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Lesões granulomatosas encontradas em bovinos abatidos para consumo
Com o objetivo auxiliar profissionais médico-veterinários no reconhecimento das lesões de bovinos encontradas na linha de inspeção de carnes em matadouros frigoríficos, três condições granulomatosas de bovinos foram pesquisadas e suas semelhanças e diferenças avaliadas. Essas três condições granulomatosas foram actinobacilose (causada por Actinobacillus lignieresii), actinomicose (causada por Actinomyces bovis) e mastite estafilocócica (causada por Staphylococcus aureus). Em 505 lesões encontradas em bovinos abatidos para consumo humano, 40 eram uma dessas três lesões granulomatosas: 24 eram actinobacilose, 10 eram actinomicose e seis eram mastite estafilocócica. De um modo geral, os aspectos macro e microscópicos dessas três lesões eram bastante semelhantes, mas suas localizações ajudavam a presumir sua etiologia. A. lignieresii afetou tecidos moles, principalmente língua e linfonodos da cabeça; A. bovis afetou o tecido ósseo, principalmente o da mandíbula; e S. aureus teve a glândula mamária como o tecido alvo. Histologicamente, os granulomas resultantes da infecção por qualquer um desses três agentes continham uma estrutura amorfa, eosinofílica, com clavas irradiadas, localizada centralmente; essa estrutura era rodeada por neutrófilos íntegros e degenerados, que, por sua vez, eram cercados por um manto de macrófagos epitelioides e ocasionais células gigantes multinucleadas. Esses mantos de macrófagos eram irregularmente infiltrados por linfócitos e plasmócitos que tendiam a se acumular na periferia da lesão, que era cercada por uma cápsula de tecido conjuntivo. Dependendo da aplicação do método de coloração adequado, o agente etiológico podia ser visto em cada um dos três tipos de lesão granulomatosa. No caso da mastite estafilocócica, cocos intralesionais foram observados tanto nas colorações por HE como nas de Gram, nessa última como cocos gram-positivos. O agente da actinobacilose (bacilos gram-negativos) e da actinomicose (bacilos gram-positivos) pôde ser observado somente nas colorações de Gram. Os diagnósticos diferenciais para essas três condições são discutidos
Maturidade de potros nascidos de éguas com placentite
Objetivou-se descrever a maturidade neonatal através da resposta clínica, comportamental e hematológica de potros nascidos de éguas com placentite. Participaram do estudo seis potros nascidos de éguas submetidas à indução experimental de placentite ascendente através da infusão intracervical de Streptococcus equi subespécie zooepidemicus e tratadas com Sulfa-trimetoprim e Flunixin meglumine. A formação dos grupos neonatais foi realizada de acordo com o grau de viabilidade e sobrevivência até 60 horas: Grupo Não Sobreviventes (n=2); Grupo Debilitados (n=2); Grupo Saudáveis (n=2). Foi considerado o tempo de gestação, período de intervalo inoculação-parto, avaliação comportamental, clínica e hematológica. O Grupo dos potros Saudáveis apresentou maior tempo de gestação (320±2 dias) e maior intervalo inoculação-parto (20,5±2,5 dias). Os Grupos Não Sobreviventes e Debilitados apresentaram atraso para decúbito esternal e reflexo de sucção. Foi observada bradicardia e hipotermia com 48h de vida no Grupo Não Sobreviventes. Os potros do Grupo Não Sobreviventes e Saudáveis apresentaram leucopenia no nascimento com discretas variações até as 48h. Os potros nascidos de éguas com placentite ascendente e tratadas demonstraram evolução clínica e respostas neonatais distintas. Conclui-se que, quanto maior o tempo de manutenção da gestação após a injúria placentária, melhor será a maturação fetal, o que refletirá em viabilidade e melhor capacidade de resposta neonatal
Study of bacteria isolated from the foot pad of Spheniscus magellanicus with and without bumblefoot
The bumblefoot or pododermatitis is among the diseases with the highest morbidity in Magellanic penguins, sometimes evolving to septicemia and death. Therefore, this study aimed to relate the main species involved in the disorder, as well as the in vitro susceptibility profile of the microorganisms against routine antimicrobial usage in Veterinary Medicine. During two years in vivo material was harvested from 200 footpads (n=100 animals) for microbiological analysis and in vitro susceptibility tests against the Antibiotic enrofloxacin, streptomycin, penicillin and cephalosporin. Bacteria have been identified both as part of permanent and transient microbiota, also being associated to 100% of the pododermatitis cases. The most prevalent genus were Staphylococcus and Corynebacterium. The antibiograms of all the isolated bacteria resulted in greater susceptibility of the strains facing cephalosporin, followed by enrofloxacin, streptomycin and penicillin
