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Antenatal fetal surveillance
O contexto atual da atividade médica exige do obstetra e ginecologista ampla compreensão dos avanços cientÃficos e tecnológicos de sua área. O objetivo primordial da avaliação fetal antenatal é identificar fetos de risco para eventos adversos ou para o óbito e, assim, atuar preventivamente para evitar o insucesso. O perfil biofÃsico fetal atinge sua máxima eficiência quando aplicado dentro do contexto clÃnico de cada caso. Em gestações de alto risco, a doplervelocimetria da artéria umbilical mostrou-se útil para melhorar os resultados perinatais. Na restrição de crescimento fetal por insuficiência placentária grave, antes da 34ª semana de gestação, a doplervelocimetria do ducto venoso tem sido importante instrumento na condução dos casos. Nenhum teste isoladamente é considerado o melhor na avaliação da vitalidade fetal anteparto, entretanto, a análise conjunta de todos os métodos irá propiciar melhor compreensão da resposta fetal à hipóxia.The present context of medical practice demands from the obstetrician and gynecologist broad understanding of the scientific and technological advances of the area. The main purpose of prenatal evaluation is to identify fetuses at risk for adverse events or death, for preventive action to avoid mishappenings. The determination of fetal biophysical profile reaches its maximum efficiency when applied within the clinical context of each case. In high risk gestations, the Doppler velocimetry of the umbilical artery has shown to be useful to improve perinatal outcome. In the fetal growth deficit, due to severe placentary insufficiency, Doppler velocimetry of the venous duct has been showing to be an important tool in handling of the cases before the 34th week of gestation. Although no test itself is considered the best to evaluate the fetus's prenatal vitality, the joint analysis of all methods may lead to a better understanding of the fetal response to hypoxia
Levantamento dos partos ocorridos em um Hospital Universitário: um estudo de seis anos
Com o objetivo de avaliar alguns dados perinatais da ClÃnica Obstétrica do Departamento de ObstetrÃcia e Ginecologia do Hospital das ClÃnicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, os autores apresentam um levantamento de todos os partos ocorridos no perÃodo entre 1993 e 1998. O número de partos aumentou em 45% neste perÃodo. O número total de óbitos fetais foi de 526 (4,48%) com redução estatisticamente significativa (p < 0,05) neste perÃodo. Entretanto, não houve aumento concomitante da proporção de gestantes que tiveram assistência pré-natal, que poderia explicar esta melhora. A incidência de parto prematuro também apresentou uma queda significante. Os autores acreditam que o aumento do número de partos foi principalmente devido ao aumento do número de gestantes encaminhadas ao nosso serviço. Entretanto, este atendimento não teria sido possÃvel sem os esforços para aumentar a rotatividade dos recém-nascidos no berçário e a diminuição do tempo de internação da parturiente. Apesar deste aumento, houve melhora nos resultados dos partos realizados no serviço, durante o perÃodo de estudo. Esta melhora pode ter sido reflexo da utilização, por equipe homogênea, de padronização através de conduta assistencial uniforme baseada no amadurecimento e aprimoramento técnico-cientÃfico dos últimos anos.In order to evaluate the obstetric care in the Obstetric Clinic of the Gynaecology and Obstetrics Department of University of São Paulo, the authors present a survey of the management of pregnancy during the 6-year period from 1993 to 1998. The number of deliveries increased during the study by 45% over the 6 years. During this same period the number of fetal deaths was 526 (4.48%), but there was a significant decrease (p < 0.05) in the incidence of fetal death. However, there was no concomitant increase in the proportion of pregnant women with prenatal care that could explain this improvement. Incidence of premature labor also decreased considerably. The authors believe that the increment in the number of deliveries was due mainly to the increasing number of pregnant women referred to our service. The efforts made by the service towards decreasing the time of hospitalization of both newborns in the nursery and the mothers in the hospital made this possible. Despite the increasing number of deliveries, there was a significant improvement in the management of pregnancy during the period of study. This improvement may be a consequence of the standardization of a protocol of management of pregnancy based on the recent progress in scientific and technological knowledge
Cerebroplacental ratio and acidemia to the birth in placental insufficiency detected before 34th week's gestation
