiso con la resiliencia (r = 0.35). Se concluyó que el género, la edad y la modalidad no parecen ser factores intervinientes en la calidad del RTA y en la resistencia en el atletismo paralímpico y los atletas de natación.O presente estudo teve como objetivo foi investigar a qualidade do relacionamento com o treinador-atleta (RTA) e a resiliência de 64 atletas paralímpicos de atletismo e natação. Os paratletas eram participantes da Etapa Norte/Nordeste de Atletismo 2017. Dentre eles, 41 eram do sexo masculino e 23 do sexo feminino, com média de idade de 28,42 ±11,32 anos. Como instrumentos foram utilizados o Questionário de Relacionamento Treinador-Atleta (CART-Q) - versão atleta e a Escala de Resiliência de Connor-Davidson (CD-RISC). A análise de dados foi realizada por meio dos testes de Kolmogorov-Smirnov, U de Mann-Whitney e o coeficiente de correlação de Spearman (p<0,05). Os resultados evidenciaram correlação significativa (p < 0,05), positiva e fraca (r < 0,40) da dimensão de comprometimento com a resiliência (r=0,35). Concluiu-se que o sexo, faixa etária e modalidade não parecem ser fatores intervenientes na qualidade do RTA e na resiliência em atletas paralímpicos de atletismo e natação