Amphipoda (Crustacea) Associados a “Bostrychietum” em uma Área de Manguezal na Região Norte do Estado de São Paulo

O manguezal é um sistema ecológico tropical que se restringe a estreitas faixas costeiras, apresentando condições propícias para alimentação, proteção e reprodução de muitas espécies de animais. Nos manguezais ocorrem importantes associações de macroalgas aderidas em pneumatóforos, rizóforos e troncos das árvores dos gêneros Avicennia L., Rhizophora L. e Laguncularia Gaertn denominadas como “Bostrychietum”. Essas associações incluem cianobactérias e clorofíceas, contudo há imensa dominância de rodofïceas, mais precisamente dos gêneros Bostrychia Mont., Caloglossa (Harv.) G. Martens e Catenella Grev. Os Amphipoda são muito comuns em ambientes de manguezal ao redor do mundo, no entanto não há nenhum estudo faunístico abrangente sobre este grupo para manguezais brasileiros. A área de estudo é uma região de manguezal localizada no Município de São Vicente, Baixada Santista, região norte do estado de São Paulo. A comunidade de “Bostrychietum” é coletada por meio de raspagem dos substratos (pneumatóforos, rizóforos e troncos). Os anfípodes são anestesiados por meio de submerssão em etanol 5-10%. Posteriormente, os anfípodes são triados em laboratório, fixados em etanol 70% e identificados com base em literatura especializada. As amostras de “Bostrychietum” foram depositadas na coleção de algas da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), Campus do Litoral Paulista. Todo o material de Amphipoda está conservado em etanol 70% na coleção do Laboratório de Zoologia do UniFOA. Após a realização do estudo todo o material será depositado em coleções zoológicas de referência. Este projeto está em fase intermediária e parte das amostras já foi analisada. Uma lista preliminar da fauna Amphipoda identificada será apresentada

Primeira ocorrência de dois gêneros isópodes parasitos (Isopoda: Flabellifera: Cymothoidae) para o Brasil e redescrição de Anilocra Atlantica Schioedte & Meinert, 1881

A família Cymothoidae é composta por crustáceos isópodos exclusivamente ectoparasitos em peixes marinhos, dulcícolas ou de água salobra. A maioria das espécies ocorre em águas rasas de regiões tropicais e subtropicais. Comumente são encontrados nas cavidades bucais e brânquias de seus hospedeiros. São caracterizados por apresentar antenas e antênulas sem uma clara distinção entre o pedúnculo e o flagelo, maxilípede com palpo 2-articulado, e pereópodos 1-7 preênseis, com dáctilos robustos em forma de gancho. Analisando espécimes de peixes adquiridos de pescadores artesanais ao longo da costa do Estado do Rio de Janeiro, encontraram-se indivíduos de três espécies de Cymothoidae. Uma fêmea de Mothocya sp. de 22 mm foi encontrada em um espécime de merluza, Merluccius hubbsi Marini, 1933, coletado em março de 2009. Dois indivíduos de Ceratothoa sp., 1 macho de 16 mm e uma fêmea de 30 mm, foram encontrados em uma corvina, Micropogonias furnieri Linnaeus, 1766, em outubro de 1999. Por último, foram encontrados dois espécimes de Anilocra cf. atlantica Schioedte & Meinert, 1881, 1 macho de 17 mm, em pescada, Larimus breviceps Cuvier, 1830, e 1 fêmea também de 17 mm, em um dourado, Coryphaena hippurus Linnaeus, 1758, em setembro de 2011. Os espécimes foram fotografados, dissecados e ilustrados. Todo o material está temporariamente depositado na coleção do Laboratório de Zoologia do UniFOA, conservado em etanol 70%. Este é o primeiro registro dos gêneros Ceratothoa e Mothocya para o Brasil, além do primeiro registro de A. atlantica após sua descrição original

Interaction between lamellar twinning and catalyst dynamics in spontaneous core-shell InGaP nanowires

