ELABORAÇÃO DE JOGO DE CARTAS COMO ESTRATÉGIA PARA ASSIMILAÇÃO DO CONTEÚDO NA DISCIPLINA DE PARASITOLOGIA BÁSICA

Para que o ensino de disciplinas que necessitam do uso de monitorias se torne significativo, o monitor precisa buscar novas estratégias para repassar os conteúdos na disciplina em que foi formado e reconhecer os alunos de monitoria como construtores de suas ideias relacionados ao conteúdo. Frente aos desafios na formação de algumas disciplinas que compõem os cursos da área da saúde, se faz necessário utilizar diferentes modos de facilitar os processos de aprendizagens envolvidas nas mesmas, tornando-os menos disciplinadores, complexos e de mais fácil compreensão. No sentido de facilitar a compreensão do aluno, o monitor busca deixar as aulas cada vez mais dinâmicas e atraentes, fazendo uso de atividades para melhorar a absorção do conteúdo, dentre estas atividades, as que possuem um caráter lúdico são especialmente interessantes, e dentro do ensaio lúdico os jogos de cartas se destacam, pois podem proporcionar uma melhor assimilação do conteúdo. O objetivo do presente trabalho é confeccionar um jogo de cartas (parasitocartas) que possibilite a fixação dos conteúdos na disciplina de parasitologia básica, ofertada ao curso de Enfermagem. O jogo denominado de “Parasitocartas” é composto por cartas que apresentam os parasitas estudados ao longo da disciplina. Sua confecção e desenvolvimento se deu por várias etapas. O jogo parasitocartas proporcionará um meio facilitador na compreensão do conteúdo da disciplina, para que assim o aluno não seja apenas ouvinte, podendo participar ativamente da sua própria aprendizagem

Patologias transmitidas por parasitas veiculados através do pescado.

No Brasil, tornou-se cada vez mais comum o consumo de peixe cru pela população em geral. Esses alimentos são o “sushi” e o “sashimi”, de influência da culinária oriental, o que pode ocasionar um aumento das patologias transmitidas por estes, pois trata-se de um produto de origem animal com maior probabilidade de alteração, decorrente de fatores como a ausência de evisceração, elevadas temperaturas de estocagem e problemas de deterioração gerando os mais diversos problemas sanitários

SEPSE POR INFECÇÕES HOSPITALARES E FATORES ASSOCIADOS À MORBIMORTALIDADE: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

As infecções associadas ao cuidado da saúde ou nosocomiais são todas aquelas que sucedem após admissão no ambiente hospitalar. Destaca-se o perfil de infecção ocorrido nas Unidades de Terapia Intensivas (UTIs), que chega a ser cinco vezes mais frequentes que em qualquer outro setor hospitalar. É significativamente alta a evolução de uma infecção para um quadro de sepse, no Brasil essa causa de morte em UTIs chega a superar os óbitos por acidente vascular cerebral e infarto nas unidades. O conceito de sepse é constantemente atualizado e caracteriza-se como uma disfunção de órgãos com risco de vida causada por uma resposta do hospedeiro à infecção desregulada. Esta doença tem alta incidência e letalidade ao paciente, aumentando o tempo de internação, custos e evolução do quadro patológico para óbito. Portanto, o presente estudo objetiva avaliar a etiologia da sepse por infecções hospitalares e fatores associados à morbimortalidade. Dessa forma, foi realizada uma revisão de literatura com embasamento bibliográfico a partir de 35 artigos, teses e revistas científicas nacionais e internacionais selecionados nos últimos 20 anos, nas bases de dados: ScienceDirect, LILACS, PubMed, SciELO e Google Acadêmico, utilizando os seguintes termos de indexação: septicemia, Unidade de Terapia Intensiva, óbito. Deste modo, de acordo com os dados encontrados durante a pesquisa foi possível identificar os sinais e sintomas da infecção generalizada que incluem taquicardia, febre, calafrios, desorientação, falta de ar, dor extrema ou desconforto e sudorese; os principais sítios acometidos que são pulmões, abdominal, trato urinário e corrente sanguínea; as bactérias mais relatadas destacando-se Pseudomonas aeruginosa, Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Staphylococcus coagulase negativa e Acinetobacter baumannii; enfermidades associadas à patologia como a diabetes mellitus ,hipertensão arterial sistêmica (HAS) , neoplasias e Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDs) e nível de vulnerabilidade dos indivíduos, em especial imunodeprimidos e de idade avançada ou precoce. Todos os artigos encontrados que não forneceram informações sobre a temática abordada foram desconsiderados. Portanto, conclui-se que a sepse é um grave problema de saúde responsável por elevado índice de mortalidade, com maior incidência em imunodeprimidos e de custo dispendioso no tratamento, sendo necessária maior atenção na realização de um diagnóstico precoce, que continua sendo a melhor forma de combate à doença, facilitando a escolha do tratamento adequado e detectando os riscos e agravantes em cada caso de septicemia

Prevalência de casos de tricomoníase em laudos citopatológicos de um laboratório particular da cidade do Crato- Ceará

