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EXPERIÊNCIAS SOCIOCULTURAIS E A EDUCAÇÃO DE CRIANÇAS EXTRATIVISTAS DA AMAZÔNIA PARAENSE
ResumoEste artigo tem como foco as infâncias em contexto extrativista da RESEX Marinha, Tracuateua, Pará. O objetivo é analisar as experiências socioculturais e a educação de crianças de uma turma de educação infantil da Amazônia paraense na relação com a terra e os rios e na vinculação ao currículo de uma escola do campo. Para tal, adotamos a perspectiva sócio-histórica a partir de rodas de diálogos e de produção de desenhos como caminho metodológico para a escuta sensível das crianças. Os resultados nos permitiram refletir que as experiências da infância extrativista são singulares por se articularem com o ambiente social e natural. Os rios e a terra se configuram como cenário de vida e de existência. Neles, as crianças partilham experiências de cuidado, lazer, aprendizado, razão da manutenção e da circulação de saberes. Palavras-chave: Infâncias; Crianças; Experiências socioculturais; Currículo; Amazônia Paraense.
SOCIOLOGIA DA INFÂNCIA E PEDAGOGIA FREIREANA: : algumas aproximações
Com este estudo, objetiva-se apresentar algumas aproximações entre a Sociologia da Infância e a pedagogia freiriana, além de destacá-las e apontá-las como aportes teóricos de uma educação como sinônimo de liberdade e de autonomia. A Sociologia da Infância e a pedagogia freiriana apresentam convergências teóricas e epistemológicas ao abordar questões como diálogo, escuta, curiosidade, autonomia e liberdade. Ambas coadunam com uma educação pensada a partir de seus sujeitos, de suas experiências, de suas vozes, saberes e fazeres. Na intenção de trazer aspectos semelhantes dessas duas correntes, indica-se a pesquisa bibliográfica a partir de Qvortrup (2010), Corsaro (2011), Sarmento (2015) e Freire (1982, 2003). Conclui-se que a Sociologia da Infância se torna, tal como a Pedagogia de Freire, um agir em busca de autonomia, pois entende que o ser humano se forma desde a infância. Essa formação é vista como processo, daí a provocação para que esta não seja vista apenas como uma fase passageira, mas como uma categoria potencialmente capaz de formar sujeitos felizes, desde que estimulados pelo afeto e pela amorosidade, como a infância vivida por Freire em Recife.