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Vacinação contra Haemophilus influenzae tipo b: proteção a longo prazo
OBJETIVO: Identificar as evidências sobre o impacto da vacina conjugada para Haemophilus influenzae tipo b (Hib) na epidemiologia da doença invasiva por Hib. FONTE DOS DADOS: Pesquisa nas bases de dados do MEDLINE, LILACS, publicações técnicas de organizações internacionais, diretrizes nacionais e internacionais, nos últimos 15 anos (1991-2005), utilizando os seguintes unitermos: Haemophilus influenzae type b, immunization, impact, effectiveness. Foram incluídas as publicações que apresentaram informação para atender o objetivo deste artigo. Artigos publicados em período anterior ao da pesquisa e citados em referências dos artigos incluídos foram analisados quanto à apresentação de informação de interesse. SÍNTESE DOS DADOS: A introdução da vacina conjugada para Hib produziu grande declínio na incidência de casos de doença invasiva por Hib nos diversos países em que seu uso foi incorporado à rotina de vacinação das crianças. No entanto, o ressurgimento de casos com doença invasiva por Hib tem mobilizado vários investigadores na busca das possíveis explicações para esses eventos, bem como a identificação das medidas a serem implementadas para evitar o reaparecimento da doença. CONCLUSÕES: O uso da vacina conjugada para Hib em escala populacional tem sido extremamente efetivo. No entanto, mudanças no esquema vacinal poderão ser necessárias para a manutenção do controle da doença invasiva por Hib, frente ao atual cenário epidemiológico das infecções pelo Hib
Ensaio clínico aleatório duplo cego com cloroquina em dose alta para tratamento da malária por Plasmodium falciparum no Brasil
This clinical trial compared parasitological efficacy, levels of in vivo resistance and side effects of oral chloroquine 25 mg/Kg and 50 mg/Kg in 3 days treatment in Plasmodium falciparum malaria with an extended followed-up of 30 days. The study enroled 58 patients in the 25 mg/Kg group and 66 in the 50 mg/Kg group. All eligible subjects were over 14 years of age and came from Amazon Basin and Central Brazil during the period of August 1989 to April 1991. The cure rate in the 50 mg/Kg group was 89.4% on day 7 and 71.2% on day 14 compared to 44.8% and 24.1% in the 25 mg/Kg group. 74.1% of the patients in the 25 mg/Kg group and 48.4% of the patients in the 50 mg/Kg group had detectable parasitaemia at the day 30. However, there was a decrease of the geometric mean parasite density in both groups specially in the 50 mg/Kg group. There was 24.1% of RIII and 13.8% of RH in the 25 mg/Kg group. Side effects were found to be minimum in both groups. The present data support that there was a high level resistance to chloroquine in both groups, and the high dose regimen only delayed the development of resistance and its administration should not be recommended as first choice in malaria P. falciparum therapy in Brazil.Comparou-se a eficácia parasitológica, níveis de resistência "in vivo" e efeitos colaterais da cloroquina oral nas dosagens de 25 mg/kg e 50 mg/kg no tratamento da malária por Plasmodium falciparum com seguimento de 30 dias. O estudo foi conduzido de agosto de 1989 a abril de 1991 e incluiu 124 pacientes, selecionados aleatoriamente em blocos de 10 pacientes, do ambulatório da Fundação Nacional de Saúde-Goiânia, Brasil. Todos os pacientes eram procedentes da Bacia Amazônica e Brasil - Central, sendo 58 alocados no grupo de 25 mg/kg (C25) e 66 no grupo de 50 mg/kg (C50). Os efeitos colaterais foram mínimos em ambos os grupos. A taxa de cura no C50 foi 89,4% no dia 7 e 71,2% no dia 14 enquanto para o C25 as taxas foram de 44,8% e 24,1%, respectivamente. Setenta e quatro por cento dos pacientes do C25 e 48,4% no C50 apresentaram parasitemia detectável no dia 30. Entretanto, houve uma queda da média geométrica da densidade parasitária (MGDP) em ambos os grupos, especialmente no C50. Resistência tipo III e II foi detectada respectivamente em 24,1% e 13,8% dos pacientes no grupo C25. No grupo de 50 mg/kg não foi detectado nenhum caso de RII registrando-se apenas um caso de RIII. Um grande número de RI tardio foi detectado em ambos os grupos, o que poderia retardar o tempo de portador e contribuir para disseminação de cepas resistentes. Desta forma, o presente estudo conclui que cloroquina, em qualquer das doses testadas, não deve ser utilizada no tratamento da malária por P. falciparum, em nosso meio
Hepatitis C virus prevalence among an immigrant community to the Southern Amazon, Brazil
A community-based random survey was conducted in a southern Brazilian Amazonian county aiming to investigate hepatitis C virus (HCV) infection prevalence and the association of demographic variables and lifestyle behaviours. Seven hundred eighty individuals were serologically screened with a third generation enzyme-linked immunosorbent assay to detect anti-HCV antibodies between 1994/1995. Positive samples were retested for confirmation with a line immunoassay (LIA, Inno-LIA HCV Ab III). Most of these subjects were low income and came from southern Brazilian states (65.8). Two point four percent (IC 95% 1.2%- 4.6%) of the subjects had LIA-confirmed anti-HCV antibodies reactivity. The age-specific prevalence of HCV antibodies slightly increased with age, with the highest prevalence after the age of 40 years. The results of multivariate analysis indicate a strong association between HCV antibodies and previous surgery and history of intravenous drug use. There were no apparent association with gender, hepatitis B virus markers, blood transfusion, and sexual activity. Mean time living in Amazon did not differ between confirmed and negative anti-HCV individuals. The present data point out an intermediate endemicity of HCV infection among this immigrant community to the Amazon region and that few HCV infected participants presented known risk factors