Objetivo: o presente artigo tem como objetivo avaliar a prevalência de mulheres infectadas pelo protozoário Trichomonas vaginali (T.vaginali) em um laboratório particular da cidade do Crato, Ceará. Metodologia: tratou-se de um estudo do tipo descritivo, retrospectivo com abordagem quantitativa. A coleta de dados foi realizada em um Laboratório particular de Análises Clínicas, localizado na cidade de Crato-CE, cujo grupo de estudo foi todas as mulheres, com idade entre 17 e 87 anos, que realizaram o exame de Papanicolau no período de 2014 a 2016. Resultados: foram quantificados os percentuais de amostras positivas para a tricomoníase e outras patologias correlatas obtendo-se como resultado que entre os anos de 2014 a 2016 foram realizados 28.910 exames citopatológicos, dos quais 2,22 % foram positivos para tricomoníase. Dentre os casos positivos 22,15% apresentaram co-infecção com outros microrganismos,sendo a Gardnerella vaginalis a principal bactéria encontrada, obtendo um total de 80,99% dos casos, Cândida sp com 11,97% dos casos, Leptothrix com 5,63% e Papilomavírus humano (HPV) com 1,41% dos casos. Observou-se que a faixa etária com maior incidência de tricomoníase é entre 26 a 45 anos, com um percentual de 65,21%, sendo possível notar a alta prevalência de tricomoníase na população feminina. Conclusão: os resultados foram apresentados a Secretaria de Saúde da cidade de Crato – Ceará com o intuito de alertar os profissionais de saúde com relação ao número de casos, incentivando a periodicidade do exame de Papanicolau e outros exames voltados ao diagnóstico dessa patologia, além de uma atenção especial ao tratamento das mulheres já infectadas

A IMPORTÂNCIA DO NITRITO E LEUCÓCITO-ESTERASE ASSOCIADOS À UROCULTURA NO DIAGNÓSTICO DE INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO EM GESTANTES

As Infecções do Trato Urinário (ITU) estão entre as patologias mais frequentes e de grande relevância clínica. Manifestam-se em qualquer idade, porém causam maior preocupação em gestantes, pois nelas possuem uma alta incidência e tratam-se de patologias que podem contribuir para o nascimento prematuro, sendo causada por bactérias da microbiota intestinal e outros microrganismos. Em casos de ITU há dois parâmetros no exame de urina de maior importância que são o leucócito-esterase e o nitrito, sendo a urocultura o exame utilizado para o diagnóstico confirmatório dessas patologias. O objetivo desse trabalho é realizar uma revisão de literatura a respeito da importância do nitrito e leucócito-esterase associados à urocultura no diagnóstico de infecções do trato urinário em gestantes. A gestação faz com que o corpo da mulher sofra mudanças como a redução do peristaltismo uretral, produção de urina aumentada e elevação de glicose e aminoácidos. Essas alterações facilitam as ITU, pois possibilitam o crescimento bacteriano. A bacteriúria asssintomática em gestantes é um fator de grande incidência. Cerca de 31,77% dos casos de ITUs são assintomáticos, dado preocupante, pois muitas mulheres só procuram atendimento médico quando já existem os sintomas. Pôde-se observar que as principais bactérias causadoras da infecção do trato urinário, Enterobactérias, positivam as tiras regentes do exame de urina para nitritos e leucócito-esterase devido uma série de aspectos, como por exemplo, a capacidade de reduzir nitratos à nitrito e o recrutamento de leucócitos para o local onde está ocorrendo a infecção. Como a urina é uma das principais vias de excreção do organismo, seu exame pode fornecer informações importantes sobre o estado fisiológico de um indivíduo, sobre a presença e a evolução de muitas doenças sistêmicas e sobre a avaliação de certos tratamentos, assim também como informa o estado funcional dos rins. A observação das suas características físicas, químicas e microscópicas concedem informações preliminares importantes e que auxiliam no diagnóstico de enfermidades. Sendo as ITU o tipo de patologia que mais acometem mulheres em estado gestacional, a união destes indicadores, exames clínicos e urocultura fecham um diagnóstico correto, facilitando a adoção de medidas terapêuticas adequadas e eficazes para cada caso

As complicações da teníase ocasionada pelos parasitas Taenia solium e Taenia saginata.

A Teníase é uma doença causada pelos cestódeos da Taenia solium e Taenia saginata. O gênero Taenia pertence à família Taenidae, à classe Cestoidea e à ordem Cyclophyllidea, a doença se trata de uma parasitose primariamente intestinal que resulta em sintomas, tais como: dores abdominais, naúsea, debilidade, flatulência, perda de peso, diarreia, entre outros. É uma doença de predominância comum no continente americano possuindo uma incidência maior na América Latina

ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE CHIKUNGUNYA NO ESTADO DO CEARÁ