OBJETIVO: avaliar a hipótese de que a relação cerebroplacentária (RCP) fetal relaciona-se com acidemia no nascimento, em gestações complicadas pela insuficiência placentária detectada antes da 34ª semana de gestação. MÉTODOS: trata-se de coorte prospectiva de 55 pacientes entre a 26ª e a 34ª semanas de gestação, com diagnóstico de insuficiência placentária caracterizada pelo Doppler de artéria umbilical alterado (Ãndice de pulsatilidade >p95). Para cada paciente foi realizada avaliação da vitalidade fetal pela doplervelocimetria de artéria umbilical, artéria cerebral média e ducto venoso, e pelo perfil biofÃsico fetal. Foi calculada a RCP pela razão entre os valores do Ãndice de pulsatilidade da artéria umbilical e da artéria cerebral média, bem como o cálculo de seu z-score (número de desvios padrão que se afasta da média para a idade gestacional). A acidemia no nascimento foi caracterizada quando pH<7,2. RESULTADOS: das 55 pacientes, 29 (52,7%) apresentaram acidemia no nascimento. O grupo com acidemia, comparado ao grupo com pH>7,2, apresentou associação significativa com os valores da RCP (mediana 0,47 versus 0,58; p=0,009), Ãndice de pulsatilidade da artéria umbilical (mediana 2,45 versus 1,93; p=0,003), Ãndice de pulsatilidade para veias (IPV) do ducto venoso (mediana 1,08 versus 0,85; p=0,034) e perfil biofÃsico fetal suspeito ou alterado (37 versus 8%; p=0,031). A análise da RCP pelo seu z-score demonstrou tendência de maior afastamento negativo da média, mas sem atingir valor significativo (p=0,08). Foi constatada correlação significativa entre o pH no nascimento e a RCP (r=0,45; p<0,01), o z-score da RCP (r=0,27; p<0,05) e o IPV do ducto venoso (r=-0,35 p<0,01). CONCLUSÃO: A RCP associa-se à presença de acidemia no nascimento nas gestações com insuficiência placentária antes da 34ª semana, e esse parâmetro pode configurar potencial fator para avaliação da gravidade do comprometimento fetal.PURPOSE: to evaluate the hypothesis that the fetal cerebroplacental ratio (CPR) is related to acidemia at birth in pregnancies complicated by placental insufficiency detected before 34 weeks of gestation. METHODS: this is a prospective cohort study of 55 patients between 26 and 34 weeks of gestation with a diagnosis of placental insufficiency characterized by abnormal umbilical artery Doppler (pulsatility index>95p). Fetal assessment was performed for each patient by dopplervelocimetry of the umbilical artery, middle cerebral artery and ductus venosus, and by the fetal biophysical profile. CPR was calculated using the ratio between middle cerebral artery pulsatility index and umbilical artery pulsatility index, and the z-score was obtained (number of standard deviations of the mean value at each gestational age). Acidemia at birth was characterized when pH<7.2. RESULTS: of 55 patients, 29 (52.7%) presented acidemia at birth. In the group of fetal acidemia, when compared with the group with pH>7.2, a significant association was observed with CPR values (median 0.47 versus 0.58; p=0.009), pulsatility index of the umbilical artery (median 2.45 versus 1.93; p=0.003), ductus venosus pulsatility index for veins (PIV) (median 1.08 versus 0.85; p=0.034) and suspected or abnormal fetal biophysical profile (37 versus 8%; p=0.031). CPR analysis by z-score showed a negative tendency, but was not statistically significant (p=0.080). Significant correlations were found between pH at birth and CPR (r=0.45; p<0.01), z-score of CPR (r=0.27; p<0.05) and ductus venosus PIV (r=-0.35 p<0.01). CONCLUSION: CPR is associated with the presence of acidemia at birth in pregnancies with placental insufficiency detected before 34 weeks of gestation and this parameter could potentially represent a factor for assessing the severity of fetal involvement
Comparison of fetal heart rate patterns in the second and third trimesters of pregnancy
OBJETIVO: comparar os padrões da frequência cardÃaca fetal (FCF) do segundo e terceiro trimestres da gestação. MÉTODOS: estudo prospectivo, comparativo, realizado no perÃodo de Janeiro de 2008 e Julho de 2009 com os seguintes critérios de inclusão: gestação única, feto vivo, ausência de intercorrências clÃnicas ou obstétricas, ausência de malformação fetal, com idade gestacional entre 24 e 27 semanas (segundo trimestre - 2ºT) ou entre 36 e 40 semanas (terceiro trimestre - 3ºT). Foram realizados os exames de cardiotocografia computadorizada (Sistema 8002 - Sonicaid) por perÃodo de 30 minutos e o perfil biofÃsico fetal. O Sistema 8002 analisa o traçado da FCF em perÃodos de 3,75 segundos (1/16 de minuto). Em cada perÃodo, a duração média dos intervalos de tempo entre sucessivos batimentos cardÃacos fetais foi avaliada e mensurada em milisegundos (ms). A FCF média foi calculada em cada perÃodo, e também as diferenças entre perÃodos adjacentes. Os parâmetros incluÃram: FCF basal, acelerações transitórias, duração dos episódios de alta variação, duração dos episódios de baixa variação e variação de curto prazo. Os resultados foram analisados pelos testes t de Student, teste do qui-quadrado e teste exato de