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    Etnografia de um sistema lógico: a lavoura camponesa dos sitiantes de Sergipe

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    Os estudos dedicados ao campesinato poucas vezes deram atenção mais abrangente à dimensão simbólica que rege a lógica interna do processo de trabalho familiar. As implicações conceituais do “ trabalho familiar” fazem parte de qualquer definição de camponês e têm lugar de destaque na formulação teórica de um sistema econômico próprio do campesinato, embora no campo da antropologia a concepção clássica introduzida por Kroeber e elaborada por Redfield tivesse enfatizado a dimensão rural de sociedades mais amplas levando em conta sistemas cognitivos. Quando os referentes são os dados econômicos, a lógica da racionalidade tem papel preponderante na construção de um modelo que, atualmente, fala da “ agricultura familiar” como forma de fugir das implicações político-sociais da categoria camponês. Sem perder de vista a concepção básica da família como integrante de uma unidade de produção ”” elemento chave da caracterização econômica do campesinato, o que supõe a simbiose de empresa agrícola com economia doméstica destacada, por exemplo, por Galeski (1972) ”” o livro de Ellen e Klaas Woortmann traz uma análise detalhada do processo de trabalho de sitiantes sergipanos, destacando modelos de saber e de conhecimento sobre a natureza, o significado do trabalho e seus usos sociais

    Imigração, colonização e identidade étnica (notas sobre a emergência da etnicidade em grupos de origem européia no sul do Brasil)

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    Etnicidade e Cidadania: Algumas Considerações sobre as Bases Étnicas da Mobilização Política

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    The objective of this paper is to examine some aspects of ethnicity in two differents minority groups: few questions concerning negro and german brazilian ethnic identities are analysed. The intention is to show that despite the differences in these two cases, ethnicity emerge and is elaborated as a form of complete citizenship reinvidication.indisponíve

    Identidade camponesa e identidade étnica (um estudo de caso)

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    O objeto deste artigo é a dimensão étnica da identidade camponesa expressa, no sul do Brasil, pela categoria colono. Os dados empíricos que servem de base à análise foram obtidos em pesquisa de campo realizada nas localidades de D. Joaquim e Peterstrasse, município de Brusque, e no município de Guabiruba (Vale do Itajaí) ”” áreas que na segunda metade do século passado faziam parte de um projeto oficial de colonização com imigrantes europeus. A elaboração de uma identidade camponesa com forte conteúdo étnico se realizou a partir do confronto com indivíduos oriundos de áreas rurais próximas, que não participaram diretamente do processo histórico de colonização, e são denominados caboclos

    A invenção da raça e o poder discricionário dos estereótipos

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    "Raça" é um termo de múltiplos conteúdos que vão, em contínuo, da ciência à ideologia, sempre que está em jogo a diversidade da espécie Homo sapiens. Produzidas por cientistas ou imaginadas pelo senso comum, as taxonomías raciais têm alto grau de arbítrio, pois implicam em seleção ou escolha das características que servem de base para a construção de esquemas classificatórios. No caso da humanidade, a ausência de critérios precisos de classificação fez com que a Antropologia2 produzisse inúmeras taxonomías, apesar da tendência ao reconhecimento de quatro ou cinco grandes "troncos", geograficamente circunscritos e relacionados à variação da cor da pele. Aliás, as primeiras classificações sistemáticas tomaram por base estes dois critérios, como a de Cuvier, que dividiu a humanidade em três subespécies ”” caucasiana, etiópica e mongólica ”” e depois as subdividiu por critérios mistos, físicos e culturais. Antes dele, em 1758, Lineu identificou seis tipos raciais ”” americano, europeu, asiático e africano, além do Homo ferus (selvagem) e Homo monstruosus (anormal); e Blumenbach, em 1806, estabeleceu cinco raças ”” caucásica, mongólica, etiópica, americana e malaia. Estas primeiras classificações não colocaram em dúvida a unidade da espécie humana, porém trabalhos como os de Cuvier abriram caminho para as teorias deterministas que buscaram nas "leis da natureza” a explicação para as diferenças físicas e culturais

    Boundaries of nations: the senses and situations streak Portuguese-Spanish

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    Neste artigo são discutidas particularidades da migração observadas no processo de colonização estrangeira em algumas regiões do Estado de Santa Catarina, iniciado em 1829 com a fundação da colônia alemã de São Pedro de Alcântara. A análise contempla a formação do campesinato originário da imigração,num contexto de povoamento de terras públicas incentivado e regulado pelo Estado brasileiro, considerando os deslocamentos (de pessoas e grupos) um dos seus princípios estruturais. Sob este aspecto focaliza alguns indicadores dacondição camponesa em relação causal com a mobilidade, e sua conformação no curso histórico desta forma de ocupação territorial.The present paper discusses certain peculiarities of migration, asobserved in the foreign colonization process in some regions of Santa CatarinaState. This began in 1829, with the founding of the german colony of São Pedrode Alcântara. My analysis looks at the formation of peasantry derived fromimmigration, in a context involving the settlement of public lands, encouragedand regulated by the Brazilian State. I take into consideration movements ofpeople and groups as one of the structural principles of this process. Within thisperspective, the article focuses upon some indicators of peasant condition in acausal relationship with mobility and the ways in which this played out duringthe historical course of this territorial occupation

    A dimensão cultural da imigração

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