A Chikungunya é uma arbovirose que tem como vetor o Aedes aegypti e é causada pelo arbovírus da família Togaviridae. Os sintomas iniciam entre dois e doze dias após a picada do mosquito. A transmissão se dá pela picada de fêmeas dos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus infectadas pelo CHIKV. Os sinais e sintomas são clinicamente parecidos aos da dengue se caracteriza por quadros de febre, cefaléia, náuseas o que as difere são as fortes dores nas articulações intensas e debilitante, que justamente deram origem ao nome Chikungunya, que, no idioma africano Makonde, significa “andar curvado”. A artralgia parece afetar até 80% dos pacientes e persiste durante meses e até mesmo anos. As manifestações reumáticas e musculoesqueléticas pós-chikungunya incluem persistência da dor, até artrite reumatoide, que se desenvolve em aproximadamente 5% dos pacientes. A pesquisa teve como objetivo revisar na literatura científica o quantitativo de casos de chikungunya no estado do Ceará dos anos de 2014 a 2019. Realizou-se um estudo bibliográfico do tipo exploratório-descritivo, utilizando-se os bancos de dados Scielo, DATASUS e GOOGLE ACADÊMICO. Foram incluídos neste estudo os artigos que foram publicados no período entre 2007 e 2018, sendo excluídos aqueles que foram duplicados e que não atenderam aos critérios de inclusão. Foram encontradas 4 publicações e somente 3 artigos atenderam aos critérios de inclusão e exclusão. Para a busca dos artigos foram utilizadas palavras-chave em português selecionadas mediante consulta aos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): Chikungunya, epidemiologia, aedes. No período de 2014 a 2018 já foram notificados mais de 140 mil casos suspeitos de chikungunya no Ceará, o ano com maior incidência foi o de 2017 com 105.105 confirmados, mais de 80% das cidades cearenses já registraram ocorrências da doença, sendo distribuídas a maior parte na cidade de Fortaleza, concentrando 57,4% dos casos. As idades de 18 a 59 anos são as mais acometidas, ocorrendo maior parte no sexo feminino. Embora a chikungunya não seja uma doença de alta letalidade, os índices reforçam a gravidade da doença no estado, uma vez que possui caráter epidêmico com elevada taxa de morbidade associada à artralgia persistente. Não foi constatado nenhum tipo de tratamento atualmente para esta patologia, somente o alívio dos sintomas por meios convencionais. Por isso cabe ao profissional de saúde, fazer a anamnese correta para diferenciar as duas, questionar as medicações que o paciente toma, qual a escala das suas dores e principalmente encaminha-lo para o fisioterapeuta, para evitar complicações ainda maiores

ASPECTOS CLÍNICOS, SINTOMATOLÓGICOS E EPIDEMIOLÓGICOS RELACIONADOS À DOENÇA DE CHAGAS, OCASIONADA PELO PARASITA Trypanosoma cruzi

A doença de Chagas ou Tripanossomíase Americana foi descrita pela primeira vez em 1909 por Carlos Chagas, trata-se de uma patologia causada pelo parasita Trypanosoma cruzi, um protozoário flagelado de ciclo biológico heteroxênico que tem como vetores os insetos triatomíneos da família Reduviidae, que são hematófagos de hábitos noturnos e podem habitar em plantações, casas de taipa e até na zona urbana. O parasita é capaz de infectar várias espécies de mamíferos, incluindo o homem, o que classifica a doença como uma zoonose. O principal meio de transmissão é pelas fezes do inseto vetor que podem estar presentes em alimentos infectados ou em picadas do inseto, outras vias são a transfusão sanguínea, leite materno e transmissão congênita. Este trabalho objetiva apresentar os aspectos clínicos, sintomatológicos e epidemiológicos descritos em pacientes com Doença de Chagas. Trata-se de uma revisão de literatura de 12 artigos escritos em língua portuguesa e inglesa, realizada através da pesquisa de descritores como: “Doença de Chagas, Trypanosoma cruzi e aspectos clínicos”, nas bases de dados Google Acadêmico e Scielo, ao longo dos meses de abril e maio de 2018. A doença apresenta fases aguda e crônica, podendo ficar até trinta anos sem a manifestação de sintomas, suas principais complicações ocorrem no coração, fígado, esôfago, trato gastrointestinal e com a falta de tratamento pode levar à morte. Os sinais mais característicos da fase aguda são o chagoma (inchaço na região da picada), o sinal de Romaña e inchaço nas pálpebras. Nesta fase da doença, o tratamento é eficaz, mas em geral a doença passa despercebida e o hospedeiro apresenta apenas um desconforto na área da picada. A fase crônica assintomática é chamada de forma indeterminada e pode durar de 10 a 30 anos, sendo caracterizada pela positividade nos exames sorológicos ou parasitológicos, ausência de sintomas e sinais da doença. A fase crônica sintomática se manifesta após anos da doença assintomática e apresenta sintomatologia relacionada com o sistema cardiovascular e digestório, levando a alterações fisionômicas do miocárdio, esôfago e cólon, dividindo, assim, em forma cardíaca (cardiopatia chagásica) e forma digestiva. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, há entre 1,9 a 4,6 milhões de pessoas infectadas por T. cruzi, sendo a maior parte dos casos na região Norte. Apesar de ser uma doença perigosa e de diagnóstico muitas vezes tardio, a cobertura epidemiológica da mesma não é adequada no país, tornando difícil o controle e a prevenção pelas prefeituras e população