Fischer. Foi adotado nÃvel de significância de 0,05. RESULTADOS: dezoito gestações de 2ºT foram comparadas com 25 gestações de 3ºT. Houve diferença significativa nos parâmetros da FCF avaliada pela cardiotocografia computadorizada quando comparados os fetos de 2ºT e os de 3ºT em relação aos seguintes resultados: média da FCF basal (143,8 bpm versus 134,0 bpm, p=0,009), média do número de acelerações transitórias >10 bpm (3,7 versus 8,4, p<0,001) e >15 bpm (0,9 bpm versus 5,4 bpm, p<0,001), duração média dos episódios de alta variação (8,4 min x 15,4 min, p=0,008) e média da variação de curto prazo (8,0 ms versus10,9 ms, p=0,01). Em todos os exames o perfil biofÃsico fetal apresentou resultado normal. CONCLUSÕES: o presente estudo constata diferenças significativas nos padrões avaliados entre gestações de segundo e terceiro trimestres, e indica a influência da maturação do sistema nervoso autonômico na regulação da FCF.PURPOSE: to compare the patterns of fetal heart rate (FHR) in the second and third trimesters of pregnancy. METHODS: a prospective and comparative study performed between January 2008 and July 2009. The inclusion criteria were: singleton pregnancy, live fetus, pregnant women without clinical or obstetrical complications, no fetal malformation, gestational age between 24 and 27 weeks (2nd trimester - 2T) or between 36 and 40 weeks (3rd trimester - 3T). Computerized cardiotocography (System 8002 - Sonicaid) was performed for 30 minutes and the fetal biophysical profile was obtained. System 8002 analyzes the FHR tracings for periods of 3.75 seconds (1/16 minutes). During each period, the mean duration of the time intervals between successive fetal heart beats is determined in milliseconds (ms); the mean FHR and also the differences between adjacent periods are calculated for each period. The parameters included: basal FHR, FHR accelerations, duration of high variation episodes, duration of low variation episodes and short-term variation. The dataset was analyzed by the Student t test, chi-square test and Fisher's exact test. Statistical significance was set at p<0.05. RESULTS: eighteen pregnancies on the second trimester were compared to 25 pregnancies on the third trimester. There was a significant difference in the FHR parameters evaluated by computerized cardiotocography between the 2T and 3T groups, regarding the following results: mean basal FHR (mean, 143.8 bpm versus 134.0 bpm, p=0.009), mean number of transitory FHR accelerations > 10 bpm (3.7 bpm versus 8.4 bpm, p <0.001) and >15 bpm (mean, 0.9 bpm versus 5.4 bpm, p <0.001), mean duration of high variation episodes (8.4 min versus 15.4 min, p=0.008) and mean short - term variation (8.0 ms versus 10.9 ms, p=0.01). The fetal biophysical profile showed normal results in all pregnancies. CONCLUSION: the present study shows significant differences in the FHR characteristics when the 2nd and 3rd trimesters of pregnancy are compared and confirms the influence of autonomic nervous system maturation on FHR regulation.Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP
Reduced placental volume and flow in severe growth restricted fetuses
OBJECTIVES: To evaluate placental volume and vascular indices in pregnancies with severe fetal growth restriction and determine their correlations to normal reference ranges and Doppler velocimetry results of uterine and umbilical arteries. METHODS: Twenty-seven fetuses with estimated weights below the 3rd percentile for gestational age were evaluated. Placental volume and vascular indices, including vascularization, flow, and vascularization flow indices, were measured by three-dimensional ultrasound using a rotational technique and compared to a previously described nomogram. The observed-to-expected placental volume ratio for gestational age and observed-to-expected placental volume ratio for fetal weight were calculated. Placental parameters correlated with the Doppler velocimetry results of uterine and umbilical arteries. RESULTS: The mean uterine artery pulsatility index was negatively correlated with the observed-to-expected placental volume ratio for gestational age, vascularization index and vascularization flow index. The observed-to-expected placental volume ratio for gestational age and observed-to-expected placental volume ratio for fetal weight and vascularization index were significantly lower in the group with a bilateral protodiastolic notch. No placental parameter correlated with the umbilical artery pulsatility index. CONCLUSIONS: Pregnancies complicated by severe fetal growth restriction are associated with reduced placental volume and vascularization. These findings are related to changes in uterine artery Doppler velocimetry. Future studies on managing severe fetal growth restriction should focus on combined results of placental three-dimensional ultrasound and Doppler studies of uterine arteries
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