FAPESP - FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA DO ESTADO DE SÃO PAULOCNPQ - CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICOCAPES - COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DE PESSOAL DE NÍVEL SUPERIORSemiconductor nanowires oriented along the [211] direction usually present twins parallel to their axis. For group IV nanowires this kind of twin allows the formation of a catalyst-nanowire interface composed of two equivalent {111} facets. For III-V nanowires, however, the twin will generate two facets with different polarities. In order to keep the orientation stable, a balance in growth rates for these different facets must be reached. We report here the observation of stable, micron-long -oriented InGaP nanowires with a spontaneous core-shell structure. We show that stacking fault formation in the crystal region corresponding to the {111} A facet termination provides a stable NW/NP interface for growth along the direction. During sample cool down, however, the catalyst migrates to a lateral {111} B facet, allowing the growth of branches perpendicular to the initial orientation. In addition to that, we show that the core-shell structure is non-concentric, most likely due to the asymmetry between the facets formed in the NW sidewall; this effect generates stress along the nanowire, which can be relieved through bending.Semiconductor nanowires oriented along the [211] direction usually present twins parallel to their axis. For group IV nanowires this kind of twin allows the formation of a catalyst-nanowire interface composed of two equivalent {111} facets. For III-V nanowires, however, the twin will generate two facets with different polarities. In order to keep the orientation stable, a balance in growth rates for these different facets must be reached. We report here the observation of stable, micron-long -oriented InGaP nanowires with a spontaneous core-shell structure. We show that stacking fault formation in the crystal region corresponding to the {111} A facet termination provides a stable NW/NP interface for growth along the direction. During sample cool down, however, the catalyst migrates to a lateral {111} B facet, allowing the growth of branches perpendicular to the initial orientation. In addition to that, we show that the core-shell structure is non-concentric, most likely due to the asymmetry between the facets formed in the NW sidewallthis effect generates stress along the nanowire, which can be relieved through bending.7291272212727FAPESP - FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA DO ESTADO DE SÃO PAULOCNPQ - CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICOCAPES - COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DE PESSOAL DE NÍVEL SUPERIORFAPESP - FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA DO ESTADO DE SÃO PAULOCNPQ - CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICOCAPES - COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DE PESSOAL DE NÍVEL SUPERIORFAPESP [2013/02300-1]CNPq [479486/2012-3]2013/02300-1479486/2012-3Sem informaçãoWe acknowledge the National Laboratory of Nanotechnology (LNNANO/CNPEM) for granting access to their electron microscopy facilities. We also acknowledge Th. Chiaramonte for discussions on NW growth and H. T. Obata for technical assistance. This work was financially supported by FAPESP (grant 2013/02300-1), CNPq (grant 479486/2012-3) and CAPES. D.S. Oliveira acknowledges FAPESP for funding his scholarship

Interaction Between Lamellar Twinning And Catalyst Dynamics In Spontaneous Core-shell Ingap Nanowires.

Semiconductor nanowires oriented along the [211] direction usually present twins parallel to their axis. For group IV nanowires this kind of twin allows the formation of a catalyst-nanowire interface composed of two equivalent {111} facets. For III-V nanowires, however, the twin will generate two facets with different polarities. In order to keep the orientation stable, a balance in growth rates for these different facets must be reached. We report here the observation of stable, micron-long -oriented InGaP nanowires with a spontaneous core-shell structure. We show that stacking fault formation in the crystal region corresponding to the {111}A facet termination provides a stable NW/NP interface for growth along the direction. During sample cool down, however, the catalyst migrates to a lateral {111}B facet, allowing the growth of branches perpendicular to the initial orientation. In addition to that, we show that the core-shell structure is non-concentric, most likely due to the asymmetry between the facets formed in the NW sidewall; this effect generates stress along the nanowire, which can be relieved through bending.712722-1272

O papel das coleções zoológicas como ferramenta didática no ensino superior

Este trabalho de iniciação científica fala de coleções zoológicas como recurso didático para o processo de ensino e aprendizagem em nível de graduação, no curso de Ciências Biológicas. Diferentes estratégias metodológicas são necessárias e utilizadas para o ensino da biologia e da zoologia, lançando-se mão da utilização de espaços formais e/ ou informais. Relata-se aqui a experiência de atualização e curadoria de uma coleção didática de zoologia, em moldes similares aos de uma coleção científica. O estudo teve por objetivo apresentar a linha de trabalho que vem sendo empregada no Laboratório de Zoologia do Centro Universitário de Volta Redonda (UniFOA), em relação às aulas práticas de zoologia do curso de graduação em Ciências Biológicas. O projeto foi desenvolvido com a utilização de livros e chaves de identificação específicas para cadagrupo taxonômico. O projeto promoveu uma atualização qualitativa e quantitativa da coleção didática, tornando mais fácil e ágil ao professores que ali ministram disciplinas de localizar os lotes e espécimes desejados, seguindo critérios de classificação zoológica. Todos os exemplares encontram-se devidamente agrupados em prateleiras, dentro de vidros padronizados, variando apenas no tamanho, com etiquetas de papel vegetal, escritas com caneta nanquim, e conservados em etanol 70%. Todos os espécimes da coleção foram catalogados em uma base de dados eletrônica, editada em Excel, agrupados em lotes, seguindo critérios de classificação zoológica. Os lotes, por sua vez, foram agrupados de acordo com seus dados de coleta (p. ex. dados abióticos). A coleção zoológica do UniFOA contava inicialmente com cerca de 130 lotes, todos em via úmida. Atualmente a mesma coleção conta com mais de 170 lotes e aproximadamente 2.500 espécimes, conservados em via úmida ou seca. Cerca de 60% dos lotes são de espécies do filo Arthropoda, 9% do filo Chordata e 31% dos demais filos. Esses percentuais se aproximam da diversidade de espécies agrupadas nos filos do Reino Animal, mostrando que a maioria do grandes grupos taxonômicos estão representados nessa coleção didática