Genetic Diversity of PspA Types among Nasopharyngeal Isolates Collected during an Ongoing Surveillance Study of Children in Brazil
Pneumococcal surface protein A (PspA) has been considered a potential candidate for human vaccines because of its serotype-independent protective immunity. Nasopharyngeal (NP) pneumococcal colonization is highly prevalent in infants and precedes the invasive disease. Thus, prevention of NP colonization may reduce the burden of pneumococcal disease in children. Scarce information focusing on PspA from pneumococcal carriage in humans is available. We examined the genetic diversity of PspA from NP isolates obtained during an ongoing pneumococcal surveillance study with children. PspA families and clades of 183 community-acquired Streptococcus pneumoniae NP isolates from healthy children (n = 97) and children with respiratory tract infections (n = 48), pneumonia (n = 33), or meningitis (n = 5) were investigated. Overall, 79.8% (n = 146) of the pneumococcal isolates were classified as PspA family 1 (35.5%) and family 2 (44.3%), whereas 20.2% of the isolates could not be typed. The distribution of PspA families and clades did not differ significantly according to the clinical status of the children. A dendrogram comparing the genetic relationship between the amino acid sequences of the clade-defining region of PspA from NP strains together with 24 invasive reference strains (GenBank) closely reproduced the profile of the families and clades previously reported for pneumococcal invasive strains. These findings strengthen the idea that the use of PspA as a vaccine antigen may protect children against carriage as well as invasive pneumococcal disease
A randomized clinical trial with high dose of chloroquine for treatment of Plasmodium falciparum malaria in Brazil Ensaio clínico aleatório duplo cego com cloroquina em dose alta para tratamento da malária por Plasmodium falciparum no Brasil
This clinical trial compared parasitological efficacy, levels of in vivo resistance and side effects of oral chloroquine 25 mg/Kg and 50 mg/Kg in 3 days treatment in Plasmodium falciparum malaria with an extended followed-up of 30 days. The study enroled 58 patients in the 25 mg/Kg group and 66 in the 50 mg/Kg group. All eligible subjects were over 14 years of age and came from Amazon Basin and Central Brazil during the period of August 1989 to April 1991. The cure rate in the 50 mg/Kg group was 89.4% on day 7 and 71.2% on day 14 compared to 44.8% and 24.1% in the 25 mg/Kg group. 74.1% of the patients in the 25 mg/Kg group and 48.4% of the patients in the 50 mg/Kg group had detectable parasitaemia at the day 30. However, there was a decrease of the geometric mean parasite density in both groups specially in the 50 mg/Kg group. There was 24.1% of RIII and 13.8% of RH in the 25 mg/Kg group. Side effects were found to be minimum in both groups. The present data support that there was a high level resistance to chloroquine in both groups, and the high dose regimen only delayed the development of resistance and its administration should not be recommended as first choice in malaria P. falciparum therapy in Brazil.<br>Comparou-se a eficácia parasitológica, níveis de resistência "in vivo" e efeitos colaterais da cloroquina oral nas dosagens de 25 mg/kg e 50 mg/kg no tratamento da malária por Plasmodium falciparum com seguimento de 30 dias. O estudo foi conduzido de agosto de 1989 a abril de 1991 e incluiu 124 pacientes, selecionados aleatoriamente em blocos de 10 pacientes, do ambulatório da Fundação Nacional de Saúde-Goiânia, Brasil. Todos os pacientes eram procedentes da Bacia Amazônica e Brasil - Central, sendo 58 alocados no grupo de 25 mg/kg (C25) e 66 no grupo de 50 mg/kg (C50). Os efeitos colaterais foram mínimos em ambos os grupos. A taxa de cura no C50 foi 89,4% no dia 7 e 71,2% no dia 14 enquanto para o C25 as taxas foram de 44,8% e 24,1%, respectivamente. Setenta e quatro por cento dos pacientes do C25 e 48,4% no C50 apresentaram parasitemia detectável no dia 30. Entretanto, houve uma queda da média geométrica da densidade parasitária (MGDP) em ambos os grupos, especialmente no C50. Resistência tipo III e II foi detectada respectivamente em 24,1% e 13,8% dos pacientes no grupo C25. No grupo de 50 mg/kg não foi detectado nenhum caso de RII registrando-se apenas um caso de RIII. Um grande número de RI tardio foi detectado em ambos os grupos, o que poderia retardar o tempo de portador e contribuir para disseminação de cepas resistentes. Desta forma, o presente estudo conclui que cloroquina, em qualquer das doses testadas, não deve ser utilizada no tratamento da malária por P. falciparum, em nosso meio