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    O Futuro do turismo no Brasil a partir da análise crítica do período 2000-2019

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    This article provides a perspective on tourism in Brazil, analyzing the main developments focusing on the period 2000-2019. This opinion paper provides a reflection made by academics with expertise in tourism in Brazil. Tourism-related topics covered in this paper include economics, politics and planning, marketing, transportation, environment, gastronomy, hospitality, leisure, among others. As the main conclusion, it is argued that Brazil has not managed to position itself as an internationally renowned destination. The efforts in the 1990s to support the development of regional tourism have had only moderate success. Economic crises, political instability, violence and corruption were obstacles that considerably affected the tourism sector. The lack of a coordinated approach between the various levels of government, the shortage of tourism data and a long-term supra-governmental marketing campaign, among other factors, meant that the country missed several opportunities in the 2010s to become established as one of the top tourist destinations in the global market.El artículo ofrece una perspectiva del turismo en Brasil, analizando los principales desarrollos con un enfoque en el período 2000-2019. Es un artículo de opinión con reflexiones de investigadores del turismo brasileño. Los temas relacionados con el turismo que se tratan en este artículo incluyen economía, política y planificación, marketing, transporte, medio ambiente, gastronomía, hostelería, ocio, entre otros. Como conclusión principal, se considera que Brasil no ha logrado posicionarse como un destino de renombre internacional, ya que desde la década de los noventa los esfuerzos para apoyar el desarrollo del turismo regional solo han tenido un éxito moderado. Las crisis económicas, la inestabilidad política, la violencia y la corrupción fueron obstáculos que afectaron considerablemente al sector turístico. La falta de un enfoque coordinado entre los distintos niveles de gobierno, la escasez de datos turísticos y una campaña de marketing supra gubernamental a largo plazo, entre otros factores, hicieron que el país perdiera varias oportunidades importantes en la década de 2010 para establecerse como uno de los principales destinos turísticos del mercado mundial.O presente artigo oferece uma perspectiva sobre o turismo no Brasil, analisando os principais desdobramentos com foco no período de 2000-2019. Trata-se de um artigo de opinião com reflexões de acadêmicos do turismo brasileiro. Os tópicos relacionados ao turismo, cobertos neste artigo, incluem economia, política e planejamento, marketing, transporte, meio ambiente, gastronomia, hospitalidade, lazer, entre outros. Como principal conclusão, considera-se que o Brasil não conseguiu se posicionar como destino de renome internacional, já que desde a década de 1990 os esforços para apoiar o desenvolvimento do turismo regional obtiveram sucesso apenas moderado. As crises econômicas, a instabilidade política, a violência e a corrupção foram entraves que afetaram consideravelmente o setor de turismo. A falta de uma abordagem coordenada entre os vários níveis de governo, a escassez de dados de turismo e uma campanha de marketing supra-governamental de longo prazo, entre outros fatores, fizeram com que o país perdesse várias oportunidades importantes na década de 2010 para se estabelecer como um dos principais destinos turísticos no mercado global

    A promoção comercial do turismo brasileiro no exterior: o caso da reconstituição da Embratur

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    Durante a campanha eleitoral de 2002, o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva assumiu com o setor do turismo, no Congresso da Associação Brasileira dos Agentes de Viagem (Abav), realizado em Recife, dois compromissos, atendendo reivindicações históricas do setor, a saber, a criação do Ministério do Turismo (Mtur), e a profissionalização da Empresa Brasileira de Turismo, atual Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur). Ambos os temas eram objeto de debate desde o início dos anos 1990, não apenas nos sucessivos Congressos que a mesma Abav vinha realizando anualmente, mas em inúmeros outros eventos do setor. Na realidade, desde os anos 1980, quando as atividades ligadas tanto direta quanto indiretamente ao turismo passam a ter desempenho econômico importante nas contas nacionais de vários países, diversos segmentos questionavam as razões pelas quais o Brasil não avançava neste tema. Esta discussão, em decorrência da história de formação econômica do país, que determina um protagonismo fortíssimo do governo federal e de seu orçamento em praticamente todos os setores de atividade e em praticamente todas as regiões, acaba por apontar (de maneira até um pouco exagerada) a Embratur como principal responsável por uma mudança no setor, qual seja, aponta pra o mais tradicional instrumento federal de ação no turismo, um papel relevante e de vanguarda. Vale notar aqui que se repete uma tradição na história deste país: a burguesia nacional, novamente, em mais um setor, não assume papel de liderança em defesa de seus interesses, transferindo esta responsabilidade para o aparelho de Estado. Ora, desde sua fundação em 1966, a Embratur desempenhou vários e distintos papéis na história econômica do país. Alguns com grande sucesso, como a implantação das linhas de financiamento no Nordeste (o Programa de Desenvolvimento do Turismo no Nordeste Prodetur), outras com razoável sucesso, como a sustentação financeira de atividades turísticas e culturais em dezenas de estados e municípios, e um deles, infelizmente, com pouquíssimo sucesso: a promoção comercial do turismo brasileiro no exterior. Ao início de 2003, o já Presidente Lula cumpre ambos os compromissos - é criado o Mtur, que passa a ter duas Secretarias Nacionais responsáveis por formulação e implementação das políticas públicas federais de turismo - e, por conseqüência, surge uma oportunidade inédita para a economia brasileira: a de criar uma unidade federal de promoção, apoio à comercialização e marketing de produtos, serviços e destinos turísticos brasileiros no exterior. Era a profissionalização da Embratur. Este trabalho se propõe a descrever, analisar e refletir criticamente sobre esta experiência e seus resultados