Efficacy of Benralizumab in severe asthma in real life and focus on nasal polyposis

Introduction: Severe asthma occurs in 5–10% of asthmatic patients, with nasal polyposis as one of the most frequent comorbidity. Benralizumab was recently marketed, thus we could analyse its effects in real-life in severe asthma, and compare the effects of the drug in patients with and without polyposis. Methods: Patients with severe asthma, receiving Benralizumab were enrolled in Italian asthma centres. The efficacy criteria for asthma (exacerbation rate, oral corticosteroid intake, hospitalizations, pulmonary function, exhaled nitric oxide) were evaluated at baseline and after 24 weeks of treatment. Patients were then sub-analysed according to the presence/absence of nasal polyposis. Results: Fifty-nine patients with severe uncontrolled asthma (21 males, age range 32–78) and treated with benralizumab for at least 24 weeks has been evaluated, showing significant improvements in asthma-related outcomes, except for pulmonary function and exhaled nitric oxide. This included a reduction in the sino-nasal outcome-22 score versus baseline of 13.7 points (p = .0037) in the 34 patients with nasal polyposis. Anosmia disappeared in 31% patients (p = .0034). When comparing the groups with and without nasal polyposis, a similar reduction of exacerbations was seen, with a greater reduction of the steroid dependence in patients with polyposis (−72% vs −53%; p < .0001), whereas lung function was significantly more improved (12% vs 34%, p = .0064) without polyposis patients. Conclusions: Benralizumab, after 6 months of treatment, confirmed its efficacy in severe asthma, and also in nasal polyposis, which is the most frequent comorbidity. The efficacy of Benralizumab in reducing steroid dependence was even higher in patients with polyposis

Acupuncture at “Zusanli” (St.36) and “Sanyinjiao” (SP.6) Points on the Gastrointestinal Tract: A Study of the Bioavailability of 99mTc-Sodium Pertechnetate in Rats

The objective of this study is to investigate the differences of acupuncture effect between the Zusanli (St.36) and Sanyinjiao (SP.6) points on the gastrointestinal-tract (GIT) segment performed by the bioavailability of 99mTc-sodium-pertechnetate (Na99mTcO4) in rats. Male Wistar rats (n = 21) were allocated into three groups of seven each. Group 1 was treated by acupuncture bilaterally at St.36; Group 2 at SP.6; and Group 3 was untreated (control). After 10 min of needle insertion in anesthetized rats, 0.3 mL of Na99mTcO4 (7.4 MBq) was injected via ocular-plexus. After 20 min, the exitus of animals was induced by cervical-dislocation and GIT organs isolated. However, immediately before the exitus procedure, blood was collected by cardiac-puncture for blood radio-labeling (BRL). The radioactivity uptake of the blood constituents was calculated together with the GIT organs by a well gamma counter. The percentage of injected dose per gram of tissue (%ID/g) of Na99mTcO4 was calculated for each GIT organs, while BRL was calculated in %ID. According to the one-way ANOVA, the stomach, jejunum, ileum from the treated groups (Group 1 and Group 2) had significant differences compared to the controls (Group 3). However, between the treated groups (Group 1 and Group 2), there were significant differences (P < .05) in the stomach, jejunum, ileum, cecum, transverse and rectum. In BRL analysis, Group 2 showed significant increase and decrease of the insoluble and soluble fractions of the blood cells, respectively (P < .0001). The authors suggest that St.36 may have a tendency of up-regulation effect on GIT, whereas SP.6, down-regulation effect. However, further rigorous experimental studies to examine the effectiveness of acupuncture in either acupuncture points need to be carried out

Mid‐Holocene site formation, diagenesis and human activity at the foothills of Serra da Estrela (Portugal)

UIDB/00749/2020 UIDP/00749/2020The Neolithic occupation of Penedo dos Mouros in the foothills of Serra da Estrela, Portugalʼs highest mountain, dates to the 5th to 4th millennia cal B.C. The siteʼs faunal assemblage is extremely rare in the regional prehistoric archaeological record, due to the acidity of the granitic geology. This underlines Penedo dos Mouros importance as a reference site for understanding early pastoralism in the region. Due to the insufficient survival of bone collagen for radiocarbon dating and the homogeneity of the stratigraphy, where most visible contacts are due to postdepositional processes, we chose micromorphology to address the reasons behind the bone preservation and to assess the stratigraphic integrity of the prehistoric deposit. Reworking of eroding saprolitic soils was a major factor in the sediment accumulation, with remains of short human occupation events. Possible evidence for clearance fires linked to the first occurrences of pastoralism practised in the region, creating open spaces for grazing, was identified. Post‐depositional carbonate cementation derived from ashes, identifiable at the microscopic scale, enabled bone preservation. Carbonate and spodic‐like features document water saturation once the sedimentation ceased. This sedimentary dynamic has broader geomorphological implications, such as an inferred post‐Neolithic incision of the stream valley adjacent to the site.publishersversionpublishe