Efeito de um composto de leveduras na incidência de diarreia em bezerras criadas em diferentes sistemas de alojamento
The aim of the present study was to evaluate the effect of supplementation of a product composed of yeast culture and enzymatically hydrolyzed yeast on the incidence of diarrhea and on the body development of dairy calves submitted to different housing systems. One hundred and nineteen calves were used in two housing systems and randomly divided into two groups: yeast group (n = 62, 36 outdoors and 26 in the corral) and control group (n = 57, 30 outdoors and 27 in the corral). The yeast group was treated with 8 ml of yeast / animal culture, which was administered orally once daily for 42 days. The zootechnical measures were analyzed and the incidence of infectious diarrhea was monitored, blood and feces were also collected. The data were submitted to analysis of variance by repeated measures of the SAS Software, Tukey’s HSD and Chi-square test, being considered a statistical difference (p≤0.05). The animals in the control group raised outdoors had a higher incidence of diarrhea (80.00%) when compared to animals in the treatment group (55.55%) (p = 0.03). The period with the highest incidence of diarrhea (96.92%) was in the first 15 days of life (p <0.001). The bacteriological analysis of feces showed that 53.38% had Enterococcus sp. and 46.61% Eschechiria coli. after the diagnosis of diarrhea, both groups (control and yeast) presented leukocytosis. It is concluded that oral yeast supplementation for animals raised in the open was able to reduce the effects of the challenges caused by this system, decreasing the incidence of diarrheaO objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito da suplementação de um produto composto de cultura de levedura e levedura enzimaticamente hidrolisada na incidência de diarreia e no desenvolvimento corporal de bezerras leiteiras submetidas à diferentes sistemas de alojamento. Foram usadas cento e dezenove bezerras mantidas em dois sistemas de alojamento e divididas aleatoriamente em dois grupos: grupo levedura (n = 62, 36 ao ar livre e 26 no curral) e grupo controle (n = 57, 30 ao ar livre e 27 no curral). O grupo levedura foi tratado com 8 ml de cultura de levedura / animal, que foi administrada oralmente uma vez por dia durante 42 dias. As medidas zootécnicas foram analisadas e a incidência de diarreia infecciosa foi monitorada, também foram realizadas coletas de sangue e fezes. Os dados foram submetidos à análise de variância por medidas repetidas do Software SAS, Tukey’s HSD e Teste Qui quadrado, sendo considerado diferença estatística (p≤0,05). Os animais do grupo controle criados ao ar livre apresentaram maior incidência de diarreia (80,00%) quando comparado aos animais do grupo tratamento (55,55%) (p=0,03). O período de maior incidência de diarreia (96,92%) foi nos primeiros 15 dias de vida (p<0,001). As análises bacteriológicas de fezes mostraram que 53,38% apresentaram Enterococcus sp. e 46,61% Eschechiria coli. Após o diagnóstico de diarreia, ambos os grupos (controle e levedura) apresentaram leucocitose. Conclui-se que a suplementação oral de levedura para animais criados ao ar livre foi capaz de reduzir os efeitos dos desafios causados por esse sistema, diminuindo a incidência de diarrei
Epidemiologia da pitiose equina na Região Sul do Rio Grande do Sul
Foi realizado um levantamento dos casos de pitiose equina recebidos no Laboratório Regional de Diagnóstico da Faculdade de Veterinária da Universidade Federal de Pelotas, no período de janeiro de 1979 a julho de 2011, com o objetivo de determinar as condições epidemiológicas em que a doença ocorre na região sul do Rio Grande do Sul. Nesse período foram recebidos 1888 materiais de equinos, dos quais, 435 eram provenientes do sistema tegumentar e 63 (14,5%) corresponderam à pitiose. Os animais afetados eram de ambos os sexos com idades variando entre oito meses e 22 anos. A raça mais frequentemente afetada foi a Crioula. A maioria dos casos de pitiose foi encaminhada ao laboratório entre março e junho. A evolução das lesões de pitiose variou de duas semanas até um ano. Os municípios com maior número de casos de pitiose foram Pelotas (22/63) Santa Vitória do Palmar (15/63) e Rio Grande (8/63). Foi observado que na maioria dos casos, no mês provável de infecção a temperatura máxima foi superior ou próxima a 30°C em pelo menos um dia. A observação de casos em épocas mais frias do ano pode ser devido ao fato da temperatura de águas estagnadas ser mais elevada que a temperatura ambiental o que permite o desenvolvimento das estruturas infectantes de Pythium insidiosum