    Café com debate: turismo e desenvolvimento econômico

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    O Café com Debate recebeu o Presidente do Instituto Brasileiro de Turismo, Eduardo Sanovicz, para abordar o tema turismo e desenvolvimento econômico, no dia 24 de maio, na ENAP. A partir de janeiro de 2003, com a instituição do Ministério do Turismo, a atuação da Embratur concentrou-se na promoção, marketing e apoio à comercialização dos produtos, serviços e destinos turísticos brasileiros no exterior. Desta forma, institui-se o Plano Aquarela de marketing turístico do Brasil, que realizou dentre outras ações uma pesquisa em conjunto com a sociedade brasileira com "trade internacional", "turista estrangeiro potencial" e "turista estrangeiro no Brasil" para verificar as impressões e a imagem do Brasil. Ressalta-se a comemoração dos 40 anos da Embratur em 2006 e, em virtude disso, está promovendo exposição itinerante pelo Brasil, recuperação do acervo, entre outras açõesNúmero de slides: 30 slidesCultura. Lazer. Esporte. TurismoSlides apresentados no evento Café com Debate em 24 de maio de 200

    A promoção comercial do turismo brasileiro no exterior: o caso da reconstituição da Embratur

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    Durante a campanha eleitoral de 2002, o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva assumiu com o setor do turismo, no Congresso da Associação Brasileira dos Agentes de Viagem (Abav), realizado em Recife, dois compromissos, atendendo reivindicações históricas do setor, a saber, a criação do Ministério do Turismo (Mtur), e a profissionalização da Empresa Brasileira de Turismo, atual Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur). Ambos os temas eram objeto de debate desde o início dos anos 1990, não apenas nos sucessivos Congressos que a mesma Abav vinha realizando anualmente, mas em inúmeros outros eventos do setor. Na realidade, desde os anos 1980, quando as atividades ligadas tanto direta quanto indiretamente ao turismo passam a ter desempenho econômico importante nas contas nacionais de vários países, diversos segmentos questionavam as razões pelas quais o Brasil não avançava neste tema. Esta discussão, em decorrência da história de formação econômica do país, que determina um protagonismo fortíssimo do governo federal e de seu orçamento em praticamente todos os setores de atividade e em praticamente todas as regiões, acaba por apontar (de maneira até um pouco exagerada) a Embratur como principal responsável por uma mudança no setor, qual seja, aponta pra o mais tradicional instrumento federal de ação no turismo, um papel relevante e de vanguarda. Vale notar aqui que se repete uma tradição na história deste país: a burguesia nacional, novamente, em mais um setor, não assume papel de liderança em defesa de seus interesses, transferindo esta responsabilidade para o aparelho de Estado. Ora, desde sua fundação em 1966, a Embratur desempenhou vários e distintos papéis na história econômica do país. Alguns com grande sucesso, como a implantação das linhas de financiamento no Nordeste (o Programa de Desenvolvimento do Turismo no Nordeste Prodetur), outras com razoável sucesso, como a sustentação financeira de atividades turísticas e culturais em dezenas de estados e municípios, e um deles, infelizmente, com pouquíssimo sucesso: a promoção comercial do turismo brasileiro no exterior. Ao início de 2003, o já Presidente Lula cumpre ambos os compromissos - é criado o Mtur, que passa a ter duas Secretarias Nacionais responsáveis por formulação e implementação das políticas públicas federais de turismo - e, por conseqüência, surge uma oportunidade inédita para a economia brasileira: a de criar uma unidade federal de promoção, apoio à comercialização e marketing de produtos, serviços e destinos turísticos brasileiros no exterior. Era a profissionalização da Embratur. Este trabalho se propõe a descrever, analisar e refletir criticamente sobre esta experiência e seus resultados
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