MAYOMBE: AS METAMORFOSES SEDUTORAS DO NARRAR

O título Mayombe assume, na narrativa, significações plurívocas que o tornam um sema conotativamente privilegiado

TRAVESSIA E ROTAS das Literaturas Africanas de Língua Portuguesa (Das profecias libertárias às distopias contemporâneas)

Será discutida a importância do ensino das Literaturas Africanas em tempos de perda de utopias. Num segundo momento, será apresentado um panorama amplo do percurso dessas recentes literaturas, nascidas sob o signo das profecias libertárias, e que, hoje, vivem, também, o desencanto contemporâneo. Letras, que embora consideradas, ainda, menores pela maioria das Universidades Brasileiras, alertam, como as demais litaeraturas atuais, para o desmoronamento da Verdade, do Progresso, da Ética. O escritor moçambicano Mia Couto e o angolano José Eduardo Agualusa, por exemlo, possuem contos, cujos cenários são aeroportos, lugares em trânsito que problematizam alegoricamente o estilhaçamento identitário póscolonial.Pepetela, outro autor angolano. que em 1997 recebeu o Prêmio Camões,evidencia, com o romance O Desejo de Kianda (1995), as ruínas de uma Angola distópica, onde, parodiando Marx, “tudo que é sólido desmancha no ar”.

DE CÂNTICOS, ROSAS E DESESPERANÇAS: ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE A POESIA EM CABO VERDE NO PERÍODO DA PÓS-INDEPENDÊNCIA

A PARTIR DA ANÁLISE DE TEXTOS DA LITERATURA CONTEMPORÂNEA CABOVERDIANA, ELABORA-SE UMA REFLEXÃO SOBRE A PRODUÇÃO DE AUTORIA FEMININA RECENTE DO ARQUIPÉLAGO, DANDO-SE DESTAQUE AOS TEXTOS DE VERA DUARTE

O CORPO MOÇAMBICANO CINDIDO: HISTÓRIA, MITO E FICÇÃO EM AS DUAS SOMBRAS DO RIO, DE JOÃO PAULO BORGES COELHO

A FICÇÃO DE JOÃO PAULO BORGES COELHO EVIDENCIA UM CORPO MOÇAMBICANO CINDIDO ENTRE O SUL E O NORTE, ENTRE VELHAS TRADIÇÕES E NOVAS FORMAS DE ENTENDER O CONTEXTO HISTÓRICO DE MOÇAMBIQUE. PROCURA, ASSIM, ROMPER COM AS DICOTOMIAS BINÁRIAS, NEGOCIANDO IDENTIDADES EM MEIO A FRONTEIRAS TÊNUES E ESGARÇADAS. O ROMANCE AS DUAS SOMBRAS DO RIO APRESENTA ALGUMAS ALEGORIAS E METÁFORAS PARA REFLETIR ACERCA DA RELAÇÃO ESPAÇOTEMPORAL, DO IMAGINÁRIO CULTURAL E DO UNIVERSO MÍTICO-RELIGIOSO QUE PERMEIAM A SOCIEDADE MOÇAMBICANA

A moda como um "ritual tranqüilizador" na ficção de João do Rio

Nossa análise, observando como se realiza o ritualismo da moda, se centrará no conto "Laurinda Belfort", de Dentro da Noite, remetendo, sempre que possível, para outros textos do autor

Repensando laços...

O convívio da língua portuguesa com as diferentes línguas de origem bantu, universo lingüístico maioritário para Angola e uma parte de Moçambique, nos seus diferentes registos é.muito antigo. O interesse pelo seu estudo e primeiras tentativas de fixação de regras remetem-nos para o século XVI e XVII

TRAVESSIA E ROTAS das Literaturas Africanas de Língua Portuguesa (Das profecias libertárias às distopias contemporâneas)

Será discutida a importância do ensino das Literaturas Africanas em tempos de perda de utopias. Num segundo momento, será apresentado um panorama amplo do percurso dessas recentes literaturas, nascidas sob o signo das profecias libertárias, e que, hoje, vivem, também, o desencanto contemporâneo. Letras, que embora consideradas, ainda, menores pela maioria das Universidades Brasileiras, alertam, como as demais litaeraturas atuais, para o desmoronamento da Verdade, do Progresso, da Ética. O escritor moçambicano Mia Couto e o angolano José Eduardo Agualusa, por exemlo, possuem contos, cujos cenários são aeroportos, lugares em trânsito que problematizam alegoricamente o estilhaçamento identitário póscolonial.Pepetela, outro autor angolano. que em 1997 recebeu o Prêmio Camões,evidencia, com o romance O Desejo de Kianda (1995), as ruínas de uma Angola distópica, onde, parodiando Marx, “tudo que é sólido desmancha no ar”.